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The Guardian trata Brasil como ‘Banana Republic’ após desfile militar golpista de Bolsonaro

Numa reportagem corrosiva, um dos mais relevantes jornais do Ocidente qualificou o desfile militar de “tentativa desastrada de um presidente sitiado de projetar força”.

The Guardian, o maior jornal inglês, referiu-se ao desfile militar desta terça-feira (10) em Brasília como uma ação “ao estilo república das bananas” do governo Bolsonaro, em reportagem publicada às 16h35 (hora de Londres). Segundo o jornalista Tom Phillips, autor da reportagem, o desfile “foi amplamente visto como a tentativa desastrada de um presidente sitiado de projetar força”.

Leia os principais trechos da reportagem:

“Os críticos denunciaram a decisão ‘ao estilo da república das bananas’ de Jair Bolsonaro de enviar tanques às ruas da capital do Brasil para um raro desfile militar no que foi amplamente visto como a tentativa desastrada de um presidente sitiado de projetar força.

Bolsonaro, cujos índices de audiência despencaram como resultado de sua resposta caótica à pandemia de Covid, observou da rampa de mármore do lado de fora do palácio presidencial uma carreata de veículos blindados passando na manhã de terça-feira.

“Ridículo. Grotesco. Lamentável. Desnecessário. Coisa da Banana Republic ”, tuitou o jornalista brasiliense Brunno Melo enquanto a procissão avançava sob um céu azul perfeito.

O desfile organizado às pressas – que especialistas disseram não ter precedentes nos anos desde a restauração da democracia em 1985 – foi ordenado por Bolsonaro na sexta-feira passada e aconteceu no mesmo dia em que membros do Congresso deveriam votar em planos altamente polêmicos apoiados por Bolsonaro. mudar o sistema de votação do Brasil. (…)

João Roberto Martins Filho, um importante especialista militar, disse que a procissão era “completamente inédita” nas quase quatro décadas desde o fim da ditadura militar de 1964-85 e era uma tentativa de Bolsonaro reafirmar seu domínio.

‘Há quem diga que os chefes militares controlam o Bolsonaro … mas acho que ele é totalmente incontrolável’, disse Martins Filho.

Políticos de oposição de esquerda e direita condenaram o espetáculo, que o Ministério da Defesa afirmou ter sido realizado para convidar formalmente Bolsonaro para exercícios anuais de treinamento da Marinha que deveriam começar na próxima semana perto da capital. Esses exercícios têm sido realizados todos os anos desde 1988, no entanto, e nunca antes veículos blindados foram enviados para o coração de Brasília, que também abriga o Congresso e a Suprema Corte do Brasil.

*Com informações do 247

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Política

Vídeo: Criminoso, desfile golpista é intimidação para fugir da polícia e da CPI

O desfile golpista desta manhã de terça na Esplanada dos Ministérios é uma intimidação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Defesa, Braga Netto, para tentar fugir da polícia e da CPI da Pandemia.

O clichê marxista de que a História se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa, cai como uma luva para descrever a pantomima de exibir veículos blindados e tanques militares nas ruas da capital federal no dia em que a Câmara deve enterrar de vez a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) de recriação do voto impresso.

Em 1964, houve uma tragédia com o golpe militar de 1º de abril. Naquele tempo, havia uma conspiração dos EUA para instalar ditaduras anticomunistas na América Latina. A maior parte da sociedade civil, imprensa incluída, apoiou o golpe. A correlação de forças impediu uma reação da oposição.

Em 2021, há uma farsa em curso: a ideia de que Bolsonaro teria apoio para dar um golpe no Brasil. O genocida não tem força para jogar fora das quatro linhas da Constituição, como ele blefa. Não há apoio internacional, muito menos americano. Tampouco existe suporte da sociedade civil como um todo, inclusive de boa parte dos democratas de pandemia que contribuíram para instalar um golpista no poder.

As Forças Armadas endossaram a aventura de eleger a pessoa mais despreparada e inadequada do ponto de vista político e ético para presidir o Brasil. São sócias do desastre que é o governo Bolsonaro. A CPI da Pandemia descobriu muitos militares interessados em enriquecer ilicitamente negociando vacinas com atravessadores desqualificados.

Figuras como Braga Netto e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, dão estímulo à pregação golpista de Bolsonaro. O primeiro comandou a resposta desastrosa à pandemia. O segundo toma vacina escondido para não contrariar o chefe. Ainda bem que o Brasil não corre risco de se envolver num conflito militar com generais dessa estirpe.

Esses militares dão corda à teoria conspiratória de Bolsonaro sobre fraude na urna eletrônica, nada mais do que a cópia do roteiro executado por Donald Trump no ano passado nos EUA ao pregar contra o voto pelo correio.

Diante da derrota, que já deveria ter sido reconhecida com a rejeição da PEC do voto impresso na comissão especial da Câmara na semana passada, Bolsonaro resolveu brincar de jogos de guerra. Para recriar uma cena típica de república de bananas, o genocida teve o aval de Braga Netto, Luiz Eduardo Ramos e dos comandantes das Forças Armadas.

A exibição dos tanques serve ao propósito de mandar um recado à classe política e aos órgãos de controle: deixem em paz e impunes Bolsonaro, os filhos introduzidos pelo pai no esquema das rachadinhas milicianas e os militares que queriam roubar no Ministério da Saúde e incrementar seus vencimentos invadindo a administração civil com o seu despreparo. A CPI já descobriu inúmeros crimes comuns e de responsabilidade de Bolsonaro e sua turma.

As instituições e a sociedade civil, inclusive a imprensa, não podem aceitar a intimidação e devem chamar as coisas pelo nome que elas têm. Bolsonaro e Braga Netto cometeram mais um crime de responsabilidade que precisa ser punido, sob pena de a democracia continuar a se enfraquecer no Brasil.

Coragem

O presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), acertou ao abrir a CPI hoje com um discurso contundente contra a ameaça de Bolsonaro à democracia. Disse que o presidente “degradou as instituições” e “rebaixou as Forças Armadas”. Aziz descreveu a cena brasiliense de hoje como “patética”. “Mostra apenas a ameaça de um fraco que sabe que perdeu”, afirmou.

Na sequência, outros senadores também reagiram contra a farsa bolsonarista e endossaram as palavras do presidente da CPI.

Três patetas

Há uma coincidência que combina com o desfile golpista de Bolsonaro. A CPI da Pandemia toma nesta terça o depoimento do tenente-coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil. Essa entidade é especialista em disseminar fake news na pandemia, inclusive com teorias negacionistas sobre a vacina.

No entanto, o tal coronel Hélcio foi quem abriu as portas para o cabo da PM mineira Luiz Paulo Dominguetti chegar ao então secretário-executivo da pasta da Saúde, o coronel Élcio Franco. Dominguetti é o atravessador que tentava vender as vacinas que a Davati tinha na Lua.

O coronel Helcio com “H”, um negacionista que não rasga dinheiro, une-se a Bolsonaro e Braga Netto na pantomima encenada hoje em Brasília. São três patetas que ilustram o abismo no qual o Brasil foi atirado.

Confissão

No convite aos demais chefes de Poder para que comparecessem ao desfile golpista de hoje, Bolsonaro assina a mensagem como “chefe supremo da Forças Armadas”. O correto seria se intitular comandante supremo. Mas Bolsonaro sabe que é apenas um chefe de milícia.

Covardia

Com a decisão de remeter ao Superior Tribunal de Justiça o pedido de partidos políticos para impedir a parada militar de hoje em Brasília, o ministro Dias Toffoli continuou firme no projeto de ficar ao lado de Bolsonaro na História: a lata de lixo.

*Kennedy Alencar/Uol

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Política

Um arruaceiro expulso do exército, por vingança, ridiculariza as Forças Armadas

É só olhar no twitter a quantidade de memes sobre o desfile circense que Bolsonaro impôs aos militares.

Se essa foi a maneira que encontrou para mostrar que as Forças Armadas estão com ele, a percepção da sociedade foi bem outra, foi a de uma demonstração de submissão humilhante dos militares que não tiveram qualquer grau de consciência da pandemia que segue matando uma média de mil brasileiros por dia e, ao lado de Bolsonaro, expuseram-se sem máscara, justamente no dia que um oficial das Forças Armadas, o tenente-coronel Helio Bruno depõe na CPI do genocídio que acabou se transformando na CPI da corrupção do ministério da Saúde, sob o comando do general da ativa, Eduardo Pazuello.

Não dá para entender como um ex-tenente, expulso das Forças Armadas por arruaça, consegue impor uma humilhação tão constrangedora à força militar para satisfazer a objetivos pessoais, familiares, porque é disso que se trata toda essa questão que envolve até a circulação de tanques blindados na Praça dos Três Poderes.

A blindagem de uma família de corruptos que não tem sequer como listar a quantidade de acusações de crimes praticados por ela a partir de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, rachadinha e do envolvimento direto desse clã com o submundo do crime, com direito a condecorações e defesas públicas do próprio presidente a milicianos.

Essa história do voto impresso é somente mais um embuste de quem precisa ocupar as manchetes de jornais para esconder o desespero de quem, na melhor das hipóteses, sofrerá uma derrota eleitoral histórica em 2022, sendo expurgado da vida pública pela própria sociedade.

É bom deixar claro que não há garantias, e cada vez fica patente, de que ele chegará a ser candidato, já que, na medida em que os dias correm, a possibilidade de um impeachment, ganha cores cada vez mais fortes, o que significa a condenação e prisão de todo o clã, apesar de Arthur Lira.

Caso isso aconteça, esse arruaceiro não terá mais em suas mãos o controle das instituições do Estado que hoje blinda a organização criminosa.

Por isso assistimos a mais um ato de desespero, desta vez, expondo de forma vexatória as Forças Armadas que só pode ter  acontecido por vingança contra uma instituição que, mesmo em plena ditadura, cuspiu essa figura repugnante cada vez mais odiada pelo povo brasileiro que, por culpa exclusiva dele, assiste à morte de praticamente 600 mil pessoas, além de 15 milhões de desempregados, 20 milhões devolvidos à absoluta miséria, uma inflação em total descontrole, os alimentos chegando à hiperinflação, o que agrava ainda mais a insegurança alimentar de metade da população brasileira.

Essa imagem de um tanque queimando óleo é apenas uma das que estão sendo usadas como chacota numa tempestade de memes ridicularizando esse teatro de horrores que se viu em Brasília hoje.

Não resta qualquer dúvida de que a maioria dos militares percebeu que, para tentar intimidar a sociedade brasileira, Bolsonaro não viu limites para ridicularizar as Forças Armadas.

Detalhe, não tinha ninguém assistindo à palhaçada.

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Política

Assista ao depoimento do coronel Helcio Bruno, citado como intermediador da Davati

A CPI da Covid ouve hoje o tenente-coronel da reserva e presidente do Instituto Força Brasil, Hélcio Bruno de Almeida. O militar é apontado por representantes da Davati como intermediador de um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco.

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia concedeu a Hélcio o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra si mesmo após a defesa dele entrar com pedido de habeas corpus no tribunal. No entanto, o militar não poderá silenciar sobre os demais questionamentos. A ministra negou pedido para que Hélcio pudesse faltar ao depoimento.

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Economia

Inflação de julho tem maior alta em 19 anos e chega a 8,99% em 12 meses

Índice acelerou e subiu 0,96% no mês, pressionado por reajuste da bandeira tarifária de energia. Resultado amplia distância frente ao teto da meta de 5,25%.

A inflação acelerou em julho e subiu 0,96% em relação a junho, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira. É a maior alta para o mês desde 2002, quando registrou 1,19%.

O avanço é resultado, principalmente, do aumento na conta de luz, em razão do reajuste da bandeira tarifária, e da alta nos preços de combustíveis.

Em 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 8,99%. É a maior alta nessa base de comparação desde maio de 2016, quando o indicador chegou a 9,32%.

Com o resultado, o indicador permanece acima do teto da meta de inflação estabelecida para o ano. A meta de inflação do Banco Central para 2021 é de 3,75%, podendo variar entre 2,2% e 5,25%.

