Ano: 2021

Recorde trágico no Brasil: 3.780 mortes em 24 horas

É recorde em cima de recorde, um governo absurdamente inerte, incapaz. O Brasil definitivamente não merece passar por isso. Não é possível que nada seja feito para mudar essa situação trágica porque passa o nosso país. O que fizeram com ele?

Agora, assistimos a mais esse recorde de óbitos, 3.780 em 24 horas, superando o anterior que foi de 3.610 óbitos. O Brasil chegou ao total de 317.646 vidas perdidas desde o início da pandemia. O levantamento é do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass).

Com a atualização, a média móvel de mortes também atingiu nova máxima, com 2.710 nos últimos sete dias. Foram somados, ainda, mais 84.494 casos, totalizando 12.658.109.

E as instituições brasileiras não farão nada para estancar essa sangria? Até quando assistiremos Bolsonaro brincando com a vida de 211 milhões de brasileiros? Chega!

*Da redação

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Villas Bôas tenta apagar história ao negar sequestro de crianças na ditadura

Jornalista rebate críticas de ex-chefe do Exército ao livro ‘Cativeiro sem Fim’.

Autor do livro “Cativeiro sem Fim” contesta crítica do general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, de que falta isenção e verossimilhança ao trabalho. Para o jornalista, tentativa de refutar a pesquisa, a respeito de sequestros de crianças e adolescentes por militares nos anos 1960 e 1970 no Brasil, explicita o medo da verdade e a intenção de escrever uma narrativa idealizada sobre o período militar.

Pela primeira vez desde que lancei “Cativeiro sem Fim” (ed. Alameda), em 2019, um integrante do Exército comenta a denúncia feita no livro-reportagem, que conta a história de 19 brasileiros e brasileiras, filhos de militantes políticos ou simpatizantes da oposição, que foram sequestrados pelos militares nas décadas de 1960 e 1970 no Brasil.

O general da reserva Eduardo Villas Bôas, em entrevista ao professor Celso Castro publicada no recém-lançado livro “General Villas Bôas – Conversa com o Comandante”, dispara contra a reportagem e expõe claramente todo o esforço das forças militares em direcionar a construção da história do Brasil.

A máquina da repressão

Ele ataca as iniciativas que contribuem para o esclarecimento de episódios escondidos durante décadas, como o sequestro de bebês e crianças pelos militares. Deixa às claras uma prática negacionista e obscura do pensamento de parte dos militares que outrora participaram dos movimentos da ditadura e hoje estão ligados ao poder.

No capítulo 10, o general, que comandou o Exército de 2014 a 2019, critica as políticas de memória, verdade e justiça que ganharam corpo nos últimos anos. No parágrafo que tece comentários sobre o livro “Cativeiro sem Fim”, também revela seu preconceito quanto ao trabalho de jornalistas, pesquisadores, historiadores, antropólogos e de entidades que trazem à tona as crueldades praticadas pelos militares durante a ditadura, fatos que dormiam em sono profundo provocado pela ação e construção de narrativas pelas Forças Armadas.

Esse direcionamento possibilitou a elaboração da história sob o prisma militar, sem diversificar as fontes de informações.

“Recentemente, alguém ligado aos direitos humanos trouxe à tona um tópico sobre o qual nunca ouvi falar, de que cento e tantas crianças teriam sido sequestradas e afastadas dos pais. Essa e outras narrativas, a exemplo de um suposto massacre de índios, na abertura da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista, carecem de verossimilhança e contribuem para a falta de isenção na conclusão das apurações. Como você disse, adquirem um caráter de ajuste histórico”, afirmou.

Crimes da ditadura

Villas Bôas quer estimular a dúvida nos brasileiros a respeito da verossimilhança das denúncias, apontando suposta “falta de isenção” do livro. Ele se esquece, contudo, de que todo trabalho de pesquisa segue metodologias científicas, e o mesmo se deu na apuração dos fatos denunciados em “Cativeiro sem Fim”.

Gostaria de obter uma explicação de Villas Bôas sobre o que chama de “falta de isenção na conclusão das apurações”. Estão relatadas no livro histórias de 19 pessoas que tiveram suas vidas totalmente transformadas pelo crime de sequestro. Foram retiradas do meio de suas famílias biológicas, levadas para longe dos locais de nascimento e convívio familiar.

