Mês: março 2020

Justiça bloqueia R$ 3,5 milhões de Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro que matou Marielle

A Justiça do Rio de Janeiro determinou ontem à noite a quebra dos sigilos fiscal e bancário e bloqueou os bens do sargento da reserva da PM Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Ao todo, foi sequestrado patrimônio de Lessa avaliado em cerca de R$ 3,5 milhões, de acordo com levantamento feito pelo UOL com base em valores atualizados do mercado imobiliário.

A investigação já rastreou um patrimônio de ao menos R$ 7 milhões pertencente a Lessa —o valor envolve apreensões policiais nos últimos meses e a lista completa de propriedades bloqueadas pela Justiça, que inclui imóveis, terrenos, uma lancha e um carro blindado. Segundo a Polícia Civil, Lessa ocultou parte da sua fortuna com o auxílio de “laranjas”, que também tiveram os seus sigilos quebrados.

O ex-PM Élcio Queiroz, que responde com Lessa pela morte da vereadora, também teve os sigilos quebrados.

Em uma ação em parceria com o Gaeco/MP-RJ (Grupo de Atuação Especial do Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro), o inquérito concluiu que os valores são incompatíveis com a renda mensal de R$ 7.400 da aposentadoria de Lessa. O patrimônio do policial aposentado seria o equivalente a 73 anos de pagamentos integrais recebidos da corporação, incluindo o 13º.

A delegacia especializada no combate a crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, responsável pelo inquérito, baseou a investigação na análise de relatórios de inteligência financeira.

Parte do patrimônio pode ser usada para indenizar os parentes das vítimas do duplo homicídio, em caso de condenação. Verificamos movimentações atípicas, como depósitos em espécie com valores acima de R$ 100 mil.

São indícios de lavagem de dinheiro e da participação de Ronnie Lessa em outras atividades criminosas, como homicídios encomendados e o envolvimento em jogos de azar. Agora, vamos verificar a origem desses valores.

Delegado Thiago Neves, responsável pela investigação

O sargento da reserva tinha ainda outras fontes de renda.
Reportagem do UOL apontou que ele ainda foi dono de um bingo clandestino e pretendia expandir o seu negócio de distribuição de água para áreas dominadas pelo tráfico, segundo relatório do MP-RJ.

Entre os “laranjas” usados por Lessa, estão a esposa, o irmão e um amigo. A Justiça ainda bloqueou os dados de uma filha dele e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, também acusado participar do atentado.

A dupla, acusada de cometer o duplo homicídio, foi presa em março de 2019. A investigação ainda irá verificar se há contas bancárias ligadas a Lessa no exterior.

O patrimônio de Ronnie Lessa e de “laranjas”

Bens bloqueados pela Polícia Civil

R$ 1.200.000
Casa luxuosa na Barra da Tijuca,
zona oeste do Rio
Em nome de Dennis Lessa, irmão de Ronnie

R$ 718.000
Lancha modelo Real 330 Special Edition 2018
Em nome de Alexandre Motta de Souza, amigo de Ronnie

R$ 600.000
Terreno no condomínio Portogalo,
em Angra dos Reis (RJ)
Em nome de Ronnie Lessa e de Elaine Pereira Figueiredo Lessa

R$ 400.000
Casa no bairro Pechincha, zona oeste do Rio de Janeiro
Em nome de Ronnie Lessa e de Elaine Pereira Figueiredo Lessa

R$ 300.000
Terreno em Mangaratiba (RJ)
Em nome de Ronnie Lessa e de Elaine Pereira Figueiredo Lessa

R$ 121.000
Jeep Renegate 2018 com blindagem nível III-A
Em nome de Elaine Pereira Figueiredo Lessa, esposa de Ronnie
Bens apreendidos em operações policiais

R$ 3.500.000
Armas de grosso calibre
Valor estimado de peças para montagem de 117 fuzis e 360 munições encontradas na casa de Alexandre Motta de Souza

R$ 61.293
Dinheiro apreendido
Em mandado de busca e apreensão na casa de Ronnie Lessa

R$ 50.000
Dinheiro apreendido
Em mandado de busca e apreensão na casa dos pais de Ronnie Lessa

Lessa é dono de um imóvel luxuoso na Barra da Tijuca, zona oeste carioca, avaliado em pelo menos R$ 1,2 milhões, com valor atualizado. Entretanto, a Polícia Civil suspeita de ocultação da propriedade. Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, os agentes encontraram uma escritura de compra e venda do imóvel, de 7 de julho de 2015.

Manobras para ocultar o patrimônio No documento, a propriedade consta como pertencente a Dennis Lessa, irmão do sargento reformado.

Contas de luz, IPTU e certidões do imóvel também estavam em nome de Dennis. Os comprovantes de pagamento de contas de luz apareciam na conta-corrente de Elaine, esposa de Lessa.

Documento emitido pelo Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro) com a autorização de uma obra no imóvel em nome do sargento reformado também foi anexado ao inquérito.

Em 29 de junho de 2015, um dia antes do pagamento do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), Dennis forneceu uma procuração ao irmão, dando a ele poderes para representá-lo em instituições financeiras.

Uma casa no bairro Pechincha, zona oeste do Rio, também foi bloqueada. Adquirido em outubro de 2002, o imóvel hoje está avaliado em cerca de R$ 400 mil, segundo estimativa de duas entidades especializadas na análise do mercado imobiliário.

 

 

*Herculano Barreto Filho/Uol

Vídeo: Mais de 3,5 mil sem-terra ocupam Brasília no 1º Encontro Nacional de Mulheres do MST

Evento reúne camponesas de todo país na capital e terá uma grande marcha marcando o Dia Internacional da Mulher.

Com o lema “Mulheres em Luta: Semeando a Resistência”, cerca de 3,5 mil mulheres ocuparão Brasília (DF), entre os dias 5 e 9 de março, durante o 1º Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra.

Esta é a primeira vez na história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que um encontro é protagonizado exclusivamente por mulheres camponesas. O evento ocorrerá no Parque da Cidade, um dos maiores parques urbanos do mundo e o maior da América Latina.

“Nós temos, desde a Amazônia até o Sul do país, as nossas experiências de resistência e, com certeza, nesses dias nós teremos um importante diagnóstico e, mais do que isso, uma projeção sobre como que as mulheres participam e vão participar ainda mais da luta”, diz Kelli Mafort, integrante da coordenação nacional do MST, que explica que o Encontro também servirá para orientar os movimentos sobre a questão de gênero.

As bases do MST estão se mobilizando há dois anos para viabilizar o evento. Mulheres sem terra de acampamentos e assentamentos em 24 estados participaram de debates e formações sobre vários temas, como a produção agroecológica, produção de alimentos saudáveis, enfrentamento à violência, autonomia econômica das mulheres e resistência nos territórios.

Mafort destaca que o encontro está estrategicamente posicionado em uma conjuntura de ataque do governo Bolsonaro às políticas de reforma agrária e pautas das mulheres e que um dos objetivos é traçar uma perspectiva de médio prazo para a luta política do país.

“A conjuntura exige uma ação de radicalidade para gente poder enfrentar e derrotar esse projeto que está no poder. Essa luta radical, ela vem daqueles e daquelas que lutam por terra, por direitos, mas também lutam em defesa da vida e quando a gente fala da luta das mulheres, a gente fala da luta de seres humanos que lutam para se manter vivos. Então falamos de situações extremas de violência de feminicídio, violência que ainda são piores em relação as mulheres do campo, as mulheres negras”, aponta Mafort.

“Quando a gente fala da luta das mulheres, a gente fala da luta de seres humanos que lutam para se manter vivos”.

Povo sob pressão

Entre os focos das denúncias do encontro está a Medida Provisória (MP) 910, que pretende legalizar, até 2022, cerca de 600 mil imóveis rurais. Terras públicas que serão apropriadas por grileiros e grandes proprietários rurais, segundo a visão do MST.