Analistas ouvidos pela Reuters projetavam alta de 0,93% para o mês e 8,97% em 12 meses.

Energia elétrica e combustíveis pressionam indicador

Dos nove grupos pesquisados, oito tiveram alta em julho. A maior variação e o maior impacto vieram do grupo Habitação com a alta da energia elétrica, que acelerou em relação ao mês anterior, com alta de 7,88% do item em julho.

O resultado é consequência dos reajustes tarifários em cidades como São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

— Além dos reajustes nos preços das tarifas em algumas áreas de abrangência do índice, a gente teve o reajuste de 52% no valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em todo o país. Antes o acréscimo nessa bandeira era de, aproximadamente, R$ 6,24 a cada 100kWh consumidos e, a partir de julho, esse acréscimo passou a ser de cerca de R$ 9,49 — explica o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida.

A segunda maior contribuição do mês veio dos transportes, puxados pelas passagens aéreas, cujos preços subiram 35,22% após queda de 5,57% em junho.

Os preços dos combustíveis também aceleraram, com alta de 1,24% após subir 0,87% em junho. Somente a gasolina teve alta de 1,55%, após ter subido 0,69% no mês anterior.

Para analistas do mercado, já era esperado que itens como energia e combustíveis pressionassem o indicador. Isso porque começam a se refletir o recente reajuste da Petrobras, nos preços da gasolina, diesel, gás de botijão e gás canalizado, e o reajuste de 52% no valor da bandeira tarifária de energia pela Aneel, que impactam o consumidor.

Inflação dos mais pobres supera IPCA

O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação percebida por famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais.

O indicador chegou a 1,02%, superando o avanço de 0,96% no IPCA. No ano, o indicador acumula alta de 5,01% e, em 12 meses, de 9,85%.

Em 12 meses, essa é a maior variação desde março de 2016, quando o índice acumulado chegou a 9,91%.

*Com informações de O Globo

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Política

Tenente-coronel Helcio Bruno, alvo da CPI, intermediou mais de US$ 33 milhões com Defesa

O tenente-coronel da reserva Hélcio Bruno de Almeida, que é ouvido hoje na CPI da Covid, já intermediou ao menos três negociações envolvendo milhões de dólares no Ministério da Defesa.

Especialista e “consultor de Defesa e Segurança”, segundo seu currículo Lattes atualizado até o dia 29 de junho de 2020, Hélcio se apresenta nas redes sociais como representante sênior da empresa Suntech Soluções de Inteligência, adquirida pela companhia israelense Verint Systems.

Nos contratos junto ao Exército, Hélcio Bruno teria atuado como facilitador da empresa junto à área militar. O lobby feito pelo militar da reserva teria rendido contratos milionários da Verint junto ao Ministério da Defesa nos últimos anos. O Exército, porém, nega que ele tenha atuado como lobista (leia mais abaixo).

Contratos

Em 8 de outubro de 2018 é publicado no Diário Oficial da União um “extrato de inexigibilidade de licitação” de um contrato no valor global de mais de US$ 11,9 milhões.

A quantia desembolsada serviria para que o Exército Brasileiro adquirisse uma solução integrada “para a ampliação e atualização de sistemas de hardware e software da plataforma Verint”. A manutenção contratada é feita pela mesma empresa por se tratar de tecnologia de ponta e com programas exclusivos da companhia.

O documento, assinado pelo então chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia, Edson Pujol, e pelo então comandante da Força, Eduardo Villas Bôas, apresenta como justificativa a “necessidade de atualização do sistema e inviabilidade de competição entre fornecedores para a aquisição”. Posteriormente, Edson Pujol se tornou comandante do Exército.

Dois meses antes, o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército havia feito um acordo de compensação com a Verint que contemplava “16 projetos de compensação” concordados no ano anterior. O valor desembolsado foi de US$ 10,5 milhões e o pagamento ocorreu por meio da CEBW (Comissão do Exército Brasileiro em Washington).

A soma de dois dos três contratos que basearam o acordo de compensação, contudo, totaliza US$ 8 milhões. A reportagem não teve acesso ao valor do último contrato citado.