Tiveram suas identidades adulteradas. Ganharam documentos falsos obtidos junto a repartições públicas. Tudo isso ocorreu com anuência de uma cadeia de comando militar, seguida pela complacência de funcionários públicos, de cartórios, de hospitais, empresários e outros cidadãos.

No livro agrupei depoimentos em primeira pessoa dessas vítimas da ditadura que ficaram invisibilizadas por meio século. O sequestro foi uma decisão de Estado. Não há discurso que possa justificar a barbárie cometida contra esses brasileiros, que hoje procuram por seus pais biológicos.

Das 19 vítimas, 11 eram ligadas à Guerrilha do Araguaia. São filhos de guerrilheiros com camponesas locais, filhos de agricultores que cooperaram com a guerrilha e até crianças sequestradas por engano pelos militares durante o conflito. Além disso, novos casos surgiram a partir do lançamento da obra, objetos agora de novas apurações.

Villas Bôas comenta também que a divulgação desses casos “adquire um caráter de ajuste histórico”.
Garanto que a exposição dessas duras histórias de vida nada tem de revanchismo ou se precipita ao sensacionalismo histórico. Todos os relatos seguem os mais qualificados preceitos de pesquisa científica.

Passaram por duros crivos de apuração. Todos os depoimentos, fatos e documentos obtidos —vejam bem, documentos— foram checados e rechecados. A busca de mais de uma fonte de informação garantiu isenção à narrativa que caracteriza o caráter histórico-científico da reportagem investigativa.

Sequelas da tortura

O livro não faz apologia à ditadura, narrativa que as Forças Armadas tentam construir desde 1964. Possui, contudo, a devida isenção para mostrar histórias de brasileiros e brasileiras invisibilizados à força. Não tenta impor uma versão sobre o passado. Utiliza várias fontes de informação para expor esse crime.

Foram ouvidos vários lados envolvidos, inclusive as Forças Armadas, que preferiram tergiversar e não responder diretamente aos questionamentos deste repórter.

Todos os relatos estão recheados de verdade, de dor. Mostram a violência por que passaram essas vítimas de sequestro quando bebês e crianças. Expõem uma face cruel e sanguinária dos militares que participaram do golpe de 1964 no Brasil. Ajudam a construir a memória brasileira em todos matizes, sem preconceito ou direcionamento. Isso sim é verossimilhança.

O general Villas Bôas vai além na sua análise de informações que diz desconhecer. Antes de falar sobre “Cativeiro sem Fim”, ele é bem claro. Quer que as histórias que por ventura ainda careçam de ser narradas sejam retomadas nas próximas gerações. “Temos esperança de que essas questões fiquem para serem retomadas com maior isenção quando as gerações que os viveram já tenham passado”, afirmou.

Protestos contra o golpe de 64 pelo Brasil

Isso sim leva ao registro inverossímil dos fatos da ditadura. É como matar as vítimas pela segunda vez. Pergunto: qual a dificuldade em aceitar hoje o relato de vítimas vivas da ditadura?

Esperar que essas vítimas não estejam mais entre nós para só então divulgar suas histórias revela muito medo de que a verdade apareça. Explicita que o projeto de construção de narrativas sobre a ditadura desencadeado pelas forças militares é manco, baseado somente em fontes que não podem mais contar sua parte na história. Isso sim é direcionamento, falta de isenção.

“Cativeiro sem Fim” mostra uma visão mais complexa da ditadura. Obscura e suja. E dá a partida para que novos fatos e personagens, outrora escondidos, ganhem vida e revelem suas histórias. Está totalmente baseado em fatos reais, em personagens de carne e osso. Um trabalho científico.

A verdade sempre aparece. E incomoda os que têm culpa e cometeram crimes. Contar a verdade é qualificar a democracia.

*Eduardo Reina/Folha

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Comandantes das três Forças Armadas abandonam o governo Bolsonaro

Na nota, o ministério não informou o motivo da saída dos três nem anunciou os substitutos. Anúncio acontece um dia após Fernando Azevedo e Silva ter deixado cargo de ministro.

