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Deltan planejou usar ONG para receber prêmio, abastecer fundo e evitar impostos

Conjur – Um novo lote de conversas obtidas na “operação spoofing”, às quais a revista eletrônica Consultor Jurídico teve acesso, revelam o plano do ex-chefe da autodenominada força-tarefa da “lava jato”, Deltan Dallagnol, para usar a Transparência Internacional como intermediária no recebimento de um prêmio, abastecer o fundo que ele pretendia criar em sociedade com a ONG e, em último caso, evitar o pagamento de impostos.

Em 2017, a “lava jato” foi indicada ao Allard Prize, prêmio promovido pela University of British Columbia, no Canadá. Enquanto o resultado não saía, Dallagnol sonhou alto. E se preocupou com os detalhes da logística para trazer o dinheiro para o Brasil depois de receber uma mensagem dizendo que, se a “lava jato” não pudesse receber o prêmio, os organizadores só poderiam doá-lo a uma entidade de caridade registrada no país ou fazer o depósito para uma entidade externa — algo que, nesse caso, não seria caracterizado como doação.

Em 27 de junho daquele ano, em conversa com Bruno Brandão, diretor da TI com quem desenhava o fundo da “lava jato”, o ex-procurador perguntou: “Estou pensando se a TI não poderia receber no Canadá e transferir para cá, para fazer o fundo, ainda que deconte taxas ou o que for cabível. E vcs poderiam formar o fundo? Pode ser basicamente uma conta, formar uma comissão e abrir um edital para apresentação de projetos…” — os diálogos são reproduzidos nesta reportagem em sua grafia original.

Brandão confirmou haver representação da TI no Canadá (“Fraquinha, mas tem”) e sugeriu a doação do dinheiro para uma bolsa de estudos destinada a brasileiros. Em suas palavras, “podemos tentar fazer esta transferência sim, dos recursos, pro fundo que queremos abrir no Brasil”. Dallagnol respondeu que “tínhamos pensado em fazer algo para ganhar créditos pra FT”. E arrematou: “Se o dinheiro fica no Canadá, não ganhamos créditos. Não dá ibope”.

O representante da TI prometeu conversar com seus pares para viabilizar o plano de Dallagnol, que insistiu: “Vc checa com a TI se a TI-Canadá poderia receber e transferir para cá? Ou se recebendo lá, o funding que iria para ela da TI geral poderia vir para o Brasil?”. Brandão ressalvou que a universidade canadense teria de autorizar a doação para a ONG no Canadá e a transferência do prêmio ao fundo administrado pela TI no Brasil.

Na conversa, Dallagnol cobrou Brandão sobre a formulação de um regulamento para o fundo e insistiu no contato com a TI Canadá. O representante da ONG pediu mais uma vez para o ex-procurador checar a viabilidade do plano com a própria universidade. “Então, eles falaram isto. Creio que a primeira opção é indicarmos a TI canadá, informando que vai transferir, e vemos o que eles dizem. Na pior das hipóteses, pelo que entendi, não será legalmente uma doação, mas um pagamento e prov haverá tributos. Se for assim, creio que será o caso de fazer de qq modo. Mas pra isso presiamos do ok da TI Canadá. Acho melhor ter o ok e a identificação certinho da TI Canadá pra então pedirmos análise deles, pra não pedir algo que não seja factível pela TI…”.

O assunto voltou à pauta das conversas dos dois em 10 de julho de 2017, quando Dallagnol cobrou Brandão: “Alguma novidade sobre a questão do premio do Canada? E se usássemos o valor pra fazer um premio brasileiro? Se conseguissemos um matching, alcançariamos perto de 500 mil. Daria pra gastar 25k num premio anual brasileiro anticorrupção, a ser dado pela TI a partir do fundo… é uma opção tb”. “Ideia muito boa. Acho que seria uma opção interessante. Vou falar com nossa consultora que está na UNC para ver se tem novidade e lhe conto”, respondeu Bruno.

O assunto se encerrou em 25 de julho de 2017, quando Dallagnol revelou sua principal preocupação: não ter de pagar impostos. “Bruno, na questão do Allard Prize, preciso preencher um formulário para wire transfer…conseguiu ver a questão do pagamento à transparência do Canadá, para ser transferido para a Brasil, para instituir um prêmio anual?”. Bruno Brandão explicou que enfrentava dificuldade no contato e reafirmou que “a melhor ideia é a da premiação no Brasil”.

“Não entendi muito bem o que quis dizer, porque o problema é operacional. Se nós recebermos e doarmos, perderemos uma grana em tributos (pelo menos cerca de 1/3). Por isso seria importante que a doação vá direto pra Vcs… se Vc me autorizar, começo a articular isso com eles e copio Vc no email para Vc esclarecer tb… pode ser? (isso se ganharmos é claro).”

Não ganharam. O prêmio principal, cem mil dólares canadenses (R$ 372 mil, em valores atuais), acabou ficando com uma jornalista do Azerbaijão, Khadija Ismayilova, e os procuradores de Curitiba tiveram de se contentar com uma menção honrosa e dez mil dólares canadenses (R$ 37,2 mil).

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Cultura

Vídeo: Osmar Prado detona Bolsonaro ao receber prêmio Melhores do Ano

Discurso do ator comoveu colegas que estavam na plateia; ele ainda se referiu de maneira elegante ao colega bolsonarista Cazarré e a Silvero Pereira.

