Ano: 2020

Vídeo: atriz explode nas redes com tutorial de make com críticas à política. Muita criatividade.

Atriz faz tutorial de make politizado e explode na web com tanta criatividade.

Um vídeo de tutorial de maquiagem, com dicas de produtos bem simples e com um jeito despretensioso, ganhou as redes sociais pelo tom político e irônico da atriz Maria Bopp que, no conteúdo, se apresenta como a “Blogueirinha do fim do mundo”.

Ensinando a usar corretivo espalhando no rosto “como se espalha fake news no WhatsApp da família” e fazendo referências a declarações e ações recentes do cenário político brasileiro, Maria já alcançou quase 190 mil visualizações no vídeo disponível no IGTV, do Instagram.

A primeira fase da “make rápida”, diz a “Blogueirinha”, começa com prender o cabelo. “Tem que prender bem assim, com convicção, mas sem provas, tá?”, ironiza a personagem.

A mensagem é em referência à frase que virou meme durante a denúncia contra Lula na Operação Lava Jato (que, na verdade, à época, não foi pronunciada por nenhum procurador sequencialmente, mas por dois agentes diferentes, que usaram “convicção” e “não ter provas cabais” em pronunciamentos sobre o tema).

Em outro momento, a “Blogueirinha” reclama de espinhas em sua pele do rosto e sugere o uso de corretivo para cobrir o que pode ser visto como indesejado. “Cobre espinha, cobre escândalo de corrupção, cobre a ligação com a milícia…”, sugere.

Já o blush usado por ela tem “a textura da impunidade dos crimes cometidos pela policia, como parte da política de genocídio do Estado”.

No texto para chamar para o tutorial, ela ainda propõe uma “polêmica”: “Vocês preferem quando eu ensino uma make rápida ou quando a Polícia Federal inocenta o filho do presidente de seus crimes? Uma escolha difícil, né?”.

Assista:

https://twitter.com/mariabopp/status/1224380884549275650?s=20

 

 

*Com informações do Uol

 

 

 

Moro comemora a morte de mais de 200 pessoas com o motim do Ceará: “Prevaleceu o bom senso sem radicalismos”

Logo após o anúncio do fim do motim miliciano do Ceará, que deixou um imenso rastro de sangue com mais de duzentos mortos no motim dos mascarados da PM, num crescimento de mais de 140%, Moro, Ministro da Justiça e Segurança Pública da milícia, escreveu no twitter:

“Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará.O Gov Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado.Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos”

Moro, já havia reclamado que o episódio foi marcado por uma suposta exploração política.

Certamente, para Moro, cobrar que se cumpra a constituição é explorar politicamente um caso, já que sabemos que, na Lava Jato, o ex juiz sambou na cara da carta magna o tempo todo, ancorado na imagem de herói miliciano, forjada pela Globo para fazer “justiça” com as próprias mãos.

O fato é que Moro se acovardou e passou mensagem de apoio aos milicianos amotinados quando seu papel seria obrigatoriamente de reprimi-los.

Vossa excelência, como capanga da milícia que é, prestou mais um desserviço à nação, pois agiu com subserviência aos milicianos. Simples assim.

Como bem definiu Elio Gaspari: Diante do motim, Sergio Moro, o ‘Tigre’ de Curitiba, miou em Fortaleza.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Vídeo: Milícia digital do clã Bolsonaro espalha fake news covarde à China, maior parceira comercial do Brasil

Allan dos Santos, que comanda o escritório do ódio, conhecido como um dos maiores vigaristas digitais do país, esteve, junto com Eduardo Bolsonaro, num evento de extrema direita nos EUA, umbilicalmente ligado a Steve Bannon e Trump.

Todos sabem da guerra comercial que se trava entre EUA e China, com toda a possibilidade da China sair vencedora desse ringue. A China, no entanto, já fez inúmeras acusações aos EUA de fazer uma guerra suja contra ela, espalhando fake news sobre o coronavírus para atingir a economia chinesa.

Não por acaso, Allan dos Santos acaba de soltar uma fake news contra a China, a maior parceira comercial do Brasil, de que ela está cremando pessoas vivas com o coronavírus, o que pode custar ao Brasil um prejuízo de muitos bilhões se a China resolver retaliar o governo que utiliza esse expediente, possivelmente em acordo com os EUA para bombardear a economia chinesa.

Há que se duvidar que Allan dos Santos tenha feito isso sem o consentimento ou com a orientação de Eduardo Bolsonaro que, certamente, recebeu sinal verde do Palácio Planalto para fazer esse jogo sujo contra a China em favor dos EUA.

O caso é muito sério e pode ter desdobramentos inimagináveis contra o Brasil, sem dúvida. Aguardemos o que vem por aí.

Numa postagem seguinte, Allan dos Santos posta em seu twitter um vídeo em que Trump beija a bandeira americana. Para quem sabe ler, pingo é letra.

Abaixo, um vídeo com montagem extremamente grosseira compartilhado por Allan dos Santos, comandante da milícia virtual, o escritório do ódio do clã Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Vídeo: Agressão dos bolsonaristas a Gleisi Hoffmann é sinal claro do desespero com o naufrágio do governo

O derretimento acelerado do governo Bolsonaro está em duas frentes, a da economia, que se mostra trágica, de forma explícita com o último resultado do PIB e a do dólar batendo recordes de alta, mesmo com três intervenções seguidas do Banco Central. A outra é o avanço das investigações sobre o envolvimento de Bolsonaro com a milícia e a pressão que a sociedade e a mídia vêm fazendo sobre esse segundo ponto.

Quando se une esses dois pontos, é curto circuito e incêndio sem que haja água na mangueira para debelar o fogo que a cada dia vai ganhando capítulos dramáticos para Bolsonaro, Moro, Guedes e cia.

A atitude da deputada do PSL, Carla Zambelli aplaudindo os agressores de Gleisi Hoffmann tem um motivo claro, sintetizado por Janaína Paschoal, colega de legenda de Carla:

“Bolsonaro está com “receita para cair”

E explica que Bolsonaro “não está tendo estabilidade emocional, mental, espiritual, para lidar com essas crises”.

Claro que essa é também a percepção de Carla Zambelli que, no desespero, aplaude aqueles animais que agiram por instinto contra Gleisi Hoffmann, justamente por sentirem que o governo Bolsonaro está com os dias contados. Como disse Janaína, está pronto para cair.

Por outro lado, temos que aplaudir a coragem de Gleisi que, como sempre, não corre da raia diante dos fascistas enfezados com a tragédia política que é o governo Bolsonaro.

https://www.facebook.com/gleisi.hoffmann/videos/519095672345799/?t=0

 

*Da redação

Lula é cidadão honorário de Paris e Sergio Moro capanga da milícia do Rio das Pedras

Quanto mais Lula e Moro se mostram diferentes, mais interpretações existem do modo de vida e da atitude política de cada um.

Certamente, Moro, que projetou, através de uma máquina de escândalos com a Globo, o aniquilamento total da imagem de Lula e a elevação de sua imagem a herói nacional, não imaginava um final tão glorioso para lula e um tão trágico para si próprio.

As críticas a Moro tornam-se mais francas a cada dia de tão numerosas as práticas em defesa cega do clã Bolsonaro. Isso é uma contradição, porque, afinal, Moro tinha em sua conta que a mídia lhe dera asas para voar quando, no máximo, consegue planar e, sem motor, vem perdendo altitude, sendo obrigado a fazer pouso no universo do crime, coisa que certamente, jamais imaginou para si.

A cada momento surge uma crítica, um fato que mostra a sua desonestidade, a sua mentira, mas sobretudo o seu mau-caratismo sublinhando ainda mais a estrela própria que Lula traz consigo que o trouxe de onde veio e o levou ao topo.

Moro tentou por duas vezes humilhar Lula, não conseguiu, ao contrário, Lula se agigantou, como é de sua natureza, pois passou a vida literalmente nadando contra a correnteza quando, fugindo da miséria e da fome, começou sua trajetória em São Paulo se transformando num patrimônio mundial para qualquer cidadão decente.

Moro não percebeu, estava pegando carona com uma elite que não tem qualquer grandeza social e que, depois de cumprir o serviço sujo, a mesma elite o isolaria a pretexto de que, sendo agora um político, ela não tomaria seu partido.

O fato é que a exploração política da Lava Jato foi gritante, no entanto, a operação hoje não tem mais força política alguma pela própria degradação da imagem de Moro, Dallagnol, Carlos Fernando, Januário Paludo, peças chave de um projeto arquitetado em Curitiba para derrubar Dilma, condenar e prender Lula, tirando-o da disputa eleitoral e, com isso, eleger Bolsonaro para se transformar em Ministro da Justiça e Segurança Pública.

Resultado, um ano depois de assumir a pasta, Moro, no mesmo dia em que vê nos jornais que Lula recebeu, na França, a honraria de Cidadão Honorário de Paris, enquanto Elio Gaspari, um dos colunistas mais lidos nos grandes jornais brasileiros, estampa na manchete que Moro, de Tigre de Curitiba, transformou-se num gatinho mansinho para a milícia amotinada do Ceará.

Isso dá a exata medida de quem, no final das contas, venceu, e de lavada, a disputa política imunda de Moro contra Lula.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

O projeto de Bolsonaro para legalizar crimes contra povos indígenas

Quando, no início do mês, o presidente Jair Bolsonaro mandou um projeto de lei ao Congresso para regulamentar a mineração, a exploração de recursos hídricos e outras atividades comerciais em territórios indígenas, ele reconheceu que a medida sofreria “pressão dos ambientalistas”. E assim deveria.

A Amazônia, a maior floresta tropical do mundo e onde está a maioria das terras indígenas do Brasil, é um dos mais importantes reservatórios de carbono do mundo, essencial para mitigar mudanças climáticas. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial do Brasil) mostram que o desmatamento na região aumentou 29,5% entre agosto de 2018 e julho de 2019.

Estudos recentes alertam que a destruição acelerada está empurrando a Amazônia para um “ponto de inflexão”, quando se transformaria em uma savana, liberando bilhões de toneladas de carbono armazenado na atmosfera.

O projeto de Bolsonaro pode impulsionar essa tendência perigosa.

Ao legalizar a exploração comercial de recursos naturais em territórios indígenas, o projeto estimularia ainda mais invasões e o desmatamento nesses territórios. Além de impactos ambientais diretos, projetos de mineração e infraestrutura de grande escala, como hidrelétricas, exigem estradas que estimulam o desmatamento, pois permitem um acesso facilitado à floresta para a exploração madeireira e a criação de gado.

O que o mundo tem assistido na Amazônia não é apenas uma crise ambiental mas também uma emergência de segurança pública. Em um relatório publicado no ano passado, a Human Rights Watch documentou como membros de povos indígenas que, na ausência do Estado, se organizam para defender suas florestas, têm sido alvos de ameaças, ataques e, segundo líderes das comunidades, assassinatos por pessoas envolvidas no desmatamento ilegal.

Mas, em vez de garantir o cumprimento da lei, fortalecer as agências federais, responsabilizar as redes criminosas e proteger os guardiães das florestas, o governo quer responder à mineração ilegal simplesmente legalizando-a.

Além das consequências adversas de longo prazo para a Amazônia e o planeta, a destruição da floresta em territórios indígenas tem um impacto imediato sobre os povos que ali vivem, eliminando fontes de subsistência e prejudicando seu modo de vida.

Mas a apresentação desse projeto não surpreende, considerando que o governo Bolsonaro tem reduzido as proteções ambientais e menosprezado o meio ambiente e os direitos dos povos indígenas. O enfraquecimento da fiscalização ambiental tem na prática significado “carta branca” para as redes criminosas envolvidas no desmatamento ilegal.

O desmatamento em terras indígenas na Amazônia aumentou 65% de agosto de 2018 a julho de 2019, segundo o Inpe. O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) informou que de janeiro a setembro de 2019 houve 160 casos de incursões em terras indígenas no país por pessoas envolvidas em invasões possessórias ou exploração ilegal de recursos naturais, como roubo de madeira e garimpo.

Muitas terras indígenas da Amazônia sofrem com o garimpo de ouro e seu desmatamento associado, de acordo com o ISA (Instituto Socioambiental). Povos ianomâmis, por exemplo, relatam que a invasão de milhares de garimpeiros em seu território está associada a uma maior contaminação por mercúrio, que pode ter consequências devastadoras para a saúde, podendo levar a deficiências permanentes e, em casos extremos, à morte.

A FioCruz analisou amostras de cabelo de mulheres e crianças em duas aldeias ianomâmis e descobriu que a maioria apresentava concentrações de mercúrio acima do limite estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

O projeto de lei surge em um contexto em que esse governo, assim como os anteriores, vem desidratando a Funai, agência federal de proteção dos direitos indígenas, com a falta de recursos humanos, orçamento, e outros apoios necessários para cumprir sua missão. Além disso, apesar das duas grandes tragédias no setor de mineração nos últimos cinco anos, em Mariana e Brumadinho, que resultaram em centenas de mortes, a fiscalização dessa atividade no Brasil continua bastante deficiente.

