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Alvo de operação da PF, Meyer Nigri recusa convite de Bolsonaro para o 7 de setembro

Empresário foi aconselhado a evitar exposição e desgaste com Supremo Tribunal Federal.

Segundo O Globo, o empresário Meyer Joseph Nigri, fundador da construtora Tecnisa, recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro para participar da cerimônia de 7 de setembro em Brasília. O empreiteiro foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) sob a suspeita de compartilhar mensagens defendendo um golpe de Estado. A operação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base em uma reportagem publicada pelo site Metrópoles.

Meyer foi um dos oito empresários investigados pela PF convidados por Bolsonaro para participar das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. Outro deles foi Luciano Hang, dono da varejista Havan — que permaneceu ao lado do presidente durante boa parte do evento e acompanhou de perto o discurso do mandatário em cima de um trio elétrico.

Sob pressão, Nigri foi aconselhado por pessoas próximas a recusar o convite para evitar exposição e desgaste com o ministro Alexandre de Moraes. A pessoas próximas, o em foi Luciano Hang, dono da varejista Havan — que permaneceu ao lado do presidente durante boa parte do evento e acompanhou de perto o discurso do mandatário em cima de um trio elétrico.

Nigri entrou na mira da PF após ter repassado uma mensagem que “defendia a contagem paralela de votos nas eleições por uma comissão externa”. O empresário, segundo os investigadores, criticou três ministros do STF os quais acusou de “aumentar a desconfiança de fraudes preparadas por ocasião das eleições”. Ao rebater as suspeitas, os advogados do empreiteiro alegaram que Nigri rechaça “qualquer envolvimento com associação criminosa ou práticas que visam à abdicação do estado democrático ou preconizam golpe de Estado” e reafirma a sua “crença na democracia e seu respeito incondicional aos Poderes constituídos da República”.

De acordo com um relatório produzido pelo juiz auxiliar de Moraes, Nigri teria “apagado alguns conteúdos das suas redes sociais”, o que reforçaria a necessidade de o empresário ser alvo de busca e apreensão para evitar a ocultação de “dados importantes para a continuidade das investigações”. A pessoas próximas, o empreiteiro disse que só tem um perfil no Instagram no qual não costuma postar.

A operação envolvendo empresários bolsonaristas tem sido criticada pelo presidente e seus aliados. Na terça-feira, o chefe do Poder Executivo classificou a ação de busca e apreensão como “covardia” e disse que os alvos da investigação são “pessoas honradas”.

— Eu convidei os oito empresários para estarem comigo amanhã, aqui no 7 de Setembro. Se não for possível, que vão no Rio de Janeiro. Convidei. São pessoas honradas. Duas têm contato comigo — disse o presidente durante a sabatina na Jovem Pan. Bolsonaro mantém uma relação próxima com Nigri e Hang.

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Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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