“A terra pública pertence ao povo brasileiro, ela não pode ser negociada, vendida, ela tem que ser repassada para a reforma agrária de acordo com a Constituição Brasileira e ao fazer essa medida provisória ele está premiando os criminosos da grilagem de terra, o que vai fatalmente aumentar o desmatamento e também a pressão sob os povos que vivem nos territórios do nosso país”, explica Mafort.

A terra pública pertence ao povo brasileiro, ela não pode ser negociada, vendida, ela tem que ser repassada para a reforma agrária.

Outro ponto de discussão do Encontro, destacado pela dirigente do Movimento, é o decreto 10.252, de fevereiro de 2020, que inviabiliza a continuidade do Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária (Pronera). Em 20 anos, o Pronera garantiu 192 mil jovens e adolescentes escolarizados desde a educação básica até o nível de pós-graduação.

“O Pronera é uma questão de justiça social, porque nos sabemos que é no campo onde existe uma maior desigualdade social e são também sobre os camponeses e camponesas onde há a maior taxa negativa de escolarização. Então acabar com o ele é um crime igualmente o que esse governo tem prometido em relação a essa fila imensa de renovação de cadastro de Bolsa Família, fila do INSS”, denuncia Mafort.

Na programação estão mesas e debates sobre capitalismo, patriarcado, racismo e violência. Além de oficinas, atividades artísticas e culturais e uma grande marcha que unirá campo e cidade pelas ruas do distrito federal, no dia 8 de março.

“Nesses dias todos nós teremos essa beleza dessa luta sem terra, da luta das mulheres e, com certeza, sairemos fortalecidas para poder continuar fazendo a resistência e travar as lutas necessárias”, exclama a coordenadora.

 

 

*Marina Duarte de Souza/Brasil de Fato

Página de ódio sai do ar após ser apontado vínculo com Eduardo Bolsonaro

A conta de ataques virtuais Bolsofeios no Instagram (@bolso_feios) saiu do ar, nesta quarta-feira, 4, após a publicação de reportagem do UOL que revelou uma quebra de sigilo com vínculos do perfil com o gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O documento sobre a conta, agora apagada, foi obtido pela CPMI das Fake News no Congresso, a partir de um requerimento feito pelo deputado Túlio Gadelha (PDT-PE), com base em denúncias da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

Ele mostra que a conta bolso_feios foi feita por um IP de um computador localizado dentro na Câmara dos Deputados. A página também foi registrada a partir de um telefone utilizado pelo secretário parlamentar do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Eduardo Guimarães.

O email do registro da página é “[email protected]”— endereço utilizado pela assessoria do filho do presidente para a compra de passagens e reserva de hotéis, através da cota parlamentar, como mostra a prestação de contas disponível no site da Câmara dos Deputados.

O Bolsofeios tinha ataques contra jornalistas, Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e pessoas consideradas adversárias da família.

Também exibia convocações para as manifestações de março a favor do presidente e contra o Congresso e o STF. Uma delas tem um vídeo com imagens de Maia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ministros do STF e diversos políticos sendo comparados com doenças contagiosas.

 

 

*Constança Rezende/Uol

Guedes assume o fracasso do neoliberalismo brasileiro e culpa Temer e Macri

Como se diz por aí, o Brasil não é para amadores. O sujeito tem que ser um cara de pau profissional para seguir a cartilha neoliberal a ferro e fogo contra o povo e ainda culpar dois governos neoliberais pelo fracasso de sua gestão também neoliberal.

Aquela convicção de Guedes que abastecia de esperança o empresariado bolsonarista, agora ganha perfurações para achar culpados na toca do tatu.

Guedes meio que assume que faltou em sua gestão hiperneoliberal combinar com os russos e a economia não anda, desanda, não acelera, derrete, desemprega, produz um quadro trágico de mão de obra precarizada e, em consequência um consumidor também precarizado e comércio, por sua vez, um consumo precarizado e a indústria com uma produção precarizada, como não poderia deixar de ser.

O neoliberalismo não deu certo em lugar nenhum do mundo, mas nunca foi novidade para o brasileiro. A redução da participação do Estado no estímulo à economia sempre promoveu, desde Figueiredo, passando por Sarney, Collor, FHC e Temer, tragédias econômicas no Brasil. Todos esses depreciaram a economia e o país perdeu graduação diante da economia global.

