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Vereador petista denuncia ameaça a namorada: “Grupo do Bolsonaro”

Ameaça acontece um dia após grupo armado comandado pelo deputado bolsonarista Rodrigo Amorim intimidar ato de Marcelo Freixo no Rio e uma semana após assassinato de Marcelo Arruda por apoiador de Bolsonaro.

O vereador Leonel Radde (PT-RS), policial antifascista e pré-candidato a deputado estadual, denunciou na madrugada deste domingo (17) uma ameaça sofrida pela namorada por meio de uma ligação telefônica.

“Minha namorada acaba de receber uma ligação telefônica de um número restrito em que um homem a ameaça utilizando uma palavra de uma postagem que fiz pra ela”, escreveu Radde, que sinaliza que a ameaça veio de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

“Qualquer situação de violência que ocorrer contra mim, ou minha família, será sim crime político do grupo do Bolsonaro”, emendou o vereador. A Fórum entrou em contato com Radde para saber mais detalhes da denúncia, mas até agora não obteve retorno.

A ameaça acontece um dia após o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ) – o mesmo que quebrou a placa de Marielle Franco nas eleições de 2018 – levou um grupo de apoiadores armadas para fazer ameaças em ato de militantes da candidatura Marcelo Freixo (PSB), pré-candidato a governador do Rio, e uma semana depois do assassinato do guarda civil petista, Marcelo Arruda, pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho.

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Política

Leonel Radde: Bolsonaro está perdendo aderência junto a policiais

Em entrevista exclusiva à TV GGN, ex-policial diz que aqueles que ainda apoiam o presidente sentem-se empoderados para radicalizar posicionamento.

A grande maioria dos policiais aderiu ao discurso bolsonarista nas eleições de 2018, mas o presidente já não é mais unanimidade entre a categoria, como explica o vereador e ex-policial civil Leonel Radde (PT).

Em entrevista exclusiva ao jornalista, Radde explica que muitos policiais aderiram à onda bolsonarista por considerarem que o então candidato tinha um discurso pró-polícia, e que ele seria responsável por adotar uma política de segurança pública.

“Pois bem. Hoje nós tivemos uma redução considerável da aderência ao bolsonarismo dentro das corporações”, diz Radde. “Tem pesquisas que saíram que dão conta de que 40% da PM teria aderência, na Polícia Civil menos de 10%, na Polícia Federal menos ainda e na Polícia Rodoviária Federal muito próximo ao que tem a PF”.

Contudo, existe um ponto a ser considerado: a aderência ao bolsonarismo tem sido menor ante o visto em 2018 por conta das diversas políticas implantadas contra os servidores públicos, e que acabaram por afetar a classe policial.

“Só para dar um exemplo de algo muito grave que aconteceu com os policiais: graças ao Bolsonaro hoje, a família de um policial morto em serviço não tem mais direito a uma pensão”, diz Radde.

“Eles dividiram de tal forma que os filhos vão chegando aos 24 anos, e perdendo toda a pensão”, ressalta o vereador e pré-candidato a deputado estadual no Rio Grande do Sul.

“Antes, a pensão ficava com a esposa do policial – e o Bolsonaro fez uma divisão do tipo 10% para a esposa mais filhos, cada um fica com uma porção determinada, e quando os filhos vão chegando a uma determinada idade vai se perdendo”. Leonel Radde – vereador (PT – RS)

“Quer dizer, ele extinguiu essa situação para policiais vitimas de confrontos, enfim, durante o seu serviço – que é algo razoável, que policial tenha uma pensão quando morre em serviço combatendo a criminalidade”, ressalta o ex-policial civil.

Apoiadores estão mais radicalizados

Embora Bolsonaro tenha tomado uma série de medidas que afetaram a simpatia dos policiais, aqueles que permanecem no bolsonarismo “estão cada vez mais radicalizados, cada vez mais violentos e cada vez mais se sentindo empoderados para atos de violência”, diz Leonel Radde.

