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Comandante do Exército sob Bolsonaro relatou apelos golpistas de ex-presidente

General Freire Gomes, descrito como discreto, disse a interlocutores que repudiou intenções de ruptura democrática.

Ex-comandante do Exército, o general Freire Gomes relatou a pessoas próximas que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu entorno, além de militares da reserva, fizeram apelos às Forças Armadas por um golpe contra a eleição de Lula (PT), diz a Folha.

Oito oficiais-generais consultados pela Folha contam que os relatos eram feitos em conversas pessoais, com os militares mais próximos de Freire Gomes, sem informar o Alto Comando da Força.

Descrito como uma pessoa discreta, o ex-chefe militar informou a seus pares, quando perguntado, que sempre respondeu a Bolsonaro e seu entorno que o Exército não embarcaria em aventuras.

Freire Gomes e os ex-comandantes Almir Garnier (Marinha) e Baptista Junior (Aeronáutica) foram chamados cerca de dez vezes por Bolsonaro para reuniões no Palácio da Alvorada em novembro e dezembro, após a vitória de Lula.

Todas as reuniões ocorreram fora da agenda presidencial, e suas convocações eram feitas pelo celular do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, ou pelo próprio ex-presidente.

A primeira conversa ocorreu em 1º de novembro —dois dias após o segundo turno das eleições. Na ocasião, segundo relatos, as pautas giraram em torno do fechamento de rodovias e dos acampamentos golpistas com bolsonaristas que se formavam em frente aos quartéis.

Os assuntos que foram tratados nem sempre foram expostos previamente, segundo generais próximos a Freire Gomes. Eles contam que, em alguns casos, Bolsonaro apenas buscava conversar com os chefes militares.

Em outras ocasiões, segundo essas fontes, Bolsonaro e militares de seu entorno defenderam abertamente intenções golpistas de se buscar formas de questionar ou reverter o resultado eleitoral.

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Sob Bolsonaro, mortes de ianomâmi por desnutrição cresceram 331%

Nos quatro anos anteriores, foram 41 mortes. O crescimento pode ser ainda maior, porque os dados referentes a 2022 ainda estão sendo contabilizados.

O número de mortes por desnutrição de indígenas da etnia yanomami aumentou 331% nos quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em comparação com os quatro anos anteriores, segundo o Correio Braziliense.

O aumento está registrado em dados obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Entre 2019 e 2022, 177 indígenas do povo yanomami morreram por algum tipo de desnutrição, segundo dados do Ministério da Saúde.

Nos quatro anos anteriores, foram 41 mortes. O crescimento pode ser ainda maior, porque os dados referentes a 2022 ainda estão sendo contabilizados.

Nas últimas semanas, o governo federal decretou estado de emergência por conta do agravamento das condições de saúde dos yanomami.

A decisão foi tomada em meio à forte repercussão nacional e internacional gerada por imagens de indígenas da etnia visivelmente desnutridos.
Salto no primeiro ano de governo

Os dados liberados pelo Ministério da Saúde mostram a quantidade e as causas das mortes registradas nos Distrito Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), órgãos responsáveis pela saúde dos povos originários. As informações vão de 2013 a 2022.

Em 2013 e 2014, as mortes de yanomami por desnutrição totalizaram oito e seis, respectivamente.

Na somatória dos quatro anos seguintes (2015 a 2018), nos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), o total foi de 41. Nos quatro anos seguintes, já sob Bolsonaro, o número foi de 177.

Os dados indicam um salto no número de mortes por desnutrição entre os yanomami já no primeiro ano do governo Bolsonaro, 2019.

*Com Correio Braziliense

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Sob Bolsonaro, número de milionários bateu recorde

Presidente chega ao fim do mandato com recorde de pobres e crescimento impressionante de milionários.

Segundo a Folha, além dos recordes de pobreza, o governo Jair Bolsonaro (PL) produziu, em apenas três anos, um número impressionante de milionários – muito mais do que nos governos Lula e Dilma Rousseff.

Os números revelam o que especialistas já vinham apontando: Bolsonaro deixará um legado de mais desigualdade social.

De janeiro de 2019 a dezembro de 2021, o país registrou 2,1 milhões de pessoas com rendimentos anuais acima de R$ 1 milhão –1% da população.

No período, 562 mil brasileiros entraram para esse clube, enquanto 62,5 milhões mergulharam na pobreza –29,4% da população, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre 2003 e 2014 —período que compreende os dois mandatos de Lula e o primeiro de Dilma— os brasileiros com mais de R$ 1 milhão em rendimentos passaram de 18,5 mil para 29,8 mil, concentrando-se em SP, RJ, MG, RS e PR. Esse contingente representava 0,1% da população à época.

O aumento da riqueza entre os muito ricos começou a ganhar tração a partir do impeachment da ex-presidente Dilma, em 2016. Tanto o ex-presidente Michel Temer, que a sucedeu, quanto Bolsonaro conduziram políticas pró mercado.

Entre 2019 e 2021, RR e RO foram os estados que mais contabilizaram novos endinheirados —1.588 e 10.147, respectivamente. Registraram as maiores taxas de crescimento —67% e 63%.

Na sequência, as maiores altas foram em TO (59%), MT e SC (55%), PA (51,5%), GO e MA (48,5%).

Apesar do crescimento de milionários pelo interior do país, a maior concentração continua em SP (780.619), RJ (226.254), MG (189.785), RS (161.858), PR (156.870) e SC (103.378) —78% do total.

Analistas de mercado apontam que esse crescimento está atrelado à expansão da fronteira agrícola no país, que interiorizou a fortuna relacionada a esse setor. Esse movimento permitiu às marcas de luxo diversificar suas vendas, antes concentradas no eixo Rio-São Paulo.

Cientistas políticos consideram que a nova geografia da riqueza, concentrada em locais do agronegócio, ajuda a explicar o fortalecimento do conservadorismo nesses estados, que culminou na preferência por Bolsonaro nas eleições deste ano —com exceção do Maranhão, que preferiu o presidente eleito, Lula.

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A explosão dos clubes de tiro: número de novos registros saltou 113% sob Bolsonaro

A emissão de certificados oficiais que autorizam a abertura de clubes de tiro no país aumentou 113,5% no governo do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

Segundo o Metrópoles quantidade de registros concedidos a entidades de tiro desportivo saltou de 163 em 2018 para 348 em 2021. Os dados são do Exército e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.

No fim de julho deste ano, o total de clubes de tiro em funcionamento em todo o Brasil chegava a 2.095.

Em paralelo, também aumentou o número de pessoas com autorização legal para portar armas graças a medidas de facilitação baixadas pelo governo Bolsonaro.

Com o incentivo declarado do presidente, o total de brasileiros com registro de CACs — sigla para Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores — foi de 117.467 para 673.818 entre 2018 e meados de 2022, um aumento de 473,6%, conforme dados do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Preocupação nas eleições

A explosão do número de CACs tem preocupado as forças de segurança estaduais às vésperas das eleições.

Na semana passada, integrantes do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, o CONCPC, estiveram reunidos com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e se mostraram temerosos com a combinação entre o clima de acirramento político no país e a profusão de armas legalizadas em poder da população.

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