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Sombra de Bolsonaro, Mauro Cid estava sempre na cena do crime

Cenário está armado para que o tenente-coronel pague a conta em nome do capitão.

A cena marcou os debates da eleição presidencial. Nos intervalos de cada rinha televisiva, um militar subia ao palco para cochichar com Jair Bolsonaro. Era o tenente-coronel Mauro Cid, preso na quarta-feira pela Polícia Federal.

Nos estúdios de TV, o oficial fardado se destacava entre os civis. Sua presença tinha duplo significado. Simbolizava o uso da máquina na campanha à reeleição e o apoio dos quartéis ao candidato da extrema direita.

Cid foi a sombra de Bolsonaro no poder. Tenente-coronel do Exército, não se limitava às atribuições de um ajudante de ordens, como carregar papéis e atender telefonemas. Também aconselhava o chefe em assuntos políticos e eleitorais.

O militar entrou na mira da PF em 2021, ao organizar live em que o presidente fez ataques à urna eletrônica. O caso o levou a ser indiciado por vazamento de dados confidenciais. A Justiça ordenou a quebra de seu sigilo telefônico, o que daria origem a uma série de novas investigações.

A polícia descobriu que o faz-tudo de Bolsonaro trocava mensagens com extremistas que tramavam um golpe de Estado. Ele também foi indiciado por produzir desinformação sobre a vacina contra a Covid.

Mais tarde, a PF passou a investigá-lo sob suspeita de operar um esquema de caixa dois no Planalto. O dinheiro seria usado para pagar despesas pessoais do presidente e da primeira-dama.

O tenente-coronel ainda se envolveu na tentativa de liberar joias apreendidas pela Receita Federal em Guarulhos. As peças foram trazidas ilegalmente para o país e engordariam o patrimônio da família Bolsonaro. Já no governo Lula, Cid foi o pivô da crise que derrubou o comandante do Exército. Apesar da sua folha corrida, o general Júlio Cesar de Arruda insistia em nomeá-lo para comandar um batalhão em Goiás.

No caso que o levou à cadeia, Cid não agiu apenas a serviço do capitão. Também adulterou dados do SUS para a mulher e as filhas. Em mensagem interceptada pela PF, ele se gabou do próprio negacionismo. “Não vou tomar vacina mesmo. Eu e ninguém aqui em casa”, disse. Mesmo assim, mandou emitir carteirinhas falsas para que a família pudesse entrar nos EUA.

A prisão do faz-tudo criou novos riscos para o bolsonarismo. Curiosamente, o advogado escalado para defendê-lo se mostrou mais preocupado em defender o ex-presidente. A julgar por suas entrevistas, Cid seria o primeiro ajudante de ordens que, em vez de cumprir ordens, agia à revelia do chefe.

O cenário está armado para que o tenente-coronel pague a conta em nome do capitão. Cid é um arquivo vivo. Viu tudo, ouviu tudo e sempre esteve na cena do crime. A ver se aceitará o papel de bode expiatório.

Diário de um detento

A defesa de Anderson Torres diz que o ex-ministro chora todos os dias e precisa sair da cadeia. Mas não quer que ele seja transferido para um hospital penitenciário, como facultou o ministro Alexandre de Moraes.

Então ficamos combinados assim: Torres está doente demais para ficar preso e doente de menos para ser internado.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Opinião

Lula está sobrando em campo e fazendo sombra na direita

Quais os efeitos práticos que diferenciam o governo Lula da doutrina do apocalipse que representou o governo Bolsonaro?

Muito além do absinto, que se confundiu com o governo fascista, Bolsonaro, durante quatro anos, deslumbrado com o poder, meteu-se a gozar a vida imaginando que o Palácio do Planalto era um mero pensionato.

Mas isso está longe de trazer um significado que descreva o momento político que abriu um clarão na vida nacional com a volta de Lula ao poder.

Na verdade, todo o engenho político imaginado pela direita, que pudesse produzir uma guerra contra o governo Lula, está fazendo água, porque Lula se move numa velocidade eletrizante. E isso, logicamente, culmina em picos de popularidade que soma triunfos diante dos adversários.

Ou seja, a química política de Lula está flopando todas as ações da direita, principalmente aquelas baseadas em mentiras cristalinas, o que significa o sonho de manter Lula amordaçado, transformou-se em algo vago, para não dizer canhestro que, até aqui, ignora qualquer tática que possa ser usada como forra política contra Lula.

O que vê é um intenso silêncio da direita, no máximo, um murmúrio totalmente ignorado pela sociedade, quando ela não tenta exaltar pateticamente um Bolsonaro cada vez mais deteriorado e sem qualquer capacidade para balançar uma batuta que venha reger a direita brasileira.

