Mês: julho 2019

Bolsonaro: “Passar fome no Brasil é uma grande mentira”

Não dá para acreditar que o Presidente da República do Brasil tenha dito uma asneira dessa, pois disse.

Em café da manhã com jornalistas estrangeiros, na manhã desta sexta-feira 19, o presidente Jair Bolsonaro disse que é mentira que as pessoas no Brasil passam fome.

“O Brasil é um país rico para praticamente qualquer plantio. Fora que passar fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem, aí eu concordo. Agora, passar fome, não. Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com físico esquelético, como a gente vê em alguns outros países pelo mundo”, afirmou Bolsonaro.

A fala foi uma resposta do presidente ao correspondente do jornal espanhol “El País” sobre planos do governo federal para dar suporte ao aumento da pobreza e da fome no país. Bolsonaro também criticou governos anteriores, que segundo ele criaram “um país das Bolsas”.

“Esses políticos que criticam a questão da fome no Brasil, no meu entender, tem que se preocupar, estudar um pouco mais as consequências disso. Lá, é precipitação pluviométrica [chuva] é menor que do Sertão nordestino. Eles conseguem não só garantir sua segurança alimentar, como exportar parte para a Europa. Falar que se passa fome no Brasil é discurso populista, tentando ganhar simpatia popular, nada além disso”, enfatizou.

O presidente não leva em conta dados oficiais sobre fome no Brasil. A mais recente pesquisa de Segurança Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famílias brasileiras tinha restrições alimentares ou preocupação com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar comida.

 

 

*Com informações da Carta Capital

Inscrições para palestra de Dallagnol em empresa são encerradas com vagas sobrando

Sobram vagas para a palestra que Dallagnol ministrará na Uniodonto em Campinas.

Para quem vem esbravejando contra a impunidade, mas ao mesmo tempo acredita piamente nela quando se está envolvido em falcatruas como vem sendo exposto pelo Intercept em parceria com a Folha, Dallagnol prova do próprio veneno.

O procurador Deltan Dallagnol já tem nova palestra agendada. No dia 30 de agosto, ele falará sobre “a luta contra a corrupção” para dentistas em um congresso da cooperativa Uniodonto Campinas.

Ao contrário de outras 45 mesas do evento, a de Deltan não tinha lotado até a quarta-feira (17). O ingresso custava R$ 150.

Um dia depois do questionamento da coluna, a entidade fechou as inscrições para a fala do procurador. Disse que o número de adesões estava “próximo” dos 400 lugares disponíveis e que as cadeiras restantes seriam reservadas aos odontologistas do Sistema Nacional Uniodonto​.

 

*Com informações do DCM

Aconselhado a deixar o comando da Lava Jato, Dallagnol não aceita

O procurador, que vem sendo massacrado pelo vazamento de conversas trocadas com o ex-juiz Sergio Moro e demais procuradores da força-tarefa que mostram a relação espúria e ilegal entre eles no que se refere às ações da Lava Jato, não aceitou a sugestão de se afastar do comando. É o que informa coluna Radar, da Revista Veja, nesta sexta-feira (19).

Deltan, além de não aceitar a sugestão de afastamento, segundo a revista, insiste em usar o Telegram em comunicações sobre o trabalho da Lava Jato.

O procurador também não teria ficado satisfeito com o “apoio institucional” declarado pela Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na reunião em que ela teria mandado os procuradores da Lava Jato fazerem uma avaliação do teor das mensagens obtidas e divulgadas até o momento pela Vaza Jato e dizer se têm ideia do que está por vir.

 

*Com informações da Forum

“Sigilo das mensagens é absoluto”, diz Leandro Demori, desmentido “boatos”

“Só de alguém imaginar que eu sairia por aí falando coisas soltas sobre o arquivo já é uma loucura”, disse o editor do Intercept.

O editor do Intercept Brasil joga água no fogo dos, segundo ele “boatos” sobre o suposto caso homoafetivo entre alvos da Lava Jato especulados por Reinaldo Azevedo em seu programa nesta terça-feira. Demori deixou claro, ao responder tuíte de Azevedo, que o sigilo das mensagens é absoluto. “Só de alguém imaginar que eu sairia por aí falando coisas soltas sobre o arquivo já é uma loucura”, 

Reinaldo Azevedo disse:

“Ah, não, leitor amigo! Este post não traz denúncia de ilegalidade. Não desta vez. Trata-se aqui de mostrar a estratégia de um sedutor, de um jovem insinuante. Agora, é a vez de conquistar o também ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, hoje o mais apaixonado de todos os lava-jatistas”,

https://twitter.com/demori/status/1151922347223523329

Da mesma forma, Glenn Greenwald usou seu twitter para desmentir os “boatos” que, segundo ele, é fake.

Tacla Durán desafia Moro: “Diga quem é o advogado que representou delatores da Camargo Corrêa”

Tacla Durán, que foi advogado da Odebrecht e acusa advogados ligados a Moro de pedirem dinheiro em troca de benefícios na Lava Jato, questionou Moro sobre os novos trechos das mensagens reveladas pela Vaza Jato nesta quinta (18); Durán indagou a Moro para que ele “diga quem é o advogado que representou esses delatores da Camargo Correa”.

Ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán, voltou a cutucar o ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre o esquema que ele denunciou sobre o favorecimento de advogado amigo do ex-juiz da Lava Jato nas delações premiadas.

Em um post em sua página nas redes sociais, Tacla Durán questionou: “‘Russo’ [apelido de Moro ente os procuradores] já que você acaba de admitir o ilícito de que estabeleceu condições PRÉVIAS p/ homologar esse acordo em conluio com @deltanmd, diga quem é o advogado que representou esses delatores da Camargo Correa”.

Ele se refere a novos trechos revelados da Vaza Jato revelados em reportagem da Folha de S. Paulo, que mostram que em mensagens privadas trocadas por procuradores da Operação Lava Jato em 2015, o então juiz federal Sergio Moro interferiu nas negociações das delações de dois executivos da construtora Camargo Corrêa cruzando limites impostos pela legislação para manter juízes afastados de conversas com colaboradores.

Durán, que foi advogado da Odebrecht, acusa advogados ligados a Moro de pedirem dinheiro em troca de benefícios na Operação Lava Jato. Documentos bancários encaminhados ao Ministério Público da Suíça, comprovam que no dia 14 de julho de 2016, Tacla Duran realizou um pagamento de US$ 612 mil – feito por meio de um banco em Genebra – para a conta do advogado Marlus Arns, em uma conta do Banco Paulista.

Tacla Duram já havia revelado que havia sido vítima de uma extorsão de US$ 5 milhões. Na ocasião, ele afirmou que pagou “para não ser preso” e para que seu nome não fosse envolvido nas delações premiadas de outros investigados pela Lava Jato.

 

 

*Com informações do 247

 

Bolsonaro sobre a indicação de Eduardo: ‘pretendo beneficiar filho meu, sim’

Em live nas redes sociais, Bolsonaro, sem qualquer pudor, diz rasgado sobre a indicação de Eduardo para e embaixada do Brasil nos EUA. “Lógico, que é filho meu, pretendo beneficiar filho meu, sim. Pretendo, se puder, dar filé mignon, eu dou”.

Imagina se o Lula falasse uma coisa dessas enquanto presidente! No mínimo, um impeachment.

E segue, “Lógico, que é filho meu, pretendo beneficiar filho meu, sim. Pretendo, se puder, dar filé mignon, eu dou, mas não tem nada a ver com filé mignon, nada a ver, é realmente, nós aprofundarmos um relacionamento com um país que é a maior potência econômica e militar do mundo”.

Ele afirmou que poderia também demitir o chanceler Ernesto Araújo e colocar o filho em seu lugar. “Se eu quiser hoje, eu não vou fazer isso jamais, chamo o Ernesto Araújo, falo: O Ernesto vai para Washington, que eu vou botar o Eduardo no Ministério da Relações Exteriores”.

 

 

*Com informações do 247

O que Reinaldo Azevedo “insinua” sobre a relação de Deltan Dallagnol e Luis Roberto Barroso

Ao divulgar conversas inéditas entre o procurador e o ministro do STF, jornalista insinua “sedução” de Dallagnol.

Basta ler abaixo o trecho em que Reinaldo Azevedo insinua alguma coisa a mais. Cada um que ler que tire suas conclusões sobre o que escreve o jornalista que teve acesso a mais mensagens que não vieram a público por questão ética.

