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Campanha de Bolsonaro não quer mais falar sobre corrupção porque não se fala em corda em casa de enforcado

De repente o assunto corrupção no PT envolvendo Lula, foi substituído pela milionésima acusação furada de Marcos Valério. O troço feito aos solavancos, tem um motivo, não para de chegar denúncias de corrupção que envolvem o governo Bolsonaro.

A do MEC, em que ele, nitidamente, recebeu informações privilegiadas para obstacular as investigações, fez com que o assunto corrupção causasse urticária em Bolsonaro e, consequentemente, a cafubira contaminou a campanha, porque não se pode dar arma ao inimigo com assunto extremamente delicado para quem tem rabo pra lá de preso no famoso “tocante à corrupção”.

Bolsonaro funciona assim, as pessoas falam de Marielle e do assassino dela, que morava a 50 passos da casa de Bolsonaro, imediatamente ele apela para o assassinato de Celso Daniel, deixando claro que o assunto Marielle incomoda profundamente o clã.

Por outro lado, basta que uma investigação chegue próximo de Bolsonaro ou de seus familiares para que ele se interne no mesmo hospital, com o mesmo médico, alegando estar entupido de fezes, até que o médico chegue de uma viagem internacional e, poucos minutos depois de estar com Bolsonaro, ele fica curado após soltar um traque.

Mas até que isso aconteça, Bolsonaro põe o clã todo para dar entrevista desencontrada sobre a ridícula farsa da facada para que o nome dele saia das cordas e que possa respirar um pouco, até que se ache uma fresta para o esperto escapar.

Foi assim na CPI do genocídio e em tantos outros casos em que a internação e lorota requentada da facada, que já está pra lá de esturricada, virar uma opção para mudar as manchetes negativas sobre o governo corrupto de Bolsonaro.

Por isso, esse troço sem pé nem cabeça de Marcos Valério ligar o PT ao PCC, vem da Veja, que tem a mesma credibilidade do Paraná Pesquisas e da Jovem Pan.

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Política

Clésio Andrade, Empresário vacinado às escondidas, foi vice de Aécio e sócio de Valério

Empresário vacinado às escondidas foi vice de Aécio e sócio de Valério.

O empresário Clésio Andrade, de 68 anos, foi um dos vacinados contra a Covid-19 às escondidas em Minas Gerais, segundo reportagem da revista Piauí dessa quarta-feira (24/3). Clésio foi vice-governador de Minas Gerais na gestão de Aécio Neves, entre 2003 e 2006, senador entre 2011 e 2014 e sócio do ex-publicitário Marcos Valério, conhecido por sua participação no esquema do mensalão.

Mesmo com os cargos políticos, Clésio manteve-se na presidência da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ele foi presidente da organização por 26 anos, entre 1993 e 2019, acumulando também a presidência dos conselhos nacionais do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).

Alegando problemas de saúde, o pedido de renúncia foi acompanhado de laudo médico com diagnóstico de necrose no fêmur das duas pernas. Com isso, as acusações contra ele foram remetidas para a Justiça de Minas Gerais

Cinco anos depois, em 2019, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), anulou as denúncias contra o ex-senador, que havia sido condenado em primeira instância, encerrando o caso.

No início da década de 1990, Clésio comprou participação em duas agências de publicidade de Belo Horizonte, SMP&B e DNA Propaganda, e colocou o publicitário Marcos Valério para dirigir as duas empresas.

Com Valério, o empresário teria articulado o esquema de fraude e colocado o publicitário para operar o caixa 2 na campanha à reeleição do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo do Estado em 1998.

Vacinação às escondidas

Um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares tomaram, nessa terça-feira (23/3), a primeira das duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em Belo Horizonte.

As vacinas beneficiaram, segundo a reportagem, cerca de 50 pessoas, e as doses foram aplicadas após uma compra por iniciativa própria, sem repassar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Já a segunda dose está prevista para daqui a 30 dias. As duas doses custaram a cada pessoa R$ 600.

De acordo com a revista, os organizadores da vacinação foram os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur. As doses teriam sido aplicadas dentro da garagem de uma das empresas do grupo.

*Com informações do Metrópoles

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Como se fosse Lula e não ele o vizinho do assassino de Marielle, Bolsonaro usa o esgoto da Veja para atacá-lo

Possivelmente num jogo combinado entre Veja e Bolsonaro, no dia em que a Istoé revela o esquema criminoso do clã, Bolsonaro/Carluxo usa o twitter para fazer cortina de fumaça sobre as revelações pesadíssimas que a Istoé trouxe nesta sexta-feira (25) em sua matéria, parecendo até que foi um filho de Lula e não um de Bolsonaro, que namorou a filha do miliciano pego com mais uma centena de fuzis e que também é apontado pela polícia como o assassino de Marielle.

Se Queiroz fosse amigo de Lula e motorista de seu filho e tivesse depositado dinheiro na conta da Dona Marisa, todos estariam presos há muito tempo.

Quem vê Bolsonaro escrevendo no twitter, imagina que Queiroz que, a mando do clã Bolsonaro, criou uma espécie de classificados de laranjas, oferecendo empregos no legislativo a módicos R$ 20 mil por cabeça, é o homem forte de Lula e não de Bolsonaro.

Lendo o seu twitter, alguém deve imaginar que, quem passou a vida condecorando milicianos e empregando seus familiares, foi Lula e não Bolsonaro e seu clã.

O fato é que Moro se transformou no Blindador Geral da República para segurar todas as denúncias de crime do clã do patrão. O mesmo Moro que prendeu Lula sem provas para Bolsonaro vencer a eleição e ele virar ministro. Tudo tão ridiculamente patético, tão deprimente para o judiciário e Ministério Público brasileiros.

E a Veja, sabendo que Palocci se transformou em delator de sebo, convocou Marcos Valério que disse à mesma que ouviu falar que alguém disse para um amigo seu que Lula é quem mandou matar Celso Daniel.

Essa já é a enésima vez que, sem qualquer inspiração para criar factoides, a velha direita brasileira abre a tampa do esgoto da Veja para soltar o seu odor fétido, carregado de bactérias saídas de sua redação.

Não sei se essa gente acredita na eficácia desse tipo de ação. Bolsonaro, que é um medroso contumaz, está apavorado com a rebelião do povo chileno que resolveu botar um fim num governo neoliberal que Paulo Guedes tem como escapulário.

Sem trazer nada de concreto de sua longa viagem internacional, a não ser o medo, Bolsonaro mostra o quanto está apavorado com a liderança de Lula que é respeitadíssimo na China, a mesma que despreza solenemente a sua visita.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas