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“gabinete paralelo” levava dados da Prevent Senior para o governo federal

Vídeo obtido pelo Metrópoles revela que o “kit Covid” distribuído pela empresa foi desenvolvido com a ajuda de pelo menos um membro do grupo.

O protocolo usado pela operadora de saúde Prevent Senior para administrar medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 em pacientes teve acompanhamento do governo federal. É o que mostra vídeo obtido pelo Metrópoles. A gravação também revela que o “kit Covid” distribuído pela empresa foi desenvolvido com a ajuda de pelo menos um membro do “gabinete paralelo”, que aconselhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da pandemia. Na última quinta-feira (17/9), foi revelado um dossiê enviado à CPI da Covid-19 que acusa a rede de hospitais de ocultar o número de mortes em um estudo com hidroxicloroquina.

As imagens do vídeo mostram uma conversa entre o virologista Paolo Zanotto e Pedro Batista Jr, diretor-executivo da Prevent Senior. Zanotto é o cientista da USP que aparece em uma reunião, também revelada pelo Metrópoles, sugerindo a criação de um “Shadow Board” (gabinete das sombras) ao presidente Jair Bolsonaro e fazendo série de restrições a vacinas.

Confira:

As imagens do vídeo mostram uma conversa entre o virologista Paolo Zanotto e Pedro Batista Jr, diretor-executivo da Prevent Senior. Zanotto é o cientista da USP que aparece em uma reunião, também revelada pelo Metrópoles, sugerindo a criação de um “Shadow Board” (gabinete das sombras) ao presidente Jair Bolsonaro e fazendo série de restrições a vacinas.

*Com informações do Metrópoles

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Farmacêutica Ivermectina pagou anúncios de “médicos pela vida” sobre tratamento precoce

Oftalmologista que assinou termo de responsabilidade para veiculação de publicidade aparece ao lado de Bolsonaro em reunião.

Segundo a jornalista Raquel Lopes, da Folha, dados sigilosos da CPI da Covid no Senado revelam que a farmacêutica Vitamedic bancou a publicação em fevereiro de anúncios da Associação Médicos pelo Brasil em defesa do chamado tratamento precoce contra a Covid-19, tese sem respaldo na comunidade científica.

Os anúncios publicitários foram veiculados nos principais jornais do país e tinham como autor apenas o grupo Médicos pela Vida.

A peça defendia o tratamento precoce com o uso de cloroquina, ivermectina, zinco e vitamina D. Os remédios, à época, já eram descartados pelas comunidades científica e médica para o tratamento da doença.

A Vitamedic é uma das principais produtoras de ivermectina do país. Em dados enviados à CPI da Covid, ela informou que aumentou a venda de caixas do medicamento em 1.230%, passando de 5,7 milhões em 2019 para 75,8 milhões em 2020.

O financiamento da campanha pela farmacêutica pode configurar conflito de interesses, de acordo com o Código de Ética Médica.

A associação Médicos pela Vida mantém um site favorável ao tratamento precoce e alguns de seus integrantes compõem o chamado gabinete paralelo, grupo de aconselhamento informal do presidente Jair Bolsonaro, um dos principais defensores no Brasil do tratamento precoce.

O oftalmologista Antônio Jordão, que assinou o termo de responsabilidade para que os anúncios pudessem ser veiculados, aparece ao lado de Bolsonaro em uma reunião em setembro.

Os anúncios de fevereiro foram publicados na Folha e nos jornais O Globo, Estado de Minas e Zero Hora, entre outros. No dia seguinte, a Folha publicou reportagem relatando a publicação desses anúncios nos quais defendem o uso de medicação sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

No texto, o jornal informou que o grupo intitulado Médicos pela Vida fez circular um anúncio “em diversos jornais do país, em defesa do chamado ‘tratamento precoce’ da Covid-19, com o uso de medicamentos como cloroquina, ivermectina, zinco e vitamina D —remédios que já foram descartados pela comunidade científica e médica para o tratamento da doença por não demonstrarem em diversos estudos clínicos a capacidade de barrar o vírus, prevenir a doença ou tratá-la”.

A Vitamedic informou à CPI o total de vendas de caixas de Ivermectina de janeiro de 2020 a maio de 2021 e o preço médio por caixa. Fazendo a conta, estima-se que a empresa tenha arrecadado R$ 734 milhões só com esse medicamento do “kit Covid” nesse período.