Observe este trecho do texto de Azevedo:

“A Lava Jato não virou uma espécie de imperativo categórico, apesar de todas as ilegalidades que praticou à luz do dia e nos porões do estado de direito, por acaso. Reconheça-se talento individual, capacidade de se tornar influente junto às pessoas certas, poder de insinuação — no sentido etimológico da palavra. Mesmo quando há o apelo escatológico. ‘Insinuar’ vem do verbo latino ‘insinuo’, cujo significado é “meter, introduzir, penetrar”. Mas onde? Nos ‘sinus’ — vale dizer: nas ‘pregas’, nas ‘dobras’ de uma túnica, por exemplo. Assim, um inseto poderia se ‘insinuar’ na vestimenta de um nobre romano. Por metáfora, ‘insinuar’ é ir se metendo com cautela em algum lugar, ir ganhando terreno, ir penetrando em determinados círculos sociais de forma gradual. Por associação de ideia, ‘insinuar’ também significa ‘sugerir sem ser explícito’, ‘dar a entender’. Na evolução da língua, o ‘insinuante’ também é um sedutor.”

Meter. Introduzir. Penetrar. Dobras. Pregas. Qual seria a insinuação do jornalista ao usar esses termos para analisar as novas conversas que vieram à tona? Essa pergunta tem circulado em muitos grupos de WhatsApp de jornalistas.

O que a Fórum apurou é que há muitas conversas sedutoras e insinuantes no arquivo recebido pelo The Intercept e que a decisão de Glenn Greenwald é não publicá-las, porque isso poderia causar danos na vida pessoal dos envolvidos.

Reinaldo Azevedo, porém, parece estar se divertindo muito com o que leu.

 

*Com informações da Forum

Bretas, o juiz fitness, de olho na vaga do STF diz: “Não sei se sou terrivelmente evangélico, mas sou fiel”

Um dos favoritos para assumir uma das vagas do STF que serão abertas durante o governo Bolsonaro, Marcelo Bretas piscou para o presidente.

O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, comentou em entrevista para a Revista Época, que será publicada nesta sexta-feira (19), sobre a possibilidade de indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Bretas se encontrou com o presidente da República menos de 48h depois da primeira declaração de Bolsonaro de que gostaria de nomear um ministro evangélico para o STF e é tido como um dos favoritos para uma das duas vagas da Corte que devem ser abertas durante esse mandato.

“Se quero ser ministro do Supremo? Olha, não é meu projeto de vida. Agora, sei que ser ministro do Supremo é uma promoção ao topo da carreira. É o auge, o topo, uma honra. Quem ficaria triste com uma promoção dessa?”, declarou Bretas ao jornalista Thiago Prado.

O juiz, que tem o costume de publicar trechos bíblicos em suas redes sociais, disse não ser “terrivelmente evangélico”, como ameaçou Bolsonaro, mas reafirmou sua fé. “Não sei se sou terrivelmente, mas sou fiel”, declarou.

 

*Com informações da Forum

 

Bolsonaro: “Posso chegar hoje e falar: Se eu quiser “Ernesto Araújo está fora, o Eduardo Bolsonaro vai ser ministro das Relações Exteriores”

Bolsonaro, que quer a todo custo nomear o filho para embaixador do Brasil nos EUA, disse que, se quiser, pode até nomear o filho “03” como chanceler; “Posso chegar hoje e falar: Ernesto Araújo está fora, o Eduardo Bolsonaro vai ser ministro das Relações Exteriores”

Como agora tudo pode aquele que desgoverna o Brasil, ele disse: “Eu posso chegar hoje e falar: Ernesto Araújo está fora, o Eduardo Bolsonaro vai ser ministro das Relações Exteriores. Ele vai ter sob seu comando, mais de uma centena de embaixadas no mundo todo”, disparou Bolsonaro ao ser questionado sobre a indicação.

E seguiu com as asneiras: “Você tem que ver o seguinte: é legal? É. Tem algum impedimento? Não tem impedimento. Atende o interesse público, qual o grande papel do embaixador? Não é o bom relacionamento com o chefe de Estado daquele outro país? Atende isso? Atende. É simples o negócio”.

Ainda segundo ele, Eduardo possui um “bom relacionamento” com a família do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que o torna qualificado para o cargo.

 

 

*Com informações do 247

 

 

Defesa de Lula quer ex-diretor da PF como testemunha e diz que desembargador do TRF-4, Thompson Flores é suspeito para analisar ações de Lula

De maneira intempestiva, a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), marcou para esta quinta-feira (18), às 13h30, sessão no colegiado da Corte para julgar a “Exceção de Suspeição” contra o desembargador Thompson Flores, interposta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar de ser a autora do pedido, a defesa de Lula aponta que a tramitação foi acelerada, e caso seu julgamento seja mantido para acontecer na tarde de hoje, não poderá acompanhar a análise dos desembargadores do Tribunal e, ainda, realizar a sustentação oral do pedido.

