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Política

Renan Calheiros: “O rei Arthur está nu”

Adversário político de Lira reagiu à descoberta de pagamentos a “Arthur”, no valor de R$ 650 mil, feitos no âmbito de esquema de desvios em contratos de kit robótica.

Senador e adversário político do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em Alagoas, Renan Calheiros (MDB-AL) reagiu à descoberta da Polícia Federal de pelo menos 30 pagamentos a “Arthur”, no valor de R$ 650 mil, feitos no âmbito do esquema de desvios em contratos de kit robótica.

“O rei Arthur está nu!”, publicou Renan Calheiros no Twitter.

Após as menções a Lira nos documentos encontrados pelos investigadores, a PF encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que Lira conta com foro privilegiado.

Os documentos foram apreendidos em operação da PF em um endereço de Luciano Cavalcante, auxiliar de Lira. Luciano Cavalcante estava lotado na Liderança do PP na Câmara e é conhecido em Brasília como uma das pessoas de maior confiança de Arthur Lira. Ele foi exonerado após a operação de busca e apreensão no âmbito da investigação em contratos de kit robótica.

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Justiça

Tony Garcia revela prova que Moro mentiu sobre vídeo da “festa da cueca”

Tony Garcia divulgou um documento com um trecho de um relatório da Polícia Federal que evidencia a existência de um vídeo da “festa da cueca”, envolvendo TRF4.

O empresário e ex-deputado Tony Garcia publicou em suas redes sociais um trecho do relatório da Polícia Federal que cita a interceptação telefônica enviado ao então juiz Sérgio Moro, em que o advogado Roberto Bertholdo diz que está de posse da gravação da chamada “Festa da cueca” envolvendo desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

“Moro apreendeu e não protocolou nos autos. Moro tem de responder JÁ!”, escreveu Tony.

Desde que foi preso em 2004, acusado de gestão fraudulenta no Consórcio Garibaldi, Tony Garcia afirma que se transformou num agente infiltrado de Sergio Moro depois de saber que apodreceria na cadeia se não colaborasse. Pelo que Tony Garcia contou à TV 247, um dos seus atos de colaboração transformou Sergio Moro no juiz com poderes excepcionais.

“Ele chantageou o TRF4 como fez o Bertholdo. Ele confessa explicitamente nessa conversa comigo que levou a gravação ao TRF4”, afirma Tony, ao 247. “O Modus Operandi era antigo. Juiz instruindo o processo que irá julgar”, completa.

*247

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Política

Arthur Lira emprega familiares e aliados em estatal com salários de R$ 128 mil

A CBTU é responsável pela administração dos trens urbanos em cinco capitais e possui um orçamento de R$ 1,3 bilhão. Com um orçamento robusto, presença em todo o país e com menor exposição em comparação às principais empresas estatais, a companhia costuma ser utilizada por políticos para acomodar aliados e fornecer serviços às suas bases eleitorais.

A enteada de Lira, Ana Clara Lins Rocha, ocupa o cargo de assistente executiva desde dezembro de 2019, recebendo um salário de R$ 9.255,01. Ana Clara é filha da ex-mulher do político, Jullyene Lins.

Além da enteada, três primos de Lira ocupam cargos na CBTU de Maceió. Kyvia Talline Rocha Melo de Lira e Valmir de Lira Paes são assistentes executivos no órgão regional, com salários de R$ 9.255,01 e R$ 5.933,59, respectivamente. O terceiro primo do presidente da Câmara, Orleanes de Lira Paes Angelo, atua como gerente da companhia e é responsável pelas finanças da superintendência, recebendo R$ 13.313,10 por mês.

A superintendência do órgão na capital de Alagoas é chefiada por um aliado político de Lira desde setembro de 2019. Carlos Jorge Ferreira Cavalcante é o comandante da CBTU alagoana e irmão do ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante, que está sendo investigado pela Polícia Federal por supostas fraudes na aquisição de kits de robótica por prefeituras de Alagoas.

