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A Lava Jato é comprovadamente tudo aquilo que ela acusou Lula e o PT sem apresentar provas

Que Sergio Moro sempre mostrou pouca inteligência, qualificação ou coisa que o valha, como juiz e político, todos já sabem, mas certamente seu veio como ficcionista é uma gigantesca piada.

O sujeito foi incapaz de ao menos contar uma mentira proporcional à outra. De um lado, sem apresentar uma mísera prova, ele afirma que Lula comandou o maior esquema de corrupção do planeta, do outro, ele apresenta como prova de sua afirmação os “trilionários” benefícios de que Lula se valeu por conta de corrupção de tal monta, um suposto triplex no Guarujá, que não passa de um muquifo que, para ser classificado com tal, precisa melhorar muito, e outro, uma meia-sola no muro do sítio, na cozinha e no quartinho dos fundos, coisa que um pedreiro resolve num dia.

Ou seja, Moro não teve o cuidado de contar a segunda mentira que guardasse o mínimo de proporção com a primeira. Pelo roubo insinuado por ele, daria para Lula comprar umas 300 ilhas com mansões, iates, helicópteros e jatinhos, prédios inteiros de frente para o mar, Na Delfim Moreira, no Leblon, Rio de Janeiro.

Isso, no barato, pela grandiloquência que Moro fez troça com a cara do brasileiro com essa mal-ajambrada mentira, o mundo seria pequeno para Lula virar proprietário de tudo.

Nisso, não há exatamente qualquer novidade. Moro é um mentiroso compulsivo, pior, medíocre. Quando perguntado por Pedro Bial, o que ele gosta de ler para lhe fazer a corte, Moro deu aquela gaguejada típica de quem tem como rosário de triunfos o próprio capim seco, dizendo que sua grande tarefa como leitor eram as biografias. Foi aí que a agudeza de sua mentira foi exposta em alta pintura, quando Bial perguntou, em sua missão de tentar levantar a bola para o imbecil, qual foi a última biografia que você leu? O cérebro miúdo do idiota peregrinou por montes e vales à procura de ao menos um título, mas nada foi desenhado Bial, obrigando, por uma necessidade de salvar o afogado, a abrir mais o leque emocionado para ver se tirava Moro daquela situação atarantada e perguntar sobre qualquer uma biografia que tivesse lido. Moro caçou em seu campo mental alguma resposta ponderada para dizer qualquer coisa que desse consonância à puxação de saco explícita de Bial, mas nada.

Moro não sabia sequer o nome de uma das dezenas de biografias que disse ter lido e acabou passando como morto, assinando o recibo de mentiroso.

O mesmo foi feito com sua convulsão bélica contra Lula, acentuando em cada entrevista que dava, um desenho alheio a qualquer parâmetro para provocar um sentimento de que o produto conjugado entre o roubo e os benefícios sobrecarregava de tal forma a ficha de Lula que cem encarnações não seriam suficientes para que Lula apagasse a pecha de corrupto.

E agora, o que vemos ser pintado com todas as tintas da realidade? Os santeiros vulgares das terras paranaenses que cultivaram artificialmente uma mal contada história de corrupção no PT, diante de um vulcão de denúncias de corrupção com carimbo e firma reconhecida, que não dá sequer espaço de uma vírgula para que Moro, Dallagnol e cia tentem, através de uma atitude desesperada, explicar o inexplicável, até porque, diante de tantas provas, não há espaço para interpretações.

A sempre nostálgica mídia da babilônia lavajatista, hoje pode até não mais oferecer proteção a esses bandidos, mas como foi a própria que pintou o retrato dos heróis magníficos, não se lê em nenhuma manchete toda a nociva tramoia realizada com a mais pura prática de corrupção pelas figuras que acusavam Lula e o PT de fazerem o que eles fizeram.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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