Como exemplo, é citado o caso da morte do guarda municipal Marcelo Arruda pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, um assumido apoiador de Bolsonaro, na cidade de Foz do Iguaçu (PR).

Segundo Leonel Radde, Arruda “era membro do Movimento dos Policiais Antifascismo, membro do Partido dos Trabalhadores, era um guarda municipal – mas enfim, houve um confronto, houve um assassinato por parte de um bolsonarista, que executou esse outro agente da segurança pública”.

Radde cita outro caso de radicalismo bolsonarista entre os policiais: em meio à sua campanha pré-eleitoral, o vereador diz ter visitado muitas delegacias. Em sua maioria o clima era amistoso, embora alguns não concordem – em um clima médio que é normal nas democracias.

“Em uma delegacia específica que eu fui, tinham dois colegas – de toda a delegacia, estava toda tranquila, mas tinham dois colegas em um determinado setor. E um já me conhecia porque era meu seguidor nas redes sociais”, diz Leonel Radde.

“A primeira coisa que os dois falaram foi o seguinte: aqui é todo mundo fascista, aqui é todo mundo bolsonarista (já assumindo a característica fascista) e dizendo ‘não, aqui não tem essa aí porque o PT defende a criminalidade, o PCC’, todas aquelas histórias, que é uma vergonha para a polícia, etc”, ressalta o vereador.

Segundo Leonel Radde, o clima mais radicalizado dos apoiadores bolsonaristas, que acabam sendo mais violentos e agressivos, acaba por intimidar os demais policiais que não compactuam com tal discurso.

“Fica aquele clima de uma cara de uma corporação majoritariamente conservadora, mas não reacionária e não fascista, um grupo minoritário que é de esquerda mais progressista, e um pequeno grupo fascista mesmo, mas mais propenso a ações violentas”, diz o ex-policial.

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Política

Lula e Leonel Radde são ameaçados de morte por nazistas, que marcam até data

Além das ameaças, vereador recebeu por WhatsApp fotos de armas e vídeo de mulher negra sendo enforcada e assassinada por supremacistas.

O vereador de Porto Alegre e policial civil Leonel Radde (PT-RS) foi alvo de novas ameaças de morte feitas por neonazistas através de mensagens enviadas no número de WhatsApp de seu mandato.

Radde coordena a Operação Bastardos Inglórios, um canal de denúncias, em parceria com a polícia, que visa identificar e combater a atuação de grupos neonazistas no Rio Grande do Sul.

Nas novas mensagens recebidas, os extremistas chegaram a dar uma data para a morte do vereador: dia 31 de outubro deste ano. “Sua morte está planejada, será dia 31 de outubro de 2022, 21h, no Rio Grande do Sul”, diz uma das mensagens.

“Vamos te matar, seu lixo. Sua cara vai ficar cheia de balas”, dizem os detratores, que prometem ainda matar o ex-presidente Lula (PT), a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e também o ativista do movimento negro Antonio Isupério, que já vou alvo de ameaças de grupos neonazistas em outras ocasiões.

“Se prepara, você, Lula e o Isupério estão ferrados, vamos acabar contigo, seus vermes, lixo, macacos de merda (…) Lula vai morrer”, dizem, em meio a inúmeras mensagens do tipo.

Em outra, deixam claro que pertencem a grupos nazistas. “Eu acabo com tua vida se mexer com o cara que vendeu objeto nacional socialista [referência ao Partido Nacional Socialista, de Adolf Hitler]. Se você continuar prendendo fascistas, acabo com tua raça e da Maria do Rosário”, escrevem, junto a fotos e gifs de armas e um vídeo de uma mulher negra sendo enforcada e assassinada por supremacistas brancos.

“Novamente avisamos aos nazifascistas: NÃO SEREMOS SILENCIADOS. A Operação Bastardos segue ativa e logo teremos novidades”, escreveu Leonel Radde ao divulgar as ameaças.