O Ministério da Defesa anunciou nesta terça-feira (30) a saída dos comandantes das três Forças Armadas: Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).

Na nota, o ministério não informou o motivo da saída dos três nem anunciou os substitutos.

O anúncio acontece um dia após Fernando Azevedo e Silva ter deixado o cargo de ministro da Defesa. Para o lugar dele, foi anunciado o general da reserva Walter Souza Braga Netto, que até então comandava a Casa Civil.

Mais cedo, nesta terça, Pujol, Barbosa e Bermudez se reuniram com Braga Netto, em Brasília. O colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti já havia informado que os três haviam decidido colocar os cargos à disposição.

Esta é a primeira vez desde 1985 que os comandantes das três Forças Armadas deixam o cargo ao mesmo tempo sem ser em troca de governo.

Íntegra

Ministério da Defesa

Centro de Comunicação Social da Defesa

Nota oficial

Brasília, DF

Em 30 de março de 2021

O Ministério da Defesa (MD) informa que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos.

A decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira (30), com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças

*Com informações do G1

*Foto destaque: acervo TV Globo

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Bolsonaro tira o Brasil da iniciativa de pacto internacional contra pandemia

Mais de 25 líderes de algumas das maiores economias do mundo se unem para lançar a ideia de um tratado internacional que possa permitir uma cooperação real entre governos para lidar com futuras pandemias. O Brasil, porém, não faz parte da iniciativa. O Itamaraty sequer tem hoje uma representante definitiva junto aos organismos internacionais, diante do caos político vivido pelo país.

Entre os principais objetivos do pacto está um acordo permanente para garantir acesso às vacinas e tratamentos, além da troca automática de informação. A guerra por doses tem sido um dos aspectos mais críticos da resposta à pandemia.

Transparência e compromissos de governos em reagir à crise também estarão no tratado.

De acordo com Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, da mesma forma que o mundo ergueu a ONU e reformulou o direito internacional ao depois do Holocausto, a comunidade internacional precisa agir para construir um novo pacto pós pandemia.

No próximo passo, governos terão de debater o acordo e isso envolverá o Brasil e todos os demais governos. A OMS, porém, deixou claro que a adesão ao chamado inicial desta terça-feira estava aberta a todos os países.

Líderes regionais ainda foram deliberadamente convidados pela agência para assinar a carta.

Ao longo dos últimos meses, o Itamaraty hesitou em participar das iniciativas globais para lidar com a crise. Também se ausentou de reuniões ministeriais e fez questão de atacar qualquer projeto que conferisse maiores poderes para a OMS. O governo apenas aderiu ao mecanismo de vacinas depois de forte pressão, inclusive do Senado. Mas optou por comprar o menor número de doses possível.

Lançada nesta terça-feira, a nova iniciativa conta com Alemanha, França, Itália e Reino Unido, além da UE. Mas o projeto também com representantes como o presidente do Chile, Sebastian Piñera, o governo da Costa Rica, além da Coreia do Sul, Indonésia e África do Sul.

A OMS também deu sua chancela ao projeto que visa, acima de tudo, garantir que o mundo não tenha de passar pela mesma crise quando uma nova pandemia eclodir.

O objetivo da iniciativa é trabalhar”para um novo tratado internacional de preparação e resposta a pandemias” para construir uma arquitetura de saúde global mais robusta que protegerá as gerações futura.

“Haverá outras pandemias e outras grandes emergências de saúde. Nenhum governo ou agência multilateral pode enfrentar esta ameaça sozinho”, dizem os líderes.

“Juntos, devemos estar melhor preparados para prever, prevenir, detectar, avaliar e responder efetivamente às pandemias de uma forma altamente coordenada”, alertaram.

“A pandemia da COVID-19 tem sido um recado duro e doloroso de que ninguém está seguro até que todos estejam seguros”, disseram.

O principal objetivo de um novo tratado internacional de preparação e resposta a pandemias seria promover uma abordagem abrangente e multissetorial para fortalecer as capacidades nacionais, regionais e globais e a resiliência a futuras pandemias. “Esta é uma oportunidade para o mundo se reunir como uma comunidade global para uma cooperação pacífica que se estenda além desta crise”, afirmou o grupo.

De acordo com a proposta, o tratado “estaria enraizado na constituição da Organização Mundial da Saúde, atraindo outras organizações relevantes chave para este esforço, em apoio ao princípio da saúde para todos”.

*Jamil Chade/Uol

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Para prejudicar Lula, Dallagnol escondeu do Ministério da Justiça documentos da Suíça

Procuradores não quiseram que documentos da Suíça passassem pelo governo.

Procuradores que atuavam na operação “lava jato” receberam de forma ilegal documentos diretamente de autoridades suíças e não quiseram que essa documentação passasse pelo Ministério da Justiça ou que fossem compartilhados com a Polícia Federal.

É o que apontam mensagens de grupos de Telegram que constam de petição apresentada pelos advogados do ex-presidente Lula, nesta segunda-feira (29/3), ao Supremo Tribunal Federal. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso de investigação contra hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades.

O esquema para fabricar as “provas” fora dos trâmites legais vem sendo apontado desde 2015 pela ConJur, que mostrou não só o drible dos procuradores às regras, como também o risco dessa prática gerar nulidades.

O Decreto 6.974/2009 regula as trocas de informações entre Brasil e Suíça. A norma estabelece que os pedidos de cooperação jurídica dos tribunais e autoridades dos países serão apresentados e recebidos, no Brasil, pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério de Justiça, e, na Suíça, pelo Departamento Federal da Justiça do Ministério Federal de Justiça e Polícia.

Porém, tal procedimento não foi respeitado pela “lava jato”. Em 31 de janeiro de 2015, o procurador Paulo Roberto Galvão de Carvalho afirmou que o chefe do grupo de Curitiba, Deltan Dallagnol, recebeu, em novembro de 2014, um pen drive com informações da Suíça. E o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça só teve acesso aos documentos meses depois.

“Pede para o DRCI te encaminhar oficialmente o pen drive, diz q vc ficou com uma cópia em 28/11 em razão da urgência e diz q vc saiu cientificado da necessidade de observar o princípio da especialidade”, recomendou Carvalho a Dallagnol. Este ressaltou a necessidade de ter documentos com datas alteradas. “Dani [procurador Daniel Salgado], vou te ligar, mas é conveniente que tenhamos laudos com datas posteriores ao recebimento oficial para evitar questionamentos”.

No dia 13 de janeiro de 2016, o procurador Vladimir Aras perguntou se seus colegas queriam incluir a Polícia Federal em um grupo de trabalho formal entre autoridades de Brasil e Suíça. Dallaganol se opôs. “Acho desnecessário, hoje. Nós que temos tido mais contatos com eles. Mas se alguém quiser, não me oponho. Só não sou entusiasta, porque nem todos lá são Erikas [provável referência a Erika Marena, delegada que atuou na “lava jato”] e não vejo hoje necessidade”.

Além disso, Dallagnol, também em janeiro de 2016, pediu ao então procurador suíço Stefan Lenz que não enviasse pelos canais oficiais uma informação desfavorável à “lava jato”. Em tradução livre: “Para nós, seria melhor que essa comunicação não viesse ou, se vier, gostaríamos, se possível, de ter acesso ao texto e fazer possíveis comentários ou sugestões que mantenham o sentido original mas ao mesmo tempo preservem na medida do possível nosso caso, levando em consideração o ordenamento jurídico brasileiro. Entendemos se não for possível, mas tivemos que perguntar LoL [laughing out loud, ou rindo alto]”.

Segundo a defesa de Lula, em 2015, os procuradores da “lava jato” receberam da Suíça uma carta rogatória com extratos bancários em nome da empresa Havinsur, no banco privado PKB Privatbank, solicitando a oitiva de brasileiros. E usaram esses documentos para abrir investigações e ações penais no Brasil.

Porém, em janeiro de 2016, o Tribunal Penal Federal da Suíça julgou ilegal a iniciativa da “lava jato”. “Ou seja, a ‘lava jato’ atuou de forma ilegal ao abrir investigações e processos criminais no Brasil com base em informações provenientes da Suíça, conforme decidiu o Tribunal daquele país. Trata-se, portanto, de vício de origem. E a ‘lava jato’ não queria que essa informação — sobre uma decisão de um tribunal suíço que considerou a iniciativa ilegal — fosse transmitida ao Brasil pelos canais oficiais”, argumentam os advogados do ex-presidente.

