Se, de um lado, Lula ganha cada vez mais espaço na imprensa internacional, ocupando as capas dos maiores jornais do mundo, Moro, por sua vez, aparece em uma foto publicada pelo próprio, no hospital fazendo rapapé em Bolsonaro. Hoje, o político mais espinafrado do mundo.
Basta isso para afirmar que, ironicamente, a prisão de Lula fez bem para a sua imagem e fortaleceu suas ideias, que vão ganhando cada vez mais espaço no mundo. Já Moro, é de dar dó. Transformado em anão moral pelas próprias práticas lesivas à democracia, agora está reduzido a uma montaria de Bolsonaro e de generais terraplanistas do mundo napoleônico.
Hoje, dentro do governo Bolsonaro, uma louca como Damares tem muito mais prestígio que Moro que está asfixiado politicamente, cabreiro, cauteloso, mantendo-se distante dos holofotes da mídia que tanto lhe promoveram, está desnudado e reduzido a relíquia do museu do ódio, conservado em formol.
Lula, por outro lado, de dentro do seu cárcere, levanta a bandeira da esquerda em toda a América Latina, move o xadrez político na região com uma elegância própria dos mestres.
Na verdade, Lula jantou Bolsonaro e Moro juntos, essas excrescências inúteis, são resultado da campanha de ódio promovida pela grande mídia brasileira. Mas a casa caiu e Lula novamente poetizou o discurso político, conduzindo o debate para o grande sonho de fraternidade, sem abrir mão da indignação contra seus algozes, porque são algozes do povo, porque são cruéis com os pobres, porque subvertem a lógica humana, cristalizando a ideia de que o Estado não tem que repartir riquezas e oportunidades.
*Por Carlos Henrique Machado Freitas