Já em 2020, um outro aditivo também teria contado com a influência de Hélcio Bruno. Assinado pelo então comandante de Comunicações e Guerra Eletrônica, Carlos Alberto Dahmer, três projetos de compensação firmados em 2019 custaram à União quase US$ 10,8 milhões.

Procurado, o Centro de Comunicação Social do Exército disse que Hélcio Bruno “não intermediou nem atuou de qualquer forma como representante das empresas citadas”.

“Cabe destacar que o Exército Brasileiro conduz os seus processos de compra cumprindo rigorosamente os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência”, afirmou em comunicado.

*Lucas Valença/Uol

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Bolsonaro já queria tanques na Esplanada em março passado

O desfile de blindados pela Esplanada dos Ministérios que Jair Bolsonaro terá na manhã desta terça-feira foi exatamente o que ele pediu ao então comandante do Exército, Edson Pujol, em março passado, no auge da crise que levou à demissão do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e dos três comandantes das Forças Armadas.

Na época, Pujol se negou a atender Bolsonaro – assim como Azevedo e Silva, que não encampou a ideia do presidente de promover um voo rasante com os caças suecos Gripen pela Esplanada.

Ao deixar o cargo, exonerado pelo presidente em 30 de março, Azevedo e Silva afirmou a auxiliares que havia saído porque não queria reviver maio de 2020. Referia-se ao sobrevoo de helicóptero que fez com o presidente sobre a Esplanada dos Ministérios durante uma manifestação pelo fechamento do STF e por intervenção militar.

Na ocasião, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica decidiram seguir Azevedo e Silva e colocar seus cargos à disposição, mas foram surpreendidos ao saber pelo novo ministro, Walter Braga Netto, que já estavam sendo exonerados.

A história dos apupos de Bolsonaro foi contada na ocasião pelos participantes da crise a pessoas próximas. Ontem, diante da notícia de que a Marinha promoveria um desfile de blindados na Esplanada, no mesmo dia em que a Câmara deve derrubar a adoção do voto impresso, dois desses interlocutores me confirmaram a informação.

Na época, o presidente da República estava em choque com o Supremo Tribunal Federal em razão das decisões da corte que permitiram a ação de governadores no combate à pandemia de Covid-19.

Referindo-se às medidas de isolamento social como um estado de sítio decretado pelos governadores, Bolsonaro passou a defender medidas de exceção e insistir com o ministro da Defesa e com os comandantes militares, especialmente o do Exército, para que fizessem demonstrações de força em seu apoio.

Os comandantes anteriores se negaram a fazê-lo, mas os atuais pelo jeito não se importam. Embora do desfile desta manhã seja uma iniciativa apenas da Marinha, cujos blindados estão de passagem por Brasília a caminho de Formosa, em Goiás, as outras forças participarão das manobras militares previstas para o dia 16 de agosto.

Em tese, a parada em Brasília, considerada por oficiais das próprias forças como “inusitada”, servirá para que o presidente receba o convite da Marinha para assistir ao exercício militar em Formosa.

Na prática, servirá como uma mensagem ao Congresso de que o presidente não aceita a derrota prevista para hoje no plenário da Câmara, que deve derrubar a adoção do voto impresso nas eleições de 2022.

Nas últimas semanas, Bolsonaro tem atacado as urnas eletrônicas e já declarou mais de uma vez que, se necessário, agirá “fora das quatro linhas” da Constituição. Também vem fazendo ataques pessoais ao presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. O agravamento da crise fez com que o presidente do STF, Luiz Fux, cancelasse o encontro entre os chefes do Três Poderes que estava programando.

Ontem, depois das críticas ao evento, o Palácio do Planalto enviou um convite aos chefes de poderes para participar, dizendo que “Brasília é passagem obrigatória” para Formosa e destacando ser o “Chefe Supremo das Forças Armadas”.

Malu Gaspar/O Globo

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Oposição prepara ato contra tanques e intimidação de Bolsonaro

Como reação à tentativa de intimidação de Jair Bolsonaro, parlamentares de oposição estão preparando para esta terça-feira (9) a realização de um ato político em defesa da democracia na rampa do Congresso Nacional em Brasília.