Os procedimentos ilegais foram avalizados pelo ex-juiz Sergio Moro, diz a defesa de Lula. “Ao mesmo tempo em que o procurador da República Deltan Dallagnol pedia aos procuradores suíços para que a decisão que considerava ilegal o uso desses documentos não fosse encaminhada ao Brasil pelos canais oficiais, o então magistrado proferiu decisão para afirmar que a situação configuraria mero ‘erro procedimental'”.

*Com informações do Conjur

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Vamos tolerar uma deputada louvar um ato terrorista e pregar o motim policial?

Não acredito que algum delírio golpista será bem-sucedido, mas isso não apaga o fato assombroso de que a democracia, embora resista, esteja sob ataque constante.

Um policial militar de Salvador, em surto psicótico, se rebela contra o pelotão e, armado de fuzil, passa a gritar enraivecido e a atirar para o alto. Gritava supostamente em defesa de trabalhadores e contra o lockdown, mas isso não o impediu de jogar as mercadorias e bicicleta de ambulantes no mar. Depois de mais de três horas de negociação com integrantes do Bope, disparou na direção dos policiais. Aí foi preciso agir. O PM foi alvejado, recebeu atendimento médico, mas não resistiu.

Há apenas uma palavra para descrever essa sequência de acontecimentos: uma tragédia. A palavra certa, no entanto, para descrever o ato posterior de lideranças políticas bolsonaristas que usaram essa tragédia para alimentar seu discurso golpista é outra: crime.

Foi o que fez a deputada Bia Kicis ao publicar um tuíte em homenagem ao PM: “Soldado da PM da Bahia abatido por seus companheiros. Morreu porque se recusou a prender trabalhadores. Disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia. Esse soldado é um herói. Agora a PM da Bahia [p]arou. Chega de cumprir ordem ilegal!”.

Horas depois, apagou o post, se desculpou pelo afobamento sincero e pediu moderação. Mas o dano já está feito, a mensagem já foi passada aos milhares de militantes que infestam as redes sociais e os grupos de WhatsApp com o intuito único de promover paixões sediciosas na população, ao estilo da horda de trumpistas que invadiu o Capitólio americano em janeiro.

Parece um pesadelo, um delírio febril, e é. Mas é também um projeto real: a ala mais alucinada do governo, a militância olavista —à qual pertence Bia Kicis, os filhos do presidente, o ex-chanceler e o assessor Filipe Martins— quer incitar um levante de policiais e soldados amotinados, caminhoneiros e cidadãos de bem armados que derrube Congresso e Supremo e conceda poder absoluto a Bolsonaro.

No mundo real, a banda toca outra música. Enquanto escrevo esta coluna, o governo vai se dissolvendo, e o centrão —e não os olavistas— deve sair fortalecido dessas trocas. Caíram o ministro de Relações Exteriores, o ministro da AGU, a secretária nacional de Educação Básica, um executivo da Petrobras. A demissão que mais chama a atenção, contudo, foi a do ministro da Defesa, Fernando Azevedo.

Em sua carta de demissão, Azevedo diz: “Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”. Ou seja, admite que a institucionalidade das Forças Armadas precisou ser preservada.

Segundo o que ele próprio teria dito a pessoas próximas, saiu para evitar outro “maio de 2020”, quando Bolsonaro aderiu ao golpismo descarado de manifestantes em Brasília para fechar o STF.

Até agora, nossas instituições e a política têm segurado os piores excessos vindos do governo. Ele tem, inclusive, ficado mais fraco. Não acredito que algum delírio golpista será bem-sucedido. Mas isso não apaga o fato assombroso de que a democracia, embora resista, esteja sob ataque constante, tanto do governo quanto de seus panos de chão no Congresso.

