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Fascismo: Repressão violenta contra manifestantes em refinaria na Bolívia deixa ao menos um morto

Sob ordens da presidente autoproclamada Jeanine Áñez, policiais e militares chegaram ao local, lançaram bombas e dispararam contra manifestantes.

Manifestantes que se encontravam ao redor da refinaria Senkata, em El Alto, cidade da região metropolitana de La Paz, foram reprimidos nesta terça-feira (19/11) com violência por militares e policiais, que agiam sob ordens do governo autoproclamado de Jeanine Áñez. O bloqueio impedia a saída de combustíveis em direção à capital boliviana. Pelo menos uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas, mas os números podem ser maiores.

De acordo com o jornal La Razón, o morto é um manifestante de 31 anos que teria falecido após ser atingido no peito por uma bala.

Segundo um dos manifestantes, um contingente da polícia, junto com helicópteros militares, chegou ao local e lançou bombas de gás lacrimogêneo, além de disparar tiros nos que estavam na frente da planta.

O bloqueio acontecia desde o momento em que o golpe contra o então presidente Evo Morales se consumou, na semana passada. Os manifestantes no local pedem a renúncia de Áñez e a liberdade dos detidos durante a onda de protestos.

Segundo La Razón, caminhões com combustível conseguiram deixar o local, e parte do bloqueio foi retomada.

Pouco antes da operação, o ministro de Hidrocarbonetos, Víctor Zamora, disse que havia instruções da presidente para a ação. “Temos a instrução de nossa presidenta de trabalhar todo o dia para conseguir este reabastecimento. Estaremos prontos para distribuir e normalizar todo o abastecimento de líquidos aos postos da cidade baixa [La Paz] no momento em que nos deem uma via de acesso”, afirmou.

Falta de combustível

Os bloqueios impedem a chegada de gasolina e diesel à capital e levaram o país a importar combustível de Peru e Chile. Com isso, há desabastecimento em toda a cidade.

Além disso, a falta de combustível provoca outros efeitos. De acordo com La Razón, a coleta de lixo foi praticamente paralisada, já que os caminhões recolhedores não podem ser abastecidos, e o governo da cidade pediu que os moradores evitem tirar o lixo para fora de casa. A prefeitura tenta montar uma operação de emergência para recolher as cerca de 46 toneladas que estão nas ruas.

(*) Com teleSUR

*Ópera Mundi

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