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Movimentos sociais se inspiram em Dilma para proteger Lula

Governo sem estrutura de organização popular fica sujeito a ‘ruptura’, disse ex-presidente que sofreu impeachment em 2016.

Segundo a Folha, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lançou um apelo nas primeiras horas da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que reforçou a pressão de movimentos sociais por uma blindagem do novo mandato, com o alerta de que a ausência de mobilização popular poderá paralisar e até derrubar o governo.

A fragilidade política de um presidente eleito com margem apertada e refém de uma oposição hostil no Congresso e nas ruas está por trás da preocupação. Organizações ligadas ao petista dizem que é preciso dar suporte às medidas do governo, que promete buscar diálogo com a base.

Dilma afirmou na segunda-feira (2), durante a posse da ministra Esther Dweck (Gestão), que um governo não se mantém “sem uma estrutura de organização popular” e condicionou o lema “Democracia para sempre” —exaltado por Lula após ser empossado— ao convencimento da sociedade.

“Temos de nos organizar para conseguir apoiar que as medidas legislativas e políticas que o governo venha a tomar tenham apoio, tenham sustentação, e que não ocorra nenhuma ruptura que nós não possamos enfrentar”, afirmou a petista, que sofreu impeachment em 2016.

“Porque a gente diz que ‘ditadura nunca mais’, que daqui pra frente é ‘democracia sempre’. ‘Democracia sempre’ sem uma estrutura de organização popular não se mantém, sinto informar.”

A advertência ressoou como uma senha em movimentos como MST (dos sem-terra), MTST (dos sem-teto) e UNE (União Nacional dos Estudantes), que já previam mobilização permanente para fazer avançar suas agendas de interesse, em boa parte alinhadas com o discurso de Lula.

“É uma fala de quem sabe que foi golpeada por grupos poderosos e que a organização e a mobilização populares não tiveram forças suficientes para impedir”, diz Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares) e filiado ao PT.

Segundo ele, é consenso no segmento que a vigilância será necessária “para implementar o programa vitorioso nas urnas e impedir tentativas de golpe”. Porta-vozes dos militantes descrevem um período de profunda crise, que obriga os setores organizados a se equilibrarem entre cobrança e endosso.

Os movimentos conquistaram espaço na administração depois do afastamento que começou com Michel Temer (MDB) e atingiu níveis inéditos sob Jair Bolsonaro (PL). O ministro Márcio Macêdo (PT-SE) assumiu a Secretaria-Geral da Presidência com o discurso de que agora o segmento deve “se sentir em casa”.

“Acho que é uma fala [de Dilma] importante porque reconhece as organizações da sociedade civil como pilares da democracia”, diz Josué Rocha, da coordenação do MTST, aliviado com uma aproximação que ocorre “depois de quatro anos de ataque e criminalização”.

“Nossa mobilização será fundamental”, afirma a presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Bruna Brelaz. “Temos que ser guardiões da democracia e da reconstrução do Brasil depois da escalada autoritária, com a radicalização do discurso fascista, que alimentou uma parte da população.”

A Secretaria-Geral concentrará o diálogo com os movimentos no governo, mas há planos de descentralizar a tarefa, com representantes em outros ministérios para ouvir as reivindicações de cada área.

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Leandro Demori deixa o Brasil para se proteger da violência eleitoral

O jornalista Leandro Demori anunciou em suas redes na noite desta quarta-feira (28), que deixou o Brasil por conta dos episódios de violência no período eleitoral.

“Eu decidi junto com a minha família sair do Brasil durante esse período. Nós não estamos mais no Brasil, a gente vai passar um bom tempo fora”, disse. “Os episódios de violência não param de aumentar e eu sou uma pessoa muito visada. Me tornei uma pessoa reconhecível na rua. É uma coisa que eu posso dizer pra vocês tranquilamente que eu nunca busquei, sempre fui repórter e editor, quem me acompanha sabe como é minha carreira”, completou.

“Não posso votar”

Demori lembrou que é uma pessoa que não pode sequer ir votar. “Como é que eu vou votar, ser reconhecido e acontecer alguma coisa? Tenho filho pequeno. A minha família tomou essa decisão em conjunto, então não estamos mais no Brasil, saímos por esse motivo, é uma coisa que é bom deixar claro aqui”, avisou.

“Vou seguir fazendo o programa daqui de onde estamos. Nosso maior desejo é que essa fase passe, que tudo volte ao normal e que eu possa sim, a partir de 2023, criticar o governo Lula de modo legítimo e democrático”, encerrou o jornalista.

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*Com Forum

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Com 150 assassinatos, pelo motim da PM no Ceará, Moro elogia milícia: são profissionais dedicados

Capanga da milícia, Sergio Moro disse que o motim miliciano no Ceará é “temporário” e será resolvido brevemente.

“Há indicativo de aumento de alguns crimes (mais de 150) mais violentos, mas não é uma situação de desordem”, diz o piadista Moro, mas não parou aí.

Moro ainda soltou essa pérola: “Tudo está sob controle dentro do contexto relativamente difícil.”

Indagado sobre uma eventual reintegração de posse dos quartéis tomados por soldados rebelados, o capanga da milícia disse: “Viemos aqui para serenar os ânimos e não para acirrá-los. ou seja, não quer que os milicianos sejam punidos, mesmo fazendo motim armados e mascarados, mandando comerciantes fecharem as portas, como fazem o tráfico e a milícia.

Não satisfeito em defender criminosos, Moro foi mais longe em seu comportamento absurdo em prol das milícias: “Os policiais são profissionais dedicados que arriscam, muitas vezes, a sua vida pela vida de outro, proteção, seja pela incolumidade da vida ou do patrimônio do outro. São profissionais que devem ser valorizados. É momento de pensar em servir e proteger, serenar os ânimos.”

Depois não quer ser chamado de capanga da milícia.

 

*Da redação