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Política

‘Vale tudo’ é fichinha no complô Ciro Nogueira e a turma do mercado

Quando um senador bolsonarista se encontra com uma turma de ricaços para tramar contra os pobres e o governo Lula.

A “Vale Tudo” versão 2025 deveria ter um núcleo dramático na Faria Lima, a avenida de SP que representa a especulação financeira.

O que são os pequenos golpes de Maria de Fátima e a aporofobia (aversão, rejeição e maus-tratos aos pobres) da vilã Odete Roitman diante do sincericídio dos banqueiros e seus capachos da política?

Odete só entra no capítulo 24 da novela da Tv Globo, mas tem seus diversos dublês já em ação nos auditórios dos banqueiros paulistas. Não falta também uma centena de personagens como Marco Aurélio, o ricaço picareta que dá uma banana para o Brasil no final da trama original de Gilberto Braga (1988).

O ICL Notícias trouxe essa semana um roteiro pronto sobre a perversidade contra a população mais pobre. Com direito a “cenas do próximo capítulo” de puro terrorismo — o complô entre a bancada da Direita prevê a liquidação total, incluindo Petrobrás, em caso de triunfo eleitoral de Tarcísio de Freitas ou outro representante do bolsonarismo.

“Vale Tudo” é papo de coroinha de igreja e noviça de quermesse diante do que ouvimos nos áudios do encontro entre o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e Daniella Marques, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, em conversa para uma plateia de endinheirados no evento da Legend Invest, no auditório do BTG Pactual.

No país campeão mundial de desigualdades, a confraria do “aprendiz” Roberto Justus (um dos donos da Legend) prega contra o “excesso de proteção social” do Brasil e ataca os necessitados do BPC — o benefício de proteção continuada que paga um salário mínimo aos sem-nada do Brasil.

É uma obra-prima do escárnio burguês.

A sorte (a plateia do BTG vibra mais do que nunca nesse momento) é que Ciro Nogueira decreta a morte política do presidente Lula da Silva. “Até no Nordeste ele pode perder. O povo não vê mais esperança”, diz.

O epitáfio de Lula foi aplaudido pelos banqueiros e investidores em várias ocasiões da conversa. Sem se falar nas gargalhadas quando ressaltam o orgulho de todos naquele ambiente serem “taxáveis” na compensação do projeto de isenção de Imposto de Renda (até R$ 5 mil) do ministro Fernando Haddad.

Força, guerreiros!

Comovido, Ciro Nogueira promete uma proposta no Congresso para tentar livrá-los — o máximo que puder —, de algum imposto do governo federal. É o eleito pela gente humilde do Piauí na guerra pelos super ricos paulistas.

Deu vontade até de invadir a cena dos bacanas e cantar “Eu vim de Piripiri”, o sucesso de Paulo Diniz que exalta a brava terra piauiense.

Coitada de Maria de Fátima diante dessa gente. Odete Roitman e Marco Aurélio serão xingados de “românticos” caso compareçam a um colóquio na área. Reles aprendizes da “elite do atraso”.

*Xico Sá/ICL

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Opinião

Sombra da ameaça militar valida vale-tudo da máquina bolsonarista

Jeferson Miola – A eleição deste ano está marcada por um sem-fim de práticas ilícitas, corrupção, desvios, banditismo político, usos e abusos da máquina pública pelo candidato situacionista. É um verdadeiro vale-tudo criminoso do bolsonarismo.

O governo militar aparelhou o Estado para fins eleitorais como nunca antes visto. Aviões da FAB transportam políticos, fundamentalistas religiosos, militares e celebridades de extrema-direita de ponta a ponta do país para eventos da campanha eleitoral.

Instituições de Estado são instrumentalizadas para viabilizar objetivos ilegais do governo –como se deu, por exemplo, com a atuação do CADE [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] na investida para intimidar os institutos de pesquisas.

O orçamento secreto, abastecido com dinheiro desviado do SUS, das Universidades e de áreas essenciais, irriga um esquema bilionário e corrupto de clientelismo e compra de votos. Favores e auxílios demagógicos de última hora são criados magicamente para cooptar o eleitorado.

As repartições públicas foram aparelhadas e convertidas em comitês de campanha. O gabinete presidencial é uma usina de fabricação e disseminação de mentiras.

Empresários inescrupulosos e charlatães religiosos turbinam redes criminosas que atuam em variadas frentes, da coação a trabalhadores ao doutrinarismo vulgar nos cultos dos templos caça-níquel.

A escória bolsonarista “nada de braçada” no esgoto das redes sociais, um ecossistema sem-lei a partir de onde fazem circular impensáveis delírios e baixarias.

A chamada “família militar”, espaço ampliado da sociabilidade reacionária e ferozmente antipetista, fornece o substrato ideológico que concatena a ofensiva contra Lula de atores barra-pesada das polícias militares, das Forças Armadas, CAC’s, empresas de segurança e milícias.

Perto dos ilícitos e da montanha de crimes perpetrados por Bolsonaro e cúpulas militares na eleição deste ano, os esquemas fraudulentos da chapa militar Bolsonaro/Mourão na eleição de 2018 ficam parecendo coisa de amadores.

O candidato Bolsonaro, que coleciona mais de uma centena de pedidos de impeachment pela prática continuada de crimes comuns e de responsabilidade, também comete crimes eleitorais em série.

Bolsonaro e as cúpulas militares constantemente atacam as instituições e insultam ministros do TSE e STF para quebrarem as resistências às ofensivas autoritárias.

Em democracias minimamente funcionais e com o sistema de justiça funcionando livremente e sem intimidações explícitas ou veladas, a chapa do governo militar Bolsonaro/Braga Netto sequer poderia concorrer, pois já teria sido cassada.

Todo mundo – mas todo mundo mesmo – sabe o que está acontecendo na eleição brasileira, marcada por ameaças, corrupção, banditismo fascista e, ainda, pela intimidação e propagação do medo.

A débil democracia brasileira, tutelada pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, resiste o que pode para não sofrer o golpe fatal. A sombra da ameaça militar valida o vale-tudo da máquina fascista-bolsonarista.

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Política

Ao fim e ao cabo, a mídia brasileira seguirá com o genocida em 2022

Sem ilusão.

Com essa acusação mentirosa que a mídia faz contra Lula sobre sua suposta sonegação de imposto de renda à Receita, só serve pra uma coisa, lembrar aos brasileiros quem ajudou a colocar Bolsonaro no poder e que seguirá firme com ele em 2022.

Nossa mídia industrial pariu um rato fascista e não vai abrir mão de trabalhar, até com mais empenho, com sua costumeira baixaria por sua reeleição.

O vale tudo contra Lula e contra o PT é o artigo primeiro do estatuto da grande mídia. O cachimbo já entortou a boca dessa gente.

Globo e cia destacam em garrafais que a Receita Federal cobra de Lula impostos atrasados. Berram as redações dizendo, “Lula é sonegador”, não destacando, porém, que as supostas sonegações são referentes ao triplex do Guarujá e ao sítio de Atibaia, processos em que, para o desespero do baronato midiático, Lula foi inocentado.

Isso só serve para deixar bem claro que, se a terceira via não emplacar ninguém, como tudo indica, será um fiasco, e imediatamente a mídia construirá um processo para produzir em seus leitores a sensação idêntica ao famoso editorial do Estadão de Vera Magalhães em 2018, “uma escolha muito difícil”.

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