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Inspirado em Bolsonaro e Moro, cresce muito o envolvimento de milícias na política do Rio e São Paulo

Se existe uma coisa da qual a Lava Jato pode se orgulhar é a destruição da disputa política minimamente civilizada no Brasil. A Lava Jato mergulhou o país nessa selvageria bolsonarista em que vive.

Na verdade, se Bolsonaro é o autor de uma política genocida contra a Covid-19, que já matou quase 165 mil brasileiros, esse feito tem que ser dividido com a Lava Jato que, por sua vez, produziu o monstro que preside o Brasil.

Neste sábado, a Folha, em uma matéria, mostra que nos dois maiores estados do país, Rio e São Paulo, houve um aumento exponencial do envolvimento das milícias com a política, mas nada diz sobre o herói da mídia e sua decisiva participação no governo de um presidente entusiasta da milícia, vide Fabrício Queiroz e Adriano da Nóbrega, mas também com a absoluta leniência de Moro com a mesma, por motivos óbvios, quando esteve à frente da pasta da Justiça e Segurança Pública.

Se parar para pensar no que está acontecendo no país, onde um PM carioca como Gabriel Monteiro transformou-se num youtuber, através da participação no MBL, e agora é candidato a vereador no Rio de Janeiro, escoltado 24 horas por dia por PMs sem farda, como relatou o jornal o Dia nesta sexta-feira (13), observa-se que Moro fez escola com o uso da grande mídia e, em seguida, seu primeiro passo na vida política, chegou chegando, assumindo o super ministério no governo Bolsonaro, depois de fazer um toma lá dá cá em que a cabeça de Lula era toma lá e o dá cá a pasta que lhe daria o primeiro degrau em sua trajetória política que ruma agora para a disputa presidencial em 2022.

Dito isso, não há como negar que esse foi o grande legado da Lava Jato, destruir muitos partidos, inclusive o PSDB, empresas de ponta e, junto, a economia brasileira, e colocar em seu lugar o lixo da política brasileira, o baixo clero, não só  do Congresso, mas da vida política do país, desembocando no assustador crescimento da milícia e a consequente violência e assassinatos a que se assiste na política brasileira.

Não há a menor dúvida, essa mídia que não faz autocrítica por ter transformado Moro num herói nacional, mesmo sendo ele tão ou mais tóxico que Bolsonaro, o apoiará em sua ambiciosa e desmedida trajetória em busca da cadeira presidencial.

Tudo para que a mídia não veja o PT, mas sobretudo Lula, voltar a ocupar o Palácio do Planalto.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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