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Flávio Dino e a vingança dos burros

Não há nada que desanque mais a direita olavista do que a substituição da violência verbal por uma boa gozação. A coisa sempre desce quadrada, como era o caso do próprio Olavo de Carvalho, que era um malabarista solo, uma figura que só aparecia sozinha sem qualquer oponente ou contraponto para não se subordinar a uma possível saia justa caso alguém o interpelasse sobre suas fantasias, que mais pareciam comédia trash.

Olavão escancarava um complexo de inferioridade que beirava ao infantil quando alguém o interpelava de forma jocosa. O sujeito não sabia mesmo lidar com isso. E assim são os seus discípulos, têm uma valentia editada para servir de propaganda nas redes sociais, mas no mano a mano, mostram a grande fraude que são.

Ninguém soube explorar melhor essa debilidade do que Flávio Dino, e explorou com o jeito do brasileiro fazer  gozação, com sacadas inteligentes na mesma medida em que sempre apresenta dados de quem sabe do riscado, sobretudo no que se refere às leis e à justiça no Brasil.

Afinal, foi um juiz que ele gosta de lembrar, em comparação a Moro, que ele nunca teve uma sentença anulada.

Ou seja, Dino é tudo aquilo que a direita abomina e que quer dar-lhe uma forra para que azede sua indicação ao STF.

O que está sendo visto como missão quase impossível, mas como não podem porque não têm bagagem para enfrentá-lo em debate, como vimos no embate de Dino com os parlamentares bolsonaristas, o jeito que os burros encontraram para tentar lhe causar algum dano. é atacar de manada, com velhos chavões anticomunistas e outros besteróis funestos.

 

 

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Matéria Política

A direita, através da mídia, consegue produzir símbolos, mas não sustentá-los

Há uma legião de revoltados com a vida pessoal dando sopa na praça. São pessoas à procura de um Cristo qualquer para malhar, isso nada tem a ver com a condição social, mas com a forma de entender a vida. Então, essas pessoas que não demonstram um pingo de compaixão com as dezenas de milhares de mortos por Covid-19 no Brasil têm que alimentar o seu ódio cotidianamente, como uma horda de fanáticos beligerantes, vão sustentar seu ódio sempre. Antes, eram todos Moro, Cunha, Aécio, Collor, etc. e, hoje, com Bolsonaro, mas também Roberto Jefferson, Centrão e Queiroz.

O estímulo sistemático que mantém um marasmo no ambiente vindo da mídia com sua força de comunicação de massa, não vai se modificar. O mesmo rebanho que gravita como satélite em torno da Globo à caça de uma apoteose trágica e intensa, seguirá sendo organizado pelos barões da comunicação.

Essa pessoas são como boi de corte e sofrem influxos mentais desmensurado. A isso não se pode nomear de direita ou de extrema direita, sequer esse valor histórico negativo e o amargão coletivo podem ser considerados. São ovelhas que vivem de ficções forçadas e se tornam irredutíveis na própria fantasia conspiratória que criam ou compram para moldar seus miolos movediços.

Não é pela concepção ideológica, mas sim pelo ódio que esse bonde caminhará.

O que se tem a fazer é um trabalho bem organizado que mobilize as trincheiras a partir das camadas mais pobres da população, das mulheres, dos jovens, dos negros e de todos os grupos segregados, porque a esquerda já mostrou que não abandona seus sonhos. Sua resiliência depois do golpe em Dilma, de tão cristalizada, comove.

Dá sim para se sonhar com um Brasil muito melhor, para tanto há que se mergulhar cada vez mais num universo que permita que as ideias ganhem as mentes, porque, na outra ponta, não tem ninguém interessado em debater política, mas sim estimular sentimentos de ódio e vingança por pura frustração pessoal.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas