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Quem paga tudo com dinheiro vivo como o clã Bolsonaro, é contraventor

O rastreamento da origem de dinheiro vivo é quase impossível.

Por isso, desde que o mundo é mundo, os contraventores usam esse expediente.

Mas na família Bolsonaro isso é operação padrão.

Segundo o Globo, Eduardo comprou dois imóveis entre 2011 e 2016.
Na soma, desembolsou R$ 150 mil em dinheiro vivo — ou R$ 196,5 mil em valor corrigido.

Isso mesmo, pacote de dinheiro vivo, assim como os contraventores operam no mundo do crime.

Detalhe: as informações constam das escrituras públicas desses imóveis obtidas pelo jornal em dois cartórios da cidade. Ou seja, está tudo documentado.

Diz o Globo: “A compra mais recente foi feita por Eduardo em 2016, quando ele estava no seu primeiro mandato como deputado federal. No dia 29 de dezembro de 2016, ele esteve no cartório do 17º Ofício de Notas, no Centro do Rio, para registrar a escritura de um apartamento comprado em Botafogo no valor de R$ 1 milhão. No documento ficou registrado que ele já tinha dado um sinal de R$ 81 mil pelo imóvel e que estava pagando “R$ 100 mil neste ato em moeda corrente do país, contada e achada certa”.

Ponto fundamental: isso se deu logo no seu 1º mandato. O 03 é mesmo um prodígio.

Já Carlos Bolsonaro, o 02, também conhecido como Carluxo nas redes que opera na internet, comprou um apartamento quando tinha apenas 20 anos. A operação de compra se deu com grana viva. Nota por nota.

O Estadão teve acesso ao documento de compra e venda do imóvel.  Na época, em 2003, o enigmático Carluxo pagou R$ 150 mil pelo apartamento. Em valores corrigidos,R$ 370 mil em dinheiro vivo.

Imaginem alguém andar com 370 mil reiais no bolso para ir na esquina comprar um apartamento na Tijuca!

Isso é o Carluxo do Clã Bolsonaro.

O Estadão disse ainda: “Carlos Bolsonaro é investigado por suspeita de nomear no seu gabinete funcionários que lhe repassariam, totalmente ou em parte, seus salários. Ao todo, 11 servidores estão sob investigação do Ministério Público. A maioria é ligada à Ana Cristina Siqueira Valle, que não é mãe de Carlos, mas foi casada com o pai do vereador.”

Já o 01, Flávio Bolsonaro, aquele que herdou do pai o próprio Queiroz como braço direito, já movimentou mais de R$ 3 milhões em dinheiro vivo nos últimos 25 anos.

Segundo reportagem da Folha: “Entre as operações em espécie, segundo as apurações, estão a compra de imóveis, a quitação de boletos de planos de saúde e da escola das filhas de Flávio, o pagamento de dívidas com uma corretora e depósitos nas contas da loja da Kopenhagen da qual o senador é dono”.

O fato é que, enquanto uma parte da picaretagem política do Rio é rapidamente desvendada e os acusados são automaticamente tirados do poder, como estamos assistindo o que está acontecendo com Witzel e Crivella, governador e prefeito do Rio.

Nada, rigorosamente nada acontece no mesmo estado e cidade contra o clã Bolsonaro. Aquele que compra tudo com dinheiro vivo, como nas melhores famílias de contraventores.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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