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São Paulo chega ao recorde de 40 mil moradores de rua retratando a tragédia dos governos Dória e Bolsonaro

A prefeitura de São Paulo deve começar, nos próximos dias, a pesquisa censitária da população em situação de rua. A maior cidade do país – e também a mais rica – busca medidas para enfrentar o problema, que se agravou nos últimos anos.

O Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR) estima que, hoje, cerca de 40 mil pessoas vivam nas ruas da metrópole. Um número alarmante se comparado com o último censo, em 2015, realizado pela Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe), quando foram registrados 15.905 habitantes.

“Esse estudo está defasado. Muita coisa mudou nos últimos quatro anos. A população de rua mais que dobrou”, afirma Edvaldo Gonçalves, coordenador estadual do MNPR.

Para o novo censo, a prefeitura contratou – por meio de licitação – a empresa Qualitest Inteligência em Pesquisa, situada no Espírito Santo. A mudança, segundo o Departamento de Comunicação do governo, teria sido motivada por uma decisão da gestão municipal.

A reportagem tentou entrevista com a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Maria Giannella, mas teve o pedido negado. A assessoria não deu detalhes do processo licitatório alegando estar em fase de planejamento, mas garantiu que os trabalhos começam em outubro, com prazo de 9 meses.

Para essa primeira fase, foram contratados 90 profissionais, que serão divididos em dez equipes (cada uma com 8 pesquisadores e 1 supervisor). Número considerado insuficiente pelo coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, padre Júlio Lancellotti. “Temos uma demanda de milhares de pessoas nas ruas, com rotinas e deslocamentos em várias regiões. O que pode afetar no desempenho da pesquisa”, disse.

Número de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo:

O coordenador da pastoral acredita que, por dia, cerca de 30 novas pessoas chegam às ruas da capital. A maioria está há menos de um ano nessa situação. “Precisamos saber qual será o método desta nova pesquisa para fazermos um retrato aproximado dessa triste realidade”, afirma o padre Lancellotti.

Diante das dúvidas e da falta de informações transmitidas pela prefeitura, o Comitê da População de Rua da Cidade de São Paulo decidiu convocar, para a próxima segunda-feira (16), uma reunião extraordinária para pedir maior transparência no assunto.

 

 

*Por Everton Menezes/Yahoo

10 respostas em “São Paulo chega ao recorde de 40 mil moradores de rua retratando a tragédia dos governos Dória e Bolsonaro”

Eu saí de casa com pouco mais, meses, de dose anos. E vivi, mal sobrevivi, nas ruas de Sampa até os 17 e alguma coisa. Eu tive bons momentos e mesmo momentos em que houve até mesmo “especialização minha em sobrevivência!”. Mas o sistema de vida nas ruas acaba corroendo, geralmente de dentro para fora, qualquer especialização que você possa desenvolver. Trinta e tantos anos atrás, em face a realidade dos dias de hoje, a situação poderia set tida como “light”. Ontem mesmo eu vi, com um misto de horror, pavor e novo “um homem” (sic) agredir uma moradora de rua porque ela estava pedindo ajuda dentro da “empesa dele” que, parecia, um posto de gasolina.

Muitos dirão que o dinheiro era para drogas. Eu não vi isso. E nem ouvi.

Mas vi um monstro envergando a forma humanoide dando pelo menos rês chutes na cabeça de uma mulher com dois terços do peso dele, CAÍDA NO CHÃO. Os chutes eram na nuca, ou perto dela.

Entenda-se. Ela recebeu chutes que sequer pode pressentir e tentar cobrir-se com as mãos pois, além de estar caída, foi agredida pelas costas. Eu sou muito sensível ao problema de moradores de rua pois conheço o sistema, a forma como as coisas acontecem.

É um moto-perpétuo…. Você não tem emprego, ou trabalho porque está sujo. E não consegue tomar um banho porque não tem casa. Como vc não tem casa, não consegue trabalho. E não conseguindo trabalho você passa mais um dia sem banho e o mecanismo se retro-alimenta, em um magnificamente perfeito inferno autogerador.

Além da violência física, há a violência estrutural. Falta tudo e a falta de tudo te impede de buscar o mínimo. Sem mínimo…. Seria mais fácil ilustrar com a Faixa de Moebius.
Bem, Celeste. Eu te peço licença para divulgar este link e meu trabalho com ele 🙂 https://soropositivo.org/2018/08/20/dj-claudio-souza-ex-morador-de-rua/

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