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O amor vence o ódio, mais uma vez

A feição dessa disputa eleitoral é outra completamente diferente da de 2018, que  foi a continuação do ódio que se silenciou na farsa do mensalão, expandiu-se em 2013, mostrou suas unhas em 2015 no golpe contra Dilma, liderado pelo PSDB, depois da quarta derrota consecutiva para o PT, e desembocou num apetite mais cru com a campanha imunda que elegeu Bolsonaro em 2018, tendo como protagonista, Moro, que a cada dia que passa, torna-se mais pálido politicamente, mas provoca engulho em quem hoje assiste à sua fala.

Assim, não é somente Moro, o criador de Bolsonaro, que derrete, mas o próprio que não consegue mostrar, em sua fisionomia e fala, que seu chão anda cada dia mais mole.

Essa gente não representa o povo que é, em síntese, um povo com talento para ser feliz, para ser festa e convocar o planeta para uma grande confraternização de povos, sobretudo no carnaval, a maior festa popular e, consequentemente, o maior evento cultural do planeta.

E isso é muito, ao contrário do que pensam algumas cabeças colonizadas.

Na verdade, o ódio nunca se sobrepôs ao amor nesse período todo que narramos aqui. Foi preciso um sistema de justiça totalmente apodrecido e corrompido fazer o serviço mais sujo se omitindo diante do golpe contra Dilma sob a alegação fajuta de crime de responsabilidade fiscal. Uma presidenta que deixou o governo com nada menos que US$ 380 bilhões em reservas internacionais, mas que seu governo já estava marcado para morrer quando a escumalha institucional desse país resolveu derrubá-la em parceria, como sempre, com a velha e tirânica elite brasileira.

Já Lula, depois de condenado e preso sem provas, o povo, opondo-se ao juiz corrupto, Sergio Moro, mostrava nas pesquisas de 2018 que daria a vitória a Lula já no primeiro turno diante de um STF totalmente rendido que hora nenhuma se opôs à baderna política para, no final das contas, colocar no poder essa caricatura de um idiota americano chutado pelas urnas e se vendo cada vez mais isolado do mundo civilizado.

A festa das eleições municipais está bonita com a esquerda renovando o seu brilho, e a direita enterrando seus últimos ossos, mesmo que o centrão, o mais tradicional bloco liberal do país ainda se mantenha forte por seu poder financeiro, a sociedade cada dia mais se enxerga pelas lentes da esquerda.

Lógico que, nisso tudo, a campanha de Boulos e Erundina (Psol) é a que mais encanta. Um jovem, com 38 anos que sabe conduzir com leveza e paciência uma quebra de paradigma sobre os desvalidos produzidos por anos de hegemonia tucana em São Paulo, independente do resultado das urnas, já é um gol de letra, ao estilo Doutor Sócrates e sua elegância matadora.

Não se pode também deixar de enaltecer as belíssimas campanhas de Manuela D’Ávila (PcdoB) e Marília Arraes (PT), assim como as grandes viradas que o PT está promovendo em várias cidades Brasil afora.

Por isso, o sonho de um país mais justo se cristaliza, mesmo diante de um quadro em que se tem na presidência um verdadeiro monstro com uma psicopatia extremamente agressiva.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Com disputa acirrada, servidores de Recife são pressionados a fazerem campanha para João Campos

Chefes pressionam subordinados em grupos de WhatsApp a trabalhar pelo candidato do prefeito Geraldo Julio (PSB).

Servidores com cargos comissionados na Prefeitura do Recife estão sendo escalados pelos chefes diretos para cumprir desde o primeiro turno missões diárias na campanha de João Campos (PSB). Filho do ex-governador Eduardo Campos, o candidato é apoiado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB).

As convocações incluem bandeiraços, distribuição de panfletos em semáforos e comunidades e o uso de camisetas amarelas —cor da coligação do PSB. São feitas em grupos organizados pelo WhatsApp e divididos de maneira sistêmica por secretarias e órgãos públicos municipais.

A Folha teve acesso ao conteúdo de grupos de pelo menos quatro secretarias municipais e confirmou a autenticidade das mensagens após entrevistar alguns dos funcionários que integram o que eles chamam de “time”.

Em algumas das mensagens postadas, o servidor precisa indicar qual a agenda em que ele estará presente.

Os grupos são compostos por no máximo dez pessoas e têm uma espécie de capitão, geralmente o que tem maior poder hierárquico dentro do órgão municipal, que orienta os comandados.

Parte deles relata que, apesar de serem chamados de “voluntários”, são pressionados e constrangidos pelos chefes a cumprir a missão determinada.

Em um dos grupos a que a Folha teve acesso, uma funcionária que ocupa cargo de chefia na Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife lista numa mensagem postada o que os cargos comissionados devem fazer naquele determinado dia.

“Pessoal, amanhã preciso do grupo inteiro. Vamos sair do posto às 17h de ônibus, pontualmente, para alguma ação na nona zona (não tenho o destino final). Peço que usem amarelo, ok?”

Em seguida, uma nova mensagem informa aos subordinados o ponto onde os servidores públicos devem se encontrar para começarem o trabalho.

“O ponto de encontro é no posto shell às 16h45. Não vou confirmar os nomes porque conto com a presença de todos nesta reta final”, diz o aviso postado.

Um dos integrantes do grupo confirmou à Folha que existe uma coação velada para que todos os servidores estejam no local determinado após as convocatórias.

No fim da agenda, uma foto de todo o grupo é postada para comprovar o cumprimento da demanda estabelecida.

“Gente, nesse segundo turno, não iremos fazer sinal. Será apenas comunidade e com carga máxima. Aguardem novas orientações”, diz a mensagem postada pela mesma funcionária.

Dois dias após a divulgação dos resultados do primeiro turno, que colocou João Campos e Marília Arraes (PT) na disputa final, uma nova mensagem foi encaminhada a todos os comissionados da secretaria.

“Gente, vencemos a primeira batalha e agora vamos ganhar a guerra. A partir de amanhã, voltaremos às ruas com toda força. Teremos ações todos os dias para todos os times. Aguardem novas orientações.”

Em outro grupo, um alerta importante para os servidores é emitido: “Ontem, às 23h, recebi uma nova planilha com alteração de algumas escolas. Vou colocar a planilha aqui e peço que, com muito cuidado, vocês procurem os nomes de vocês e em seguida preencham uma lista confirmando que sabem onde vão atuar no dia D!”.

Os funcionários municipais respondem com um “ok”. Um dos servidores explicou à Folha que, na maioria das vezes, as mensagens convocatórias estabelecem um ponto de encontro.

De acordo com ele, que não se identificou por temer represálias, todos entram em um ônibus e vão para os destinos estabelecidos.

Não há, de acordo com o relato dele, pagamentos de lanches ou uso de carros oficiais.

“Peço que não esqueça de usar amarelo, tá? Acabaram de reforçar esse pedido. Peço que todos contribuam. Muito obrigada”, diz a mensagem postada no grupo na primeira semana do segundo turno.

Os nomes dos funcionários são listados um a um com a ação de campanha a ser feita no dia. “Ação Panfletagem porta a porta. Quarta-feira (25/11). Saída: 16h30 (Praça do Arsenal). Local: Nova descoberta (6ª zona)”, avisa mensagem postada nesta quarta-feira (25) em um dos grupos.

 

*Com informações da Folha

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