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Zelensky revela ‘esfriamento’ da adesão da Ucrânia à OTAN e admite opção de reconhecer Crimeia

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, falou sobre a possibilidade de discutir a questão do reconhecimento da Crimeia com a Rússia.

Respondendo a uma questão sobre o reconhecimento da Crimeia e das repúblicas de Donbass, o presidente ucraniano, Vilodimir Zelensky, falou sobre a “possibilidade de discutir o assunto e chegar a um compromisso sobre como as pessoas viverão na região”.

Foi desta forma que Zelensky comentou a questão sobre a sua disposição de reconhecer estas regiões.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, também afirmou que a questão da adesão da Ucrânia à OTAN “esfriou”.

“Sobre a OTAN, há tempos eu já me esfriei sobre esta questão depois de entendermos que a Aliança Atlântica não está pronta para aceitar a Ucrânia. A aliança teme contradições e conflitos com a Rússia”, afirmou Zelensky.

Além disso, o presidente ucraniano colocou a responsabilidade pela morte de pessoas na Ucrânia no Ocidente, que, de acordo com suas palavras, se recusa a fechar o espaço aéreo de seu país e a fornecer aviões.

“Treze dias que escutamos apenas promessas. Treze dias que falam que logo nos ajudarão no céu, que haverá aviões, que eles serão nos entregues”, afirmou.

Anteriormente, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov declarou que Moscou pode parar a operação militar especial na Ucrânia “a qualquer momento”, caso Kiev aceite as condições: reconhecer a Crimeia como sendo território russo, a soberania das repúblicas de Donetsk e Lugansk, bem como a neutralidade da Ucrânia.

Com Sputnik

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Ex-premiê ucraniano: OTAN planejava iniciar guerra mundial contra Rússia com uso de armas nucleares

Nikolai Azarov, ex-primeiro-ministro da Ucrânia, disse que a Rússia decidiu restaurar ordem na Ucrânia para evitar uma terceira guerra mundial e um ataque ao seu território.

“Para evitar uma terceira guerra mundial e um ataque à Rússia com uso de armas nucleares, o governo russo tomou a decisão de controlar esta situação e restaurar a ordem na Ucrânia”, escreveu ele em sua conta no Facebook.

De acordo com o ex-premiê, as tropas ucranianas sob a liderança de batalhões nacionalistas estavam se preparando para iniciar uma operação militar em Donbass em 25 de fevereiro.

“Um dia antes do início da guerra para aniquilamento da população de língua russa no Donbass, foram tomadas decisões marcantes. Sob o controle dos batalhões nacionalistas, o Exército ucraniano estava se preparando para iniciar uma operação no Donbass em 25.02.22”, afirmou Azarov.

Além disso, ele disse que no verão de 2022 [inverno no Hemisfério Sul] a OTAN planejava acordar a introdução de forças na Ucrânia e até o fim do ano provocar um conflito nuclear com a Rússia.

“Desde dezembro de 2021, a Rússia recebia dados sobre os planos da OTAN de implantar no território da Ucrânia quatro brigadas militares (duas terrestres, uma marítima, uma aérea). Além do mais, a brigada aérea tinha capacidade de transportar ogivas nucleares. A OTAN queria chegar a um acordo sobre essa implantação de tropas na reunião do Conselho de Segurança da ONU no verão de 2022. Então, muito provavelmente até o final do ano, eles provocariam um conflito e lançariam uma ação militar em larga escala contra a Rússia usando armas nucleares.”, concluiu ex-ministro ucraniano.

 - Sputnik Brasil, 1920, 02.03.2022

Lavrov sobre possibilidade de guerra nuclear: melhor perguntar a Biden

A Rússia começou a operação militar especial de “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia, em 24 de fevereiro, por ordem do presidente Vladimir Putin, após ter reconhecido oficialmente a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. O passo da Rússia provocou uma onda de sanções dos países ocidentais contra Moscou em todos os setores.

*Com Sputnik

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Zelensky pede reunião com Putin para negociar pausa em bombardeios

O pedido ocorreu em uma entrevista gravada por um pool de imprensa internacional e transmitida nesta quinta-feira.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu uma reunião com o mandatário russo, Vladimir Putin, para que um possível cessar-fogo seja negociado entre os líderes.

