Mario Fernandes e o “Punhal Verde Amarelo”
Ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro, o general Mario Fernandes admitiu, nesta quinta-feira (24), que foi o autor do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”.
No texto, estava previsto o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Ao responder a interrogatório no STF, Fernandes disse que o plano não passava de um “pensamento” seu que foi digitalizado.
“É arquivo digital que nada mais retrata do que pensamento meu que foi digitalizado, análise de riscos que fiz e por costume próprio decidi digitalizar. Não foi apresentado a ninguém nem compartilhado com ninguém. e garanto que se meu HD fosse extraído dos autos desse processo em nada impactaria o processo”, afirmou Fernandes.
EITAAA! General Mauro Fernandes assume em depoimento que escreveu plano que incluía assassinato do presidente Lula, Moraes e Alkimin
pic.twitter.com/rMvAamHucZ— Ivan Vieira 🇧🇷 (@ivanvieira_5) July 24, 2025
Chamado a explicar por que fazer plano detalhado de sequestro e homicídio contra autoridades e recursos necessários como pistola granada, lançador de foguete anti-tanque, o general minimizou.
“Não passa de pensamento digitalizado. Compilamento de dados, análise de um militar…”, respondeu.
Ele confirma que chegou a imprimir o documento que continha a ideia de assassinato, mas nega ter apresentado ele ou compartilhado com alguém.
“Por costume pessoal de evitar ler documento na tela. imprimi para mim e depois rasguei”, afirmou.
Em outro trecho do interrogatório, o general deu a entender que conversou com Bolsonaro sobre o que fazer se o golpe fosse executado.
“Foi numa das minhas idas ao Alvorada… o presidente me disse ‘estamos fazendo contatos políticos para ver como podemos desenvolver essa conversa, essa negociação com os demais poderes’”, relatou. “Em meados de dezembro já notávamos a decisão dele, de que tinha amparo de tomar decisão e ter amparo de demais poderes, sempre apoiado na Constituição”. (Não há nenhum artigo na Constituição que dê amparo legal a uma trama golpista).
Mario Fernandes é réu do núcleo 2 no processo que apura o plano de golpe.
*Heloisa Villela/ICL
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