Na regional de Alagoas, Lira também empregou Glaucia Maria de Vasconcelos Cavalcante, esposa de Luciano. Ela foi nomeada para o cargo de gerente regional de Planejamento e Engenharia do órgão, recebendo atualmente um salário de R$ 13.313,10. O órgão regional também conta com André Marcelino Viana Silva, ex-funcionário de Lira na Câmara, atuando como coordenador operacional de Planejamento. Ele recebe um salário mensal de R$ 11.532,14.

O diretor-presidente da companhia, José Marques de Lima, está no cargo desde julho de 2016. A nomeação de Marques de Lima para o comando da companhia em Brasília foi iniciativa de Lira. Como chefe da CBTU, Lima recebe o maior salário: R$ 25.705,66.

A companhia em Alagoas também emprega dois membros do União Brasil de Alagoas, Divaldo Pereira Madeiro e Allan Teixeira Brandão.

* O Cafezinho

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Brasil

‘Quintou!’: empresas brasileiras adotam semana de quatro dias sem cortar salários e ainda produzem mais

Companhias que testaram novo modelo de jornada reduzida colhem indicadores de melhora no bem-estar dos empregados sem perda de produtividade.

Menos ansiosos, mais produtivos e com a criatividade a todo vapor. É assim que se sentem funcionários de empresas brasileiras que adotaram a semana reduzida, com quatro dias de trabalho em vez de cinco, sem redução proporcional de salário.

São companhias que seguem uma tendência que avança em vários países para aumentar o bem-estar físico e mental dos trabalhadores.

Líderes de empresas ouvidas pelo GLOBO apontaram indicadores de aumento na qualidade de vida de empregados sem perda de produtividade e demissões. Ao contrário, as primeiras avaliações indicam melhores resultados, maior retenção e atração de talentos e estímulo à inovação.

Faltam dados precisos, mas cresce no país o número de empresas nas quais a quinta é a nova sexta-feira. Ou que trocaram a melancólica segunda pela terça-feira. Há ainda modelos com pausa no meio da semana ou rodízio.

Entre os trabalhadores, com um dia livre a mais, a maioria relata mais horas ao ar livre, frequência maior de exercícios, espaço para cuidar da saúde mental e principalmente mais tempo para organizar a própria casa e dar atenção à família, deixando o fim de semana realmente para descansar.

A semana reduzida virou uma causa global da organização sem fins lucrativos 4 Day Week, que tem conduzido experimentos em vários países do mundo. Entre junho e dezembro de 2023, acontece o primeiro teste no Brasil, em parceria com a ONG brasileira Reconnect Happiness at Work.

Trezentas empresas brasileiras já se inscreveram para a primeira fase, com seminários sobre o modelo e resultados dos testes internacionais. No projeto piloto, 50 companhias de diferentes portes e setores terão os resultados avaliados após seis meses.

‘Descansado produz mais’
Mas existem empresas no país testando o regime por conta própria e colhendo resultados positivos parecidos com os do exterior. A maioria é de pequeno porte e da área de tecnologia, um setor de maior flexibilidade e de grande disputa por profissionais qualificados.

É o caso da Vockan, representante da QAD no Brasil, que desenvolve programas de gerenciamento para indústrias. Em novembro do ano passado, a empresa de São Paulo adotou a semana de quatro dias para sua equipe de suporte.

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Justiça

PL recorre após Moro incluir testemunhas e entrevista em ação de cassação

Conjur – O Partido Liberal (PL) ingressou com um recurso contra uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que autorizou a inclusão de novas testemunhas e a incorporação de uma entrevista do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, em uma ação que pede a investigação de supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas à campanha eleitoral do senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União-PR) em 2022. A defesa da legenda alega, no entanto, que a decisão foi tomada sem sua ciência, ferindo o princípio do contraditório.

Em 13 de junho, o desembargador Mário Helton Jorge atendeu a um pedido feito pela defesa do parlamentar de incluir como testemunhas no processo Murilo Hidalgo, proprietário do Instituto Paraná de Pesquisas, e o responsável pela veiculação de levantamento eleitoral em uma emissora de TV. Além disso, autorizou a juntada de arquivo de mídia com entrevista concedida por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, à outra emissora.

