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Justiça

Vídeo: Anielle Franco se emociona ao falar das revelações do caso Marielle: ‘Por que a minha irmã?’

Ministra da Igualdade Racial falou à GloboNews sobre a nova fase das investigações do assassinato da irmã e do motorista Anderson Gomes.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, falou nesta segunda-feira (24), em entrevista à GloboNews, sobre as novas revelações do assassinato da sua irmã, a vereadora Marielle Franco.

Emocionada, Anielle lembrou que o aniversário de Marielle está chegando e que a volta do assunto mexeu com ela.

“Uma mistura de sentimentos. Eu achei que fosse estar tranquila para essa entrevista, mas não estou. A gente tem trabalhado muito, pois estamos em uma semana importante, que seria o aniversário da Mari e receber essa notícia mexe com a gente e estou em um turbilhão de sentimentos”, disse.

A ministra diz que as novas revelações do caso representam um passo importante no assunto, mas que não tem o sentimento de que o caso esteja encerrado.”A gente tem o sentimento de que a gente não pode parar de lutar e, enquanto família, espero que a gente dê alguns passos em principalmente entender por que a minha irmã? E quando a gente não sabe essa resposta, quer dizer que qualquer mulher negra hoje que esteja no poder, ou que coloque o seu corpo nesse lugar de luta, também podem vir a ser uma vítima dessa violência política”, disse, aos prantos.

Novos desdobramentos
O ex-PM Élcio de Queiroz firmou delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ele deu detalhes do atentado contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

O promotor de Justiça Fábio Corrêa falou que a delação premiada de Élcio Queiroz, revelada durante a Operação Élpis, foi um grande avanço na investigação do Caso Marielle.

“Um pacto de silêncio foi rompido. Estamos buscando e oferencendo repostas de um crime emblemático”, disse durante coletiva no Rio.

Esta é a primeira operação desde o início de 2023, quando a PF assumiu a investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

“Conseguimos determinar com lastro firme como foi o dia 14 de março. Essa é uma fase do trabalho e conseguimos cariar provas importantes. Conseguimos, como muita consistência, estabelecer a mecânica do crime”, disse o superintendente da PF, Leandro Almada.

Almada reforçou a importância da colaboração de Élcio.

“Nessa primeira parte, e terão outras, o mais importante foi a colaboração. Evidentemente, não veio do acaso. Foi um muito trabalho de revisão, de provas, para tentarmos a linha e a estratégia de delação. Essa delação foi corroborada e a corroboração se mostrou em vários momentos de acordo. Ela foi confirmada de forma taxativa.”

*Com G1

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Opinião

As denúncias de Julian Lemos sobre o submundo do clã Bolsonaro são só um aperitivo do que virá depois do dia 1º de janeiro

Imagina o que essas criaturas das trevas não fizeram no poder durante esses quatro anos.

É difícil até imaginar, mas dá para ter uma ideia de que atrás das revelações feitas pelo ex-deputado bolsonarista, Julian Lemos, que era um dos quatro cavaleiros da “cruzada bolsonarista” na eleição, tem um dragão pronto para jorrar fogo contra o clã no dia em que Lula voltar ao poder e Bolsonaro para o inferno.

A verdade é que há uma fila de inscritos com informações sobre um mar de sujeira que será prontamente jogado no ventilador. Gente que participou do governo ou da campanha que tentará limpar seu nome na história entregando a ficha de tudo o que ocorreu com Bolsonaro e os três filhos, Flávio, Eduardo e Carluxo. Isso, sem falar do que está reservado por quem foi traído por Bolsonaro.

Todos sabiam que o Palácio do Planalto, nesses quatro anos de governo, era o lugar mais mal frequentado do país, o que explica a tragédia que foi a “gestão” Bolsonaro.

O fato é que poderemos entender melhor o que aconteceu nesse festival de iniquidades com revelações como as do ex-deputado, Julian Lemos, que afirma que Bolsonaro agride Michelle, o que, convenhamos, numa escala de 0 a 10, teve zero surpresa.

Mas algo chama a atenção, que foram revelações muito exploradas pelo ex-aliado sobre o comportamento de Carlos Bolsonaro que, segundo Julian Lemos,  Carluxo é um sociopata e teria herdado toda a perversidade do pai.

Isso não significa que ele aliviou o lado de Flávio e Eduardo. Em termos de volume de absurdos, os três estão no mesmo patamar, a diferença se dá na relação de Bolsonaro com Carluxo que, como já havia dito Bebianno, exerce uma influência canina sobre o pai.

Isso, somado a seu instinto selvagem, deu no que deu.

Na verdade, assim como esse ex-aliado bateu nos quatro sem luva, muita coisa emergirá do esgoto bolsonarista no primeiro minuto em que ele não tiver mais a proteção da faixa presidencial.

Aí sim, nos surpreenderemos com o que será revelado.

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Política

Aliados de Bolsonaro temem novas revelações e operações da PF

Oficialmente, o discurso dos governistas é o de que os áudios do grampo sobre as conversas do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro não trazem nenhuma evidência concreta de crime da parte de Jair Bolsonaro e que o caso “não vai dar em nada”. Nas conversas de bastidores, porém, o clima é de apreensão, segundo Malu Gaspar, O Globo.