Os dados do patrocínio da campanha chegaram à CPI após requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE) aos veículos de comunicação, no dia 30 de junho. No ofício, o parlamentar pediu que fossem informados quem solicitou a publicação do informe “Manifesto pela Vida” e o valor dessas campanhas.

Os documentos mostram que a Vitamedic foi a contratante e responsável pelo pagamento. Em dois jornais, Zero Hora e O Globo, os anúncios custaram R$ 217.295,05. Na Folha, o anúncio saiu por R$ 78.080,62. Os outros veículos ainda não enviaram os dados à comissão.

Os remédios que fazem parte do “kit Covid” se tornaram bandeira do presidente Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, o que é hoje um dos flancos de apuração pela CPI.

A comissão no Senado já descobriu, por exemplo, a existência de um gabinete paralelo de aconselhamento do presidente fora da estrutura do Ministério da Saúde. Os senadores agora querem descobrir a relação das farmacêuticas com o governo e com os membros desse gabinete paralelo.

A associação Médicos pela Vida disse que não iria se manifestar sobre o assunto. A Vitamedic foi procurada desde segunda-feira (12) para comentar os dados, mas até a publicação deste texto não havia se manifestado.

Elda Bussinguer, coordenadora do mestrado e doutorado em direito da Faculdade de Direito de Vitória e pós-doutora em saúde coletiva, avalia que todas as vezes que a indústria farmacêutica age no sentido de apoiar, financeiramente ou de outras formas, iniciativas de grupos de médicos ou de grupos de consumidores de saúde, o conflito de interesses pode estar estabelecido.

Ela afirmou que a situação caberia em três artigos do Código de Ética Médico.

Um deles diz que é “vedado ao médico exercer a profissão com interação ou dependência de farmácia, indústria farmacêutica, óptica ou qualquer outra organização destinada a manipulação, promoção ou comercialização de produtos de prescrição médica, qualquer que seja sua natureza”.

“Quando isso ocorre, a isenção médica fica comprometida e o paciente, a sociedade como um todo, fica vulnerável aos interesses da indústria”, afirma Elda.

Dias antes de os anúncios serem publicados nos jornais, a Vitamedic havia divulgado nota rebatendo a farmacêutica Merck (MSD no Brasil), produtora inicial do medicamento. A Merck afirmou que não há evidências pré-clínicas nem clínicas de eficácia da ivermectina no combate à Covid.

A nota foi assinada pelo diretor superintendente da Vitamedic, Jailton Batista, segundo quem a comprovada segurança oferecida pela ivermectina e mais dezenas de outros estudos desenvolvidos ao redor do mundo deram mais argumento à comunidade científica para incluir o medicamento no protocolo de combate à doença.

“O crescimento do mercado da ivermectina, um produto de baixo custo e terapeuticamente de baixo risco, naturalmente, incomoda e pode ser o motivador de campanhas contra na mídia, especialmente provocadas por empresas que têm interesse em lançar produtos patenteados de alto custo para a mesma doença”, disse no período.

A empresa pertence desde 2015 ao Grupo José Alves que, até então, aparecia apenas como apoiador da Médicos pela Vida.

O grupo desenvolveu e administra a plataforma iMed dentro do site da Médicos Pela Vida. Exclusiva para médicos, é ali que são prescritos alguns protocolos de tratamentos e são assinados manifestos.

Ela também serve como um canal para que os médicos possam encontrar outros colegas em diferentes estados, tornando a comunidade referência no tratamento precoce contra a Covid.

Em um vídeo publicado em março, Jordão, um dos coordenadores da associação, chama o reitor da Unialfa e o chefe de TI do Grupo José Alves, Carlos Trindade, para explicar o funcionamento dessa plataforma. O conteúdo foi revelado pelo jornalista Victor Hugo Viegas Silva, do site Medium.

O oftalmologista afirma que “os médicos vão fazer a interação com a plataforma atual graças à ajuda de vocês”, referindo-se a Trindade.

Jordão aparece ao lado de Bolsonaro em uma reunião realizada em setembro de 2020. Foi nesse evento que o virologista Paolo Zanotto deu a sugestão de criar uma espécie de “gabinete das sombras” para tratar da resposta oficial à pandemia.

A médica Nise Yamaguchi também foi uma das participantes do evento. Em grupos de médicos defensores do tratamento precoce, circula um vídeo gravado por ela sugerindo que as pessoas procurem um médico a favor do tratamento precoce através do site da associação Médicos Pela Vida.

“Logo no início do site aparecem os atalhos. No quinto atalho tem uma maleta de médicos escrita ‘procure um médico’. Clique nessa maleta. Vai aparecer ‘encontre um médico que realiza o tratamento precoce em seu estado’”, disse na postagem.

No site, a associação diz que o movimento é composto por cerca de 15 mil médicos. No entanto, são cerca de 300 profissionais, com especializações variadas, que deixam seus contatos para quem tiver interesse em realizar consulta presencial ou teleatendimento.

O CFM (Conselho Federal de Medicina) afirmou, em nota, que não tem conhecimento do patrocínio da campanha nos jornais. Disse ainda que, por ser instância judicante em grau de recurso, não comenta casos concretos.

“Denúncias de irregularidades podem ser apresentadas no Conselho Regional de Medicina do estado onde ocorreu a situação. O CRM procederá à apuração necessária, com os eventuais desdobramentos, como abertura de sindicância e de processo ético-profissional, em caso de confirmação da suspeita.”

*As informações são da Folha

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Política

‘Kit Covid’ rendeu mais de R$ 1 bilhão para farmacêuticas

Dados enviados à CPI mostram que algumas empresas faturaram até sete vezes mais durante a pandemia de covid-19.

Apesar de o chamado “kit Covid” ter se mostrado ineficaz contra a doença, a venda dos remédios que o compõem deu um salto na pandemia. O faturamento de sete empresas apenas com esses medicamentos foi de R$ 482 milhões de janeiro de 2020 a maio de 2021.

Em 2019, antes da Covid-19, a comercialização ficou pouco acima de R$ 180 milhões. Em algumas empresas o crescimento foi sete vezes maior.

O levantamento foi feito pela Folha com base em documentos sigilosos e abertos enviados à CPI da Covid pelas empresas EMS, Farmoquímica, Momenta Farmacêutica, Abbott, Sandoz, Cristália e Supera Farma. Outras farmacêuticas, como a Apsen, Vitamedic e Brainfarma, não enviaram dados fechados de seu faturamento para a comissão, então o valor total pode ter ultrapassado R$ 1 bilhão.

Entre os remédios listados estão cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e vitamina D.

A quantidade de medicamentos vendida que foi informada pelas empresas multiplicada pelo preço médio também comunicado nos documentos dá um valor de mais R$ 897 milhões gastos de janeiro de 2020 a maio de 2021.

O “kit Covid” se tornou bandeira do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia e um dos flancos da CPI da Covid, que busca apurar ações e omissões do governo no enfrentamento do coronavírus.

A CPI já descobriu, por exemplo, a existência de um gabinete paralelo de aconselhamento ao presidente fora do Ministério da Saúde. São médicos, atuais e ex-assessores palacianos, um empresário bilionário e até um congressista que desprezaram a importância da vacina e enalteceram, em sintonia com Bolsonaro, a defesa de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid.

A comissão agora quer descobrir se há relação das farmacêuticas com o governo e com os membros desse gabinete paralelo. A autoria dos requerimentos é dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Apesar de estudos não apontarem benefícios do uso das drogas contra a Covid, o presidente já sugeriu em diversos momentos o uso precoce da hidroxicloroquina e da ivermectina para o tratamento e a prevenção da doença.

Bolsonaro já atacou a CPI por causa do assunto. Nas redes sociais, respondeu a senadores da CPI que criticam medicamentos sem eficácia comprovada com a frase “não encham o saco”. Segundo o presidente, o médico e o paciente são livres para escolher como querem se tratar.

Em depoimento à CPI da Covid, o coronel Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, reconheceu que o governo federal adotou o tratamento precoce como estratégia principal para o enfrentamento da pandemia, com o “medicamento que o médico julgar oportuno”.

O Ministério da Saúde chegou a lançar no auge da crise sanitária em Manaus o aplicativo TrateCOV, que sugeria a prescrição de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina a partir de uma pontuação definida pelos sintomas do paciente após o diagnóstico de Covid-19.

Das empresas que enviaram os dados, a EMS faturou R$ 142 milhões com medicamentos do “kit Covid” em 2020. Esse quantitativo representou crescimento de 709% em relação ao faturamento do ano anterior.

A empresa informou, em nota, que sempre produziu seus medicamentos para os fins previstos em bula e que não comercializou nenhum “kit Covid”. Em seu site, a empresa se manifesta sobre a ineficácia da hidroxicloroquina para o tratamento contra a Covid-19.