Caso o pedido inicial seja acatado, a chapa vencedora na disputa ao Senado pelo Paraná pode ser cassada. Ela foi formada por Moro, Luís Felipe Cunha (União), como primeiro suplente, e Ricardo Guerra (União), como segundo suplente.

“Tem-se o entendimento, data maxima venia, de ser necessária a oportunização de manifestação da parte contrária quando eventual peticionamento implica em ato processual relevante, passível de embate jurídico. Desta feita, a falta de intimação acerca dos pedidos elaborados após a contestação, (…) acarreta grave prejuízo ao autor, na medida em que viola o manifesto princípio do contraditório”, diz o partido.

O partido que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro aponta que Moro feriu a legislação ao ter gastos tipicamente eleitorais durante período vedado. Sobre a anexação da entrevista de Costa Neto, a defesa da legenda diz que o pedido de Moro “objetiva tumultuar e procrastinar a marcha processual e, principalmente, politizar o julgamento dos pedidos de cassação e de declaração de inelegibilidade”. O PL diz que o senador utiliza-se da seriedade do processo e da estrutura da Justiça Eleitoral “para açular um cenário de vitimização pessoal e teatralizar proselitismo político de baixo nível”.

Sobre a autorização da oitiva de novas testemunhas, como do responsável pelo instituto de pesquisas, o partido disse que o pedido “padece de justificativa minimamente razoável para a referida oitiva, não sendo crível que o fato de um indivíduo realizar pesquisa eleitoral o credencie para aclarar qualquer dos pontos controvertidos”.

Na mesma decisão, o desembargador negou o trancamento da ação eleitoral e uniu o pedido do PL a uma ação da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) também contra a chapa de Moro. O PL do Paraná entrou com a ação de investigação judicial eleitoral contra a chapa de Moro em 23 de novembro de 2022. Já o grupo de partidos ingressou com o processo em 19 de dezembro. O desembargador entendeu que, diante da possibilidade de coincidência de pedidos e causas de pedir entre a demanda da Federação Brasil da Esperança e a aije (ação de investigação judicial eleitoral) proposta pelo PL-PR, os processos deveriam ser unificados.

“Vale rememorar que a Justiça Eleitoral não pode ser palanque para os embargados se promoverem politicamente, cabendo a este tribunal tomar as providências necessárias para a cessação de tais atos, zelando-se para que a presente demanda siga o costumeiro rigor técnico que sempre pautou esta nobre Corte Eleitoral Estadual”, declarou o partido, no recurso.

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Justiça

Lira foi beneficiário de R$ 265 mil em pagamentos feitos por motorista e por seu “operador”

Reportagem da Piauí teve acesso a documentos apreendidos pela PF nos quais o nome “Arthur” aparece como destinatário de um total de 265 mil reais entre abril e maio.

Desde o dia 1º de junho, o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, está inquieto. Naquela data, agentes da Polícia Federal realizaram uma operação de busca e apreensão nos endereços do principal auxiliar do deputado, Luciano Cavalcante, e do motorista do auxiliar, Wanderson Ribeiro Josino de Jesus. A Operação Hefesto, assim batizada em referência ao deus grego da tecnologia e da metalurgia, investiga fraude em licitação e desvio de 8 milhões de reais na compra de kits de robótica pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O caso levou o deputado Arthur Lira a dizer que “cada um é responsável pelo seu CPF nesta terra e neste país”, tentando afastar as suspeitas de que o dinheiro desviado poderia acabar no seu bolso.

Agora, a piauí teve acesso a relatórios da PF sobre a busca e apreensão – e a situação de Arthur Lira tende a se complicar. No endereço do motorista Wanderson de Jesus, os agentes apreenderam um caderno-caixa, mostrando saldos, repasses, destinatários e datas. As anotações manuscritas, que estavam dentro de um Corolla, referem-se aos meses de abril e maio deste ano. O nome “Arthur”, que os investigadores suspeitam referir-se ao deputado Arthur Lira, aparece onze vezes e vem acompanhado dos maiores valores, que totalizam pouco mais de 265 mil reais.

