Ano: 2022

Brasil é o terceiro pior país para se trabalhar, aponta pesquisa

  • Supressão de direitos trabalhistas e repressão à greve foram um dos principais motivos citados;
  • Estudo cita Embraer e Nestlé como empresas que descumpriram acordos coletivos no Brasil;
  • Dois líderes sindicais, João Inácio da Silva e Hamilton Dias de Mouro, foram mortos no país em 2020.

O Global Rights Index (Índices de Direitos Mundiais), um relatório realizado pela Confederação Sindical Internacional, classificou o Brasil como terceiro pior país para se trabalhar em todo o mundo. A confederação tem laços com a Organização Mundial do Comércio e com a Organização Internacional do Trabalho, da ONU (Organização das Nações Unidas).

O estudo ressalta como principais motivos a repressão às greves, o enfraquecimento da negociação coletiva e a violência do país. Como exemplos, o relatório citou a publicação da Medida Provisória 927, que permitiu a exclusão de direitos trabalhistas sob o pretexto da pandemia, como a suspensão de contratos de trabalho por quatro meses sem o pagamento de salários.

Também citou a demissão em massa de 2.500 trabalhadores da Embraer no dia 3 de setembro de 2020 apesar da ratificação de um acordo de proteção de empregos no dia 9 de abril do mesmo ano. A Nestlé também foi citada por ignorar acordos coletivos e consultas com o sindicato durante demissões em massa.

Além disso o relatório também listou o assassinato dos sindicalistas João Inácio da Silva e Hamilton Dias de Moura. João foi morto em frente a sua casa, em Parauapebas, no Pará, no dia 6 de novembro de 2020. Ele era presidente da Cooperativa de Trabalhadores de Montes Belos e havia recebido ameaças de morte.

Hamilton, por sua vez, era presidente do sindicato de Motoristas e Empregados das Empresas de Transporte de Carga e Logística em Transporte Diferenciado de Belo Horizonte e Região. Seu corpo foi encontrado com cravejado de balas dentro de seu próprio carro, em Belo Horizonte (MG).

Além do Brasil figuram na lista Bangladesh, Belarus, Colômbia, Egito, Honduras, Myanmar, Filipinas, Turquia e Zimbábue.

*Com Yahoo

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“Acredito na vitória no 1º turno”: Renan Calheiros põe Tebet de lado e defende apoio do MDB a Lula

“Não há espaço político, eleitoral ou matemático para a terceira via”, diz o senador Renan Calheiros em entrevista ao GGN

O senador Renan Calheiros disse em entrevista exclusiva à TVGGN que acredita na vitória de Lula (PT) no primeiro turno da eleição presidencial de 2022. O senador afirmou que a pré-candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência tende a ser rejeitada na convenção partidária se não decolar até o começo de maio. Para Calheiros, não há viabilidade eleitoral para a chamada “terceira via” e o MDB deveria apoiar Lula já no primeiro turno.

“Eu acredito na vitória [de Lula] no primeiro turno. O tempo está decantando as eleições. Muita gente já deixou de ser candidato: Mandetta, Amoedo, Huck, Alessandro [Vieira], Moro. Ser candidato sem densidade eleitoral é muito ruim. O MDB já colheu esse resultado. Na última eleição, com a candidatura equivocada de Henrique Meirelles, que teve 1% dos votos, tivemos uma redução pela metade da nossa bancada de deputados e senadores”, frisou Renan Calheiros.

“Eu tenho admiração grande pela Simone Tebet, mas se não houver uma mexida na fotografia das pesquisas, ela não pode ser a candidata. Dificilmente o MDB, na convenção nacional, vai homologar sua candidatura”, apontou.

“Temos que estabelecer um prazo com ela, respeitosamente. Até os primeiros dias de maio, para que se não houver mudança substancial na competividade da sua candidatura, nós possamos conversar com uma corrente majoritária no MDB, para desde o primeiro turno apoiar a candidatura de Lula“, defendeu o senador na entrevista aos jornalistas Luis Nassif e Marcelo Auler.

“Não há espaço político, eleitoral ou matemático para a terceira via. Lula tem em torno de 43% dos votos [na média das pesquisas eleitorais]. Bolsonaro tem 25% dos votos e uma rejeição substancial, que passa de 60%. (…) Ele poderá chegar a 37% dos votos, uma situação muito inferior ao que ostentará o ex-presidente Lula.”