A venda com a hidroxicloroquina foi cerca de 20 vezes maior em 2020 do que no ano anterior. No entanto, a empresa diz que não é possível fazer a comparação, tendo em vista que a produção começou em setembro de 2019.

As farmacêuticas EMS e Apsen tiveram o apoio do presidente Jair Bolsonaro para liberar a importação do IFA (insumo farmacêutico ativo) na Índia para a produção de hidroxicloroquina, segundo documentos do Ministério das Relações Exteriores entregues à CPI da Covid.

Em abril do ano passado, o presidente fez uma ligação para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, dizendo que houve resultados animadores no uso da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com Covid-19.

Na conversa, Bolsonaro destacou que um carregamento de 530 kg de sulfato de hidroxicloroquina estava parado à espera de liberação por parte do governo indiano. Esse carregamento fazia parte de uma encomenda maior da farmacêutica EMS. Ele também disse na época que havia um carregamento da Apsen.

“Gostaria, por isso, em nome do governo brasileiro, de fazer um apelo ao amigo Narendra Modi para que obtenhamos a liberação de importações de sulfato de hidroxicloroquina feitas por empresas brasileiras”, disse.

*As informações são da Folha

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Vídeo: Thaméa Danelon, que receita cloroquina, diz que a anulação das condenações de Lula é golpe contra Lava Jato

Segundo a procuradora Thaméa Danelon, ex-integrante da Força-tarefa da Lava Jato, que anda receitando o kit-covid e fazendo campanha contra a vacinação, porque, segundo ela, a ciência nunca esteve tão confusa, também resolveu se juntar ao coro dos negacionistas do Pingo nos Is, comandado por Augusto Nunes para negar a vacina, a suspeição de Moro e a anulação das condenações de Lula.

Segundo a “médica” sem diploma e procuradora nas horas vagas, essa anulação não tem base jurídica, que a ciência não é confiável e receita, não tome vacina, tome cloroquina.

Isso dá a exata dimensão do que é a corte da república de Curitiba e que tipo de gente condenou e manteve Lula preso por 580 dias.

Para quem gosta de cloroquina jurídica, seguem dois vídeos da inacreditável Thaméa Danelon.

https://twitter.com/Bruno_Moreno_/status/1383187983575052288?s=20

 

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Política

Bolsonaro quer 600 mil mortos

Um ano após o início da pandemia e 300 mil mortes.

Bolsonaro monta um circo midiático e anuncia a criação de um comitê ‘anti-covid’, tratamento precoce com cloroquina. Ou seja, Kit covid que, pelo uso dos medicamentos que o compõem, pacientes vão para a fila de transplante de fígado, quando não morrem após uso.

Para isso, ele pediu união nacional após reunião na manhã desta quarta-feira com chefes dos Poderes, governadores e ministros.

Nisso não há novidade, porque ninguém minimamente são acredita que, da cabeça de um psicopata com ideia fixa, fosse sair coisa diferente.

Bolsonaro não vai mudar, terá que ser mudado, rebocado da presidência da República.

Sua permanência está custando mais de três mil vidas por dia e, 300 mil vidas no total, infelizmente até então.

Sua remoção é urgente, é pra ontem, não há mais tempo pra nada, ou ele fará o que está na sua cabeça, matar mais 300 mil somando um total de 600 mil mortos.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Saúde

Chefes de UTIs ligam ‘kit Covid’ a maior risco de morte no Brasil

Médicos de centros de referência como hospital das Clínicas, Albert Einstein e Emilio Ribas explicam que efeitos colaterais de medicamentos sem eficácia estão prejudicando o tratamento de doentes graves

Defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como estratégia de combate ao coronavírus, o chamado “kit covid” ou “tratamento precoce”, na verdade, contribui para aumentar o número de mortes de pacientes graves, disseram à BBC News Brasil diretores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais de referência.

Mais de um ano depois de a pandemia chegar ao Brasil, Bolsonaro continua defendendo a prescrição de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, embora diversas pesquisas científicas apontem que esses remédios não têm eficácia no tratamento de covid-19.

“Muitos têm sido salvos no Brasil com esse atendimento imediato. Neste prédio mesmo (Palácio do Planalto), mais de 200 pessoas contraíram a Covid e quase todas, pelo que eu tenha conhecimento, inclusive eu, buscaram esse tratamento imediato com uma cesta de produtos como a ivermectina, a hidroxicloroquina, a Azitromicina”, disse o presidente no início do mês.

