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Vale o que está escrito: Se com Bolsonaro, risco-pais é o maior da história, com Lula, foi o menor

Pra começo de conversa, é bom deixar claro que o anúncio de que, sob o comando de Bolsonaro, o Brasil alcançou o maior risco-país da história, trocando em miúdos, o pior lugar para se investir, nada tem a ver com o coronavírus e a hecatombe nas bolsas no mundo todo.

O dólar, que é um termômetro global, já vinha mostrando que a chapa de Bolsonaro, estava esquentando pela falta de dólares no país, além da fuga recorde de capitais. Por isso é preciso proclamar em alto e bom som que a fatura que chegou hoje é uma interpretação do mercado de uma economia que, ao invés de rever injustiças sociais seculares, em um ano tratou de acumular, concentrando mais dinheiro nas mãos dos ricos e empobrecendo ainda mais os pobres. Coisa que até o FMI diz ser uma receita perfeita para o atraso de uma economia. Mas é um assunto para uma próxima.

Por hora, ficaremos com uma matéria publicada pelo Estadão em 05 de abril de 2007:

Sob Lula, risco-país é o menor da história

“SÃO PAULO – O Risco Brasil atingiu nova mínima nesta quinta-feira, 5, ao chegar a 161 pontos base, e mais uma vez se igualou ao risco dos países emergentes que, às 15h35 desta quinta-feira, dia 5, está neste mesmo patamar. A taxa de risco reflete a confiança do investidor estrangeiro na capacidade de pagamento da dívida de um país. Quanto menor esta taxa, maior é a confiança do investidor.

Neste patamar, significa que o Brasil paga 1,61 ponto porcentual como prêmio (em dólar) acima dos juros dos títulos norte-americanos, considerados sem risco. Esse prêmio de risco influencia as taxas pagas pelas empresas brasileiras para captar recursos no exterior. Ou seja, o risco Brasil em queda significa menor custo de captação tanto para o governo brasileiro quanto para as empresas do País.

A queda do risco abre a possibilidade para que o Brasil atinja o investment grade, classificação dada aos ativos considerados de baixo risco de crédito pelas agências de classificação. Para se ter uma idéia, se o México for tomado como exemplo de comparação, o Brasil está a 60 pontos de receber esta classificação, já que o risco daquele país, que já é considerado grau de investimento pelas agências, oscila atualmente na casa de 100 pontos.

 

*Da redação