O pedido ocorreu em uma entrevista gravada por um pool de imprensa internacional e transmitida nesta quinta-feira (3/3), em Kiev, capital do país. “Eu tenho que falar com Putin. O mundo tem que falar, não há outra maneira de parar essa guerra”, explicou.

Na mesma ocasião, Zelensky defendeu a criação de corredores verdes para refugiados, que funcionam como rotas de fuga. A medida teve consenso na reunião entre representantes de ambas as nações, que negociam um eventual cessar-fogo.

Zelensky afirmou que está preocupado com a guerra, que teme pela própria vida e que tem dormido no máximo três horas por noite. “O mundo demorou para ajudar a Ucrânia, mas o apoio dá força”, ponderou.

Nesta quinta-feira, em pronunciamento transmitido do Kremlin, sede do governo russo, Putin alertou: “Os objetivos da operação da Rússia na Ucrânia serão alcançados em qualquer caso”, afirmou a integrantes do governo.

Na prática, o presidente russo quer a desmilitarização do país invadido. Isso envolve a posse de armas nucleares e a adoção de um status neutro sobre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Putin ordenou que as tropas intensifiquem os bombardeios. Os ataques têm causado cada vez mais mortes e atingido grandes centros habitados.

O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou por 90 minutos com o líder russo, Vladimir Putin, e não saiu com uma boa impressão do encontro.

Segundo comunicado oficial, Macron concluiu que “o pior ainda está por vir”, em relação à guerra na Ucrânia. “Não há nada que Putin tenha nos dito que nos reassegure. Ele mostrou grande determinação em prosseguir com a operação”, afirmou um assessor.

*Com Metrópoles

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Ministro de Putin diz que líderes estrangeiros se preparam para guerra contra a Rússia

Lavrov ainda acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, de presidir “uma sociedade onde o nazismo está florescendo”.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta quinta-feira (3) que líderes de países do Ocidente estão “se preparando para uma guerra contra a Rússia”, mas que apesar das ameaças, Moscou vai continuar com sua operação militar na Ucrânia até “o fim”. As informações foram divulgadas na agência internacional Reuters no final da manhã de hoje.

Segundo a Reuters, no comunicado à imprensa, Lavrov não forneceu elementos que comprovem a declaração de que o Ocidente se prepara para a guerra contra Putin. O conflito na Ucrânia entrou em seu oitavo dia consecutivo, com Kiev resistindo à invasão russa com ajuda da OTAN.

Falando aos meios de comunicação russos, o ministro de Putin também afirmou que o governo não pensa em uma guerra nuclear, mas sente a pressão pairando sobre os países aliados à OTAN.

“O pensamento de energia nuclear está constantemente girando na cabeça dos políticos ocidentais, mas não na cabeça dos russos”, disse ele. “Asseguro-lhe que não permitiremos que nenhum tipo de provocação nos desequilibre”, reportou a agência.

Na mesma entrevista à TV estatal russa, Lavrov ainda acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, de presidir “uma sociedade onde o nazismo está florescendo”.

Ontem, o ministro disse que o presidente do Estados Unidos, Joe Biden, “tem experiência e sabe que não há alternativa às sanções [contra a Rússia], senão a guerra mundial”. A declaração foi feita à TV Qatar Al Jazeera e citada em matéria da agência EFE.

*Com GGN

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MRE russo: promessa da OTAN de aderir Ucrânia à aliança é ‘bomba’ que pode detonar a qualquer hora

Há muito, a Rússia avisa o Ocidente que a promessa da OTAN de incorporar a Ucrânia à aliança é “um mecanismo de bomba que vai detonar mais cedo ou mais tarde”, afirmou o vice-chanceler russo, Aleksandr Grushko.

A Rússia observa com calma as ambições da UE de criar seu próprio potencial militar, mas são os EUA que não querem permitir isso.

“Nós muito calmamente observamos as ambições da União Europeia de criar sua independência político-militar, de criar o que seria o seu próprio potencial militar”, afirmou em transmissão do canal de TV Rossiya 24.

De acordo com suas palavras, “a política dos EUA é justamente dirigida para não permitir a formação de uma capacidade tão autônoma da UE no domínio político-militar”.

O diplomata ressaltou ainda que Moscou sempre defendeu as soluções político-diplomáticas e não militares.

Contudo, “nós sempre alertamos que, se não for possível resolver [o conflito] pela via diplomática, na base do consenso e do equilíbrio de interesses, cabe a nós tomar medidas, que para nós são necessárias. Daí já vai ser tarde para perguntar por que fizemos isso”.

Quanto às sanções europeias contra a Rússia, o diplomata comentou: “Se observarmos o que acontece hoje nos setores econômico e financeiro, o Ocidente simplesmente abala suas próprias instituições, suas próprias regras”

Conforme as palavras de Grushko, se olhar do ponto de vista dos interesses de segurança, mais cedo ou mais tarde a Europa deve entender que a formação de uma estrutura central da OTAN no continente não vai levar a nada, sendo apenas a “transformação de si [Europa] em um objeto de planejamento militar”.

O vice-chanceler acrescentou também que as garantias de segurança continuarão sendo uma questão-chave para a Rússia, mas se essa for resolvida, então será possível pensar na nova arquitetura das relações com a OTAN.

*Com Sputnik

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Determinação dos EUA de expandir a OTAN cria situação imprevisível, diz ministro cubano

A persistência dos EUA em avançar com a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste está levando a consequências imprevisíveis que poderiam ter sido evitadas, disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, neste sábado (26).

Segundo o ministro, a recente aproximação dos EUA e da OTAN às fronteiras russas e a entrega de armas a Kiev equivalem a um “cerco militar progressivo”.
A Assembleia Nacional de Cuba instou os Estados Unidos a levarem as propostas de segurança de Moscou “a sério e de forma realista”, afirmando que a Rússia tem o direito de se defender.

O país apresentou suas propostas de segurança em dezembro, solicitando garantias legais contra a expansão da OTAN à leste, a adesão da Ucrânia à aliança militar e a implantação de bases militares da OTAN em regiões ex-soviéticas.

De acordo com o presidente russo Vladimir Putin, as propostas sobre a segurança europeia foram rejeitadas de imediato pelos parceiros ocidentais.
Apesar da promessa feita na década de 1990 de que a aliança não “se moveria uma polegada” para o leste, a OTAN vem avançando há alguns anos em direção às fronteiras russas.

Na última quinta-feira (24), a Rússia anunciou uma operação militar especial na Ucrânia após o pedido das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk para defendê-las da agressão de Kiev.

Donbass, um distrito composto majoritariamente por russos, está sob pressão e ataques regulares desde 2014, quando o governo nacionalista de direita tomou o poder em Kiev em um golpe apoiado pelos EUA.

*Com Sputnik

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Putin ordena ao Ministério da Defesa para colocar forças de dissuasão nuclear em alerta especial

Em resposta a observações agressivas do Ocidente, o líder russo ordenou que as forças dissuasoras do Exército russo fossem colocadas em regime de alerta especial.

“Altos funcionários dos principais países da OTAN permitem [fazer] observações agressivas dirigidas contra o nosso país, por isso ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior para colocarem as forças dissuasoras do Exército russo em regime de alerta especial”, disse Putin neste domingo (27).

“Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior para colocarem as forças dissuasoras do Exército russo em regime de alerta especial”, disse Putin em uma reunião com o ministro da Defesa Sergei Shoigu e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, general de exército Valery Gerasimov.

Dirigindo-se ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, Putin ressaltou que os países ocidentais também estão tomando ações hostis contra a Rússia na esfera econômica.

“Refiro-me às sanções ilegítimas das quais todos estão bem cientes”, acrescentou.

Na sexta-feira (25) os líderes da OTAN realizaram uma cúpula virtual de emergência. A Aliança Atlântica advertiu que “o mundo” iria “responsabilizar a Rússia, bem como Belarus, por suas ações” e acusou Moscou de assumir “plena responsabilidade por este conflito” ao “rejeitar o caminho da diplomacia e do diálogo repetidamente proposto pela OTAN e aliados”.

As forças de dissuasão estratégica destinam-se a conter a agressão contra a Rússia e seus aliados, bem como para derrotar o agressor em uma guerra com uso de vários tipos de armamentos, incluindo armas nucleares.

Na madrugada da quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação especial militar na região de Donbass. A operação foi deflagrada após pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk.

Em dezembro de 2021, o Ministério das Relações Exteriores russo propôs dois tratados de segurança à OTAN e aos EUA para aliviar as tensões e restaurar a estabilidade estratégica da Europa. Os projetos de acordo russos apelavam a ambas partes para limitarem a implantação de tropas, sistemas de mísseis, aeronaves e navios de guerra em zonas onde pudessem ser considerados uma ameaça pela outra parte.

