A confissão de Dallagnol de que precisava alimentar os abutres da grande mídia, não tem preço.
Dallagnol: “Temos que pensar se não é bom jogar esta informação para os jornalistas abutres para fazer o papel deles”.
Este de fato é um capítulo à parte dos novos vazamentos que o STF oficializou e está deixando Moro em desespero total.
O arroto de Dallagnol chamando de abutres os jornalistas da grande mídia, foi um tapa na cara do baronato midiático que desabotoou a batina e atirou-se de ponta cabeça em todas as pilantragens berradas de Moro e Dallagnol contra Lula.
Se mesmo por uma fresta a língua grande de um sujeito pode causar estupor em seus próprios aliados, o cretino que comandava a Força-tarefa de Curitiba, que hoje tem a imagem pra lá de surrada, nos calabouços da Lava Jato, mostrou que era um diplomata às avessas com a turma do cipó que vivia com a faca entre os dentes em busca de notícias que acusasse Lula e o PT de qualquer coisa.
Hoje, certamente nas redações, a beatitude do procurador que se apresenta no twitter como “discípulo de Jesus”, foi defenestrada pelos abutres que ele alimentava com carniça de rato jurando que era filé para nutrir os coleguinhas que montavam campana às 5 horas da manhã para flagrar mais uma ação espetaculosa da PF da empresa de marketing Lava Jato.
Sim, esse caso se torna grave, porque Dallagnol era o próprio relações públicas que fazia ponte entre os vigaristas da Lava Jato com os da mídia, o que, certamente ninguém imaginava é que o excremento midiático era considerado excremento pelo próprio patife que alimentava a escória de notícias como banquete para os abutres.
O pior foi, depois de chamar os jornalistas de beija-pé de chulé, ainda colocou uma risadinha, o que não deixa de provocar gargalhadas ao ver o pudico desmontar a armadura e arrotar na cara de uma mídia que presta tanto quanto ele. Mas que, por incrível que pareça, estava com a coleirinha bem posta no pescoço como uma gargantilha bordada com os nomes de Moro e Dallagnol.
Só essa passagem já merece um livro, tal o desprezo que Dallagnol dispensava aos cachorros magros da mídia. Mas não um livro como de Wladimir Neto em que a mamãe Miriam Leitão tem que fingir que não leu que o filhote foi chamado de abutre para sustentar a farsa da farsa escrita sob medida para o manequim heroico de Sergio Moro. A cara dura teve a coragem de dizer que a Lava Jato acabou não pelos seus erros, mas pelos seus acertos.
Se considerar somente a frase de Dallagnol classificando jornalistas como Miriam Leitão e seu filhote como abutres, acaba por dar razão à Leitão.
*Carlos Henrique Machado Freitas
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