Nos doze anos dos governos Lula e Dilma, o Brasil se viu livre dessa praga mundial e alcançou a condição de 6ª maior economia do mundo, depois que Lula pegou o país das mãos de FHC na 14ª colocação.

Mas se tem uma coisa de que tanto Temer quanto Bolsonaro podem se orgulhar é que promoveram a miséria e fizeram com que os banqueiros batessem recordes de lucros.

Ninguém pode dizer que o projeto de Guedes, um sujeito que passou a vida especulando o mercado, deu errado para ele e para seus parceiros banqueiros. Aliás, Guedes deve estar faturando um bom trocado com a super alta do dólar, deve dormir o sono dos justos, enquanto o povo amarga os efeitos nefastos de um governo voltado para a produção de riqueza para os ricos e da pobreza para os pobres.

Mas não deixa de ser emblemático Guedes assumir o fracasso da economia e culpar dois outros grandes fracassados que usaram a mesma fórmula dele, Temer e Macri.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Dólar não para de subir e chega a R$ 4,66. Nas casas de câmbio moeda americana chega a R$ 5,08

É possível que esta notícia fique obsoleta enquanto escrevemos e o Dólar ainda hoje suba mais.

Somente hoje, a moeda americana teve uma alta de 1,68% e o dia ainda nem terminou.

Para piorar ainda mais, o Banco Central interveio duas vezes e nem assim conseguiu segurar mais três aumentos no mesmo dia, abrindo em R$ 4,60 e chegando R$ 4,66.

A situação parece mesmo sem controle e, consequentemente ninguém sabe mais aonde fica o fim do poço. Certamente, esses vários recordes de alta do dólar hoje é consequência do PIB pífio de 1,1% anunciado nesta quarta-feira pelo próprio governo.

Na revisão do PIB para 2020 já tem, no mercado, quem aposte em zero ou negativo.

Há um clima de perplexidade generalizado no mercado com uma alta tão desastrosa para a economia brasileira. O antes festejado Paulo Guedes, consagrado como o grande guru da economia, já é visto como mau agouro entre os brasileiros, mas principalmente pela mídia que apostava todas as suas fichas em discursos bobos proferidos por ele, todos em situações ornamentais, não em base técnica, em algo que trouxesse um mínimo de credibilidade à fala de um charlatão neoliberal.

O posto Ipiranga é uma fraude tão grande quanto o Ministro da Justiça, Sergio Moro, que anuncia a queda da violência quando, na realidade, ela só aumentou e Bolsonaro que governa para os interesses do seu próprio clã.

O resultado não poderia ser outro, senão uma tragédia em função da degradação econômica do país depois do golpe em Dilma.

Como se diz por aí, todos sabem como um golpe começa, mas não sabe como termina. Hoje isso pode ser aplicado na cotação da moeda americana no Brasil. Todos sabem quanto custa no começo do dia, mas não sabe custará no final da tarde.

 

*Da redação

Tempestade perfeita: Dólar mantém alta e supera R$ 4,63, mesmo após duas intervenções do Banco Central

O dólar comercial superou novo recorde intradiário nesta quarta-feira, superando o patamar de R$ 4,63.

O Banco Central (BC) fez duas atuações extraoridinárias no câmbio, mas elas acabaram não sendo suficientes para segurar a disparada da moeda, que agora é negociada a R$ 4,633, com alta de 1,17%.

O Ibovespa (índice de referência da Bolsa de SP) recua 2,01%, aos 105.064 pontos.

Isso, um dia depois de pibeco de Paulo Guedes, aquele que prometia uma arrancada da economia depois que acabou com a aposentadoria dos mais pobres.

Isso significa o óbvio: o que já está ruim vai ficando dramático, pela ocorrência de uma rara combinação de circunstâncias, transformando-se em um desastre, uma situação de crise permanente.

A conferir nos próximos capítulos.

