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A repercussão no mundo da sanha devastadora de Bolsonaro na ciência e meio ambiente

A imagem brasileira é degradada no exterior, assim como as florestas do país. A perplexidade é assunto em publicações como Nature, The Economist e The New York Times

A revista científica mais importante do mundo, a britânica Nature, fundada em 1869, publicou nesta semana matéria com duras críticas ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PSL). O artigo é intitulado Trump dos Trópicos inicia crise sem precedentes na ciência brasileira. Em foco, cortes do governo na educação e setores de pesquisa, além de ataques diretos a instituições ambientais e científicas.

O texto expõe como o governo Bolsonaro trata a ciência ao lembrar a tentativa de intimidação sofrida pelo neurocientista Sidarta Ribeiro, um dos pesquisadores mais renomados do Brasil. Em 24 de julho, quando ele dava palestra na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul sobre o que representam os cortes do governo em áreas de pesquisa, soldados do Exército entraram no auditório e começaram a filmá-lo. Mesmo desconfortável, Ribeiro não se intimidou e seguiu em sua análise.

A reputação do Brasil segue ladeira abaixo com Bolsonaro. A Nature cita o congelamento de 42% do orçamento do Ministério da Ciência e Comunicações e a investida do governo contra dados de desmatamento fornecidos por um órgão de Estado. Após o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelar o aumento dramático do desmatamento na Amazônia, Bolsonaro e sua legião de seguidores incondicionais passaram a atacar o presidente do órgão, Ricardo Galvão, sistematicamente, culminando hoje (2) na notícia de sua demissão.

Mentiras de Bolsonaro

A investida de Bolsonaro e de membros de seu gabinete contra os dados do desmatamento não surtiu efeito. A Nature dá destaque para o dado alarmante de que, no período entre abril e junho, a devastação na Amazônia registrou aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A divulgação dos dados foi considerada sensacionalista pelo governo e que poderia manchar o nome do Brasil lá fora. Na realidade, sua política destrutiva é que está resultando na péssima imagem.

Nesta quinta-feira (1), uma das revistas mais respeitadas do mundo capitalista, a também inglesa The Economist, trouxe em sua capa uma floresta devastada e um toco de tronco em primeiro plano com o formato do mapa do Brasil. Ao sentenciar a morte da Amazônia, a revista afirma que Bolsonaro “deixa claro para infratores que eles não têm nada a temer”, com suas medidas sucessivas de enfraquecer a fiscalização, anistiar desmatadores, acenar para mineradoras, entre outras medidas.

Outro periódico de relevância internacional, o The New York Times, publicou longa reportagem sobre o posicionamento de Bolsonaro e seu afinco destruidor. “A destruição da Floresta Amazônica no Brasil aumentou rapidamente desde que o novo presidente de direita assumiu o poder e reduziu os esforços para combater a extração ilegal de madeira, a pecuária e a mineração”, afirma a matéria intitulada Sob extrema-direita, proteção à Amazônia desmorona.

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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