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Protagonista do primeiro escândalo de corrupção do governo Bolsonaro, Michelle orou na convenção e Queiroz foi pra pelada

Enquanto Queiroz quer construir sua trajetória política com uma imagem de vigarista boa praça, o baixinho carequinha, amigo da garotada, Michelle assume protagonismo na convenção, falando em Deus mais de 40 vezes para atrair a simpatia de parte do eleitorado que mais rejeita Bolsonaro, as mulheres, que querem vê-lo longe do Palácio do Planalto. Apenas 1/4 das mulheres dizem que votarão nele.

Pode soar estranho dois personagens que estavam tão distantes na convenção, mas que estiveram tão próximos na mesma manchete durante esses quatro anos por inaugurarem uma série de escândalos sobre o esquema de peculato montado por Bolsonaro, chamado de rachadinha, em que, a princípio, o Coaf identificou depósito feito pelo miliciano Queiroz, parceiro de batalha de Adriano da Nóbrega e Bolsonaro, na conta da primeira dama, o que lhe deu a alcunha imediata de Micheque nas bocas malditas.

Enquanto Michelle fazia uma performance artística utilizando o estilo da beata recatada e rainha do lar, Queiroz, que furou o compromisso que fez com Flávio de ir à convenção de Bolsonaro, foi para uma pelada.

Os dois voltaram assim às manchetes de hoje, mas separados. Separados fisicamente, mas juntos na memória coletiva do povo, afinal, era a mão santa de Queiroz que depositava aquele dinheiro bento, cheio de luz, na conta da primeira dama, aquela que, ontem, apareceu imantada de pureza e ternura em nome da caça dos votos das mulheres.

Já Queiroz, que aposta num espírito mais folgazão, talvez tenha achado melhor não posar ao lado de figuras com imagens esturricadas, como é o caso de Arthur Lira e o próprio Bolsonaro que, em outras palavras, deu a Lira a faixa de capitão do seu time e homem que manda e desmanda no orçamento secreto.

Seja como for, o sabor amargo da convenção e lançamento da candidatura de Bolsonaro só aumenta, na medida em que a natureza dos fatos se encarrega de denunciar que tipo de gente está no controle do país em que a sociedade cobra a cada dia com mais intensidade que sejam removidos a fórceps do Palácio do Planalto no dia 2 de outubro.

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Política

Olha a Micheque aí novamente: Mensagens citam suposta atuação de Michelle Bolsonaro no caso das vacinas

‘Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia’, diz o policial Luiz Paulo Dominguetti em uma conversa de março.

Segundo matéria do Radar, Veja, uma nova leva de mensagens do cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominguetti, em poder da CPI da Pandemia, insere um novo personagem na nebulosa negociação de vacinas superfaturadas da Davati com o governo de Jair Bolsonaro.

Numa conversa registrada em 3 de março, Dominguetti fala com um interlocutor identificado como Rafael Compra Deskartpak sobre a operação em curso, naqueles dias, para que o grupo chegasse até Bolsonaro no Planalto. Como a CPI já descobriu, o reverendo Amilton Gomes de Paulo atuou para aproximar os supostos vendedores de vacina do gabinete presidencial. Ele entrou na empreitada por ser próximo da primeira família.

Nas novas mensagens, Dominguetti comenta assustado sobre os avanços do reverendo. “Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia”, escreve.

O interlocutor se mostra incrédulo diante do nome da primeira-dama. “Quem é? Michele Bolsonaro?”

E Dominguetti retorna: “Esposa sim”.

O interlocutor orienta o policial a ligar para Cristiano Carvalho, CEO da Davati no Brasil, que pilotava a operação: “Pouts. (sic) Avisa o Cris”.

Não fica claro, quando Dominguetti diz que “Michelle está no circuito”, que tipo de participação a primeira-dama pode ter no caso. Os integrantes da CPI devem avançar sobre esse ponto para entender se a primeira-dama foi usada para que os supostos vendedores de vacinas chegassem a Bolsonaro.

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