 

*Da redação

Melhor o humorista que o palhaço do planalto. Ele não tem um Queiroz, não é miliciano e não mandou matar Marielle

O humorista deu banana a jornalistas bananas que fazem plantão na porta de Bolsonaro. Isso não é crime, é castigo para quem se submete à humilhação diária a mando dos chefes de redações.

O que consta até agora é que o humorista estava ali defendendo um qualquer pela dura sobrevivência diária de um artista em um país onde a cultura institucional é tutelada pelo mercado ou pelo Estado colonial quatrocentão. É somente mais um de uma legião de precarizados, palavra que anda na moda, mas que sempre foi sinônimo de artista brasileiro.

O fato é que o humorista, pelo que consta, não é miliciano, não tem relações promíscuas com o miliciano Queiroz, não deu medalhas a assassinos de aluguel, não chamou miliciano de herói, sua esposa não recebeu cheque de rachadinha, seus filhos não são delinquentes e, muito menos, mora num condomínio na Barra da Tijuca e tem vizinho de porta do assassino de Marielle. Estava ali apenas para fazer um brincadeira humilhante com quem se humilha por uma fala imbecil do maior imbecil do país.

O artista foi contratado para isso e, certamente, já com uma censura a tiracolo ou poderia representar melhor o palhaço do Planalto se fingisse uma facada, se aparecesse vestido de fantasma carregado de laranjas, explicando que o depósito na conta da esposa de um esquema de corrupção era um empréstimo que um miliciano pagou. Isso, certamente, geraria uma gargalhada de horas no público presente, porque todos ririam não de quem produziu na vida real os fatos, mas de quem acreditou no vigarista do baixo clero do Congresso que passou três décadas mamando nas tetas do Estado e brigando por ampliação dos privilégios como deputado, além de ter parido mais três parasitas para formar um clã no legislativo e trazer para dentro do corpo do Estado todo o tipo de contravenção de pistoleiro, rachadeiros, bicheiros e milicianos.

Assim, o que se pode dizer, sem medo de errar, é que, se o humorista fosse o presidente, com certeza o país não estaria nessa merda em que o povo empobrece a cada dia, enquanto banqueiros e milicianos não param de crescer e bater recordes de lucros. E nessa aba, militares de alta patente e togados de mercado ampliam ainda mais a mamata nas tetas do Estado.

Resultado, pibeco de 1,1 e dólar a R$ 4, 61, por enquanto.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

A repercussão da posse de Regina Duarte x Olavão foi muito mais por ela ser da Globo do que da cultura

A polêmica em torno de Regina Duarte envolvendo o vigarista Olavo de Carvalho, elevado a ideólogo da carochinha, por conta de seis aspones indicados por ele e demitidos por ela, mostra o lado perverso e as mazelas em torno da cultura institucional no Brasil. Mas a coisa se limita aí, porque cultura brasileira é uma coisa tão séria e tão ampla que não pode estar associada a qualquer visão institucional, ainda mais a nossa que, mesmo progressista, ainda é muito colonialista.

Mas como no Brasil, atualmente, um sujeito tapado como Olavo de Carvalho, se autoclassifica filósofo e gente ainda mais tapada que ele o classifica de guru, por si só mostra que Dilma tinha razão quando disse que o Brasil vive uma crise cultural, uma crise de valores, fundada na democracia de mercado.

Somente esse ponto já seria assunto para mais de cem artigos, dada a complexidade do tema.

Por hora, ficaremos na guerra entre Olavo e Regina que nada tem a ver com cultura. É uma guerra de imagem entre dois representantes da Globo, Regina Duarte, a namoradinha do Brasil e Olavo de Carvalho, uma criação miliciana da Globo. Sim, porque Olavo nada mais é do que um contraventor daqueles bem chinfrins, do tipo “essa ganha, essa perde na voltinha que eu dou”.

Para entender o engodo que esse sujeito é, basta ver o que ele tem como argumento para se vingar de Regina por ter tirado seus laranjas da Secretaria de Cultura, dizer o mesmo que ele diz de qualquer pessoa que, de alguma forma o desagrade, ou seja, comunista, esquerdista, socialista.