Na visão de Renan Calheiros, “precisamos ser inteligentes e facilitar a caminhada de Lula”. “Não deveríamos nem partidarizar a campanha de Lula. Acho equivocada a propaganda na televisão que faz alusão ‘ao tempo do PT’. O lulismo é muito maior do que o petismo. Precisamos aprimorar a campanha política.”

“A candidatura do presidente Lula significa uma volta à pacificação, à conciliação nacional, à cicatrização. Do ponto de vista estratégico da campanha, das políticas públicas que devem ser priorizadas, devemos ampliar ao máximo”, sustentou.

“Temos que priorizar a economia, guardar valores com relação ao equilíbrio fiscal – a responsabilidade fiscal não é da direita ou da esquerda, precisa ser posta em execução, da mesma forma que Lula já fez em posso do governo. Temos que atrair setores do empresariado e da classe média que são mais refratários, que precisam entender que há valores supremos a defender: os valores da democracia e da República. Acho que se formos amplos nas propostas, teremos maior sorte.”

*Com GGN

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Áudio: A morte de Adriano da Nóbrega volta a assombrar os Bolsonaro

No mesmo dia em que vemos um deputado vigarista do Paraná ameaçando a vida de Lula no plenário, a Folha revela que o Planalto ofereceu cargos pela morte de ex-PM Adriano da Nóbrega, ligado aos Bolsonaro.

Eduardo Bolsonaro não disse até hoje o que estava fazendo na Bahia no dia que ocorreu a queima de arquivo com a morte de Adriano, pela PM baiana.

O miliciano, Adriano da Nóbrega, tinha mulher e mãe lotadas no gabinete do Flávio até 2018. Ele foi homenageado pelo Flávio enquanto cumpria pena por assassinato em Bangu.

Não é que querem, ele está umbilicalmente ligado aos Bolsonaro.
Coincidências? Não.

Um fio condutor assombroso, pra não dizer macabro.

Trocando em miúdos, o pensamento da turma do seu Jair da casa 58 no Vivendas da Barra:

“Arquivo bom é arquivo morto”.

https://twitter.com/AgendaDoJair/status/1511737084184305679?s=20&t=VUd-f3K186fG1-7QKYR3tQ

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Para o povo brasileiro, Lula é o melhor presidente que o país já teve

Pesquisa XP-Ipespe: Lula, o melhor presidente. Bolsonaro, o pior.
Tem que aturar!

Já Bolsonaro, a coisa é inversamente proporcional. O povo tem em sua conta que o genocida é o pior presidente da história.

Enquanto para 46% da população, Lula foi o melhor presidente, para 40% Bolsonaro foi o pior.

De acordo com pesquisa XP-Ipespe, a avaliação ruim e péssimo do governo do presidente Jair Bolsonaro subiu de 35% para 40%, percentual semelhante ao do início da pandemia de coronavírus, em abril de 2020.

Já os que consideram a gestão de Bolsonaro como ótima ou boa passaram de 38% para 32%. Desde maio do ano passado, não havia aumento no percentual dos críticos ao governo e redução no de apoiadores.

É a primeira vez também, desde julho, em que a avaliação negativa supera a positiva.

O ponto crítico da pesquisa está claro. A maneira como Bolsonaro enfrenta a crise do coronavírus é vista como ruim ou péssima por 52% dos entrevistados, 4 pontos a mais que em dezembro.

O XP-Ipespe fez 1.000 entrevistas com abrangência nacional, no período de 11 a 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

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Bolsonaro veta a Lei Paulo Gustavo

O veto de Bolsonaro, inimigo da Cultura, à lei que repassaria R$ 3,8 bilhões para o setor não surpreende ninguém; veja como será a reação no Congresso.

Não há surpresa alguma. O presidente Jair Bolsonaro (PL), inimigo notório da Cultura e dos artistas, vetou na noite desta terça-feira (5), a Lei Paulo Gustavo, que repassaria R$ 3,8 bilhões em recursos federais a estados e municípios para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19 no setor em todo o país.

