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Para a Globo, a filosofia é: A Moro, tudo, a seus inimigos, a lei

O caso de Moro está tão profundamente imbricado, que a solução entre ele e seus padrinhos da Globo, é contra um escândalo, o remédio é outro escândalo ainda maior.

Atentem bem para isso, aqui não trataremos de rigorosamente nada desse vulcão de denúncias de banditismo explícito, protagonizado pelo então juiz Sergio Moro, revelado pelo delator Tony Garcia, numa entrevista bombástica, dada ao 247, depois de ter revelado parte do esquema criminoso d ex-juiz da República de Curitiba,

Aqui, falaremos de dois crimes confessos, ditos de boca pronta por Moro e Dallagnol. O primeiro deles chegou ao conhecimento público foi protagonizado por Dallagnol, em parceria com Moro, para naturalizar o maior saque de uma só vez aos cofres públicos, via Petrobras.

Dallagnol e Moro confessam publicamente que estavam surrupiando R$ 2,5 bilhões da Petrobras, através do Departamento de Justiça americano.

A justificativa cretina para tal roubo foi dada com uma explicação ainda mais criminosa, a de que os dois roubariam na cara de todos os brasileiros R$ 2,5 bilhões dos cofres públicos para a criação de uma fundação privada, administrada pelos dois, Moro e Dallagnol, para uma espécie de um produto embalado como pavilhão dos deuses combatentes da corrupção.

Ou seja, é muito zelo para gozar com a cara dos brasileiros. Mais que isso, é muita certeza de que esse escândalo dos “heróis de combate à corrupção”, a ser anunciado pela Globo como algo banal, perfeitamente mastigável e absolutamente genérico, coisa de pouca monta sem qualquer importância para o país.

Lógico que, na época, não teve como passar batido pela PGR Raquel Dodge, que pediu a imediata intervenção do STF, o que foi feito por Alexandre de Moraes, que ordenou a devolução da bolada bilionária.

Na verdade, os dois deveriam ter sido algemados imediatamente. Até hoje não se sabe por que sequer responderam por esse absurdo.

O segundo escândalo, dito pelo probo ex-juiz, hoje senador da República, foi confessar de forma espontânea, sem medir as palavras, que foi ele o responsável direto da retirada, a fórceps, do então novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio para, no lugar, colocar a juíza Gabriela Hardt, aliada de Moro para o que der e vier,

Qual o caminho original encontrado pelo senador Sergio Moro para conseguir tal feito? Segundo o próprio, em sua fala na GloboNews, o motivo é Appio querer dar voz e vez a Tacla Durán, que denunciaria a corrupção de Moro e seu entorno durante a Lava Jato.

O instrumento utilizado por Moro foi o de sempre, o bom e velho de guerra TRF-4, que nesses últimos 10 anos se transformou num Tribunal particular de Moro.

Moro confessou que manda e desmanda, demite e indica juízes, a modo e gosto, a partir dos desembargador Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

E Moro disse isso com a maior cara lavada, assoviando e com os pés nas costas.

O que espanta é o silêncio do Senado pela interferência de um senador em outro poder da República e o próprio STF, que vê calado tal absurdo confessado publicamente no maior conglomerado da comunicação do país.

O que nós mortais imaginamos ou sonhamos é que essas práticas criminosas, confessadas pelos próprios ou delatadas por terceiros, como é o caso de Tacla Durán e, agora, Tony Garcia, resultem numa palavra que esteve tão em monda nesse país nos últimos anos, justiça, porque, afinal, o filme promocional da Lava Jato tinha como slogan, A Lei é para Todos.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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