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Bolsonaro assina medida provisória para se vingar da imprensa, admite

“No dia de ontem eu retribuí parte daquilo que grande parte da mídia me atacou, assinei uma medida provisória fazendo com que os empresários que gastavam milhões de reais para publicar obrigatoriamente, por força de lei, seus balancetes nos jornais, agora podem fazê-lo no Diário Oficial da União a custo zero”, disse o presidente em discurso em Itapira (SP), onde inaugurou uma fábrica farmoquímica.

(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que a medida provisória assinada por ele que retira a obrigatoriedade de empresas de capital aberto publicarem balanços financeiros em jornais foi uma retribuição dele a parte dos ataques que diz ter sofrido da imprensa.

Logo após afirmar que a MP era uma retribuição ao que chama de “ataques” que sofreu da imprensa, sendo bastante aplaudido pela plateia presente à inauguração, Bolsonaro disse que a MP não era uma “retaliação”.

“Não é uma retaliação contra a imprensa, é tirar o Estado de cima daquele que produz. E quem produz? São vocês! Não estou sentindo cheiro de mortadela aqui”, afirmou, arrancando risos dos presentes.

No discurso, Bolsonaro também voltou a dizer que o Brasil está “sob nova direção” e afirmou que “respeita a família tradicional brasileira” e é contra a legalização das drogas.

O presidente também disse que respeita as instituições, mas ressalvou que deve lealdade somente ao povo brasileiro.

Mais cedo, em discurso durante evento de concessionárias automotivas na capital paulista, Bolsonaro também citou a MP e, em tom irônico, disse esperar que o jornal Valor Econômico, pertencente ao Grupo Globo e que recebe grande número de publicações de balanços por ser voltado à área econômica, “sobreviva” à medida provisória.

Em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou a MP e as declarações de Bolsonaro e avaliou que a imprensa não ataca o presidente, mas sim publica notícias. Ele também disse não acreditar que a medida provisória seja uma retaliação, mas avaliou que tirar receita de jornais subitamente não é a melhor decisão.

“Eu acho que a imprensa não está atacando ele. A imprensa está divulgando notícia. Se é contra ou a favor, essa é uma avaliação que cada um de nós tem que fazer quando é criticado ou elogiado pela imprensa. Não acho que o presidente tenha tomado a decisão de editar a medida provisória por isso”, disse Maia. [nL2N2521D4]

Indagado sobre o assunto durante briefing, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, negou que a MP tenha sido uma retaliação de Bolsonaro ou que o presidente tenha uma postura de “contrapor-se à imprensa”.

“Mais uma vez o governo do presidente Bolsonaro teve a coragem de romper barreiras burocráticas e de grupos de interesse no intuito do bem coletivo e maior da sociedade”, disse Rêgo Barros.

“Essas regras representam uma barreira à entrada no mercado de capitais e, adicionalmente, à maior adoção do tipo de sociedade anônima de empresas de menor porte, dado o elevado custo dessas publicações”, argumentou.

O porta-voz ressaltou que Bolsonaro vem valorizando a imprensa, mas “em alguns momentos ele expressa, até de forma emocional, o sentimento que o consome, porque ele de fato é atacado diuturnamente, em vários pontos”.

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Traindo Moro, Bolsonaro decide que Coaf deve ficar com Paulo Guedes

Um dia depois das manifestações fascistas em que Jair Bolsonaro convocou seus apoiadores para atacar o Congresso e o Judiciário, ele próprio demonstra que tudo não passou de uma gigantesca farsa ao trair o seu ministro Sergio Moro; o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o presidente é favorável a que o Senado mantenha o Coaf sob o comando do Ministério da Economia; bolsonaristas foram massa de manobra de um presidente que não tem compromisso com a agenda de Sergio Moro.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira (27), que o presidente Jair Bolsonaro é favorável a que o Senado mantenha a reforma administrativa da forma como foi aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada, ou seja, que o Coaf fique sob o comando do Ministério da Economia, e não com Moro.

A declaração acontece um dia depois das manifestações convocadas por Bolsonaro para atacar o Congresso e o Judiciário, tendo como uma das pautas a manutenção do órgão sob o comando de Moro. Enquanto Bolsonaro bravateia que é “preciso ouvir a voz das ruas”, os seus apoiadores se transformam em massa de manobra de um presidente que não tem compromisso com a agenda que ele diz defender.

O Senado deve votar o tema nesta terça-feira (28). O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), mantém o discurso pela manutenção do órgão com Moro. Líderes do governo também já fizeram um apelo para que o Senado aprove o texto da Câmara e evite que a medida provisória da reforma administrativa perca a validade no próximo dia 3.

Rêgo Barros acrescentou que o presidente “confia plenamente” na condução da pauta no Senado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que “os eventos relativos a medida provisória possam ser mais prontamente possível confirmados”.

 

 

 

 

 

 

*Com informações do 247