O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), mais conhecido como “in Fux we trust”, solicitou transferência da Primeira Turma para a Segunda Turma da Corte. A mudança ocorre em meio à aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, que deixa o STF em dezembro de 2025.
A Primeira Turma é responsável por julgar casos sensíveis, como os relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023 e processos envolvendo figuras políticas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o senador Sergio Moro (que é réu em uma ação por suposta calúnia contra Alexandre de Moraes).
A decisão de Fux gerou reações polarizadas. De um lado, elogios de aliados da direita, que veem a saída como um ato de independência em relação ao que chamam de “ativismo” da Primeira Turma, liderada por Moraes. Do outro, críticas da esquerda, que interpretam como uma manobra para influenciar julgamentos pendentes, como os embargos de Moro contra a denúncia que o torna réu.
Sergio Moro, o lambe-botas
Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça e ex-juiz parcial da Lava Jato, foi um dos primeiros a se manifestar publicamente em defesa de Fux. Em postagem no X (antigo Twitter), Moro escreveu:
“O Ministro Fux honrou a toga e o Direito onde passou. Continuará fazendo o mesmo na Segunda Turma do STF.”
A frase “honrou a toga”, viralizou rapidamente, acumulando milhares de interações. O post de Moro, publicado às 22h17 (horário de Brasília), foi interpretado como um “abaixo-assinado” implícito de apoio, especialmente considerando que Fux havia pedido vista (suspensão) em um julgamento recente que poderia manter Moro como réu.
Críticas da Esquerda: Usuários e colunistas de veículos como Brasil 247 questionaram a timing da mudança, sugerindo que seria uma estratégia para evitar decisões desfavoráveis em casos da Primeira Turma. O jornalista Marcelo Semer destacou que Fux votou a favor do recebimento da denúncia contra Moro na Turma.
A transferência ainda precisa ser aprovada pelo plenário do STF. Analistas apontam que a Segunda Turma, com ministros como Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques, pode oferecer um ambiente menos confrontacional para Fux, que recentemente chorou ao se despedir de Barroso em sessão do dia 9 de outubro.
Essa declaração reforça a aliança tática entre Moro e Fux, em um momento de tensão no Judiciário brasileiro, marcado por debates sobre imparcialidade e influência política nas decisões do STF.
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