Crucialmente as propostas também incluem a exigência de que OTAN cesse sua expansão para o leste, na antiga União Soviética, e limite a implantação de forças em países que se juntaram ao bloco após o fim da Guerra Fria. Washington e a Aliança Atlântica rejeitaram aberta e publicamente as propostas russas, mas expressaram esperança de continuação das negociações.

*Com Sputnik

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China chama EUA de ‘verdadeira ameaça ao mundo’ compartilhando lista de países bombardeados

Sputnik – A embaixada da China na Rússia qualificou os Estados Unidos de “ameaça real ao mundo”.

Neste sábado (26), os diplomatas chineses retuitaram uma imagem compartilhada anteriormente por Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, que enumera os países que foram bombardeados por Washington desde a Segunda Guerra Mundial.

“Nunca se esqueçam quem é a verdadeira ameaça ao mundo”, lê-se na imagem.

Em 25 de fevereiro a missão diplomática chinesa na Rússia escreveu em sua conta no Twitter que “dos 248 conflitos armados ocorridos entre 1945 e 2001 em 153 regiões do mundo, 201 foram iniciados pelos EUA, o que representa 81% do número total”.

Além disso, a embaixada da China ressaltou que Washington é “culpado das atuais tensões em torno da Ucrânia”, acrescentando que “se alguém continua jogando óleo na chama enquanto acusa outros de não fazerem o seu melhor para apagar o fogo, esse tipo de comportamento é claramente irresponsável e imoral”.

Anteriormente Pequim pediu que as exigências de segurança da Rússia fossem levadas em consideração nas condições de expansão da OTAN, disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.

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Manobras dos EUA levaram à guerra Rússia-Ucrânia, diz analista em Moscou

Ações dos Estados Unidos, por meio das chamadas “guerras híbridas”, e a expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Leste Europeu catalisaram o conflito Rússia-Ucrânia, segundo afirma Andrew Korybko, analista político norte-americano, informa o Uol.

Em entrevista ao UOL diretamente de Moscou, ele compara o que vê como ingerência indireta dos EUA na Ucrânia com os protestos ocorridos no Brasil a partir de 2013, que culminaram no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

“O Brasil e a Ucrânia foram ambos vitimados pelas guerras híbridas dirigidas pelos Estados Unidos com o objetivo de fortalecer a hegemonia unipolar norte-americana”, diz Korybko.

O que são guerras híbridas?

Segundo o analista, o conceito de guerra híbrida é uma combinação de “revoluções coloridas” —que são incitações populares, na linha do que aconteceu no Brasil a partir de 2013 e na Primavera Árabe— e guerras não convencionais, como ataques cibernéticos, contendas judiciais e retaliações econômicas, para substituir governos que não estejam alinhados aos interesses dos EUA.

Sem citar nominalmente o efeito da Operação Lava Jato, Korybko afirma que, no Brasil, “a guerra [híbrida] se concentrou, principalmente, no chamado ‘lawfare’, ou na manipulação de instrumentos legais, a fim de remover seu governo multipolar democraticamente eleito e legítimo”.

Já na Ucrânia, diz o analista, a estratégia foi organizada com base no que chama de “terrorismo urbano de extrema-direita”, conhecido hoje como a Revolução Colorida EuroMaidan.

Autor do livro “Guerras Híbridas: das revoluções coloridas aos golpes”, Korybko diz que manobras dos EUA na Ucrânia levaram “essas forças de extrema-direita ao poder, as quais ameaçaram a minoria russa indígena [povos originários que habitam a região de Donbass] devido à ideologia fascista das novas autoridades, que glorificam aqueles que colaboraram com a Alemanha nazista”.

“Isso levou os residentes da Crimeia a se reunirem democraticamente com a Rússia e as repúblicas do Donbass a declararem sua independência”, diz ele, que manifestou nas redes sociais apoio ao governo russo.

Em paralelo, o governo ucraniano se recusou a implementar os acordos de Minsk, apoiados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

‘Conflitos por procuração’

Korybko —que é jornalista baseado em Moscou e escreve para diversos veículos de imprensa internacionais, como o russo Sputnik, o chinês CGTN e o italiano L’Antidiplomatico— afirma que as mídias sociais são as novas armas de ataque cirúrgico.

Os Estados Unidos vêm usando esses métodos para derrubar governos em todo o mundo. Segundo o padrão que foi usado na Síria e na Ucrânia, a guerra indireta é marcada por manifestantes e insurgentes, e as quintas colunas são compostas menos por agentes secretos e sabotadores ocultos e mais por protagonistas desvinculados do estado, que se comportam, publicamente, como civis.”Andrew Korybko, analista político

Para o analista, em vez de estabelecer um confronto direto, os EUA estabelecem uma espécie de “conflito por procuração”, promovido na vizinhança dos alvos para desestabilizá-los.

“As tradicionais ocupações militares dão lugar a golpes e operações indiretas para as trocas de regimes, que são muito mais econômicas e menos sensíveis do ponto de vista político”, defende.

Korybko aponta que isso ocorreu em 2014, na Ucrânia, e no Ocidente foi chamado de Revolução Ucraniana ou Revolução da Dignidade. Assim como as Jornadas de Junho de 2013 levaram à eleição de Jair Bolsonaro, as agitações na Ucrânia conduziram Volodymyr Zelensky à presidência.
Otan na Ucrânia

O presidente russo Vladimir Putin iniciou ontem o que classificou como uma “operação militar especial” na Ucrânia, com o objetivo de, segundo ele, “desnazificar” e “desmilitarizar” o país vizinho.

Nos últimos meses, Putin também citou suposta ameaça à Rússia em razão da expansão da Otan —a aliança militar liderada pelos EUA— na Ucrânia. “Esses movimentos visam, essencialmente, neutralizar as capacidades russas de contra-ataque nuclear e, assim, colocar a Rússia em uma posição perpétua de chantagem nuclear frente aos EUA”, analisa Korybko.

O presidente russo ainda mencionou a crise humanitária nas repúblicas de Donbass, que reconheceu como independentes no início da semana, como justificativa para autorizar a operação.

“Na Rússia, o sentimento geral é que as pessoas estão aliviadas por Putin não apenas ter finalmente tomado medidas decisivas para evitar uma catástrofe humanitária ainda pior, que já provocou um êxodo de refugiados em larga escala para a Rússia, mas por ele enfrentar a ameaça existencial que os planos dos EUA e da Otan na Ucrânia representam para a Rússia.”

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Putin decidiu invadir Ucrânia e já comunicou às Forças Armadas russas

A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira (11/2) pela rede pública americana PBS News. Otan vê momento perigoso.

O presidente russo, Vladimir Putin, decidiu invadir Ucrânia. A decisão já teria sido comunicada às Forças Armadas. A informação foi divulgada pela rede pública americana PBS News, segundo o Metrópoles.

Esse é o momento mais tenso da disputa entre os dois países. O imbróglio começou pela exigência do governo russo de que o Ocidente garanta que a Ucrânia não vai aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma aliança de 30 países liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

A Casa Branca afirmou que tem informação de que Putin invadirá a Ucrânia antes do fim da Olimpíada de Inverno de Pequim, prevista para terminar em 20 de fevereiro.

“Continuamos a ver sinais de escalada russa, incluindo novas forças chegando à fronteira ucraniana”, afirmou, em comunicado, o conselheiro nacional de segurança dos EUA, Jake Sullivan.

Ao longo das últimas semanas, Putin se reuniu com lideranças de vários países, como França e Reino Unido, na tentativa de arranjar uma solução para o dilema. As tentativas foram frustradas.

Nesta sexta-feira (11/2), a Otan alertou que a Europa enfrenta um “momento perigoso” enquanto a Rússia inicia um segundo dia de grandes exercícios militares perto das fronteiras da Ucrânia.

Antes, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma apelo para que os cidadãos americanos deixem a Ucrânia imediatamente. Além disso, emitiu alguns alertas para a tensão entre o país e a Rússia.

O temor do líder da maior potência mundial é de que as coisas “saiam do controle rapidamente” devido à ameaça de uma invasão russa.

“Os cidadãos americanos deveriam sair agora. As coisas podem acelerar rapidamente”, declarou Biden durante uma entrevista para a NBC News, gravada na quinta-feira (10/2).

Além dos Estados Unidos, Japão, Holanda e Coreia do Sul pediram que seus cidadãos deixassem a Ucrânia rapidamente.

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