O lodo que escorre das novas conversas entre procuradores da Lava Jato reveladas pelo site The Intercept Brasil, hoje, é pauta dominante sobre a atuação parcial de Moro contra Lula e o PT e sua “escadinha” política.
Bom, esse é um pedaço da crosta vazada que revela o que muita gente já dizia. Moro fez da Lava Jato um mercado político para vender sua alma pra direita e, depois, utilizar-se disso com algum cargo político.
E assim foi feito.
Prendeu Lula, sem provas, e virou ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro.
A ganância política de Moro tinha uma equação, e ele seguiu à risca.
E isso assombrou até os procuradores, como se lê nos diálogos
O golpe que Moro ajudou a dar em Dilma prometeu ir além.
Lula era um estorvo para as pretensões políticas de Moro.
Então, um gigantesco esforço retórico na mídia e de mobilização do MPF e PF para construir a narrativa contra Lula tinha que ser feito, como foi. Além disso, Moro contou com o fanatismo ideológico raso para fazer sua “escadinha”
A tirania dos salvadores da pátria sempre agradou os salões, a classe média e o dinheiro grosso.
Essa lógica que produz um ambiente fascista, sedimenta-se sempre no justiçamento e o resultado é esse que vivemos.
Um Bolsonaro como presidente e Moro como seu ministro da justiça e segurança pública.
A incubadora desse desastre, não resta mais dúvidas, foi a Lava Jato.
Moro, usando todo o corporativismo da santa toga, prestou-se ao papel de determinar quem deveria ser o presidente e, em seguida, cobrar seu torrão nesse latifúndio.
*Por Carlos Henrique Machado Freitas