No Pará, havia apenas quatro fiscais em outubro de 2019, segundo a imprensa. Nesse contexto, a abertura de terras indígenas para a mineração é receita para desastre.

O governo alega que a proposta beneficiaria indígenas. No entanto, eles não participaram, como deveriam, da construção do projeto de lei, e o próprio texto não contém os requisitos necessários para garantir o consentimento informado das comunidades afetadas, conforme os padrões internacionais.

s povos indígenas do Brasil têm bons motivos para duvidar de que o governo protegerá suas comunidades e o meio ambiente. Suas lideranças já denunciaram o jogo sujo do governo que permite o saqueamento da Amazônia. O Congresso deve unir-se a eles e se opor à nova jogada de Bolsonaro — um projeto de lei que provavelmente só aceleraria a devastação.

 

 

*Maria Laura Canineu e Andrea Carvalho/Uol

O governo de coalizão de Bolsonaro com a milícia e as Forças Armadas vem de longe

Em meio a mais denúncias envolvendo Adriano da Nóbrega e sua ligação com o bicheiro Bidi, assassinado na Barra da Tijuca no último domingo de carnaval, a Folha estampa a manchete:

Bolsonaro privilegia gastos com militares no primeiro ano de governo, e segue:

Defesa registra maior reforço de caixa da Esplanada, com R$ 6,3 bi a mais gastos em 2019, um crescimento de 10,9% ante 2018.

Na verdade, esse sempre foi o jogo político que Bolsonaro jogou a vida toda nessas três décadas como parlamentar, inútil para o país, mas útil para o crescimento e impunidade da milícia e do corporativismo militar.

Na realidade, Bolsonaro usava as forças armadas para fazer discurso junto com as reivindicações de militares, as de PMs ligados à milícia como Adriano da Nóbrega, além dos assassinos de Marielle, como o maior traficante de armas do Rio e vizinho de Bolsonaro, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, seu comparsa.

Se os gabinetes do, então deputado Bolsonaro e seus filhos, foram ocupados por gente ligada à milícia, como se sabe sobre familiares de Adriano da Nóbrega, hoje, na Presidência da República, Bolsonaro quanto mais se vê pressionado pelas denúncias de ligação com o crime organizado, mais militares coloca em postos chave no 1º e 2º escalões de seu governo.

Lógico que, além de tentar intimidar a justiça e a própria democracia, Bolsonaro usa a imagem das Forças Armadas para tentar se sobrepor a seu lado miliciano, cada dia mais explicito.

Assim, ronca que rompeu com a ideia de governo de coalizão com partidos políticos, mas usa seu Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como capanga da milícia que cumpre perfeitamente esse papel e, do outro lado, amplia, em número e privilégio, a quantidade de militares de alta patente das Forças Armadas em seu governo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Elio Gaspari: Sergio Moro, o ‘Tigre’ de Curitiba, miou em Fortaleza

Convenhamos, de maneira mais polida, Elio Gaspari sublinha a fala do deputado Glauber Braga que chamou Moro de capanga da milícia.

Não diria que Moro, que se apresentou como Tigre de Curitiba, na Lava Jato, miou com a milícia do Ceará, acho que ele ronronou, pois, como se sabe os gatinhos adestrados ronronam quando estão felizes com seus tutores. E Moro não fez outra coisa, senão se refestelar com os mascarados do motim miliciano do Ceará.

Mas Elio Gaspari faz uma narrativa interessante sobre o episódio do governo de coalizão com as Forças Armadas e a milícia, como segue abaixo:

“Diante do motim de 10 do 43 batalhões da Polícia Militar do Ceará, Sergio Moro, o ‘Tigre’ de Curitiba, miou em Fortaleza. Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Moro foi ao Ceará no sétimo dia do motim, sobrevoou teatralmente a cidade e disse o seguinte: ‘Os policiais do país inteiro, não só do Ceará, são profissionais dedicados, que arriscam suas vidas, são profissionais que devem ser valorizados”

“Falso. No país inteiro há policiais dedicados, mas ele estava em Fortaleza porque lá havia PMs amotinados, usando balaclavas, esvaziando pneus de carros e ameaçando colegas que trabalhavam”

O ministro da Segurança Pública podia pelo menos ter ficado calado.

