A violência negacionista com que Bolsonaro enfrenta a pandemia, se já não tinha uma explicação lógica ou minimamente racional, piorou ainda mais diante dos olhos da comunidade científica, do mercado e da população.
Seu ataque ao Ministério da Saúde, ao isolamento social, ao uso de máscara sempre caracterizou que Bolsonaro que, em permanente disputa eleitoral, nunca teve como prioridade salvar a sociedade e, menos ainda, o mercado.
Agora, um novo ataque à vacina, que é uma questão crucial para a sobrevivência do povo e da própria economia, Bolsonaro está sendo duramente criticado tanto pelo povo quanto pelo mercado, porque surpreendentemente, o cavaleiro da morte se mostra absolutamente indiferente a tudo o que se refere à vida nacional.
Isso não deveria surpreender ninguém, pois Bolsonaro sempre apoiou a prática dos torturadores da ditadura, sempre defendeu os criminosos da milícia, chegando até mesmo a condecorar, mesmo preso, com a maior honraria da Assembleia Legislativa do Rio, o miliciano chefe do escritório do crime, Adriano da Nóbrega, morto na Bahia meses atrás.
Se Bolsonaro já era um pato manco e só permanece presidente, porque o mercado ainda sonha com os arrochos contra os trabalhadores promovidos por Guedes e com uma dose cavalar de submissão de militares, da ativa e da reserva, a mensagem que ele deixa nesse capítulo macabro no dia em que o país volta a registrar o número de óbitos diários por covid de 840 e o total de quase 180 mil mortos, Bolsonaro brinca e hostiliza brasileiros enfermos e, com isso, o genocida estrutural vai provocando uma indignação contra seu governo que só tende a intensificar daqui por diante.
*Carlos Henrique Machado Freitas
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