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Protestos de indianos contra a presença de Bolsonaro no Dia da República

Ativistas ergueram cartazes que diziam: ‘destruidor da Amazônia não é nosso convidado’, ‘quem matou Marielle Franco’ e ‘Bolsonaro vá embora’.

O Dia da República indiano é celebrado em 26 de janeiro e, neste ano, contou com a presença do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Em visita oficial ao país, ele é o convidado de honra para as comemorações neste domingo (26), o que revoltou parte da população devido às suas declarações machistas e sua política sobre a Amazônia, que tiveram forte repercussão no país.

Muitos indianos estão insatisfeitos com a participação de Bolsonaro nas celebrações do Republic Day, a festa que celebra a independência do país. O presidente brasileiro chegou na sexta-feira (24) à Nova Délhi, assistiu à marcha militar ao lado de personalidades políticas e sua visita é alvo de protestos nas ruas e nas redes sociais.

Para parte da população, o perfil político e a personalidade de Bolsonaro não são bem vistos, especialmente devido a declarações misóginas, em um país onde o machismo e os estupros de mulheres revoltam a opinião pública. A política do presidente brasileiro na Amazônia também é criticada por ativistas ambientais indianos.

Bolsonaro, vá embora”

A chegada do líder brasileiro foi marcada por manifestações. Na cidade de Mumbai, ativistas ambientais se reuniram e exibiram cartazes com dizeres: “destruidor da Amazônia não é nosso convidado”, “quem matou Marielle Franco?”, ou ainda “Bolsonaro, vá embora”.

A organização ambientalista The Clean Project, baseada na capital indiana, lançou uma campanha virtual, com as hashtags #BoycottBolsonaro e #AmazonForestDestroyer (destruidor da Floresta Amazônica). “Não sei porque nosso primeiro-ministro o convidou. Essa pessoa não é bem-vinda na Índia”, declarou a militante Pooja Damodia às agências de notícias.

Personalidades políticas progressistas também reclamam da visita de Bolsonaro. Membro do Partido Comunista indiano, o parlamentar Binoy Viswam escreveu ao primeiro-ministro Narendra Modi para anunciar que boicotaria a cerimônia da festa nacional, do qual era convidado. Segundo ele, o governo do presidente brasileiro é “contrário ao espírito da Constituição da Índia”, celebrada neste domingo.

 

 

*Com informações da Carta Capital

 

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Índia: Bolsonaro enfrenta protestos nas redes e nas ruas

Posição do governo em relação à Amazônia e às mudanças climáticas motiva manifestações desde novembro, quando presidente confirmou visita ao país.

A visita de quatro dias do presidente Jair Bolsonaro à India, que começou hoje (24) em Nova Delhi, enfrenta forte resistência. Os manifestantes utilizam espaços públicos e as redes sociais para repudiar o mandatário, convidado para a principal festividade cívica do país, o Dia da República, comemorado em 26 de janeiro.

E não é de agora. Desde novembro, quando aceitou o convite, Bolsonaro tem sido alvo de ativistas do meio ambiente e dos direitos humanos. Usando as hashtags #BoycottBolsonaro e #AmazonForestDestroyer, eles alertam sobre os prejuízos socioambientais globais trazidos pelas políticas adotadas no Brasil, bem como pelo incentivo do governo brasileiro ao desmatamento e à invasão e mineração em terras indígenas, além do discurso nazi-fascista, homofóbico, racista, machista e misógino.

Para a organização ambientalista The Clean Project, sediada em Nova Delhi, Bolsonaro quer destruir a Amazônia, colocando em risco a vida de bilhões de espécies. “#BoycottBolsonaro porque ele quer destruir a fonte de 20% de oxigênio, água doce e bilhões de espécies – por suas aspirações corporais irracionais”.

Kailash Anerao está preocupado com projetos que beneficiam grileiros, mineradoras e passam por cima dos direitos dos povos indígenas. “O governo de #Bolsonaro aprovou uma nova lei anistiando terras griladas nas florestas amazônicas – pulmões do mundo e área de grande concentração de biodiversidade. Ele também está propondo um projeto de lei que abrirá terras indígenas para a mineração”, diz o ativista.

Grupos indianos integrantes do movimento de crianças e adolescentes Fridays For Future (Greve das Escolas pelo Clima) – em #GrevePeloClima por um futuro ambientalmente justo e seguro – já vinham postando imagens de suas atividades nas ruas e praças, que hoje foram reproduzidas.

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual