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Empresa de Ciro Nogueira recebeu R$ 63 mil de alvo da Carbono Oculto do Piauí

Transação foi realizada por meio de conta no “Banco do PCC”, de acordo com relatório do Coaf

Por Alice Maciel, Flávio V M Costa e Leandro Demori

A empresa do senador Ciro Nogueira (PP-PI) recebeu R$ 63,9 mil de um posto de combustível localizado em Teresina (PI), que foi alvo nesta terça-feira (4) da Operação Carbono Oculto 86. A ação, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí, investiga um esquema de lavagem de dinheiro do PCC no estado. Os repasses aparecem em um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ao qual o ICL Notícias teve acesso.

O posto Pima Energia Amizade — que anteriormente operava sob o nome Maranhão Petróleo — realizou duas transferências para a Ciro Nogueira Agropecuária Imóveis, incorporadora pertencente ao senador. Segundo o relatório do Coaf, foram enviados R$ 47,9 mil em 2 de maio de 2025 e R$ 15,9 mil em 17 de abril do mesmo ano.

As transferências foram feitas por meio da conta do posto na fintech BK Instituição de Pagamento, conhecida como BK Bank. A instituição financeira foi apontada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) como peça-chave em um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

A conexão entre o banco e a facção criminosa veio à tona na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, que mirou empresas e fundos de investimento sediados na Avenida Faria Lima, em São Paulo.

A investigação da Polícia Civil do Piauí é um desdobramento da operação homônima, que teve o foco maior em São Paulo. Por essa razão, foi batizada com acréscimo do número 86, referente ao DDD do Piauí. A Justiça autorizou o compartilhamento de provas entre as duas operações.

Procurado pela reportagem, o senador Ciro Nogueira ainda não respondeu aos questionamentos. Se o fizer, este texto será atualizado.

Empresa de SP compra rede de postos no Piauí
A Pima Energia Amizade faz parte de uma rede de postos de combustíveis em Teresina que foram adquiridos pela Pima Energia Participações, em dezembro de 2023. A transação chamou a atenção da Polícia Civil do Piauí pela ligação do negócio com empresas investigadas por envolvimento no esquema do PCC no ramo de combustível em São Paulo.

A Pima Energia Participações foi fundada na capital paulista apenas seis dias antes de adquirir a rede de postos de gasolina piauiense “Postos HD”, dos empresários Haran Santhiago Girão Sampaio e Daniel Coelho de Souza – eles também foram alvos ontem de mandados de busca e apreensão na Operação Carbono Oculto 86.

Os investigadores suspeitam que foi uma venda de fachada, uma vez que houve uma “substituição de bandeira (de HD para Pima e Diamante) sem alteração operacional real” e que a Pima Energia “foi criada especificamente para formalizar a referida transação comercial”.

O único sócio da Pima Energia à época da transação com o grupo HD era o Jersey Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que por sua vez, é administrado por uma empresa, também suspeita de lavar dinheiro e, igualmente, alvo da operação Carbono Oculto: a gestora de fundos Altinvest Gestão e Administração de Recursos de Terceiros.

Hub de soluções financeiras, a Altinvest é liderada pelo empresário Rogério Garcia Peres e administra 10 fundos citados pelos promotores na Operação Carbono Oculto. O MP-SP afirma que Peres é um dos responsáveis pelas “dinâmicas fraudulentas envolvendo fundos e a BK Instituição de Pagamento”.

Advogado, Peres também é apontado pela promotoria como “administrador de fundos de investimento, amplamente envolvido com o grupo Mohamad [Mohamed Hussein Mourad], sócio em postos de combustíveis”. Mourad, mais conhecido como “Primo”, é acusado de liderar o esquema de lavagem de dinheiro do PCC, junto a Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Ambos estão foragidos da Justiça.

Em entrevista exclusiva ao ICL Notícias, o ex-piloto da empresa Taxi Aéreo Piracicaba (TAP), Mauro Matosinhos, afirmou ter transportado em voo uma sacola de papelão que aparentava conter dinheiro vivo, na mesma data em que Beto Louco mencionou a outros passageiros que teria um encontro com o senador Ciro Nogueira.

Outros elos de Ciro Nogueira com empresas investigadas
Segundo relatório da Polícia Civil do Piauí, após a conclusão da venda dos postos de combustível da rede HD, Moisés Eduardo Soares Pereira passou a figurar como único sócio da Pima Energia Participações Ltda. Ele é um ex-funcionário de Haran Sampaio e Danilo de Souza. A suspeita é de que ele seja um laranja de seus patrões.

Após a compra pela Pima Energia, os postos de gasolina da rede “Postos HD” passaram a ser chamados de Red Diamante. De acordo com a investigação da Polícia Civil do Piauí, há evidências de uso de empresas de fachadas vinculadas às marcas “Postos HD”, “Postos Pima” e “Postos Diamante”, “que têm suspeita de ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)”.

Conforme mostrou reportagem do ICL Notícias publicada nesta quarta-feira (5), os investigadores suspeitam que Victor Linhares Paiva – ex-assessor, aliado político e compadre do senador Ciro Nogueira que também foi alvo da Operação Carbono Oculto 86 – tenha intermediado a venda da rede Postos HD para a empresa Pima Energia. Isso porque, ele recebeu R$ 230 mil de Haran Santhiago Girão Sampaio, um dos antigos proprietários dos Postos HD, no mesmo mês em que a transação entre as empresas foi concluída.

O valor foi depositado em uma conta de Linhares no BK Bank, supostamente aberta apenas para essa operação, segundo alerta emitido pelo Coaf. O relatório do órgão também indica que, logo após o depósito de Sampaio, Linhares transferiu a quantia para outra conta bancária em seu nome.

O ICL Notícias também revelou nesta quarta-feita (5) que o irmão do senador Ciro Nogueira, Raimundo Nogueira, é dono de uma empresa em Teresina que já dividiu endereço com um posto de gasolina da mesma rede, a HD Petróleo Uruguai.

Conforme relatório do Coaf obtido pela reportagem, a Ciro Nogueira Agropecuária e Imóveis, da qual Raimundo também configura como sócio junto com o irmão, realizou pagamentos que somam R$ 25,1 mil à HD Petróleo Uruguai entre dezembro de 2021 e maio de 2022.

*ICL


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Homem de confiança de Ciro Nogueira é alvo da polícia na Carbono Oculto do Piauí

Victor Linhares de Paiva recebeu 230 mil reais em conta de fintech suspeita de lavar dinheiro para o PCC

Por Leandro Demori, Flávio VM Costa e Alice Maciel

A Polícia Civil do Piauí cumpriu nesta terça-feira (4) mandado de busca e apreensão contra Victor Linhares de Paiva, ex-assessor, aliado político e compadre do senador piauiense Ciro Nogueira (PP). Ele é alvo da Operação Carbono Oculto 86 que investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo postos de combustíveis que supostamente atendem à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Victor Linhares recebeu a quantia de R$ 230 mil de outro alvo da mesma operação, o empresário Haran Santhiago Girão Sampaio, antigo dono da rede de postos HD que seria o epicentro do esquema criminoso no Piauí. O ICL Notícias teve acesso exclusivo a um documento que comprova a transação financeira.

O dinheiro foi transferido em 20 de dezembro de 2023 para uma conta aberta por Linhares apenas oito dias antes na fintech BK Bank. A instituição financeira foi apontada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) como peça-chave no esquema de lavagem de dinheiro do PCC. A ligação entre o banco e a facção criminosa foi revelada na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto e que atingiu empresas e fundos sediados na Faria Lima, em São Paulo.

A investigação piauiense é um desdobramento da operação homônima, que teve o foco maior em São Paulo. Por essa razão, foi batizada com acréscimo do número 86, referente ao DDD do Piauí. A Justiça autorizou o compartilhamento de provas entre as duas operações.

A comunicação do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ao qual o ICL Notícias teve acesso, registra que Victor Linhares de Paiva transferiu o dinheiro para outra conta bancária registrada em seu nome, assim que recebeu o depósito de Sampaio.

“Após isso não houve mais nenhuma transação, indicando que a abertura de conta pode ter sido apenas para essa transação”, lê-se no documento.

Ciro

A movimentação financeira chamou a atenção dos investigadores do Piauí porque coincide com o período em que Haran Sampaio e seu sócio, Daniel Coelho de Souza, venderam os postos de combustíveis da rede HD para um fundo de investimentos administrado pela Altinvest Gestão de Administração de Recursos de Terceiros – empresa que também foi alvo da Carbono Oculto.

A suspeita dos investigadores é a de que Victor Linhares Paiva recebeu a quantia por intermediar a negociação.

Sampaio, Souza e Linhares foram alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça do Piauí, que rejeitou os pedidos de prisão temporária feitos pela Polícia Civil.

Os crimes investigados são de adulteração de combustíveis, fraudes fiscais e lavagem de dinheiro, num esquema semelhante ao identificado pela PF e pelo MP-SP. Investigadores apontam que o mesmo esquema foi levado até o Piauí e replicado na rede de postos de gasolina HD.

Procurados pela reportagem, Haran Sampaio e Victor Linhares não responderam aos questionamentos da reportagem.

Questionado pela reportagem, o senador Ciro Nogueira renovou os ataques contra o ICL Notícias em vez de responder aos questionamentos.”A única coisa que tenho a dizer é que fiquei impressionado de vcs conseguirem divulgar a operação antes dela acontecer kkkk”, afirmou, por meio de mensagem por WhatsApp. “Na próxima sincronizem direito com quem contratou vcs”.

As ligações entre Victor Linhares e Ciro Nogueira
Aliado político do senador Ciro Nogueira, Victor Linhares ocupou, de 2 de janeiro até esta segunda-feira (3), o cargo de secretário municipal de Articulação Institucional (SEMAI) da prefeitura de Teresina. Na função, ele era responsável por intermediar, junto ao governo federal e ao Congresso Nacional, projetos e a liberação de verbas destinadas à capital piauiense.

Linhares já exerceu cargo de vereador da capital piauiense entre julho e dezembro de 2024. Ele trabalhou, anteriormente, no gabinete de Ciro Nogueira entre abril de 2018 e março de 2019 e também na liderança do Partido Progressista (PP) no Senado em 2020.

O senador é padrinho de uma filha de Linhares. Diversas fotos postadas em redes sociais mostram a proximidade entre os dois.

Em julho deste ano, a revista piauí revelou que Victor Linhares recebeu R$ 625 mil, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, do empresário do setor de apostas, Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG.

No mesmo período, Paiva repassou R$ 35 mil à conta pessoal do senador Ciro Nogueira. As informações são do Relatório de Inteligência Financeira Relatórios de Inteligência Financeira (os chamados RIFs), acessados pela CPI das Bets, instalada em novembro de 2024 para investigar as empresas de apostas on-line.

À revista piauí, o senador afirmou que “o valor era o reembolso de uma reserva de hotel em Capri, na Itália, e que os R$ 625 mil foram o pagamento por um relógio Richard Mille, negociado diretamente entre Fernandin e seu ex-assessor”.

Linhares é apontado por políticos do Piauí ouvidos pela reportagem como “pupilo” de Ciro Nogueira. Em entrevista a um veículo local em agosto do ano passado, o senador disse que vai apoiar a candidatura do seu ex-assessor em 2026 para deputado federal ou estadual.

O ex-secretário era filiado ao PP até março deste ano, quando filiou-se ao União Brasil, que integra junto à sua ex-legenda, a Federação União Progressista.

O empresário que transferiu R$ 230 mil a Victor Linhares era dono da rede de postos de combustíveis “Postos HD”, que também foi alvo da Operação da Polícia Civil do Piauí, e é um dos principais grupos empresariais do setor nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.

A investigação, segundo relatório da Polícia Civil, “foi iniciada após ocorrências sobre adulteração na quantidade de combustível abastecida e buscou explorar possíveis conexões com o crime organizado”. Os investigadores também apontam no relatório “similaridade com a operação Carbono Oculto”.

A principal empresa do grupo, HD Petróleo Ltda, foi aberta em 13 de outubro de 2014 por Haran Santhiago Girão Sampaio e Danilo Coelho de Souza, com o capital social de R$ 200 mil e com cotas divididas igualmente entre ambos.

A rede cresceu e ganhou notoriedade regional. Em dezembro de 2023, a empresa foi vendida para a Pima Energia Participações Ltda. O valor da venda não foi informado no contrato de compra e venda registrado na Junta Comercial do Piauí. Apenas foi informado que o capital social da empresa subiu para 300 mil e que 100% das contas pertencem à Pima Energia.

O que chama atenção, segundo relatório da Polícia Civil do Piauí,é que a Pima Energia foi aberta em um endereço em São Paulo, apenas seis dias antes de comprar a rede de postos HD, “levantando a suspeita de que foi criada especificamente para formalizar a referida transação comercial”. Os investigadores suspeitam que foi uma venda de fachada, uma vez que houve uma “substituição de bandeira (de HD para Pima e Diamante) sem alteração operacional real”.

A investigação detectou 32 pessoas jurídicas que tinham como sócios Haran Sampaio e Danilo Souza e foram transferidas para a Pima Energia Participações Ltda.

O único sócio da Pima Energia à época da venda era o Jersey Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que por sua vez é administrado por uma empresa, também suspeita de lavar dinheiro e, igualmente, alvo da operação Carbono Oculto: a gestora de fundos Altinvest Gestão e Administração de Recursos de Terceiros.

Hub de soluções financeiras, a Altinvest é liderada pelo empresário Rogério Garcia Peres e administra 10 fundos citados pelos promotores na Carbono Oculto. O MP-SP afirma que Peres é um dos responsáveis pelas “dinâmicas fraudulentas envolvendo fundos e a BK Instituição de Pagamento”.

Advogado, Peres também é apontado pela promotoria como “administrador de fundos de investimento, amplamente envolvido com o grupo Mohamad [Mohamed Hussein Mourad], sócio em postos de combustíveis”. Mourad, mais conhecido como “Primo”, é acusado de liderar o esquema de lavagem de dinheiro do PCC, junto a Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Ambos estão foragidos da Justiça.

Segundo relatório da Polícia Civil do Piauí, após a conclusão da venda dos postos de combustível da rede HD, Moisés Eduardo Soares Pereira passou a figurar como único sócio da Pima Energia Participações Ltda. Ele é um ex-funcionário de Haran Sampaio e Danilo de Souza. Investigadores suspeitam que ele é um laranja de seus patrões.

Após a compra pela Pima Energia, os postos de gasolina da rede “Postos HD” passaram a ser chamados de Red Diamante. De acordo com a investigação da Operação Carbono Oculto 86, há evidências de uso de empresas de fachadas vinculadas às marcas “Postos HD”, “Postos Pima” e “Postos Diamante”, “que tem suspeita de ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)”.

“As evidências apontam para possível sobreposição de registros ou compartilhamento de estrutura física entre diferentes pessoas jurídicas, indicando manobra para ocultar operações financeiras e dificultar a rastreabilidade de recursos, prática típica de lavagem de capitais”, destacam os investigadores.

*Com exclusividade n ICL


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Fogo no parquinho da direita: Ciro Nogueira e Caiado se estranham e trocam farpas

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, rebateu publicamente o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), em uma troca de farpas que expõe divisões no campo da direita brasileira às vésperas das discussões para as eleições de 2026.

A briga começou após uma entrevista de Nogueira ao jornal O Globo, na qual ele afirmou que Bolsonaro já teria escolhido um nome para a sucessão e limitou as opções viáveis a Tarcísio de Freitas (governador de SP) ou Ratinho Jr. (governador do PR), excluindo implicitamente Caiado da lista de presidenciáveis.

Caiado reagiu nas redes sociais, chamando de “vergonhosa” a “ansiedade” de Nogueira em se posicionar como vice de Tarcísio e acusando-o de tentar decidir em nome de Bolsonaro, além de lembrar que o senador já havia “jurado amor eterno a Lula” no passado.

Em resposta, Nogueira postou no X, “postagem do governador Ronaldo Caiado sobre minha entrevista. Me chamou a atenção a enormidade do tamanho. Deve estar com tempo livre. Eu não. Sobretudo para polêmicas vazias. Nosso adversário é Lula. Caiado, pode falar qualquer coisa: você está certo. Satisfeito?”

Essa troca aprofunda a crise na direita, revelando tensões entre caciques de partidos aliados, como União Brasil e PP, que formam uma federação no Congresso.

A disputa pelo apoio de Bolsonaro e o posicionamento para 2026 destacam a fragmentação do bolsonarismo, com acusações mútuas de oportunismo e falta de foco no combate ao governo Lula.

A repercussão nas redes e na imprensa, como na Revista Fórum e no Diário de Goiás, reforça o racha, com analistas vendo nisso um enfraquecimento do campo conservador.


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Força de Lula no Nordeste atrapalha planos de Ciro Nogueira, Motta e Lira para 2026

O cerne da questão é como a popularidade consolidada do presidente Lula (PT) na região Nordeste — onde ele historicamente tem aprovação acima de 60%, segundo pesquisas. Portanto, está complicando as ambições eleitorais de líderes do Centrão.

Esses políticos, que ocupam cargos chave no Congresso, buscam se reposicionar para disputas locais, como vagas no Senado ou nacionais, mas esbarram em alianças do PT com forças regionais.

Os planos individuais desses três e por que o “puxão de orelha” do Nordeste de Lula é um obstáculo real. Usei fontes recentes para embasar, priorizando visões equilibradas de mídia tradicional e discussões no X (antigo Twitter).

Lula e o Nordeste como “Muro Intransponível”

Popularidade de Lula: No Nordeste, Lula recuperou força em 2025, com aprovação subindo de 53% para 60% (Quaest, agosto de 2025). Isso se deve a programas sociais, investimentos em infraestrutura e defesa da soberania (como na briga tarifária com os EUA). O PT usa isso para fechar acordos estaduais, priorizando aliados fiéis e isolando opositores.

Eleições de 2026

Serão renovadas 2/3 do Senado (duas vagas por estado), além de governos estaduais e Câmara. O Nordeste, com 9 estados, é decisivo: em 2022, Lula venceu lá com folga (69% dos votos). O Centrão quer “sangrar” o governo Lula até lá, flertando com nomes como Tarcísio de Freitas (SP) para uma candidatura de centro-direita unificada, mas, pelo andar da carruagem, ela capotará.

Lula e Gleisi Hoffmann (presidenta do PT) negociam com MDB, PSD e outros para chaves no Nordeste, deixando pouco espaço para dissidentes do Centrão.

Os Planos Individuais e os Atrativos
Aqui vai um resumo comparativo dos três, baseado em reportagens e posts recentes:

Em resumo, sim, a força de Lula no Nordeste é um entrave concreto: transforma redutos eleitorais em “armadilhas” para esses líderes, que precisam escolher entre lealdade ao Centrão antiLula ou pragmatismo local.


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Quem entregou o vice-rato de Tarcísio? A pergunta que já vem com resposta

Comecemos pelo começo:
Várias fontes indicam que Ciro Nogueira é um dos principais candidatos a vice na chapa de Tarcísio.

A recém-formada federação União Brasil-Progressistas, o maior bloco no Congresso, considera Nogueira para o cargo de vice-presidente para fortalecer a campanha de Tarcísio, especialmente no Nordeste, onde Nogueira, natural do Piauí, tem influência.

Ciro Nogueira é um traidor contumaz. Isso até as pedrinhas do fundo do mar sabem.

A venenosa frase de Tarcísio, o mais graúdo candidato entre os quatro ratos que Carluxo espinafrou, foi sobre a possibilidade de conceder indulto a Bolsonaro, se for eleito presidente: “Concedo o indulto na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado.”

Ou seja, Tarcisio trai Bolsonaro antes mesmo de ser condenado e preso. Disse que, se for presidente, dará o indulto a ele, negando defender sua anistia, agora, por razões óbvias.

Em meio a essa trairagem de Tarcísio em que enfia um espeto de Pau Brasil no genocida para lhe devorar assado em brasa, como os antigos Caetés fizeram com o Bispo Sardinha, surge um personagem anônimo via ICL e entrega um tijolo que foi parar direto na testa de Ciro Nogueira, candidato a vice rato de Tarcísio.

A denúncia de recebimento de propina, dinheiro em espécie é muito detalhada e só poderia vir de dentro do próprio ninho de ratos bolsonaristas.

O fato é que, se Carluxo, o Pitbull favorito de Bolsonaro, chamou Tarcisio de rato, de forma escancarada, o que ele não faria de forma mais sutil contra o vice rato de Tarcísio, Ciro Nogueira.


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Ciro Nogueira recebeu sacola de dinheiro como propina dos acusados de chefiar esquema do PCC

Em entrevista exclusiva, testemunha afirma que propina foi enviada ao senador, em Brasília

Por Leandro Demori, Cesar Calejon e Flávio VM Costa

Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) recebeu uma sacola de papelão contendo dinheiro vivo enviado a ele por Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Os dois são, segundo investigação da Polícia Federal, os chefes do esquema criminoso do PCC (Primeiro Comando da Capital) que envolve a gestão de fundos de investimentos na Faria Lima e fraudes bilionárias no setor de combustíveis.

É o que conta, em entrevista exclusiva ao ICL Notícias, uma fonte anônima que teve contato direto com os dois chefes do esquema. A revelação feita ao ICL Notícias foi oficializada em depoimento à Polícia Federal (PF). A pessoa afirma ter ouvido do próprio Beto Louco que uma sacola com dinheiro vivo seria entregue a Ciro Nogueira. Ainda de acordo com a fonte, o encontro ocorreu no ano passado, no gabinete do Senado.

“Sim, ele falou que [a sacola com dinheiro] era para o Ciro Nogueira. Eles estavam indo encontrar o Ciro, em posse dessa sacola”, afirmou a testemunha em conversa gravada com os jornalistas Leandro Demori e Cesar Calejon.

“Era uma sacola de papelão. Era uma sacola grampeada. De uma largura compatível com o tamanho de uma cédula.”

O encontro entre o senador e os chefes do esquema do PCC, quando a sacola de dinheiro vivo foi enviada, ocorreu no mês de agosto de 2024, de acordo com a fonte.

A identidade da testemunha será preservada. Aos agentes da Polícia Federal, a fonte confirmou as mesmas informações reveladas na entrevista gravada ao ICL Notícias.

A propina estaria relacionada à defesa dos interesses dos suspeitos junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a projetos de lei que tramitam no Senado. Na ANP, eles tentavam reverter a revogação das licenças da Copape e Aster, as principais empresas envolvidas no esquema criminoso, onde contariam com a interferência do senador

Procurado, o senador Ciro Nogueira respondeu com um ofício encaminhado por ele ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em que chamou o ICL Notícias de “site de pistoleiros”, negou as acusações e colocou seus sigilos à disposição da Justiça;

“Ao informar Vossa Excelência que essas pessoas jamais estiveram em meu gabinete, que por jamais ter tido proximidade de qualquer espécie, e portanto nunca poderia ter advogado em benefício delas e a inaceitável hipótese de que poderiam ter me favorecido financeiramente, de qualquer forma, é absolutamente mentirosa, peço a Vossa Excelência que determine, com a máxima urgência, à Polícia Federal, que solicite os registros de entrada em meu gabinete no ano citado ou em qualquer ano, e que requeira as imagens e os registros de entrada na sede ou nos escritórios dessas pessoas”, afirmou.

“Coloco, por meio deste, TODOS os meus sigilos à disposição (a começar pelos de meu gabinete, de meu telefone e todos os demais) para comprovar que em tempo algum mantive qualquer ligação com qualquer facção criminosa.”

Contactados através de seus advogados, Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva também não responderam até o fechamento dessa reportagem. O espaço segue aberto.

Ciro

Operação Carbono Oculto
Primo e Beto Louco estão foragidos desde quinta-feira (28), dia em que foi deflagrada a Carbono Oculto, uma megaoperação que reuniu esforços simultâneos da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público paulista para desbaratar um esquema bilionário que envolve uso de fundos de investimentos sediados na Faria (avenida na zona oeste de São Paulo que reúne os principais operadores financeiros do país), fraudes fiscais no setor de combustíveis e lavagem de dinheiro para o crime organizado. Há suspeita de que houve vazamento dos mandados de prisão, o que possibilitou a fuga dos dois suspeitos.

Os dois suspeitos seriam os verdadeiros donos da Copape e da Aster. Outras empresas envolvidas no esquema seriam o Reag, um dos maiores fundos de investimento do país, que foi usado na compra de empresas, usinas e para blindagem do patrimônio dos envolvidos, e o BK Bank, fintech que movimentava dinheiro com uso das chamadas “contas bolsão” não rastreáveis.

Um dos políticos mais identificados com o Centrão, bancada suprapartidária de orientação conservadora conhecida por seu voraz apetite por verbas e cargos públicos, Ciro Nogueira foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, entre agosto de 2021 e dezembro de 2022. Nogueira é um dos principais defensores dos interesses do mercado financeiro no Congresso Nacional e é defensor ferrenho Jair Bolsonaro, de quem foi ministro.

O senador entrou, recentemente, em uma disputa interna pela indicação da chefia da ANP. Ao lado do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), apadrinhou a candidatura de Daniel Maia. Mas o escolhido pelo presidente Lula foi o advogado Artur Watt, bancado por Otto Alencar (PSD-BA). O plenário do Senado aprovou a indicação de Watt para a diretoria-geral, no último dia 19.

Ciro

Emendas de Ciro Nogueira ao projeto de “devedor contumaz”
No ano passado, a atuação de Ciro Nogueira foi alvo de críticas de representantes do setor de combustíveis por apresentar emendas a projetos de lei que tramitam no Senado sobre a tipificação e punição do “devedor contumaz”. A avaliação era de que as propostas do senador atrapalham o andamento dos projetos.

O devedor contumaz é uma pessoa jurídica que, de forma reiterada e sem justificativa, deixa de pagar impostos, utilizando a inadimplência fiscal como parte do seu modelo de negócio para obter vantagem competitiva indevida sobre outras empresas que pagam seus tributos em dia. O objetivo dos projetos de lei é o de definir punições a quem recorre a essa prática fraudulenta.

As informações divulgadas sobre a Operação Carbono Oculto demonstram que o modelo fraudulento de negócios das empresas de Primo e Beto Louco é baseado justamente neste tipo de estratagema. Logo, não aprovar o projeto de lei era de interesse dos chefes do esquema do PCC.

Em 18 de junho de 2024, uma terça-feira, Ciro Nogueira apresentou duas emendas ao projeto de lei 125/2022, que tem a relatoria do senador Efraim Filho (União Brasil/PB). Ele rejeitou as duas propostas em seu relatório.

Como mostrou a colunista do UOL, Raquel Landim, a primeira emenda excluía da classificação de “devedor contumaz” os setores com influência estatal na formação de preço, caso dos combustíveis onde operam as empresas alvo da operação. A segunda emenda deixava a cargo da agência reguladora (no caso de combustíveis, a ANP) definir que firma se encaixa, ou não, no critério de “devedor contumaz”.

Em dezembro de 2023, o senador havia apresentado emenda a um outro projeto que trata do mesmo tema. A emenda também foi rejeitada.

Em abril deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto de lei. Logo após a deflagração da Carbono Oculto, o presidente do Senado David Alcolumbre (União Brasil-AP) colocou o projeto na pauta de votação do plenário, prevista para ocorrer nesta terça-feira (2).

Processos da Copape e da Aster na ANP
De acordo com a investigação do MP-SP e da PF, Primo e Beto Louco comandam uma intrincada rede criminosa presente em todas as etapas da cadeia produtiva do açúcar, álcool e combustíveis, e que é formada por uma miríade de empresas que atuam no transporte, fabricação, refino, armazenagem, além de redes de postos de combustíveis e lojas de conveniências.

As empresas Copape e Aster são instrumentalizadas há anos, afirma o MP, “para o desempenho de fraude fiscal estruturada, fraudes contábeis, falsidades diversas e lavagem de capitais.”

As investigações apontam que o grupo criminoso “inflava” artificialmente os preços dos insumos nas transações entre a Copape e a Aster com o objetivo de sonegar impostos e obter créditos tributários indevidos.

O esquema era dividido entre a gestão operacional das usinas e a gestão financeira e patrimonial, utilizando fundos de investimento e empresas de participações para ocultar a origem e destino dos recursos ilícitos.

As suspeitas sobre a Copape e Aster remontam há pelo menos cinco anos, quando as duas empresas experimentaram um crescimento exponencial no mercado de combustíveis.

Em 3 de agosto de 2021, a ANP cancelou autorizações de importação de gasolina e de solventes da Copape. Na época, ocupava a segunda posição no mercado brasileiro.

A Copape é uma formuladora, isto é, compra derivados de petróleo para fabricar gasolina e diesel. Já a Aster, é uma distribuidora de combustíveis.

Uma nota técnica da Secretaria de Fazenda de São Paulo divulgada na época apontou que, no período entre janeiro de 2020 até abril de 2021. a Copape havia sonegado R$ 1,38 bilhão de ICMS para o estado paulista.

O processo na ANP foi marcado por disputa judicial e culminou na revogação definitiva das licenças da Copape e da Aster referendada pela diretoria colegiada da agência, em 29 de novembro de 2024. Uma reunião do colegiado manteve a suspensão, em fevereiro deste ano.

Com a denúncia feita pela fonte ao ICL Notícias, a Polícia Federal abre uma nova linha de investigação sobre o esquema que envolve o principal grupo criminoso no Brasil – desta vez, nos salões da alta política em Brasília. Nossa reportagem segue apurando mais histórias relacionadas ao caso.

*Matéria publicada com exclusividade pelo ICL


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Ligações de Ciro Nogueira com empresário que explora jogo do tigrinho são reveladas em relatório, segundo revista

Fernandin OIG comprou três apartamentos em edifício construído pela empresa da família de Ciro Nogueira

Novos detalhes sobre a ligação do senador Ciro Nogueira, presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL), com Fernando Oliveira Lima, o Fernandin OIG, dono de empresa de bet associada ao Jogo do Tigrinho, vieram à tona em reportagem da revista Piauí, assinada pelos jornalistas Alessandra Medina e João Batista Jr.

A matéria revela um relatório enviado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à CPI das Bets sobre Fernandin: ele comprou três apartamentos em Teresina em edifício construído pela Ciro Nogueira Agropecuária e Imóveis, empresa que tem o senador como sócio.

A empresa tem como sócios-administradores Gustavo e Silva Nogueira Lima e Raimundo Neto e Silva Nogueira Lima, irmãos do senador. Eles já atuaram como secretários parlamentares de Ciro Nogueira.

Ao ser questionado sobre a negociação, o senador disse: “Nunca ouvi falar dessa compra”. Para justificar o desconhecimento da negociação, ele alegou que a empresa é administrada pelo irmão.

A reportagem também afirma que Fernandin repassou R$ 625 mil, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, a Victor Linhares de Paiva, ex-assessor de Ciro Nogueira. Hoje, Victor é secretário do prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União).

Tigrinho

Ciro Nogueira afirmou à revista que perguntou ao ex-assessor sobre o valor recebido do empresário das bets e foi informado que se referia à venda de um relógio de luxo da marca Richard Mille “e que estava tudo no Imposto de Renda dele e do Fernandin”.