Mas evidências científicas apontam que esses remédios não têm efeito de prevenção ou tratamento precoce de covid. E médicos de hospitais de referência ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que a defesa e o uso do “kit covid” contribuem de diferentes maneiras para aumentar as mortes no país.

O médico intensivista Ederlon Rezende, coordenador da UTI do Hospital do Servidor Público do Estado, em São Paulo, destaca que entre 80% e 85% das pessoas não vão desenvolver forma grave de covid-19. Para esses pacientes, usar o “kit covid” não vai ajudar em nada. Também pode não prejudicar, se a pessoa não tomar doses excessivas, não desenvolver efeitos colaterais, nem tiver doenças que possam se agravar com esses medicamentos.

Governo Bolsonaro investiu R$ 90 milhões em remédios sem eficácia comprovada contra covid-19.

“A preocupação maior é com os 15% que desenvolvem forma grave da doença e acabam vindo para a UTI. É nesses pacientes que os efeitos adversos dessas drogas ocorrem com mais frequência e esses efeitos podem, sim, ter impacto na sobrevida”, diz Rezende, que é ex-presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

E o “Kit covid” também mata de maneira indireta, ao retardar a procura de atendimento pela população, absorver dinheiro público que poderia ir para a compra de medicamentos para intubação, e ao dominar a mensagem de combate à pandemia, enquanto protocolos nacionais de atendimento sequer foram adotados, disseram médicos intensivistas do Hospital das Clínicas, Albert Einstein e Emilio Ribas.

“Alguns prefeitos distribuíram saquinho com o ‘kit covid’. As pessoas mais crédulas achavam que tomando aquilo não iam pegar covid nunca e demoravam para procurar assistência quando ficavam doentes”, diz Carlos Carvalho, diretor da Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Entre os efeitos da procura tardia por atendimento está a intubação, quando o pulmão já está muito lesionado pelo esforço para respirar. Pacientes que recebem máscara de oxigênio ou ventilação mecânica invasiva antes de chegar à insuficiência respiratória aguda têm mais chances de sobreviver, explicam os médicos intensivistas.

“A falta de organização central e as informações desconexas sobre medicação sem eficácia contribuíram para a letalidade maior na nossa população. Não vou dizer que representa 1% ou 99% (das mortes), mas contribuiu”, completa Carlos Carvalho, que também é professor da Faculdade de Medicina da USP.

Efeitos colaterais em pacientes graves

A pneumologista Carmen Valente Barbas, que atua no Hospital das Clínicas e no Albert Einstein, em São Paulo, diz que a maioria das pessoas que ela atende atualmente dizem, na consulta, que tomaram medicamentos do chamado kit covid.

“A maior parte está tomando essas medicações. Em toda videoconsulta que eu faço, as pessoas dizem que estão tomando e tomando em doses cavalares”, disse à BBC News Brasil.

A maior preocupação dos médicos intensivistas é o efeito colateral desses medicamentos em pacientes que evoluem para a forma grave da covid e que já estão com o funcionamento de órgãos vitais comprometidos.

“Esses remédios não ajudam, não impedem o quadro de intubação, e trazem efeitos colaterais, como hepatite, problema renal, mais infecções bacterianas, diarreia, gastrite. E a interação entre esses medicamentos pode ser perigosa”, completa Barbas, que é professora de medicina da USP e referência internacional em ventilação mecânica.

Entre os medicamentos mais defendidos por Bolsonaro para uso por pacientes com covid estão a hidroxicloroquina, a azitromicina e a ivermectina.

A hidroxicloroquina é um medicamento normalmente usado em pacientes com lúpus, artrite reumatoide, doenças fotossensíveis e malária. A ivermectina é um vermífugo usado para combater vermes, piolhos e carrapatos.

Já azitromicina é um antibiótico que, segundo os médicos, só deveria ser usado em caso de infecção bacteriana, não para prevenir um vírus.

Arritmia, delírios e problema renal

O médico intensivista Ederlon Rezende chama a atenção para o risco da hidroxicloroquina causar arritmia cardíaca, um dos efeitos colaterais possíveis do remédio.

Num paciente que evolui para quadro grave de covid, esse pode ser uma efeito adverso crítico, porque a doença causada pelo coronavírus também afeta o coração, ao promover inflamações do músculo cardíaco e trombose nos vasos e tecidos.