Mesmo mantida a ordem democrática, é aviltante para ela ter uma deputada que chefia a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara louvando o ato terrorista de um policial em surto psicótico e pregando abertamente o motim das polícias. Por sua reiterada promoção de fake news e defesa aberta do golpe violento, Bia Kicis não pode continuar deputada federal. O Conselho de Ética precisa agir.​

*Joel Pinheiro da Fonseca/Folha

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Vídeo – Protestos no Brasil pela queda de Bolsonaro: SP amanhece com bloqueios nas ruas, “Vida, Pão, Vacina e Educação!

A União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) interditaram no amanhecer desta terça-feira (30) vias importantes da cidade de São Paulo, exigindo a queda de Jair Bolsonaro.

Irão ocorrer ao longo do dia protestos em mais oito capitais: Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte e Cuiabá. O lema dos protestos é “Vida, Pão, Saúde e Educação”.

Os estudantes reivindicam o acesso à vacina, o direito ao auxílio emergencial e também o acesso à educação. A Radial Leste, via estratégica que liga a região mais populosa de São Paulo ao centro da cidade, amanheceu com barricadas e pneus incendiados, como mostra o vídeo abaixo.

*Com informações do 247

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Mirian Leitão, a última carpideira da Lava Jato

O que fazer com o livro do filhão depois que Cármen Lúcia passou recibo para as palavras de Gilmar Mendes sobre Moro?

O sebo já disse que não quer, pois está entupido de encalhe.

Gilmar, foi um garimpeiro de palavras e adjetivos para explicitar que Moro é um dos maiores cafajestes da história do Brasil, e fez isso muito bem.

Carmen Lúcia, a ex-madrinha da Lava Jato, deu um beiço no afilhado e bateu palmas para as chineladas que Gilmar deu no, agora, francês de Curitiba.

Moro se transformou em chacota nacional. E isso acontece em plena sangria do genocida que ele colocou na cadeira da presidência.

É muita coisa para a cabeça da mamãe zelosa de Vladimir Netto, o amigão de Dallagnol que produziu aquele manual de uma farsa.

Agora, depois de tantos acontecimentos lavajatísticos, o rapaz pode até escrever outro livro, aí sim, tem chances de ser um best-seller.

Miriam Leitão, do nada, tentou enfiar Lula numa entrevista na GloboNews com o embaixador Roberto Abdenur, forçando uma comparação tola entre Bolsonaro e Lula.

Foi desautorizada pelo mesmo embaixador que, educadamente, mostrou que Lula foi o presidente que mais abriu as portas do Brasil para o mundo, deixando com cara de tacho.

A fala não deu chances para a última carpideira da Lava Jato buscar uma tréplica. Miriam ficou muda, escondeu o livro do Vladinho e saiu de fininho.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Moro tenta falar francês no Jornal Nacional e vira chacota nas redes

Moro tenta falar francês no Jornal Nacional e vira piada nas redes.

Alvo de piadas por ter tentado falar inglês no passado, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, em entrevista ao Jornal Nacional, tentou falar francês, ao citar a cantora Édith Piaf.

Além de pronunciar errado o nome da música “Non, je ne regrette rien”, o ex-juiz da Lava Jato, em toda sua mediocridade, chamou a cantora de “Édith Piá” e novamente virou piada nas redes sociais.

Confira:

https://twitter.com/BressanMarcio/status/1376706210360131586?s=20

*Com informações do 247

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Comandantes das Forças Armadas se rebelam e discutem renúncia conjunta

A renúncia conjunta dos chefes das Forças Armadas seria algo inédito na história da República.

Os comandantes das três Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – estão reunidos neste momento em Brasília discutindo uma renúncia conjunta aos cargos, como reação à saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo. Embora não tenha sido tomada uma decisão definitiva, o mais provável é que deixem seus postos ainda hoje.

Além de Edson Pujol, que o presidente Jair Bolsonaro disse hoje nos bastidores que demitiria, participam da reunião em local não revelado o comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior e o da Aeronáutica, Antonio Carlos Moretti Bermudez. Ministros militares de Jair Bolsonaro também participam do encontro.

A renúncia conjunta dos chefes das Forças Armadas seria algo inédito na história da República. Embora o clima entre os militares seja de muita tensão, auxiliares de Bolsonaro tentam dar à saída dos comandantes caráter de normalidade.

*Malu Gaspar/O Globo

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