Mês: setembro 2022

Ministro do TSE rejeita pedido de Bolsonaro para retirada de vídeos que citam compra de imóveis pela família do presidente

Advogados acionaram a Corte alegando que propaganda tinha informações falsas e descontextualizadas. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino concluiu que não houve ‘imputação de crime’ e ‘ofensa pessoal’.

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou nesta quinta-feira (8) um pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição para tirar do ar vídeos da campanha do ex-presidente Lula que tratam da suposta compra de imóveis pela família do presidente com dinheiro vivo.

Os advogados do presidente tinham acionado a Corte Eleitoral alegando que a propaganda contra Bolsonaro é “inverídica” e “descontextualizada”. Além disso, abala “a sua boa imagem de homem público honesto e honrado, utilizando-se de mecanismo de propaganda negativa ilegal, baseado em versão retórica factual que não corresponde à realidade”.

As informações sobre a compra de imóveis foram divulgadas em uma reportagem do UOL, que apontou que 51 empreendimentos comprados pela família Bolsonaro teriam sido pagos em dinheiro vivo.

Em valores corrigidos pela inflação, o montante equivale hoje a quase R$ 26 milhões. A reportagem considerou o patrimônio em Brasília e nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. São imóveis do presidente, dos três filhos mais velhos, da mãe, de cinco irmãos e duas ex-mulheres.

Para o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, não ficou caracterizada a transmissão de informações falsas.

“Em análise superficial, típica dos provimentos cautelares, observa-se que a publicidade questionada se baseia, conforme reconhece a própria representante (…), em matéria jornalística divulgada na imprensa pelo Portal UOL, na data de 30.8.2022, de modo que a veiculação impugnada não transmite, como alegado, informação gravemente descontextualizada ou suportada por fatos sabidamente inverídicos”, afirmou Sanseverino.

O relator destacou que a difusão de informações sobre candidatos, no período eleitoral, é essencial para ampliar a fiscalização que deve ocorrer sobre quem tem como objetivo ocupar cargo público.

“Com efeito, no processo eleitoral, a difusão de informações sobre os candidatos – enquanto dirigidas a suas condutas pretéritas e na condição de homens públicos, ainda que referentes a fato objeto de investigação, denúncia ou decisão judicial não definitiva – e sua discussão pelos cidadãos, são essenciais para ampliar a fiscalização que deve recair sobre as ações do aspirante a cargos políticos e favorecer a propagação do exercício do voto consciente”, escreveu.

Sanseverino concluiu que “no texto da propaganda, não se verifica, tampouco, em juízo preliminar, a existência de imputação de crime, ofensa pessoal, ou atribuição de qualificação capaz de atrair o ódio ao candidato”.

O ministro apontou ainda que a propaganda não pode ser classificada como discurso de ódio e que, no vídeo, não há “fatos inverídicos ou de grave descontextualização”. Dessa forma, Sanseverino decidiu negar a medida cautelar.

*Com G1

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The Economist aponta Bolsonaro como o grande mentiroso e denuncia risco de golpe

A revista britânica The Economist afirma em sua matéria de capa da edição desta semana que Jair Bolsonaro (PL) vem fazendo uso do mecanismo adotado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao mentir para questionar a higidez do sistema eleitoral brasileiro e incitar uma tentativa de golpe caso seja derrotado no pleito de outubro. “Ele parece estar lançando as bases retóricas para denunciar a fraude eleitoral e negar o veredicto dos eleitores”, ressalta o semanário.

“Uma razão para se preocupar é que Bolsonaro possa emprestar uma página da cartilha sem princípios de Trump, até porque ele já fez isso antes. Ele semeia a divisão: o outro lado não é apenas errado, mas mau. Ele descarta as críticas como ‘notícias falsas’. Seus instintos são tão autoritários quanto os de Trump: ele fica nostálgico sobre os dias do regime militar no Brasil. Um de seus filhos, que também é um de seus conselheiros mais próximos, aplaudiu abertamente os manifestantes do Capitólio. Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a aceitar que Biden havia vencido”, destaca a reportagem intitulada “The man who would be Trump” [O homem que queria ser Trump, em tradução livre].

“Para realizar essa façanha improvável, ele aprendeu truques com outro forasteiro desbocado e amplamente subestimado. O mais importante deles foi o uso habilidoso e mentiroso das mídias sociais. Ele continua sendo o mestre incontestável do Brasil nisso e, assim, convenceu seus partidários de duas coisas. Primeiro, que se ele perder, é prova de que o voto foi injusto. Segundo, que uma vitória de seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, entregaria o Brasil ao diabo”, ressalta um outro trecho da reportagem.

“Isso não faz sentido. Lula é um esquerdista pragmático e foi um presidente bastante bem-sucedido entre 2003 e 2010. Impulsionado pelo boom das commodities, ele presidiu o aumento da renda e uma grande expansão do estado de bem-estar social”, diz o texto mais à frente.

A reportagem observa ainda, que “o Exército está profundamente enraizado no governo e fez perguntas sobre o sistema de votação. O país está fervilhando de conversas sobre um possível golpe. Provavelmente não vai acontecer, mas algum tipo de insurreição pode. Bolsonaro incita rotineiramente a violência”.

“Os seguidores de Bolsonaro estão mais bem armados do que nunca: desde que ele tomou escritório e brechas ampliadas no controle de armas, o número de armas em mãos privadas dobrou para 2 milhões. Se o tribunal eleitoral do Brasil anunciar que Lula venceu, bolsonaristas armados podem atacar o tribunal”, analisa o semanário britânico.

“Quando Trump perdeu, por outro lado, ele disse a seus principais apoiadores que eles haviam sido roubados e transformou essa Grande Mentira em um grito de guerra. Ela une seu movimento e lhe dá um estrangulamento sobre o Partido Republicano: dificilmente alguém que nega isso pode ganhar uma primária republicana. A mesma Grande Mentira pode fazer de Bolsonaro o político de oposição mais influente do Brasil”, diz um outro trecho do texto.

A reportagem termina afirmando que “o melhor resultado seria Bolsonaro perder por uma margem tão ampla que ele não poderia alegar plausivelmente ter vencido, seja no primeiro turno em 2 de outubro, ou (mais provavelmente) em um segundo turno em 30 de outubro. Serão algumas semanas tensas e perigosas. Outros países deveriam apoiar publicamente a democracia brasileira e, discretamente, deixar claro para os militares brasileiros que qualquer coisa parecida com um golpe faria do Brasil um pária. Os eleitores brasileiros devem resistir à atração de um populista sem vergonha. Eles, e seu país, merecem melhor”.

*Com 247

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Aos 96 anos, morre Elizabeth II

Britânicos choram por sua mais longeva soberana, uma rainha pop e discreta, que liderou um país enquanto o mundo passava por sucessivas mutações.

Dezenas de milhões britânicos sentem-se órfãos. A morte da rainha nesta quinta-feira, aos 96 anos, marca o fim de uma era. Em um país cada vez mais polarizado, Elizabeth Alexandra Mary Windsor era ponto pacífico, a face que ainda unia a grande maioria da população: ricos e pobres, monarquistas e até alguns republicanos. Seu reinado — o mais longevo da história britânica — durou sete décadas. Atravessou o período da Guerra Fria, sucessivas crises políticas e econômicas, entrou e saiu da União Europeia, enfrentou uma pandemia global.

“A rainha morreu pacificamente em Balmoral nesta quinta-feira”, diz a nota do Palácio. “O rei [Charles] e a rainha consorte [Camilla] continuarão em Balmoral nesta noite e retornarão a Londres amanhã.”

Lilibeth, como era chamada pelo pai, o rei George VI, de quem herdou a Coroa em 1952, quando tinha apenas 25 anos, se tornou para os súditos símbolo de força e estabilidade em um mundo onde tudo parece tão efêmero. Era respeitada e aprovada por 75% dos britânicos, segundo números de uma pesquisa feita no segundo trimestre deste ano pelo instituto YouGov.

Foi após a morte do consorte, o príncipe Philip, em 9 abril de 2021, que o Reino Unido finalmente se deu conta da fragilidade da soberana. Vestida de preto, apareceu sentada sozinha em um dos bancos de madeira da capela do Castelo de Windsor. Estava isolada do resto da família durante as exéquias por conta do coronavírus. A imagem estampou as primeiras páginas dos jornais do mundo inteiro. Solitária e triste, era apenas uma nonagenária de carne e osso que enfrentava o luto após um casamento de 74 anos.

Foto de arquivo datada de 21 de abril de 1944 mostra Elizabeth aos em seu aniversário de 18 anos entre os pais, o rei da Grã-Bretanha, George VI, e a rainha Elizabeth Bowes-Lyon, no Castelo de Windsor — Foto: Arquivo / AFP

Quando ficou viúva, foi buscar refúgio em Windsor, sua residência favorita, o mais antigo castelo ocupado do mundo, onde viveu seus últimos dias de casada. Dali passou a tremular o pavilhão da Casa Real. A monarca resolveu não voltar mais para o Palácio de Buckingham, apenas para compromissos inadiáveis. Ela chegou a retomar as atividades oficiais, mas aparições públicas foram se tornando cada vez mais raras. Nos últimos dias, se refugiou no Castelo de Balmoral, na Escócia, onde na terça-feira empossou a nova primeira-ministra, Liz Truss.

Durante todos esses anos, Elizabeth II parecia inabalável. Por dever de ofício, guardou para si opiniões políticas e posições sobre a maioria dos temas considerados sensíveis. Talvez por isso tenha cometido poucos erros. Nem mesmo os escândalos da família real — e não foram poucos — mudavam a atitude da monarca. Em 1992, depois da separação do príncipe Charles e do príncipe Andrew e de um incêndio em Windsor, admitiu em público que vivia um “annus horribilis”. Mal sabia ela que depois viriam a morte da princesa Diana, e uma imensa comoção nacional e internacional, em 1997; acusações de pedofilia contra Andrew, em 2020; e o afastamento do neto, o príncipe Harry, das funções oficiais do palácio e da família real após seu casamento com a atriz americana divorciada Meghan Markle.

Philip sempre foi a face mais humana do casal. Eram dele as gafes, as manifestações de emoções ou vontades que ela não se permitiu. Elizabeth II dançou conforme a música, como se esperava dela. Encontrou 12 dos últimos 13 presidentes dos Estados Unidos. Viajou o mundo. Foi até o Brasil em 1968, na única visita de uma soberana britânica à América Latina.

*Com O Globo

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Palanque de Bolsonaro é a imagem de um candidato abandonado no altar

Em outros tempos, em meio aos uivos toscos do fascista, os palanques de Bolsonaro em datas comemorativas e oficiais eram bastante disputados por políticos, além de ficar enfestados de militares.

Essa imagem de um palanque buraquento mostra que, hoje, Bolsonaro está apagado da agenda dos seus antigos aliados. Nesse sentido, ele teve que apelar para a cata de empresários dispostos a se aventurar numa imagem oficial em que é flagrante o seu isolamento.

O grande escândalo desse evento não é o fato de Bolsonaro pedir ao pasto um coro de “imbrochável”, mas sim o esconjuro silencioso dos chefes dos demais poderes que não quiseram aparecer numa foto oficial ao lado ao lado do tosco.

Ali ficou claro que o chão de Bolsonaro desabou e não há como apagar uma imagem que se espalhou pelo país, estimulada pelo próprio para fazer autopromoção no dia do bicentenário da independência.

A imagem do véio da Havan ao lado de Bolsonaro é a própria figuração do lixo político que restou para o mandatário do país, pois há mais coisas entre o céu e a terra do que sonham os comentaristas de política no Brasil. Sim, porque não há como chegar a outra conclusão que não seja a de um isolamento generalizado exposto na imagem oficial do evento em que Bolsonaro veste a carapuça de peru de natal que morre em evento oficial às vésperas da eleição.

Na verdade, foi uma exposição visual que a fumaceira retórica de Bolsonaro não conseguiu esconder, de que abriu-se um leque no sentido oposto à sua campanha eleitoral.

Por isso mesmo Bolsonaro, como solução prática de seu abandono, resolveu o “problema” dando uma forra no evento oficial de hoje de manhã no Congresso Nacional.

Ou seja, Bolsonaro trocou seu atestado de burro por um de cavalo, gritando aos quatro cantos do país que a única atitude lógica admissível, depois de ser abandonado pelos principais tenores que sustentavam seu coro, era dar o troco para que todos testemunhassem que de fato hoje ele está a mercê de uma deriva política que já o trata como um finado candidato à reeleição.

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A desculpa de Bolsonaro para cancelar ida à celebração da Independência no Congresso

Integrantes do governo Bolsonaro têm, na ponta da língua, a justificativa para Bolsonaro ter cancelado, de última hora, sua participação na comemoração da Independência realizada pelo Congresso Nacional, nesta manhã.

O que indica que Bolsonaro está cada vez mais isolado.

De acordo com Bela Megale, O Globo, a explicação arranjada é de que Bolsonaro sabia que sua atuação no 7 de setembro seria criticada e não teria por que marcar presença neste evento, após a adesão popular exibida nas manifestações do 7 de setembro.

O uso político feito por Bolsonaro de uma data institucional foi destacado em alguns discursos como o do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também apontou o caráter machista de falas do presidente.

Integrantes da campanha têm insistido junto a Bolsonaro que ele evite se expor em situações de confrontos, já que a postura bélica lhe tira votos.

Além disso, há o incomodo latente no Palácio do Planalto de nenhum chefe dos demais poderes ter comparecido ao desfile do 7 de setembro em Brasília, como é praxe. Apesar nenhum auxiliar do presidente admitir publicamente, relatam, nos bastidores, que o fato mostra isolamento político. Em contrapartida, alegam que o número de populares nas ruas teria mostrado grande apoio e seria ferramentas para atrair a classe política e os eleitores que vinham se afastando de Bolsonaro.

Como informou o colunista Lauro Jardim, o cerimonial da Presidência avisou ao Congresso do cancelamento da agenda sem justificar o motivo. O evento constava na agenda oficial de Bolsonaro, divulgada na noite de quarta-feira.

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Empresa de bolsonarista obriga funcionários a usar camisa pró-Bolsonaro

Funcionários de transportadora afirmam que foram obrigados a vestir camisa de apoio ao governo e a postar nas redes sociais.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, empregados da Transportes Bertolini, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, foram obrigados a vestir camisetas verde-amarelas com a inscrição “Meu partido é o Brasil”. Além disso, segundo relatos feitos à coluna sob a condição de anonimato, os funcionários foram instados a postar fotos nas redes sociais com a blusa.

Fundador e sócio administrador da empresa, Irani Bertolini já participou de eventos ao lado de Jair Bolsonaro e é simpático ao presidente. Irani integra a diretoria da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, que concedeu uma medalha de “mérito do transporte” para Bolsonaro em 2021. Em dezembro, a entidade recebeu o deputado federal Eduardo Bolsonaro na sede da associação.

Irani Bertolini também defendeu Ricardo Salles quando o Ministério Público Federal apontou que o então ministro do Meio Ambiente seria responsável pelo desmonte dos órgãos ambientais do país. Em uma live, Bertolini disse ser “fã” de Salles.

A coluna não conseguiu contato com Irani Bertolini nem com a Transportes Bertolini. O espaço segue aberto a manifestações.

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Fala de Lula após os atos insanos de 7 de setembro, coloca Bolsonaro nas cordas

Bolsonaro, neste 7 de setembro, falou para o seu pasto. Pra variar, suas primeiras vítimas são sempre os cavalos.

Por isso, Bolsonaro fez questão de vestir a carapuça como representante máximo do machismo brasileiro, pilhando seu pastio com os três gritinhos, imbrochável, imbrochável, imbrochável, mostrando o que é a tal tradicional família brasileira para aquela legião de diabos que, inutilmente, foi, de maneira desesperada, tentar rebocar uma candidatura que revela um esgarçamento pesado e que, não é segredo para ninguém, anda mais trôpega do que nunca.

Depois do seu grande espetáculo de baixarias, comum às origens das trevas, Bolsonaro afundou em seu inferno, o bolsonarismo foi para sua toca e a mídia se encheu de críticas das mais variadas ao 7 de setembro particular de Bolsonaro, transformando o Brasil num estadinho sem a menor importância no planeta.

Lula, que até então, havia escrito poucas linhas no twitter, enquanto outros candidatos haviam gravado falas contra as atitudes de Bolsonaro, grava um vídeo que abriu uma verdadeira avenida na defesa de Bolsonaro e enfiou uma bola atrás da outra, num rodopio político que beira o genial.

Não só isso, a fala de Lula foi muito bem pensada, foi profissional, criando primeiro, uma linha de impedimento quando o ex-presidente deu um passo à frente e esvaziou totalmente o discurso de Bolsonaro, iniciando a partir de então, um contra-ataque fulminante que o levará às cordas até o dia 2 de outubro.

E por que podemos afirmar isso? Porque Lula conseguiu transmitir um conjunto de questões que Bolsonaro tem verdadeiro horror.

A fala de Lula não deixou espaço para Bolsonaro buscar uma saída. Foi literalmente um tratamento de choque a partir de uma ciência política muito bem manejada para, não só responder à emporcalhada fala de Bolsonaro em seu palanque, mas um contra-ataque que desaguou numa verdadeira armadura de gesso para Bolsonaro, pior, num novelo que amarrou os pés, as mãos e a boca do genocida que deve desaparecer da mídia por vários dias no momento em que mais precisará dela.

O melhor da excelente fala de Lula em que aparece sóbrio, elegante, seguro, muitíssimo bem articulado, foi desafiar o então presidente a parar de comparar o Brasil à Venezuela ou à Nicarágua, num desafio mortal de comparar o seu governo ao de Lula, coisa que sabemos, é tudo o que Bolsonaro não quer, porque o placar já vem pronto.

E se ainda existia alguma esperança de Bolsonaro tentar cinicamente utilizar o tema corrupção contra Lula, e Lula mostrou os dentes, expondo claramente a ele um arsenal inconteste de práticas de grossa corrupção e banditismo que foi reservado contra todo o clã, quando cita Queiroz e, por tabela, a própria Michelle, além os 107 imóveis, sendo que Lula carregou na ênfase dos 51 comprados com dinheiro vivo, dinheiro que Bolsonaro não tem como explicar a origem, coisa comum nos contraventores que praticam esse mesmo tipo de crime para lavar dinheiro.

Podem apostar, isso bateu como um tijolo na testa de Bolsonaro, empurrou-lhe para as cordas e dali não sai mais.

A conferir.

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A nova pesquisa presidencial do Datafolha

Uma nova pesquisa presidencial do Datafolha será divulgada na noite de sexta-feira, oito dias após a última feita pelo instituto. Será realizada em dois dias, entre amanhã e a própria sexta-feira. O instituto entrevistará presencialmente 2.676 pessoas acima de 16 anos em 191 cidades de todos os estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Será a primeira pesquisa feita depois do 7 de Setembro bolsonarista e também da inflexão dos programas de rádio e TV do presidente, que passaram a adotar desde terça-feira uma pegada de ataques pesados a Lula.

O evento eleitoral de ontem do presidente serviu justamente para isso: propaganda de sua candidatura e demonstração de força. A pesquisa poderá dar alguma resposta sobre o quanto toda a movimentação de ontem foi útil para o imbrochável marido da princesa.

O levantamento poderá medir ainda o impacto no eleitorado do noticiário acerca da compra dos 51 imóveis em dinheiro vivo feita por Bolsonaro e familiares nas últimas décadas. De acordo com um monitoramento da própria campanha do presidente, o noticiário sobre essa farra imobiliária atingiu sua imagem.

Além de perguntas sobre intenção de voto para presidente da República, a pesquisa tentará medir o que pensa o brasileiro sobre temas correlatos: o grau de rejeição e de conhecimento do eleitor em relação a cada um dos candidatos e em quem ele pretende votar no segundo turno (neste caso, apenas com as opções de Lula e Bolsonaro).

Será avaliado também o grau de aprovação do brasileiro a respeito do governo Bolsonaro, e se o eleitor confia no presidente.

Há outras perguntas que também estão destinadas a suscitar respostas polêmicas. O Datafolha questionará o entrevistado a respeito de que candidato mente mais nesta campanha (e aquele que mente menos); qual deles defende mais a mulher (e quem mais a ataca); qual deles defende mais os cristãos (e qual os ataca mais); quem defende mais a democracia (e quem mais a ataca); e, finalmente, aquele que mais defende a família (e, claro, quem mais a ataca).

O instituto vai também medir o pulso da população em relação ao Auxílio Brasil de R$ 600. Vai perguntar se ele deve ser mantido em 2023 — e qual dos candidatos terá mais chance de mantê-lo no valor atual.

No último Datafolha, divulgado em 1º de setembro, mantinha-se o resultado das pesquisas de maio, junho e julho e agosto, ou seja, Lula (45%) aparecia com uma distância folgada em relação a Jair Bolsonaro (32%), embora ela tenha encurtado a cada novo levantamento.

*Lauro Jardim/O Globo

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Vídeo: Neste 7 de Setembro, Bolsonaro deu sua maior demonstração de fraqueza

O que ficou patente neste 7 de setembro com a ausência dos presidentes das casas legislativas e do judiciário, é que Bolsonaro vive seu momento de maior debilidade no governo, tendo como destaque em seu palanque o véio da Havan que, no governo Bolsonaro, virou modelo de empresário brasileiro.

Assista?

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