O assessor também repassou mais de R$ 30 mil ao senador entre 2023 e 2024. Nogueira, no entanto, diz que foi reembolso de um hotel na luxuosa Ilha de Capri, na Itália. “Eu desisti da viagem [para Capri, na Itália] e transferi para Victor a reserva [do hotel] que já estava paga, e ele me ressarciu”, respondeu o presidente do PP.

Empresário do Tigrinho poupado ao fim da CPI
Piauí traz a público que os documentos do Coaf não entraram no relatório final da CPI, feito pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que foi reprovado por 4 a 3, em 12 de junho.

Soraya explica que não colocou a íntegra do documento no relatório em razão das ameaças que vinha sofrendo. Ela afastou Ciro Nogueira da CPI, em que era membro suplente, após a divulgação da informação que o senador viajou para a França, onde acompanhou o Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1, em uma aeronave pertencente a Fernandin.

Os relatórios financeiros mostram que o patrimônio do empresário, que negou à CPI ser dono do jogo do Tigrinho, saltou de R$ 36 milhões em 2022 para R$ 143 milhões em 2023 – um crescimento de 300%.

Apesar de ter começado com muito alarde e imensa expectativa, os trabalhos da comissão chegaram ao fim do dia 12 de junho passado com resultado frustrante. Pela primeira vez na última década, o relatório final de uma cpi foi rejeitado no Senado. Quatro senadores votaram contra. São eles: Angelo Coronel (PSDB-BA), Efraim Filho (União-PB), Professora Dorinha Seabra (União-TO) e Eduardo Gomes (PL-TO), ex-líder do governo de Jair Bolsonaro. Três votaram a favor: Eduardo Girão (Novo-CE), Alessandro Vieira (MDB-SE) e a relatora Soraya Thronicke.

Boa parte do relatório era dedicado a sugestões para conter os avanços e os efeitos nocivos das bets sobre os brasileiros — incluindo a proibição de jogos caça-níqueis, como o Fortune Tiger, conhecido como o Jogo do Tigrinho. Havia também o pedido de indiciamento de Fernandin OIG, por suspeita de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

*ICL/Revista Piauí


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A viagem de Ciro nogueira à Europa em jatinho de empresário alvo da CPI das Bets

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), viajou para a Europa na quinta-feira (22) a bordo de um jatinho privado do empresário piauiense Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, que é proprietário de empresas de apostas online, incluindo o popular jogo Fortune Tiger, também chamado de “jogo do tigrinho”.

A Folha de S.Paulo confirmou a viagem do senador com ao menos três fontes, além de informar que Fernando Oliveira levou também sua esposa, a influenciadora Pamela Drudi.

O voo teve origem no aeroporto executivo São Paulo Catarina, em São Roque, localizado a 60 km da capital paulista, após Ciro ter chegado de helicóptero do hotel Grand Mercure Ibirapuera.

Essa informação foi originada da revista piauí e foi corroborada pela Folha de S.Paulo. Embora o senador tenha sido procurado pela Folha para comentar a respeito, ele optou por não se manifestar.

Fernando Oliveira, por sua vez, também foi questionado pela reportagem, mas não forneceu resposta.Fernando é um dos alvos da CPI das Bets, que foi instaurada no Senado no final de 2024 com o objetivo de investigar irregularidades em casas de apostas e possíveis esquemas de manipulação em eventos esportivos.

Até o momento, a CPI já realizou 15 sessões, e, conforme os registros do Senado, Ciro Nogueira se pronunciou em duas oportunidades — ele é membro suplente da comissão. Na primeira delas, quando seu amigo Fernando foi ouvido, Ciro defendeu o empresário, afirmando que o conhecia “há muito tempo” e o descrevendo como um “grande empresário” de seu estado.

Em contrapartida, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que atua como relatora da CPI, revelou as dificuldades enfrentadas para intimar Fernando a prestar depoimento, afirmando: “Temos problemas para encontrá-lo”. Ciro, por sua vez, respondeu que se comprometeria a ajudar a localizá-lo, caso fosse convocado formalmente:

“Eu me comprometo aqui com a CPI, caso nós decidamos trazer ele de volta e encontrá-lo. É uma pessoa que reside no meu estado”.

Antes da viagem, Ciro e Fernando se reuniram em São Paulo. A agenda do senador na capital incluiu um ato de filiação ao PP do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que teve a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O evento ocorreu em uma casa noturna na Vila Olímpia e contou com a presença de diversas lideranças de partidos, incluindo Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD) e Antonio Rueda (União Brasil). Durante seu discurso, Ciro Nogueira falou por alguns minutos, elogiou Derrite e comemorou o crescimento do PP em São Paulo.

Logo após a cerimônia, o senador se retirou rapidamente do palco e evitou a imprensa. Por volta das 20h25, ele entrou em um carro acompanhado por assessores e, em apenas dez minutos, chegou ao hotel para então embarcar no helicóptero. Às 21h20, ele já estava no aeroporto São Paulo Catarina, pronto para a decolagem para a Europa.

Ciro utilizou seu telefone até às 22h30, momento em que o avião do empresário partiu para Nice, na França. O celular só foi acessado novamente às 8h54, um minuto após a aterrissagem na Riviera Francesa. Tanto o empresário quanto a influenciadora social postaram ativamente nas redes sociais momentos antes do voo e retomaram suas publicações por volta das 9h35.

Após chegarem a Nice, viajaram para Mônaco para acompanhar o Grande Prêmio de Fórmula 1.Ciro é um defensor da legalização dos jogos de azar no Brasil desde 2016. Ele já relatou projetos sobre a regulamentação desse mercado e tem dialogado com setores interessados na temática.

Em seus discursos, Ciro argumenta que a legalização poderia gerar receitas adicionais ao Estado e melhorar a fiscalização sobre as atividades de apostas. No entanto, o tema é controverso no Congresso, enfrentando resistência de parte da bancada evangélica e de setores do Judiciário.Recentemente, a CPI das Bets ganhou destaque com o depoimento midiático da influenciadora Virgínia Fonseca, embora o Senado tenha demonstrado desinteresse no assunto desde sua instalação.

As apostas esportivas foram liberadas pela primeira vez no Brasil no término do governo de Michel Temer (MDB), em 2018, através de uma articulação no Congresso. Essa lei permitiu as apostas, estabelecendo que a regulamentação do setor deveria estar pronta até 2022. O governo de Jair Bolsonaro (PL), no entanto, não avançou com essa pauta.A ausência de regulamentação fez com que as apostas proliferassem em um limbo jurídico, sem fiscalização, tributação ou exigências para operação.

Além disso, a falta de regulamentação permitiu o surgimento de cassinos virtuais, como “tigrinho”. No início do governo Lula (PT), em 2023, o Ministério da Fazenda enviou um projeto de lei ao Congresso para regulamentar o setor de uma vez por todas. O texto em tramitação introduziu a legalização de “jogos online”, englobando os cassinos virtuais e jogos como o “tigrinho”.

A nova regulamentação prevê que apenas empresas autorizadas pelo governo federal possam operar no Brasil a partir de 2025. A OIG Gaming, de Fernando Oliveira Lima, obteve autorização para operar três casas de apostas: 7games, Betão e R7.

Curiosamente, Fernando Oliveira Lima também é proprietário do avião que transportou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Kassio Nunes Marques para a festa de aniversário do cantor Gusttavo Lima na Grécia, em 2024. Naquela ocasião, o magistrado declarou que estava em Roma para atividades acadêmicas e que fez uma parada na Grécia para cumprimentar o cantor.

Em resumo, a análise da trajetória de Ciro em relação à legalização de jogos de azar evidencia seu compromisso com a regulamentação em um ambiente de resistência política, enquanto a evolução e as controvérsias em torno das apostas no Brasil revelam um mercado emergente em busca de estrutura legal.

*Com informações do ICL

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Como já era esperado, Tarcísio trai Bolsonaro

Para Bolsonaro, o lugar de Tarcísio em sua milícia será sempre o de comandado, nunca o de comando. Será um eterno carona e, assim, sempre sairá na foto.

Tarcisio quer um bolsonarismo sem Bolsonaro, sem influência e escolha de Bolsonaro.

O comportamento de Tarcísio, que estava nublado, agora está escancaradamente claro. Ele montou seu próprio picadeiro.

O Frankenstein engoliu seu criador

Tarcísio pode ter caixa em São Paulo, mas não tem no Brasil.

Se Tarcísio tem melhor aderência do fascismo paulista, Bolsonaro tem o mesmo peso no fascismo nacional

Bolsonaristas de ocasião, que sabem que Bolsonaro não será candidato e não vai apoiar candidato fora do seu círculo familiar, por não confiar em ninguém sem esses laços, não querem mais esperar pelo que nunca acontecerá. Ou seja, Bolsonaro jamais apoiará Tarcisio e sua tropa.
Inclui-se aí nessa lista negra de ex bolsonaristas Waldemar Costa Neto e Ciro Nogueira.

Certamente as pesquisas internas que estão comento soltas dos dois lados, dão suporte de esperança a ambos, Bolsonaro e Tarcísio.
Isso significa mais um racha na direita, já que Tarcísio não será o candidato da suposta 3ª via.

O fato é que a direita nunca teve projeto de país, e sim de poder.

A classe dominante brasileira é fisiológica e preguiçosa. Qualquer coisa de trabalho, ela se esquiva e vai tocando suas adições conforme o ponto do bolo.

O racha na direita é um reflexo natural de um movimento que, sem uma liderança unificada, tende a se fragmentar entre personalidades e interesses distintos.

Nada define tão bem a cara da elite nativa do que isso.

Essa gente não faz política, faz rolo.

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Tomando bola nas costas de Tarcísio e Ciro Nogueira, Bolsonaro deixa UTI do após duas semanas em cartaz

Vendo que está sendo enterrado vivo pelos próprios aliados, Bolsonaro saiu de cena.

Seu show de horrores no picadeiro da UTI acionou a luz amarela avisando ao badalhoca que a chaleira dos traidores estava apitando a mil.

Sim, Ciro Nogueira já está se anunciando, nos bastidores, candidato a vice de Tarcísio de Freitas, o bibelô da Faria Lima.

Atualmente, Bolsonaro é visto como uma Bola de merda agarrada nos fundilhos da direita.

Isso mesmo. Bolsonaro, no submundo bolsonarista, é classificado como um empata.

Alguém que virou apenas uma mistura de restos de fezes com pequenas partículas de papel higiênico que se enrolam e prendem nos pelos anais.

Essas partículas são de difícil remoção.

Por isso, para a direita, é bola para o mato que o jogo é de campeonato.