Daí a alteração dos políticos bolsonaristas e do próprio Bolsonaro com o entrosamento de Lula com Tarcísio de Freitas na busca, juntos, de solução para vários dramas das pessoas atingidas pela tragédia provocada pelas chuvas no litoral norte de São Paulo.

É lógico que não dá para poetizar os feitos de um governo de apenas 50 dias, mas dá para sonhar um sonho que o governo Bolsonaro tentou matar.

Lula ainda tenta desamarrar uma economia mumificada tanto pelo genocida Bolsonaro quanto pelo golpista Temer. Verdade seja dita.

Mas o brasileiro já está raciocinando de outra forma o Brasil e seu próprio futuro. Isso fará uma enorme diferença na relação de Lula com o Congresso Nacional.

Todos sabem que a melhor resposta a uma oposição de queixo duro é a popularidade continuada de um governante. E Lula, como não está para conversa, produz uma couraça próspera para enfrentar os tormentos naturais de um presidente da República.

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Opinião

Sombra da ameaça militar valida vale-tudo da máquina bolsonarista

Jeferson Miola – A eleição deste ano está marcada por um sem-fim de práticas ilícitas, corrupção, desvios, banditismo político, usos e abusos da máquina pública pelo candidato situacionista. É um verdadeiro vale-tudo criminoso do bolsonarismo.

O governo militar aparelhou o Estado para fins eleitorais como nunca antes visto. Aviões da FAB transportam políticos, fundamentalistas religiosos, militares e celebridades de extrema-direita de ponta a ponta do país para eventos da campanha eleitoral.

Instituições de Estado são instrumentalizadas para viabilizar objetivos ilegais do governo –como se deu, por exemplo, com a atuação do CADE [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] na investida para intimidar os institutos de pesquisas.

O orçamento secreto, abastecido com dinheiro desviado do SUS, das Universidades e de áreas essenciais, irriga um esquema bilionário e corrupto de clientelismo e compra de votos. Favores e auxílios demagógicos de última hora são criados magicamente para cooptar o eleitorado.

As repartições públicas foram aparelhadas e convertidas em comitês de campanha. O gabinete presidencial é uma usina de fabricação e disseminação de mentiras.

Empresários inescrupulosos e charlatães religiosos turbinam redes criminosas que atuam em variadas frentes, da coação a trabalhadores ao doutrinarismo vulgar nos cultos dos templos caça-níquel.

A escória bolsonarista “nada de braçada” no esgoto das redes sociais, um ecossistema sem-lei a partir de onde fazem circular impensáveis delírios e baixarias.

A chamada “família militar”, espaço ampliado da sociabilidade reacionária e ferozmente antipetista, fornece o substrato ideológico que concatena a ofensiva contra Lula de atores barra-pesada das polícias militares, das Forças Armadas, CAC’s, empresas de segurança e milícias.

Perto dos ilícitos e da montanha de crimes perpetrados por Bolsonaro e cúpulas militares na eleição deste ano, os esquemas fraudulentos da chapa militar Bolsonaro/Mourão na eleição de 2018 ficam parecendo coisa de amadores.

O candidato Bolsonaro, que coleciona mais de uma centena de pedidos de impeachment pela prática continuada de crimes comuns e de responsabilidade, também comete crimes eleitorais em série.

Bolsonaro e as cúpulas militares constantemente atacam as instituições e insultam ministros do TSE e STF para quebrarem as resistências às ofensivas autoritárias.

Em democracias minimamente funcionais e com o sistema de justiça funcionando livremente e sem intimidações explícitas ou veladas, a chapa do governo militar Bolsonaro/Braga Netto sequer poderia concorrer, pois já teria sido cassada.

Todo mundo – mas todo mundo mesmo – sabe o que está acontecendo na eleição brasileira, marcada por ameaças, corrupção, banditismo fascista e, ainda, pela intimidação e propagação do medo.

A débil democracia brasileira, tutelada pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, resiste o que pode para não sofrer o golpe fatal. A sombra da ameaça militar valida o vale-tudo da máquina fascista-bolsonarista.

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Humor

Vídeo: Inacreditável! Bolsonarista vê comunismo até na sombra

Podem acreditar, bolsonaristas veem a bandeira da Guiné Bissau, que é verde, amarela e vermelha, e acham que é a bandeira do Brasil virando comunista. Eles gostam de fake news e são ignorantes. O idiota acha que as bandeiras alusivas à Guiné Bissau, colocadas pelo governo brasileiro no Eixo, são comunistas.

Confira:

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