 

*Da redação

Bolsonaro e Moro se desdobram para esconder os crimes do clã com a milícia

A apreensão dos 13 celulares de Adriano da Nóbrega, a história do porteiro do condomínio de Bolsonaro, o vizinho de porta de Bolsonaro, Ronnie Lessa, que assassinou Marielle e foi capturado com o maior arsenal de fuzis da história do Rio, dentre outros, são casos que, até hoje, seguem sem elucidação.

O desaparecimento de Queiroz, braço direito de Bolsonaro no ministério do crime, o porto de Itaguaí e os interesses da milícia de Rio das Pedras, a mudança da diretoria do Inmetro para facilitar a vida de milícia na adulteração de combustíveis, são apenas algumas das dezenas de lacunas que seguem sem respostas e envolvem não só o presidente da República como seu Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o mentiroso, que trabalha diuturnamente usando o aparelho do Estado para encobrir ou abafar os crimes da família presidencial.

Bolsonaro seguirá, e até aumentará, seus ataques a jornalistas, mulheres, negros, índios, gays, assim como a Lula e Dilma para tirar o foco do universo de denúncias de crimes que cercam a sua família.

Continuará, junto com seu capanga, a produzir fatos que tirem o foco do lado macabro da vida do presidente e de sua família, envolvidos até o último fio de cabelo com o mundo do crime.

À esquerda, cabe colocar os crimes do clã Bolsonaro na pauta do dia, todos os dias, até que tudo seja devidamente apurado e que o clã vá para a cadeia junto com o capanga da milícia.

Não pode, de forma nenhuma, dar refresco ao motim da milícia palaciana.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

Adriano foi condecorado por Bolsonaro quando trabalhava para Bidi, bicheiro assassinado no Rio no domingo de carnaval

Assim que li a notícia do assassinato do bicheiro Bidi, no último domingo de carnaval, fui ver se ele tinha alguma ligação com Adriano da Nóbrega, o herói de Bolsonaro, morto dias antes na Bahia, e não deu outra, Adriano era chefe da segurança de Bidi, Alcebíades Garcia, quando foi condecorado por Flávio a mando de Bolsonaro.

A reportagem do jornal extra de hoje, mostra que a morte de Adriano e a de Bidi, podem ter ligação direta na operação “queima de arquivo” que interessa tão somente ao Clã Bolsonaro.

Talvez por isso, Bolsonaro já acordou fazendo fumaça com ataques requentados aos negros para tirar essa notícia do foco.

Como disse Janio de Freitas, neste domingo, em sua coluna, Bolsonaro está fazendo de tudo para tirar o foco das investigações de Adriano da Nóbrega que, naturalmente, levam ao clã Bolsonaro.

Extra:

Dezesseis dias e mais de mil quilômetros separam as mortes do ex-capitão Adriano da Nóbrega e do bicheiro Alcebíades Garcia, o Bidi. O ex-oficial do Bope foi morto no último dia 9 numa operação da PM na Bahia. Já o contraventor foi executado quando voltava do Sambódromo, na madrugada do dia 25. As duas vítimas, entretanto, tiveram relações muito próximas: segundo inquéritos obtidos pelo EXTRA que tiveram o ex-PM como alvo, o primeiro trabalho executado por Adriano para a máfia que domina o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis no Rio foi o de chefe da segurança da Bidi, em 2005. A Polícia Civil investiga se há alguma conexão entre as duas mortes.

Um depoimento prestado à Polícia Civil em julho de 2008 detalha como Adriano foi recrutado para trabalhar para Bidi. O relato foi dado pelo pecuarista Rogério Mesquita, braço direito e administrador das fazendas do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho, irmão de Bidi. Segundo Mesquita, ele mesmo indicou a Bidi, no início de 2005, o nome de Adriano para ser chefe de sua segurança.

À época, Bidi estava envolvido numa guerra familiar pelo espólio criminoso de Maninho, assassinado a tiros no ano anterior. O bicheiro morava em Roraima e, após a execução do irmão, voltou ao Rio para assumir os negócios da família. Rogério alegou que “viu que Bidi era uma pessoa que não tinha noção do que estava assumindo e, numa conversa, disse que ele deveria se precaver e contratar um corpo de seguranças que pudessem trazer mais tranquilidade”.

Mesquita, então, indicou um nome de sua confiança: o então tenente Adriano da Nóbrega, “com quem tinha um laço de amizade”. O pecuarista era uma espécie de “padrinho” do ex-PM. Mesquita o conhecia desde a adolescência, pois o pai de Adriano morava num lote dentro do Haras Modelo, em Cachoeiras de Macacu, interior do Rio, propriedade de Maninho administrada pelo pecuarista. Mesquita alegou que, na época, Adriano passava por “dificuldades financeiras”.