O ator Osmar Prado, de 75 anos, fez um discurso emocionado e comovente ao receber o prêmio Melhores do Ano, neste domingo (25), na TV Globo. O ator, premiado como melhor ator coadjuvante, por sua atuação como o Velho do Rio, em “Pantanal”, detonou sem citar o nome o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

‘Conseguimos com a novela e, particularmente com o Velho do Rio, dar um pouco de alegria para o nosso povo, que foi muito maltratado nesses últimos quatro anos. Nosso povo foi desrespeitado nesses últimos quatro anos. É preciso que agora, a partir de 1º de janeiro, nós consigamos reconstruir esse país’, declarou o ator durante o seu discurso.

Prado também citou o colega bolsonarista Juliano Cazarré, no qual confessou ter tido discussões durante as gravações de Pantanal, mas que ambos respeitavam as suas divergências políticas. “Quero simbolicamente dividir esse prêmio com o Cazarré. Ele é uma pessoa extraordinária. Tínhamos muitas discussões. Temos visões antagônicas, mas, sempre com muita elegância, discutíamos e avançávamos”, destacou o veterano.

Osmar Prado, que foi demitido pela TV Globo em outubro após 49 anos de emissora, também citou o ator Silvero Pereira, no qual concorria com ele e Cazarré na categoria de Melhor Ator Coadjuvante.

*Com Forum

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Política

Em Paris, Lula recebe o Prêmio Coragem Política e o dedica ao povo brasileiro oprimido e injustiçado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quarta-feira (18), em Paris, o prêmio “Coragem Política” conferido pela Recebendo o prêmio Coragem Política, da revista Politique Internationale.

Lula agradeceu a premiação pelas redes sociais. “Mais do que um reconhecimento pessoal, essa é uma homenagem a coragem do povo brasileiro, que ao longo séculos enfrentou com grande determinação a opressão e as injustiças”, disse o ex-presidente.

Mais cedo, Lula foi recebido pelo presidente da França, Emmanuel Macron. O encontro, no Palácio do Eliseu, sede do governo francês, durou 1h15min. Lula e o presidente francês conversaram sobre as relações internacionais da França com o Brasil e a América Latina. Dialogaram sobre a crise mundial e as transições globais para enfrentar os desafios da preservação ambiental, geração de empregos, redução das desigualdades e proteção ambiental.

A questão do financiamento da chamada transição ecológica dos países em desenvolvimento é uma preocupação mútua. Macron expressou um reconhecimento da importância do Brasil no mundo e desejo de relações mais fortes entre o o país e a França.

*Com informações do 247

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Política

Lula vai receber em Paris, o Prêmio Coragem Política 2021

O ex-presidente Lula receberá em Paris, na França, em 17 de novembro, o Prêmio Coragem Política 2021. O petista foi selecionado pela revista Politique Internationale para ser premiado.

De acordo com a publicação, Lula receberá o prêmio como reconhecimento por sua gestão na Presidência do Brasil entre 2003 e 2011, “marcada pelo desejo de promover a igualdade racial e social em seu país”. A revista ainda ressalta que durante os governos Lula, 30 milhões de brasileiros saíram da pobreza.

Outro motivo para a premiação é a perseguição política sofrida pelo ex-mandatário por meio da Lava Jato. A revista enfatiza “a tenacidade [resistência] exemplar que [Lula] demonstrou perante as perseguições políticas e judiciais de que foi alvo — esforços recompensados com a decisão do Supremo Tribunal Federal de anular as suas condenações”.

A Politique Internationale diz que Lula agora “volta a encarnar a esperança aos olhos de uma grande maioria dos seus compatriotas, decepcionados com a gestão de Bolsonaro”. O ex-presidente, de acordo com pesquisas, é o favorito para vencer as eleições de 2022.

O Prêmio Coragem Política é distribuído pela revista desde 1981, sempre que reconhecem em alguma personalidade as qualidades necessárias a uma liderança. A premiação já foi concedida ao papa João Paulo II e aos prêmio Nobel da Paz Anouar el Sadate, ex-presidente do Egito, e Frederik De Klerk, ex-presidente da África do Sul.

*Com informações do 247

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Política

Governo Bolsonaro premia Bolsonaro, Michelle, Flávio e ministros

O presidente Jair Bolsonaro, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro  filho do presidente, receberam hoje o prêmio Marechal Rondon de Comunicações. Além dos três, também foram agraciados 12 ministros de Estado, além de parlamentares e funcionários do governo e de estatais.

O prêmio Marechal Rondon foi criado em abril deste ano com o objetivo de homenagear personalidades que contribuem para o avanço das telecomunicações no Brasil. Durante a entrega, que aconteceu na tarde de hoje em solenidade no Palácio do Planalto, não houve nenhuma explicação sobre o motivo para a escolha dos premiados.

Em seu discurso, Bolsonaro disse: “Esse prêmio é um reconhecimento a todos vocês pela colaboração com o governo e com o Brasil”.

No total, 44 pessoas receberam o prêmio. Além dos três Bolsonaro, 12 ministros, seis parlamentares, o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro de Andrade, o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, e cinco ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) foram homenageados.

*Com informações do Uol

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