Rezende diz ainda que tem tido problemas com pacientes que precisam ser sedados para intubação e que acordam da sedação com confusão mental mais acentuada por causa do uso abusivo de ivermectina antes de chegar ao hospital.

“O paciente, ao acordar da intubação, pode apresentar delírio. Com pacientes com covid isso é muito frequente, porque o vírus atravessa a barreira hematocefálica e afeta o cérebro, principalmente a região frontal, causando inflamação”, diz.

“A invermectina é uma droga que também penetra no cérebro quando ele está inflamado, e ela deprime mais ainda o cérebro e piora a qualidade do despertar de um paciente intubado. Essa tem sido uma intercorrência frequente nos pacientes que usaram esse remédio antes chegar à UTI”.

A ivermectina, diz ele, também pode provocar lesão renal, outro componente que dificulta a cura de um paciente grave de covid, já que a doença tem potencial para provocar complicações nos rins e demandar hemodiálise.

Brasil vive pico de infecções e tem mais mortes diárias que toda a União Europeia e também América do Norte, segundo dados do Our World in Data.

“Em termos de risco de morte, eu daria destaque para a cloroquina e hidroxocloroquina, com potencial para provocar arritmias fatais. E ivermectina, como já comentei, com potencial de depressão do sistema nervoso central, lesão hepática, lesão renal, entre outros.”

Mais recentemente, Bolsonaro passou a citar a Nitazoxanide, conhecida como Annita, como candidata a integrar o kit covid. O problema, além de não haver qualquer evidência científica de eficácia, é que as pessoas passaram a tomar esse vermífugo junto com outro, a ivermectina, intoxicando o organismo, diz médica do Albert Einstein Cármen Valente Barbas.

“A interação desses medicamentos, tomados juntos, é perigosa. As pessoas estão tomando Annita junto com ivermectina e isso é um absurdo.”

* Nathalia Passarinho/BBC News Brasil em Londres

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Marqueteiro Markinhos Show é nomeado assessor especial do trapalhão Pazuello

Atuando na pasta desde dezembro, marqueteiro Marcos Eraldo foi oficializado no cargo na quarta-feira (20/1). Nos perfis das redes sociais, ele se define como master coach e hipnólogo.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, oficializou a nomeação de Marcos Eraldo Arnoud como assessor especial. Conhecido como Markinhos Show, o marqueteiro e hipnólogo, como se define nas redes sociais, já atuava desde dezembro de 2020 na chefia de comunicação da pasta e permanece no cargo a fim de auxiliar na imagem do ministro general.

Na descrição pessoal no site “venda para o cérebro”, Markinhos se auto denomina ‘Palestrante Motivacional, Master Coach, Analista em Neuromarketing, Especialista em Marketing, SEO, Hipnólogo, Mentalista, Practitioner em PNL, Músico, Empreendedor e Especialista em Marketing Político’.

No Ministério da Saúde, a função de Markinhos é reposicionar a figura de Pazuello, que sofre críticas desde que foi nomeado para o cargo de chefe da pasta, mesmo desconhecendo a engrenagem do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os episódios que enfraqueceram a imagem de Pazuello está, também, a contradição em publicizar a cloroquina e o “kit-covid”, mas dizer que não defende o uso de medicamentos no tratamento contra a doença. Outra polêmica recente foi a crise de oxigênio em Manaus, na qual Pazuello, apesar de prometer e trabalhar para assistir à capital amazonense, admitiu que a situação saiu do controle.

Repaginada

Em meio ao cenário marcado por contradições, a repaginada na imagem de Pazuello deve estar alinhada com os direcionamentos do presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, Markinhos posa ao lado do mandatário, reforçando que o objetivo não é entrar em conflito com os ideais de Bolsonaro e, sim, conectar a atuação do Ministério da Saúde mais diretamente ao governo federal.

Campanha frustrada

Markinhos prepara uma campanha publicitária em relação à vacinação contra a covid-19. Uma das primeiras ações seria o evento no Palácio do Planalto no último dia 19 que, simbolicamente, marcaria o início da imunização. No entanto, a cerimônia foi cancelada após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se antecipar em ação semelhante, logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial da Coronavac. Em resposta, o governo federal realizou uma coletiva que marcou o início da distribuição das doses aos estados, sem a presença de Dória.

*Correio Braziliense

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