A ideia do ato é fazer frente ao evento planejado por Jair Bolsonaro. Ele participará de um desfile do Exército com carros blindados e tanques de guerra, que se posicionarão em frente ao Palácio do Planalto durante a votação da PEC do voto impresso – que já foi derrotada em comissão especial.

Por volta das 8h30, o comboio militar vai desfilar pelas avenidas na Praça dos Três Poderes e estacionar em frente ao Planalto, onde generais vão entregar a Bolsonaro e ao ministro da Defesa, Walter Braga Netto, convites para a demonstração operativa da Operação Formosa.

Políticos e partidos da oposição têm interpretado o ato de Bolsonaro como uma tentativa de intimidação e até mesmo um ensaio golpista contra a iminente derrota do voto impresso na Câmara. O presidente tem defendido a pauta como forma de tumultuar o processo eleitoral, visto que ele já deu sinalizações de que não aceitará o resultado da eleição de 2022 caso perca o pleito.

“Bolsonaro mais uma vez rebaixa as Forças Armadas ao papel de milícia presidencial. O desfile de blindados é uma violência contra o Poder Legislativo e o Estado de Direito. Não nos intimidaremos c/ as ameaças de um presidente delinquente. Vamos derrotar o golpe do voto impresso”, afirmou Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da Oposição na Câmara.

O horário do ato dos parlamentares contra Bolsonaro ainda não foi definido.

Requerimento de informações

O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Elvino Bohn Gass (RS), prepara nesta segunda-feira (9) um requerimento de informações a ser enviado ao ministro da Defesa, general Braga Netto, para que ele explique a manobra militar planejada em Brasíia.

O parlamentar pedirá informações como custos com diárias, combustíveis, nomes dos comandantes envolvidos e o motivo da realização da operação.

A depender da resposta do ministro, Bohn Gass cogita acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público contra o evento.
Tanques já estão posicionados

Os tanques e blindados que Jair Bolsonaro deve exibir em uma tentativa de intimidação nesta terça-feira (10) já estão, nesta segunda-feira (9), posicionados em Brasília, próximos à Esplanada dos Ministérios.

O flagrante dos veículos estacionados foi feito pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF).

“Os tanques de guerra p/ o exibicionismo golpista de Bolsonaro já estão posicionados no Grupamento dos Fuzileiros Navais, localizado próximo à Esplanada dos Ministérios. Bolsonaro está dobrando a aposta e a reação dos democratas desse país precisa ser enérgica!”, escreveu a parlamentar, junto a um vídeo que mostra os carros militares posicionados.

Ações na Justiça

O PSOL protocolou junto à Justiça do Distrito Federal, nesta segunda-feira (9), um mandado de segurança para impedir a manobra militar que o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e Jair Bolsonaro planejam em Brasília nesta terça-feira (9).

“A informação de que haverá uma manobra militar amanhã na Esplanada dos Ministérios é grave. O PSOL decidiu entrar com um Mandado de Segurança na Justiça do DF para proibir qualquer presença de veículos ou tropas militares durante as votações no Congresso Nacional”, disse o presidente do PSOL, Juliano Medeiros.

Quem também entrou na Justiça contra o ato militar atípico encampado por Bolsonaro no dia da análise da PEC do voto impresso foi o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

“Pedi à Justiça que impeça o gasto de recursos públicos em uma exibição vazia de poderio militar. As Forças Armadas, instituições de Estado, não precisam disso”, informou o congressista.

“Os brasileiros, sofrendo com as consequências da pandemia, também não. O Brasil não é um brinquedo na mão de lunáticos”, completo

Assista:

*Com informações da Forum

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Política

O cerco se fecha: TSE apresenta ao STF nova notícia-crime contra Bolsonaro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou no final da tarde desta segunda-feira (9) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova notícia-crime contra Jair Bolsonaro, acusado de divulgar informações confidenciais do inquérito da Polícia Federal que investiga um ataque hacker sofrido pelo tribunal em 2018.