Leonel Radde denunciou loja que vende produtos nazistas, que agora é investigada pela polícia

A loja Toca dos Bordados, de Gravataí (RS), além de ter sido banida da plataforma de vendas online Mercado Livre, é alvo de uma denúncia registrada na Delegacia de Polícia Civil de Combate à Intolerância (DPCI), de Porto Alegre (RS), e deve ser investigada por apologia ao nazismo.

Em fevereiro, o Mercado Livre informou que baniu a loja e excluiu anúncios de produtos, entre eles patches para bordar na roupa com o símbolo da Schutzstaffel (SS), polícia especial de Estado à época da Alemanha nazista de Adolf Hitler, e também com um caveira sob uma cruz de ferro, outra referência ao nazismo.

A venda desses produtos foi exposta pelo vereador Leonel Radde (PT-RS), que é policial civil. Além de ter pressionado o Mercado Livre a retirar os anúncios, Radde registrou um boletim de ocorrência na DPCI e, segundo ele, foi aberta uma investigação por apologia ao nazismo contra a loja.

No Brasil, apologia ao nazismo é crime previsto é crime previsto no artigo 1º da Lei 7.716/89, com pena de reclusão de 1 a 3 anos, além de multa. A legislação considera apologia ao nazismo fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação nazistas.

*Com Forum

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Política

Bolsonarista ameaça sequestrar Lula e enforcá-lo, denuncia vereador

Segundo o vereador, o autor da ameaça é funcionário do TJ-RS.

O vereador Leonel Radde (PT), de Porto Alegre, usou as redes sociais nesta sexta-feira (27) para denunciar mensagens em que um bolsonarista ameaça sequestrar e matar o ex-presidente Lula.

“Vamos limpar os bandidos do país sequestrrando o Lula e fazendo ele devolver nosso dinheiro. Depois enforcamos em praça pública para que sirva de exemplo. Só a morte do maior bandido do mundo poderá mudar este país”, diz uma das mensagens divulgadas por Radde.

As declarações seriam de Ricardo Chevarria. Em outras mensagens, o bolsonarista ainda diz “esse bandido ainda vai morrer, é só sair às ruas e pá” e “estou só pelos comícios, quero ver ele na rua”. “Não dura 5 minutos”, diz.

Radde ainda apontou que o autor das mensagens trabalharia no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) e cobrou as autoridades. “Esse criminoso, Ricardo Chevarria, ameaça de sequestro, homicídio e tortura uma figura pública do país. E o pior: aparentemente ele trabalha no TJ-RS. Esse tipo de fascista tem que responder pelos seus crimes, urgente! As autoridades devem se manifestar, agora!”, tuitou.

Após a revelação da mensagem, perfis relacionados ao nome Ricardo Chevarria foram apagados no Twitter e Instagram.

A Fórum consultou o Portal da Transparência do TJ-RS e verificou que há um servidor com o nome Ricardo Correa Chevarria. O servidor atua como oficial escrevente na Central de Cumprimento Cartorário (CCC) Gravataí.

Como todos os perfis foram apagados, não foi possível confirmar se é de fato a mesma pessoa, mas nas redes sociais diversos usuários cobraram um posicionamento do TJ diante da possibilidade de um servidor bolsonarista ameaçar sequestrar Lula. O órgão, no entanto, não se manifestou.

*Com informações da Forum

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Vídeo: Policiais Antifascismo denunciam festival neonazista em Canoas/RS? Todos serão punidos

O policial civil Leonel Radde, membro do grupo Policiais Antifascismo, denunciou através de um vídeo divulgado pelo YouTube, a realização de um festival neonazista na cidade de Canoas/RS, no próximo dia 18 de janeiro.

Radde, que foi candidato a deputado estadual pelo PT no Rio Grande do Sul e teve mais de dez mil votos, avisa que estão programadas para participarem do festival bandas simpatizantes do movimento. De acordo com ele, segundo a lei 7716/89, apologia ao nazismo, atos de racismo são crimes e têm uma pena razoável.

 

 

*Com informações do 247