E quais os argumentos desse idiota para atacar a esquerda? É porque são todos regimes genocidas, segundo o “profundo”, daí o idiota não passa, pois se passasse, os débeis que o seguem não teriam condição cognitiva de entender rigorosamente nada, porque, na verdade, essa gente que segue Olavo de Carvalho é fruto da imbecilização que a Globo produziu na classe média brasileira durante cinquenta anos de doutrinação da estupidez.

Regina Duarte é uma estrela desse ambiente global, sempre cumpriu o papel de produzir um personagem raso que jamais, nem nas entrelinhas, trouxe qualquer crítica com um mínimo de profundidade. E não só ela, mas o padrão Globo de televisão produziu o gado que depende hoje do berrante de um imbecil como Olavo de Carvalho para sobreviver.

Na realidade, Olavo e Regina são somente um lado da mesma moeda, daí o choque. Pior é ver o pais gastar energia para debater politicamente a posse de Regina Duarte quando nem se interessou em tocar no assunto cultura quando Bolsonaro acabou com o ministério.

Isso dá a dimensão de que, primeiro, o debate cultural no Brasil, que é algo exclusivo das classes economicamente dominantes, é por si só esquizofrênico, e é assim porque é muito mais contaminado pela lógica do mercado do que o manancial de cultura espontânea que o Brasil ostenta, que é o maior do mundo e  que revela de fato o Brasil profundo, a sua identidade e os seus sentimentos concretos.

Por isso, presenciamos nesta quarta-feira, duas violências contra a cultura paridas do mesmo núcleo, a indústria de cultura de massa, que tem na Globo sua principal matriz. Regina Duarte, produtora de imbecilidade e Olavo de Carvalho, guru desses imbecis.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Ronaldinho Gaúcho é detido no Paraguai com passaporte falso

A antiga estrela do Barcelona e seu irmão foram detidos no Paraguai, onde teriam entrado com documentação falsa.

A Polícia do Paraguai deteve o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e um dos irmãos dele devido ao ingresso de ambos no país com passaportes falsos. Os documentos se encontravam em um quarto do Hotel Yacht Golf Club de Assunção, onde se hospedavam os brasileiros.

A Promotoria do Paraguai confirmou que seus agentes identificaram vários documentos, entre eles identidades e passaportes do ex-jogador e seu irmão. Portanto, uma investigação sobre o ocorrido foi iniciada.

A antiga estrela do Barcelona e seu irmão Roberto de Assis tiveram seus passaportes brasileiros detidos, assim que os dois entraram no Paraguai com documentos falsos para promover diversos eventos esportivos no país vizinho, informam veículos de comunicação paraguaios.

O empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, detido pelo Departamento de Investigações da Polícia do Paraguai, teria fornecido os documentos adulterados suspeitos, revela o jornal ABC.

 

 

*Com informações do Sputnik

 

Apenas três artistas na posse de Regina Duarte: Carlos Vereza, Rosamaria Murtinho e Mário Frias

Artistas boicotam Regina Duarte. Isso está mais do que claro.

A classe artística não ignorou a posse de Regina Duarte, que assumiu a Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro.

A classe artística se afastou da atriz global para azedar sua posse.

Foi uma dura resposta para quem preferiu se juntar ao fascismo do que à dignidade e a decência.

Mas o azedo não para aí.

Participaram da solenidade apenas um ou outro parlamentar.

Ou seja, Regina entra na roubada sem apoio político nenhum e sob um bombardeio de olavistas dementes que se juntavam a ela nas manifestações contra Dilma e, depois, em apoio a Bolsonaro.

Regina, que postou em seu Instagram uma montagem com artistas que, segundo ela, prestavam apoio ao seu ingresso no cargo, no governo Bolsonaro, como Carolina Ferraz, Ary Fontoura e Maitê Proença, exigiram que a atriz tirasse seus nomes da postagem.

Hoje ficou claro que muito mais gente de seu meio quer distância dos fascistas.

Esse pelo menos foi o recado que ficou nas entrelinhas.

A única coisa que está sendo comentada da posse de Regina Duarte é o look das cajazeiras do Odorico Paraguaçu na foto em destaque.

 

*Da redação