Bidi aceitou a sugestão. Adriano, entretanto, estava preso na época — havia sido acusado do homicídio de um flanelinha na favela de Parada de Lucas. Segundo Mesquita, o PM e o contraventor fizeram, então, um trato: ele receberia um salário de R$ 5 mil para indicar PMs do Bope para integrarem a escolta de Bidi.

14 seguranças do Bope

O acordo entre Bidi e Adriano também previa que, enquanto o PM estivesse preso, ele indicasse outro oficial para chefiar a escolta. Segundo Mesquita, Adriano recrutou um capitão da sua turma no curso de formação de oficiais e que também tinha passagem pelo Bope. Esse oficial também recebeu mesada de R$ 5 mil por um ano, até Adriano sair da cadeia. Depois, foi liberado. Atualmente, o colega de Adriano foi promovido a major e ainda está na PM.

Mesquita detalhou como funcionava a escolta de Bidi: 14 PMs foram recrutados por Adriano para se revezarem na segurança do bicheiro, numa escala de 12 por 36 horas — que conciliavam com os períodos em que trabalhavam na PM. Segundo o pecuarista, Adriano só recrutava PMs do Bope.

Após sair da cadeia, Adriano não passou muito tempo trabalhando para Bidi. Conhecido como um policial operacional altamente capacitado e bom atirador, o agora capitão foi contratado por outro integrante da família que desejava ascender na hierarquia: José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, então marido de Shanna Garcia, filha de Maninho.

Adriano virou, então, responsável pela segurança das máquinas caça-níqueis da família. Paralelamente, começou a matar desafetos a mando do novo chefe.

Quatro agentes identificados

A investigação interna da PM que culminou com a expulsão de Adriano da corporação por sua relação com a contravenção, conseguiu identificar quatro policiais do Bope recrutados por ele para trabalhar na escolta de Bidi. À época, os PMs foram reconhecidos por um porteiro do prédio onde funcionava o escritório do contraventor, em Ipanema.

Após a descoberta, três dos PMs foram afastados do Bope. O quarto agente havia sido expulso da corporação por conta de excessos que teria praticado como instrutor do curso que dá acesso ao Bope.

Ao contrário de Adriano, os agentes não foram expulsos da PM: atualmente, os quatro são sargentos e seguem na corporação. O policial que havia sido expulso conseguiu ser reintegrado. Atualmente, eles ainda são lotados no Bope.

Rastro de sangue

Em 2008, Rogério Mesquita procurou a Delegacia de Homicídios (DH) para denunciar crimes cometidos por Adriano. Na época, o pecuarista afirmou que estava sendo ameaçado de morte pelo “afilhado” e que foi vítima de um atentado em Cachoeiras de Macacu que havia sido planejado e executado por Adriano.

No relato, Mesquita apontou Adriano como autor de uma série de mortes, como as de Carlos Alberto Alano, o Carlinhos Bacalhau, funcionário de Maninho assassinado no Centro do Rio, e do ex-deputado Ary Brum, executado na Linha Amarela — ambas em 2007.

O pecuarista foi morto seis meses após o depoimento, em janeiro de 2009, na esquina das ruas Visconde de Pirajá e Maria Quitéria, a cerca de cem metros da Praia de Ipanema. Um homem que desceu da garupa de uma motocicleta Honda Falcon, de cor preta, e disparou um tiro contra a nuca de Mesquita. Adriano nunca foi acusado pelo crime.

Em setembro de 2011, Zé Personal, que passou a ser chefe de Adriano depois de Bidi, foi assassinado dentro de um terreiro de candomblé, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. O então capitão foi investigado como responsável pelo crime: sua motivação seria se livrar do antigo chefe para ascender na quadrilha. Ele também nunca respondeu pelo crime.

Em 2014, Adriano foi expulso da PM e, junto com mais outros dois ex-policiais, fundou o Escritório do Crime. Já famoso no submundo do crime pelos assassinatos “perfeitos”, o trio passou a cobrar até R$ 200 mil pelos serviços. A polícia sabe que, além de pistoleiro, Adriano também tinha pontos de jogo do bicho e máquinas caça-níqueis. Por isso, a DH apura se a morte de Adriano, na Bahia, causou alguma mudança no mapa da contravenção no Rio.

 

 

*Com informações do Extra