A partir do exato momento em que o veto de Bolsonaro foi confirmado na calada da noite, deputados e senadores começaram a articular um contra-ataque. Uma enorme mobilização de políticos de vários partidos nas redes sociais desde as primeiras horas já indicava o que virá ela frente: a derrubada do veto.

“O veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo mostra mais uma vez o quanto ele é contra a cultura. Vamos derrubar esse veto”, declarou o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), que acaba de reassumir o mandato, após atuar por um ano como Secretário da Cidades no governo de Flávio Dino (PSB-MA).

A deputada Sâmia Bonfim (SP), líder da Bancada do PSOL na Câmara, classificou como “injustificável” a decisão do mandatário. “Na calada da noite, Bolsonaro vetou a Lei Paulo Gustavo, que garantiria 3,8 bi para a cultura em todas as cidades do Brasil. A justificativa? ‘Contrariar o interesse público’. Inimigo da cultura! Não ficará por isso: vamos à luta pela derrubada desse veto injustificável!”, prometeu.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também foi enfático: “Bolsonaro, esse canalha que infelicita a Nação, vetou a Lei Paulo Gustavo, que repassaria cerca de 3,8 bilhões para a Cultura. Se fosse 3 bi em propina, podia ser em barra de ouro ou bíblia, que estava liberado. Vamos derrubar o veto!”, avisou.

Fabiano Contarato (PT-ES) declarou oposição também no Senado. “Mas a luta não acabou! Agora, vamos derrubar esse veto absurdo. A cultura brasileira precisa do nosso apoio. Seguiremos!”, afirmou.

Pré-candidato à Câmara dos Deputados pelo PSOL-SP, Guilherme Boulos resumiu o ato do presidente: “Retrato deste governo: sobra dinheiro pro Centrão e falta pra cultura”.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), aproveitou para recordar o mais recente escândalo envolvendo o presidente, com as denúncias de compra superfaturada de ônibus escolares.

“Sabe o que faria o presidente sancionar? Talvez superfaturar e garantir a sobra pra eles, como estavam fazendo com os ônibus escolares!”, alfinetou.

Alencar Braga (PT-SP), líder da Minoria na Câmara, afirmou que veto de Bolsonaro “é fruto do desespero do miliciano, que precisa acionar sua base através do ódio para tentar evitar a derrota em outubro”, definiu.
PL de Paulo Rocha

O projeto de lei que deu origem à proposta é de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA) e foi aprovado pelo Senado em novembro de 2021. Desde então, voltou a sofrer modificações na Câmara, teve de voltar ao Senado em março deste ano e só agora foi encaminhado para sanção de Bolsonaro. Ao todo, o projeto destinava R$ 2,7 bilhões a ações no setor audiovisual e mais de R$ 1 bilhão para ações emergenciais no setor cultural.

O senador que assina o PL também prometeu reação: “A pressão começa agora”, escreveu Paulo Rocha.
Ex-ministros se manifestam

Dois ex-ministros também se manifestaram sobe o veto de Bolsonaro. Para o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, “o veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo é mais uma atitude hostil e agressiva contra a cultura brasileira, a arte e contra todos que trabalham no setor”. Juca disse ainda que “não chega a ser uma surpresa… O atual governo declarou guerra à arte e à cultura e vem destruindo tudo que foi construído no decorrer da história para apoiar e viabilizar atividades culturais e artísticas do país”.

Para o ex-ministro, “a falsa narrativa de que os artistas vivem de uma verdadeira mamata é uma fake news utilizada pelo governo Bolsonaro para legitimar as agressões e tornar ainda mais difícil a vida de todos que trabalham com arte e cultura no Brasil. Cabe à área cultural e aos artistas manifestarem o repúdio e mobilizarem nossos representantes no Parlamento para derrubar o veto”, finaliza.

Já o deputado estadual e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (PSB), afirmou que “para Bolsovirus tudo que apoie o Cinema, o Teatro e a Cultura Brasileira é uma ameaça real ao seu governo obscurantista, de ódio e discriminação”. Ele lembrou ainda que “a Cultura além de criar milhões de empregos forja a memória e a identidade civilizatória que Bolsovirus quer torturar, mutilar, distorcer e sepultar!”, encerrou.
Inimigo da Cultura

As manifestações de repúdio ao veto prosseguiram ao longo da manhã. “0 Presidente indecente vetou a Lei Paulo Gustavo, que destina R$ 3.8 bi para a Cultura. vamos derrubar esse veto!”, afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

A deputada Erika Kokai (PT-DF) lembrou que “todo governo autoritário morre de medo da cultura livre e questionadora. Vamos derrubar esse veto fascista no Congresso!”

“Inimigo da Cultura: Bolsonaro vetou agora a noite, a Lei Paulo Gustavo, que repassaria R$ 3,8 bilhões para ações emergenciais no setor cultural em todo o país. A lei que foi fruto de uma ampla mobilização do setor cultural foi vetada pelo Canalha da República”, disse o deputado Paulo Pimenta.

O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) Bolsonaro lembrou que “3,8 bilhões deixarão de ir para um setor tão importante e tão abalado com a pandemia. Mais um absurdo desse governo que odeia tudo, especialmente a arte”.

A ex-deputada e jornalista Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) lembrou também que Bolsonaro é inimigo da cultura e da arte porque sabe que elas são libertadoras. Na calada da noite, ele vetou a Lei Paulo Gustavo. Mais um veto que será derrubado com muita luta!”

*Com Forum

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TCU quer preço mais alto por ação na privatização da Eletrobras

Área técnica do órgão diz que BNDES não considerou geração de caixa de subsidiárias da estatal na fixação do valor de venda.

A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que seja reajustado o preço mínimo que o governo pretende pedir por ação na privatização da Eletrobras, estatal com foco em geração e transmissão de energia. A revisão deve ser feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por modelar o processo por meio do qual a União vai emitir mais ações e reduzir sua participação na companhia – de cerca de 60% para 45%.

A conclusão da análise da segunda etapa da desestatização é esperada com grande expectativa pelo governo, que começou uma ofensiva junto aos ministros do órgão fiscalizador para conseguir a aprovação até 13 de abril. Em busca de acelerar a análise, a equipe do governo fez uma ofensiva nos gabinetes dos ministros do TCU para defender a venda da empresa no prazo desejado. Mas o relator do caso, Aroldo Cedraz, jogou por água abaixo os planos do governo de concluir a votação na Corte até esta quarta-feira, 6, ao marcar um debate para a quinta-feira, 7.

A área técnica não diz em quanto será preciso reajustar o preço mínimo por ação (que ainda está sob sigilo), mas aponta que o BNDES teria deixado de levar em conta na precificação o valor das empresas subsidiárias ao grupo Eletrobras (Chesf, Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Eletronuclear). No governo, os ajustes foram considerados de fácil aplicação.

O TCU dividiu a análise da segunda etapa da privatização em três partes: avaliação econômico-financeira da operação, due diligence contábil e jurídica (que consiste na análise detalhada dos documentos da empresa) e, por fim, modelagem da privatização. O parecer foi concluído pelos técnicos há duas semanas e também já passou pela análise do Ministério Público junto ao TCU. Agora, cabe ao ministro-relator levar o processo ao plenário, em data ainda sem previsão.

Divergências

O primeiro ponto levantado pelos auditores se refere a divergências encontradas entre dados apresentados de gestão dos custos e despesas operacionais da Eletrobras presentes em relatórios e aqueles utilizados pela consultoria contratada pela empresa para a elaboração da avaliação econômico-financeira da empresa e, consequentemente, do valor da ação – o que demandou a expedição de uma determinação de correção ao BNDES.

Outro ponto que demandaria correção por parte do governo para dar continuidade à privatização é em relação às projeções de fluxos de caixa apresentadas pelas consultorias contratadas pelo BNDES, considerando a não continuidade operacional das subsidiárias da Eletrobras.

Segundo os técnicos do TCU, isso “afronta a motivação para o processo de capitalização”, que teria o intuito de “permitir que a Eletrobras possa continuar contribuindo para a expansão sustentável do setor elétrico, em novos empreendimentos de geração e de transmissão de energia elétrica”. Essa condição de não continuidade deixa de considerar uma parcela substancial de valor ao preço mínimo das ações a serem ofertadas, o que demandou uma revisão nos estudos para considerar os fluxos de caixa das controladas.

O relatório da área técnica do TCU também faz outras recomendações ao BNDES para avaliações futuras, que não necessariamente precisam ser acatadas pelo banco. Os técnicos também pedem que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adote medidas – caso avalie sua necessidade – sobre inconsistências em balanços da Eletrobras.

Haverá limitação do exercício de direito de voto ao porcentual de 10% da quantidade total das ações votantes. A modelagem também traz mecanismos conhecidos como “poison pills”, que penalizam acionistas que ultrapassarem determinado porcentual do capital votante e não retornem a patamar inferior. A União terá ação preferencial de classe especial, conhecida como golden share, que dará a ela poder de veto nas deliberações que proponham alterações no estatuto social.
Empregados pedem para participar de debate

A Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) enviou ofício ao TCU apoiando a decisão do ministro Aroldo Cedraz, relator do processo de venda da Eletrobras, de ouvir especialistas sobre o setor elétrico brasileiro e a capitalização da estatal, e pediu para participar do debate.

“Cabe registrar que a Aeel conta no seu quadro de associados com profissionais com larga experiência no setor elétrico, formação profissional diversificada e titulação de graduação, mestrado e doutorado em relevantes instituições do País”, argumentou a entidade no documento, ressaltando que a Aeel tem acompanhado de perto todo o processo também no Legislativo.

O TCU marcou para quinta-feira, 7, debate sobre a modelagem de venda da Eletrobras. O painel terá a participação de autoridades, gestores, especialistas de mercado, sociedade civil organizada e acadêmicos.

A Aeel pretende apresentar no debate pontos como “preocupações com o repasse de conhecimento para a ENBPar (empresa de participações que vai controlar Itaipu e Eletronuclear)”.

*Com Estadão

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Jamil Chade narra as mazelas de Eduardo Bolsonaro

O senhor sabe, assim como seu pai, de que lado estão.

Nos últimos dias, o senhor zombou de alguém que foi alvo de tortura promovida pelo Estado numa prisão durante a ditadura militar. Não foi a primeira vez que sentimos nojo das obscenidades de seu clã.

Mas, muito além de provocar repúdio ou asco, o que o senhor fez foi uma violação das obrigações internacionais assumidas pelo Brasil e, muitas delas, ratificadas pelo Congresso do qual o senhor faz parte.

Uma das obrigações que o Estado assumiu foi dar garantias de que atos como o dos Anos de Chumbo não voltem a ocorrer. O seu discurso, porém, legitima e habilita aqueles que desejam cometer novas violações.

Mas ela não é a única obrigação violada. Com tal postura, o senhor sinaliza que o Estado deve renunciar ao dever de prevenir futuras violações de direitos humanos, entre elas a tortura.

Uma terceira obrigação violada é o compromisso do Estado de preservar a memória dos períodos mais sombrios vividos pela sociedade.

E, por fim, em cada frase do senhor ou de seu pai, há uma nova violação dos direitos humanos das vítimas, submetendo cada uma delas a um tratamento desumano.

Tudo isso está documentado internacionalmente, como o senhor sabe. Afinal, já presidiu a Comissão de Relações Exteriores da Câmara e sabe fritar hambúrguer.

Mas não custa repetir. O item 2 dos Princípios para a Proteção e Promoção dos Direitos Humanos através de Ações de Combate à Impunidade estabelece o direito inalienável de todas as pessoas de conhecerem a verdade sobre eventos passados relativos à perpetração de crimes hediondos e sobre as circunstâncias e razões que levaram a eles.

Já o princípio 3 estabelece o dever dos Estados de preservar a memória sobre essas violações e sua responsabilidade na transmissão de tal história.

Ele ressalta que “o conhecimento do povo sobre a história de sua opressão faz parte de seu patrimônio e, como tal, deve ser assegurado por medidas apropriadas no cumprimento do dever do Estado de preservar arquivos e outras evidências relativas às violações dos direitos humanos […] e de facilitar o conhecimento dessas violações”.

Tais medidas devem visar “preservar a memória coletiva da extinção e, em particular, proteger-se contra o desenvolvimento de argumentos revisionistas e negacionistas”.

O senhor obviamente deve estar pensando que passará impune, já que tanto o senhor seu pai como seus lacaios ministros seguem a mesma mentira sobre os acontecimentos de 1964.

Cada vez que os senhores optam por condecorar um torturador, emprestam a bandeira nacional para que esses criminosos limpem as mãos repletas de sangue. É isso que chamam de patriotismo?

Cada vez que usam seus cargos e imunidades para fazer apologia à dor, vemos em nossas almas o verde e amarelo se transformar nas cores do luto e da angústia.

Cada vez que os senhores tentam reescrever o passado, sabemos que é o nosso futuro que está ameaçado.

Nestes últimos três anos, as lágrimas que vocês nos deram foram engolidas com a força de algo que os senhores desconhecem: dignidade.

Com uma arma que vocês não terão onde comprar: o respeito.

Não tememos seu exército de robôs e nem as milícias que patrulham nossas esperanças.

Insisto: entre o humano e desumano, o mundo e a história sabem de que lado vocês estão.

O desprezo que regimes democráticos têm por vocês não se mede apenas pela indecência de celebrar a dor e a morte alheia. O gesto imoral foi também uma violação das obrigações internacionais assumidas pelo país.

Não, o presidente de uma democracia não tem o direito de prestar homenagem a um ditador ou a um torturador. O que pensar de um presidente que olha para aqueles que suprimiram a democracia com admiração?

Não, o senhor não tem o direito de zombar de uma vítima da tortura do estado.

Num governo que profana a República, seu clã amplia e traduz em política, quase cem anos depois, o poema teatralizado no qual o general Millán Astray bradaria em uma cena o lema “Viva a Morte!”.

A história não os perdoará. E nem a Justiça.

Saudações democráticas,

Jamil Chade

*Com Uol

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Vídeo: Deputado bolsonarista carrega arma e ameaça Lula: “Vai ser bem-vindo”

Eleito por Minas Gerais, Junio Amaral reagiu a vídeo do ex-presidente em que fala sobre cidadãos precisarem “incomodar” deputados em casa.

O deputado federal Junio Amaral (PL-MG) publicou vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (5/4) em que, enquanto carrega uma arma, convida o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a visitar sua casa. O parlamentar reagiu a um vídeo do petista em que ele sugere mapear as casas de deputados, “conversar com a mulher dele, conversar com a filha dele, incomodar a tranquilidade dele”, em vez de fazerem atos em frente ao Congresso.

“Eu moro em Contagem, cidade que é governada pelo PT, inclusive”, começa o bolsonarista, que é policial militar reformado. Ele descreve o local em que mora, ressaltando a presença de muitos buracos na rua.

Enquanto fala, Junio carrega a pistola, colocando munição. “Eu vou esperar vocês lá, tanto sua turma quanto você. Vai lá conversar com a minha esposa, com a minha filha, tá bom? Vocês serão muito bem-vindos”, finaliza o deputado federal, enquanto segura a arma.

*Com Metrópoles

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Bolsonaro: Forças Armadas poderão fazer o país “rumar em direção à normalidade”

Com tanques como este da foto em destaque, fica difícil dar um golpe.

Em evento com militares, o chefe de governo disse que o novo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se destaca entre os ministros, “porque tem a tropa em suas mãos”.

Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 3, que, “em última análise”, as Forças Armadas poderão fazer o país “rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”.

Em cerimônia de cumprimento a oficiais-generais promovidos, no Palácio do Planalto, o chefe de governo declarou que o novo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, se destaca entre os ministros, “porque tem a tropa em suas mãos”.

“Tenho 23 ministros. Todos são importantes, mas um se destaca. É o da Defesa. Porque tem a tropa em suas mãos. É o que, em última análise, poderá fazer o país rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”, disse Bolsonaro.

Na cerimônia, Bolsonaro repetiu que se a pátria voltar a chamar as Forças Armadas, os militares farão “tudo”, “até mesmo em sacrifício da própria vida”. Ele disse que os militares sempre agiram “ao lado da legalidade”.

“Deveres, garantias e responsabilidades, nós sempre estivemos ao lado da legalidade. E tenha certeza. Se a pátria um dia voltar a nos chamar, por ela tudo faremos, até mesmo em sacrifício da própria vida”, disse.

As falas de Bolsonaro vêm na esteira de declarações pró-golpe de 1964. No aniversário de 58 anos do golpe militar, o chefe de governo disse que, sem a ditadura, o Brasil seria uma “republiqueta”.

*Com 247

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