O primeiro motivo é o temor de que haja mais conversas comprometedoras do ex-ministro citando o presidente da República. No áudio que veio à tona, gravado em 9 de junho, Ribeiro afirma que Bolsonaro telefonou para ele e dos Estados Unidos, onde estava em visita oficial, para dizer que estava “com um pressentimento”.

“Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa”, informou Ribeiro à filha. Quatro dias depois dessa conversa, a Polícia Federal pediu autorização da Justiça para fazer as buscas, que aconteceram nesta sexta-feira.

A primeira conclusão dos governistas é a de que, se a PF estava gravando o ex-ministro, pode muito bem ter captado outros diálogos em que se fale do presidente ou se comprove que as informações sobre a operação estavam sendo repassadas ao Planalto.

Há, ainda, uma percepção generalizada de que a Polícia Federal vive uma guerra interna, especialmente contra a direção-geral, e ainda uma disputa com o próprio Bolsonaro, em razão da decisão do governo de não dar o reajuste salarial pedido pela categoria neste ano.

“Existem três corporações às quais não pode se prometer e não cumprir: PF, Receita Federal e Judiciário. Eles são vingativos. Brasília todinha sabe bem disso”, diz esse aliado, que aposta inclusive em novas operações sobre outros casos. “Enquanto não der aumento para a PF eles não vão parar”, diz esse aliado.

Um temor que ronda a cúpula da campanha de Bolsonaro é que a criação de uma CPI leve a mais escândalos e tumultos no governo. Um depoimento bombástico ou uma delação premiada de algum dos pastores presos também poderiam causar um estrago irreversível na campanha.

Para cinco integrantes do Ministério Público Federal com quem conversamos nesta sexta-feira, o áudio, em si, já é motivo suficiente para a abertura de uma investigação para apurar se houve ou não vazamento de informações sobre a operação.

Os crimes a serem apurados são obstrução de Justiça, favorecimento pessoal e violação de sigilo funcional. Só que, para que isso ocorra, cabe a Augusto Aras apresentar o pedido ao Supremo Tribunal Federal. Aras é aliado do presidente da República.

Entre os estrategistas de Bolsonaro, o tom era de lamento pelo fato de os áudios terem vindo à tona justamente no momento em que ele inicia um roteiro de viagens pelo Nordeste.

O presidente programou anunciar o aumento de R$ 200 no valor do Auxílio Brasil durante a viagem pela região, onde ele tem alta rejeição e perde para Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele chegou a Caruaru, em Pernambuco, na noite de quinta-feira, e continuou na região nesta sexta. Passou por João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba para participar de festas juninas. Neste sábado, vai a Blumenau, em Santa Catarina.

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Política

Renan Calheiros: São graves as revelações de Mandetta e atingem Bolsonaro

Relator da CPI afirma que o ministro mostrou que o presidente divergiu da ciência, teve aconselhamento paralelo e que governo chegou a propor mudar a bula da cloroquina.

De acordo com matéria de Mônica Bergamo na Folha, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) elencou uma lista de revelações feitas pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta que atingem o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele diz que os fatos descritos são “graves”.

“O depoimento mostrou que houve aconselhamento paralelo na Covid, adoção da cloroquina ao arrepio do Ministério [da Saúde], participação de Carlos Bolsonaro [vereador do Rio e filho do presidente] em reuniões (por que?) e alerta sobre 180 mil mortes [Mandetta disse na CPI que afirmou a Bolsonaro que os óbitos poderiam chegar a esse número)”, disse Renan em mensagem enviada à coluna.

Ele segue: “Bolsonaro divergiu das orientações científicas, no isolamento e na cloroquina. Foi um depoimento importante na minha opinião para clarear exatamente o que ocorreu naquele momento inicial da pandemia”.

“Também é relevante a informação de que Mandetta viu um decreto para mudar a bula e recomendar a cloroquina”, afirma Renan Calheiros.

O ex-ministro da Saúde disse aos integrantes da CPI que “várias vezes na reunião do ministério, o filho do presidente, que é vereador do Rio de Janeiro, estava atrás, tomando as notas na reunião. Eles tinham constantemente reuniões com esses grupos dentro da Presidência”.

Ele afirmou que os aconselhamentos de grupos paralelos eram constantes na gestão de Bolsonaro. Entre outros fatos, relembrou que foi informado, em uma reunião, que “era para subir para o terceiro andar porque tinha lá uma reunião de vários ministros e médicos. Vinha propor esse negócio de cloroquina que eu nunca havia conhecido, porque ele [Bolsonaro] tinha um assessoramento paralelo nesse dia”.

Foi nessa ocasião que chegaram a sugerir que a bula da cloroquina fosse modificada por decreto para poder ser receitada no tratamento da Covid-19.

Renan Calheiros diz ainda que a CPI já tem “gerado uma mudança elogiável no comportamento, na condução de vacinas, na negociação de insumos e até mesmo no abandono do negacionismo” por parte do governo.

Sobre o fato de o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmar que teve contato com pessoas com Covid-19 e por isso não pretende depor presencialmente na CPI, Calheiros afirma: “Quanto ao ex-ministro Pazuello, fico até contente que mais um integrante do governo fique preocupado com isolamento, distanciamento, ao contrário de comportamentos recentes”.

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