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Moro: In Fux we trust. Traduzindo, Fux come na minha mão

Moro pode usar seu capataz no Ministério Público Federal, o procurador Wellington Divino para perseguir Glenn por forra, por ter arrancado o véu divino do juiz corrupto. Mas uma coisa é certa, ele jamais conseguirá apagar da história tudo o que foi revelado sobre a Lava Jato pelo Intercept.

Isso já está tatuado na alma dos brasileiros, tanto que o assunto do momento no Brasil é #InFuxWeTrust.

Para fechar esse episódio com chave de ouro, Moro fez questão de mostrar, no twitter, que foi ele quem, digamos, sugeriu a Fux que suspendesse por tempo indeterminado o juiz de garantias, passando por cima do Congresso e da própria Presidência da República, mostrando a balbúrdia jurídica e política que se transformou esse país por conta da Lava Jato e das práticas criminosas de um juiz corrupto e ladrão, como bem disse o deputado Glauber Braga.

Moro, com isso, sublinha o que o que Glenn já havia revelado na fala de Moro com Dallagnol, “In Fux we trust”, traduzindo: Fux come na minha mão.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Decisão de Gilmar Mendes proíbe investigação sobre Glenn no caso das mensagens vazadas e Moro o afronta

Nesta segunda-feira (20), no Roda Viva, Moro já tinha se mostrado azedo com Gilmar Mendes no episódio do vazamento criminoso e manipulado contra Dilma que culminou na decisão de Gilmar que impediu que Lula assumisse a Casa Civil, o que poderia ter dado um outro rumo ao golpe.

Agora, sabe-se que a decisão de Gilmar Mendes proíbe investigação sobre Glenn no caso das mensagens vazadas.

Mas o procurador que funciona como capataz de Moro, resolveu seguir as ordens do patrão e afrontar a decisão do ministro do STF, assinando recibo de ilegalidade da denuncia.

Mais que isso, o procurador escancara o estado policial que Moro quer impor aos seus adversários já que o promotor denuncia Glenn Greenwald por “invasão de celulares de autoridades”. Wellington Divino, é um velho aliado de Moro, que persegue o ex-presidente Lula há anos e, ultimamente, também o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

Quando um jornalista é considerado criminoso por divulgar fatos que comprometem autoridades, no caso o ministro da justiça, é porque o país está bem perto de uma ditadura.

No caso de um procurador que, a mando do ministro da justiça, não acata uma decisão de um ministro do Supremo, a coisa ganha contornos ainda mais sérios do ponto de vista do autoritarismo do governo.

Quem tem que ser investigado, e com severidade, são Moro e seu Zeca Diabo do Ministério Público.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas