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Política

Tarcísio de Freitas, governador de SP, veta nome de Paulo Freire em estação do metrô

Na internet, políticos e movimentos sociais reagiram e classificaram atitude como “absurda”.

O Metrô de São Paulo, empresa comandada pelo governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu mudar o nome de uma nova estação da linha-2-verde de Paulo Freire para Fernão Dias. A decisão foi tomada após o político de extrema direita assumir o comando do Palácio dos Bandeirantes.

Segundo informações da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o Metrô afirma que tal mudança ocorreu depois de uma pesquisa com moradores da região onde será construída a estação. O levantamento teria sido concluído no final de 2022.

De acordo com a pesquisa do Metrô, 57% dos entrevistados declararam preferir o nome de Fernão Dias para a nova estação. Já o nome do educador Paulo Freire teve 29% da preferência. Em terceiro lugar ficou “Parque Novo Mundo”, com 14%, informa a Forum.

“O nome Paulo Freire era apenas provisório para a criação de referências nos projetos, até a confirmação pelas pesquisas”, declarou o Metrô em nota.

A nova estação da linha-2-verde será construída na avenida Educador Paulo Freire, na capital paulista, que fica próxima da rodovia Fernão Dias.

A imagem de Paulo Freire (1921-19997), que é considerado um dos maiores educadores do mundo e único brasileiro a ter uma obra – Pedagogia do Oprimido (1968) – citada em lista de leituras de universidades de língua inglesa, passou a ser fortemente atacada a partir da ascensão do bolsonarismo, movimento político do qual o governador Tarcísio de Freitas faz parte.

Por sua vez, o bandeirante Fernão Dias, que ficou conhecido com o “caçador de esmeraldas”, tem a sua história vinculada à exploração, escravidão e extermínio da população indígena.

A decisão do governador de São Paulo causou revolta entre políticos e movimentos sociais. O deputado estadual Simão Pedro (PT-SP) classificou como absurda a decisão do governo de São Paulo. “Absurdo! Tarcísio muda nome da futura estação do metrô da linha 2 de Paulo Freire, um dos maiores educadores do mundo, para Fernão Dias, notório assassino de indígenas”, afirmou.

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Justiça proíbe Bolsonaro de ‘atentar contra dignidade’ de Paulo Freire

Maior filósofo brasileiro da educação faria cem anos no próximo domingo e é alvo constante do presidente Jair Bolsonaro.

A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou liminarmente que a União “abstenha-se de praticar qualquer ato institucional atentatório à dignidade do Professor Paulo Freire na condição de Patrono da Educação Brasileira”. A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou liminarmente que a União “abstenha-se de praticar qualquer ato institucional atentatório à dignidade do Professor Paulo Freire na condição de Patrono da Educação Brasileira”. A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou liminarmente que a União “abstenha-se de praticar qualquer ato institucional atentatório à dignidade do Professor Paulo Freire na condição de Patrono da Educação Brasileira”.

O filósofo da educação completaria cem anos de vida no próximo domingo e é alvo constante do presidente Jair Bolsonaro, seus ministros e seguidores. A decisão da juíza Geraldine Vital foi publicada nesta quinta-feira.

A ação, movida pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos, argumentou que há “movimentos desqualificadores dos agentes do Governo Federal contra Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, com falas ofensivas e em contraposição ao pedagogo ser Patrono da Educação brasileiro”. Morto em 1996, ele foi escolhido para o posto através de lei federal de 2012.

O grupo também afirma que o presidente, em seu plano de governo, afirma que é preciso “expurgar a filosofia freiriana das escolas”.

“As manifestações são dadas por pessoas que desconhecem por completo a obra e o legado de Paulo Freire e se articulam para retirar-lhe o título de Patrono da Educação Brasileira, por meio de medida revogatória no Congresso Nacional, apesar da proximidade do centenário de Paulo Freire e todo seu legado deixado”, diz o texto a ação.

Em sua decisão, a juíza afirma que “são garantidas liberdades de expressão, mas não sem limites, notadamente as advindas do poder público”. Ela ainda reconhece “que há perigo de dano em não se observar o reconhecido por meio da lei em torno da figura do Patrono da Educação Brasileira, minimamente enquanto estiver em vigor.

*Com informações de O Globo

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Opinião

O problema dessa direita provinciana, não é Paulo Freire, é o Brasil

O problema dessa direita provinciana, não é Paulo Freire, é o Brasil. Americanófila acha que engana a quem vestindo camisa da seleção?

Ana Paula do vôlei, é a clássica provinciana deslumbrada desse bolsonarismo tosco.

Como mora nos EUA, sua apresentação no twitter é toda em inglês: “Brazilian.Former Pro-volleyball. 4 Olympics, Olympic Medalist. American IntArchitect/Poli Sci/UCLA. Mother. Wife. Dog lover. Sports&Politics Columnist.”

Detalhe: só quem lê e comenta em seu twitter, é brasileiro.

Essa gente detesta Pixinguinha, Villa Lobos, Tom Jobim, Chico Buarque, Canhoto da Paraíba, João Pernambuco, Garoto, porque detesta a música brasileira, assim como detesta o samba, o carnaval e as manifestações espontâneas do povo brasileiro. Todos são comunistas para os imbeciloides, patriotas, antinacionais.

Essa horda é da mesma ninhada dos que, durante a Semana de Arte Moderna de 1922, por ser genuinamente brasileira, vaiaram tudo o que viram e ouviram, tanto que mereceu de Mário de Andrade o poema “Ode ao Burguês” publicado em seu livro “Pauliceia Desvairada”.

Muito pior, essa gente acha que “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”, Mário de Andrade se referia à índole moral do personagem central e não ao seu descompromisso com características culturais predefinidas.

Por que essa direita é tão tapada quando o assunto é Brasil? Porque tem a cabeça colonizada e sempre teve nojo do povo, além de sonhar ser europeia ou norte-americana.

Essa gente não ama por acaso a cavalgadura de Olavo de Carvalho, que é um charlatão que vive pregando mentiras e falando palavrões para disfarçar a importância nenhuma que ele sempre teve para o Brasil como “intelectual”, porque é um monumento de estupidez.

Essa gente detesta Darcy Ribeiro, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Sergio Buarque, Florestan Fernandes, Milton Santos e todos os poetas que tiveram o Brasil e seu povo como inspiração, assim como detestam Portinari, Di Cavalcante, Tarsila do Amaral, Ariano Suassuna, Glauber Rocha, Patativa do Assaré.

Essa gente aplaude de pé Bolsonaro acabar com a pesquisa e a ciência brasileiras, perseguir as universidades públicas. Essa gente detesta negros, índios e caboclos, a quem Bolsonaro culpa pelos incêndios criminosos na Amazônia e no Pantanal e, por isso, é defenestrado no mundo inteiro. Um genocida que, não satisfeito em matar mais de 140 mil brasileiros com seu negacionismo, em submissão ao mercado, manda incendiar as nossas principais florestas para atender todo o tipo de pilantra que quer de alguma forma explorar aquelas terras sagradas.

Essa é a direita brasileira que nem balbuciar o hino nacional consegue e não tem a mínima ideia de quem foi Paulo Freire, pois não sabe nem de si, de onde veio, aonde está e para onde vai, vai saber alguma coisa de um dos nossos maiores intelectuais?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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O que Bolsonaro disse de Paulo Freire: “Esse energúmeno aí, ídolo da esquerda”

Diplomado como paraquedista do Exército, Jair Bolsonaro classificou o educador Paulo Freire, patrono da Educação no Brasil, como um possuído pelo demônio idolatrado pela esquerda no encontro diário com seus apoiadores nesta segunda-feira (16) na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.

“Tem muito formado aqui em cima dessa filosofia do Paulo Freire. Esse energúmeno aí, ídolo da esquerda”, declarou Bolsonaro ao defender o fim do contrato e o despejo da Associação Roquette Pinto, responsável pela programação da TV Escola, do Ministério da Educação.

“Era uma programação totalmente de esquerda, ideologia de gênero. Dinheiro público para ideologia de gênero. Então tem que mudar”, disse, afirmando que o valor de renovação do contrato seria de R$ 350 milhões, “que seriam jogados no lixo”.

Bolsonaro ainda negou que tenha a intenção de demitir o ministro Abraham Weintraud, dizendo que as críticas são sinais de que “está funcionando”.

 

 

*Com informações da Forum

 

 

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Bolsonaro diz que “Professores espertalhões usam garotada para desestabilizar o governo”

Entrevista a Danilo Gentili, transmitida na madrugada desta sexta-feira (31), foi gravada no início da semana, antes dos atos em defesa da educação desta quinta-feira (30). Para Bolsonaro, confusões no MEC são porque a pasta é a mais “aparelhada”. “Tem um busto do Paulo Freire lá embaixo. E o Paulo Freire não deu certo”.

Em entrevista ao programa The Noite, de Danilo Gentili, transmitida na madrugada desta sexta-feira (31), Jair Bolsonaro (PSL) reiterou as críticas aos atos em defesa da educação, voltando a chamar os estudantes de “inocentes úteis”, e acusou os professores de tentarem “desestabilizar o governo”.

“O certo é falar inocentes úteis. A grade maioria da garotada presente não sabia o que estava fazendo ali, diferente dessa última manifestação pedindo agilidade ao Parlamento. Uma minoria de professores espertalhões usa a garotada em causa própria tentando sempre desestabilizar o governo”, disse ao apresentador do SBT.

A entrevista foi gravada no início da semana, logo após os atos favoráveis a pautas do Planalto, como a reforma da Previdência e o pacote anticrime, e antes das manifestações desta quinta-feira (30) contra o bloqueio de verbas na Educação.

Bolsonaro disse ainda que as confusões de seus ministros na pasta da Educação se dão porque o ministério é o “mais aparelhado de todos”. “Tem um busto do Paulo Freire lá embaixo. E o Paulo Freire não deu certo. Se tivesse dado certo, as provas do Pisa estariam mostrando o contrário agora”.

Segundo Bolsonaro, “esse aparelhamento é porque a esquerda tomou lá atrás as universidades e depois tomou o ensino médio e o ensino fundamental também”.

Ao contrário dos atos dos estudantes, Bolsonaro classificou as manifestações do dia 26 como “espontânea”.

“Foi uma manifestação espontânea, uma pauta definida que deu sinal de alerta a todos os políticos do Brasil. Não aceitamos mais só participar das eleições e achar que isso é democracia. Democracia (é) a classe política estar perfeitamente afinada com os anseios da população”, disse.

 

 

 

 

 

 

*Com informações da Forum