No recurso, os advogados de Lula questionam a imparcialidade do desembargador e ex-presidente do TRF-4, Thompson Flores, destacando duas “orientações” passadas para o então juiz Sérgio Moro e o ex-diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rogério Galloro, para impedir que Lula fosse solto em julho de 2018, quando teve o pedido de habeas corpus atendido pelo desembargador Rogério Favreto, que atuava em plantão na Corte.

Segundo os advogados do ex-presidente, nos últimos dias, a exceção de suspeição sofreu tramitação “com ímpar celeridade”. No dia 3 de julho, Cristina Cristofani intimou o desembargador Thompson Flores para se manifestar da acusação.

“As informações foram prestadas em 08.07.2019 e o MPF apresentou Parecer em 16.07.2019”, escrevem os advogados.

“A Defesa foi tomada por surpresa ao ver que nesta data de 17.07.2019, às 18h15min, incluiu-se o feito para julgamento em mesa na data de amanhã, 18.07.2019, em sessão a ser iniciar às 13h30min, ou seja, indicou-se que o processo seria julgado “da noite para o dia”, a menos de 24 horas de sua realização”, completam.

A defesa do petista pontua ainda que, por conta da margem de tempo apertada, ficou impossibilitada de comparecer ao julgamento: “pois fica inviabilizada o seu deslocamento de São Paulo a Porto Alegre em período tão breve de tempo”.

“Lembre-se que, a despeito de não poder realizar sustentação oral, a Defesa possui o direito de acompanhar a sessão de julgamento e, se necessário, fazer uso da palavra nas hipóteses legalmente previstas (conforme art. 7º, inciso X, do Estado de Advocacia)”, completa.
Entenda

Flores compõe a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, formada também pelos desembargadores Leandro Paulsen (presidente do Tribunal) e João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4. O colegiado é responsável por julgar um recurso de Lula contra sua condenação no caso do sítio de Atibaia.

Os advogados de Lula pedem que a desembargadora Cristina Cristofani escolha outra data para o julgamento do recurso sobre a suspeição de Flores em julgar as ações do petista, “intimando-se a Defesa com antecedência prévia de no mínimo 05 (cinco) dias”.

A defesa pede também uma nova intimação do desembargador Thompson Flores para que se manifeste “acerca da orientação repassada ao ex-juiz Sérgio Moro”, que disse ter sido “orientado pelo eminente Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região [então Thompson Flores] a consultar o Relator natural da Apelação Criminal 5046512-94.2016.4.04.7000” antes de tomar qualquer providência acerca do alvará de soltura de Lula.

A defesa pede ainda que Flores “esclareça o conflito verificado entre sua narrativa e a do [ex-] diretor-geral da PF Rogério Galloro sobre o mesmo fato”. Por último, os advogados reforçam o pedido para que o Galloro seja escutado como testemunha.

Em uma entrevista feita em agosto de 2018, para o jornal Estado de S.Paulo, Galloro contou que recebeu ordens de Thompson Flores, por telefone, para não atender o pedido de soltura de Lula.

“Diante das divergências, decidimos fazer a nossa interpretação. Concluímos que iríamos cumprir a decisão do plantonista do TRF-4. Falei para o ministro Raul Jungmann [Segurança Pública]: ‘Ministro, nós vamos soltar’. Em seguida, a [procuradora-geral da República] Raquel Dodge me ligou e disse que estava protocolando no STJ [Superior Tribunal de Justiça] contra a soltura. ‘E agora?’ Depois foi o [presidente do TRF-4] Thompson [Flores] quem nos ligou. ‘Eu estou determinando, não soltem’. O telefonema dele veio antes de expirar uma hora. Valeu o telefonema”, declarou o ex-diretor-geral da PF.

Na época, ao ser questionado sobre a manobra, Thompson Flores disse que em momento algum deu ordens para Galloro por telefone.

“Inequívoca, portanto, a descomunal distinção entre as versões apresentadas sobre o mesmo acontecimento”, pontua a defesa de Lula.

“Tal fato, para além de desacreditar a palavra da Autoridade Excepta [Thompson Flores], igualmente reforça a imprescindibilidade da oitiva do Diretor-Geral da Polícia Federal Rogério Galloro”, completam os advogados.

 

 

*Com informações do GGN