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Lula se reúne com lideranças indígenas para discutir conflitos no Mato Grosso do Sul

Há quase um mês, o conflito entre indígenas e produtores rurais tem gerado tensão na área rural de Douradina (MS).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou na manhã deste sábado (10) com lideranças indígenas Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul para abordar a escalada dos conflitos fundiários na região.

Em suas redes sociais, Lula compartilhou uma foto ao lado das lideranças indígenas e dos ministros Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência da República), Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul) e da presidente da Funai, Joênia Wapichana. “Recebi uma comitiva de lideranças Guarani-Kaiowá para tratar do conflito no Mato Grosso do Sul, que se intensificou nos últimos dias”, escreveu o presidente.

Conflito Fundiário

Há quase um mês, o conflito entre indígenas e produtores rurais tem gerado tensão na área rural de Douradina (MS). Na última semana, diversos feridos foram registrados durante disputas armadas pela terra conhecida como Panambi-Lagoa Rica.

Na segunda-feira (5), seis pessoas ficaram feridas, sendo cinco produtores rurais e um indígena. Os feridos, que sofreram lesões superficiais, recusaram atendimento médico. No sábado anterior (3), cinco indígenas da etnia Guarani-Kaiowá foram atingidos por tiros de armas letais e munição de borracha. Os feridos foram encaminhados ao Hospital da Vida, em Dourados, onde apenas um indígena permaneceu internado.

Após o agravamento do confronto, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, visitou a área na terça-feira (6), onde dialogou com representantes indígenas e prometeu buscar soluções para o conflito através do diálogo.

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Globo e a manipulação: A ampla cobertura da Primavera Árabe e o silêncio sobre o levante popular no Equador

O que está acontecendo no Equador? Depende. Para a Globo, não está acontecendo absolutamente nada.

O levante popular vitorioso no Equador conseguiu a suspensão dos decretos firmados entre o governo e o FMI. As negociações vão prosseguir medidas pela ONU e pela Igreja Católica. Lideranças indígenas interrompem a mobilização. Manifestantes comemoram. Ou seja, tudo o que a Globo não quer que aconteça no Brasil com as medidas neoliberais de Paulo Guedes em que ela é a principal garota propaganda.

A diferença de cobertura da Globo da primavera árabe, em 2013, para a insurreição indígena que ocorre no Equador, é gritante, é escandalosa.

Se a Globo pretendia contagiar a população brasileira, em 2013, cobrindo as manifestações da primavera árabe, ela conseguiu e ainda pôde estimular, ao vivo, todas as manifestações, aqui no Brasil, manipuladas por ela. As manifestações começaram em função de 0,20 centavos e se alastraram perigosamente para um fascismo tresloucado, na clara tentativa de derrubar Dilma Roussef.

Agora, a Globo se coloca de forma oposta em um silêncio ensurdecedor, repetindo a mesma receita que ela usa para proteger Moro e sua quadrilha nos vazamentos publicados pelo Intercept.

A Globo não dá um pio sequer sobre o levante popular do Equador contra o neoliberalismo de Lenín Moreno, capacho do FMI, para que isso não contagie a população brasileira contra o desastroso governo de Bolsonaro. O que mostra que ela é tão nefasta quando ataca seus alvos para estraçalhar reputações, promover levantes quanto quando se silencia para proteger aliados e consagrar sistemas econômicos que lhe são favoráveis.

Detalhe: a Globo é uma concessão pública que não tem o menor compromisso com esse detalhe, trata a concessão como algo privado que lhe dá o direito à manipulação da opinião pública por interesses próprios, noticiando o que quer, como quer e quando quer, sem ser incomodada por ninguém.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas