Categorias
Opinião

Como é tradição, a Globo toma partido do rico Israel contra a pobre Palestina

Quando a decadência do brilho exterior se revela, é porque se acentuou, de forma gradativa, a podridão interna.

Mais desmoralizada que a Globo, no Brasil, só mesmo a Lava Jato e Sergio Moro que não por acaso foi mais um herói criado no departamento de dramaturgia jornalística da Globo. Ou seja, do ponto de vista jornalístico, a emissora não tem qualquer credibilidade, porque utilizou o conceito de jornalismo de balcão de negócios que, de tão lucrativo, a partir da ditadura, transformou-se em um dos maiores impérios da comunicação do mundo.

Portanto, defender os ricos e brancos contra os negros e pobres, faz parte do formato político que segue um padrão ao sabor da cultura da própria emissora.

Na questão que envolve o massacre genocida de crianças e mulheres na Palestina, a restrição sobre o assunto, é total, sublinhando, todavia, que ela tem lado e não fará qualquer crítica ou mostrará qualquer imagem de uma legião de crianças palestinas sendo massacradas, soterradas e despedaçadas pelos ataques dos neonazistas de Israel.

Essa é, entretanto, a feição estética da Globo, que força todos os profissionais a bater bumbo com suas mentiras a favor de Israel e a suposta terra prometida. Nada pode ser mais cafajeste do que isso.

Um país todo degradado em nome de um colonialismo, em que o racismo é elevado ao último grau, é uma paisagem perfeita de civilização quando o assunto é Israel e Palestina.

A Globo que, no Brasil, operou sempre em favor dos norte-americanos, contra o próprio país, como central do império, não denunciaria mesmo o holocausto palestino, imposto pelos soldados de Israel transformados em monstros humanos.

As crianças palestinas, as mulheres, muitas grávidas, os doentes, para a Globo, são anônimos, não têm cara, não têm corpo, não têm alma. Para ela, a Palestina é uma multidão de ninguéns, que abriga um grupo terrorista que ataca um exército superior dentro do Estado de Israel, mesmo que a supremacia militar seja inversamente proporcional à moral civilizatória do Estado terrorista de Israel.

Isso explica as cenas de terror do Hamas contra israelenses exibidas pela Globo e o menosprezo com as maiores vítimas do massacre, as crianças e os bebês palestinos e até aqueles que ainda estão no ventre de suas mães. Estes são absolutamente invisíveis pelo afivelado departamento de jornalismo do império dos Marinho.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

Comente