O pedido de investigação tem como alvos ainda o deputado federal Filipe Barros (PSL), relator da PEC do Voto Impresso, e o delegado responsável pelo inquérito.

“O crime que se busca apurar é o de divulgação de segredo, tipificado no Artigo 153, parágrafo 1º-A, cominado com o parágrafo 2º do Código Penal brasileiro”, diz a peça.

O documento, assinado pelo presidente do TSE e ministro do STF, Luís Roberto Barroso, e demais integrantes da Corte eleitoral lista “elementos comprobatórios da existência de informações sigilosas ou reservadas”. São eles:

  • (i) a menção, na portaria de instauração do inquérito, à existência de informações sigilosas do TSE,
  • (ii) a explícita anotação de sigilo no despacho do Juiz Auxiliar da Presidência deste TSE que encaminhou subsídios da apuração administrativa à Polícia Federal,
  • (iii) a advertência lançada pelo mesmo Juiz Auxiliar da Presidência deste TSE de que todas as comunicações com a Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal tinham caráter reservado;
  • (iv) a tarja de sigilo lançada em todas as páginas encaminhadas pelo Tribunal à Polícia Federal; e
  • (v) a autuação do inquérito policial perante a Justiça Federal da 1a Região sob segredo de justiça.

Segundo a notícia-crime, os dados sigilosos foram divulgados “após o levantamento do sigilo, aparentemente indevido, pelo delegado de Polícia Federal que preside as investigações” e posterior encaminhamento dos respectivos autos ao deputado Felipe Barros”.

*Com informações do 247

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Política

Encurralado, a Bolsonaro só resta tumultuar, xingar

Jair Bolsonaro está encurralado e, a esta altura, só lhe resta tumultuar o ambiente. Já prevê, como disse hoje, a derrota na votação da PEC do voto impresso no plenário da Câmara. Mas não vai poder retaliar os deputados que votarem contra, já avisou o presidente da Casa, Arthur Lira – aquele que está sentado sobre uma centena de processos de impeachment.

No Judiciário, também bateu no muro. Em sua cruzada contra ministros do STF e do TSE, Bolsonaro está gerando diariamente novos elementos para alimentar os inquéritos abertos contra ele nas duas Cortes, onde está sendo investigados por propagar fake news contra a urna eletrônica e a eleição, caluniar autoridades, usar recursos da máquina governamental eleitoralmente, etc. Pode até não acreditar no prosseguimento dessas ações, já que tem costas quentes com o PGR Augusto Aras, mas está dando tiros diários no pés com sua atitude.

A poucos quilômetros acima da Praça dos Três Poderes, no QG do Exército, têm sido emitidos sinais discretos de que o Alto Comando das Forças Armadas não moverá um milímetro no rumo de um golpe para impedir as eleições de 2022 ou para desrespeitar seu resultado, ganhe quem ganhar. Por mais bolsonarista que seja o ministro da Defesa, isso já ficou claro.

Fora da ilha brasliense, o presidente da República também colheu péssimas notícias. As elites econômicas do país assinaram manifesto que começou com 200 assinaturas e está chegando a 20 mil repudiando suas ameaças às eleições. Tradução: o PIB, que já andava há tempos escabriado, desembarcou de vez de Bolsonaro.

A alternativa que resta ao capitão é tumultuar, xingar, chutar canelas, tentar botar os bolsominions nas ruas para aparentar uma força que, todo mundo sabe, ele não tem. Não se pode, é claro, subestimar a capacidade de um presidente arruaceiro. Pode fazer barulho, assustar, promover o conflito nas ruas e tentar chegar a uma convulsão social que supostamente justificasse uma intervenção das forças militares — a seu serviço.

Bolsonaro fará um primeiro teste de baderna no próximo sete de setembro, numa espécie de ensaio para a invasão tupiniquim do capitólio quando perder as eleições. É bom ficar de olho. Mas também é possível prestar atenção e não cair em armadilhas, adotando, desde já, uma estratégia contra provocações. A turma de Bolsonaro é barulhenta, mas é minoria — nas ruas e nas instituições.

*Helena Chagas/247

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