Nas anotações do mês de abril, consta que “Arthur” recebeu 20 mil reais no dia 8. Uma semana depois, foram mais 30 mil reais. No dia 17 de abril, houve um gasto de 3 652,00 reais para “Hotel Emiliano = Arthur”. Coincidência ou não, quando vai a São Paulo, o deputado costuma se hospedar no Hotel Emiliano, nos Jardins. Além disso, os registros da Aeronáutica mostram que no exato dia 17 Arthur Lira embarcou num avião da FAB em Brasília com destino a São Paulo.

O dia 28 de abril registra o maior volume de recursos, com quatro repasses no total:

* 6 026,87 reais para “carro Arthur”.

* 844,47 para “Pix almoço […] Arthur”

* 29 200 reais em favor de “Djair = Arthur”

* 100 mil reais para “Arthur”.

O relatório da PF não informa quem é “Djair”, o beneficiário de 29 200 reais, mas há mais uma coincidência: o deputado Arthur Lira emprega em seu gabinete um secretário parlamentar cujo nome é Djair Marcelino. O secretário parlamentar foi denunciado como integrante de um milionário esquema de rachadinha, que, segundo o Ministério Público Federal, Lira comandou na Assembleia Legislativa de Alagoas na época em que era deputado estadual.

As anotações ainda registram dois pagamentos adicionais. Um deles, realizado no dia 10 de abril, no valor de 12 509,71 reais, foi em favor do “Hotel Emiliano”, mas não há menção ao nome de “Arthur”. Em outra coincidência, os registros da Aeronáutica mostram que o deputado viajou para São Paulo no dia 4 de abril, voando em avião da FAB de Maceió para São Paulo, de onde voou para Brasília no dia 9 de abril. E, neste período, passou por uma cirurgia que demandou repouso na capital paulista. Outro pagamento, feito no dia 29 de abril, no valor de 4,8 mil reais, em favor de “telefone – D. Ivonete”. Não há detalhes, mas os agentes da Polícia Federal desconfiam que seja uma menção à mãe de Arthur Lira. Ela se chama “Ivanete”, com “a” em vez de “o”.

No dia 8 de abril, aparecem ainda dois registros – um de 1 mil reais, outro de 4 mil reais – em favor de “Álvaro”. Em 26 de abril, “Álvaro” recebeu mais 700 reais. A Polícia Federal também não identifica no relatório o beneficiário, mas, em nova coincidência, um dos filhos de Arthur Lira chama-se Álvaro.

As anotações de maio registram gastos mais modestos. Mostra que no dia 2 houve um repasse de 8 170 reais para “pagamento Fabio engenheiro/Arthur”. No dia seguinte, foram 23 850 reais para “materiais elétricos fazenda = Arthur”. Em 5 de maio, houve dois pagamentos. Um de 24 884 reais, em favor de “Fabio engenheiro Arthur” e mais 8,5 mil reais para “pagamento irrigação = Arthur”. Arthur Lira tem fazendas em Alagoas.

No endereço de Wanderson de Jesus, além do caderno-caixa, os agentes da PF encontraram papéis relacionados ao caso dos kits de robótica, apreenderam pouco mais de 150 mil reais em espécie e, também, um manuscrito no qual os signatários declaram ter recebido do deputado Arthur Lira “a importância de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) referente à nova área de 11,5 tarefas [uma medida agrária] do Sr. Manoel Pacheco Filho e Joana Martins Pacheco, pelo qual dou plena e total quitação”. Não há data no recibo.

À Polícia Federal, o motorista Wanderson de Jesus disse que as anotações se referem a pagamentos que ele próprio realizou a mando de Luciano Cavalcante, que, segundo ele, também é o dono do Corolla, onde os documentos foram encontrados. O relatório afirma: “A grande quantia de dinheiro em espécie apreendida com Wanderson, totalizando R$ 150.200,00 (cento e cinquenta mil e duzentos reais), somada às diversas anotações de pagamentos, que ao que tudo indica eram também feitas em espécie […], configura[m] o tipo previsto no artigo 1º, inciso ii, da Lei nº 9613/98.” Uma parte desse total, 110 mil reais, foi encontrada em uma mochila dentro do porta-malas. O motorista relatou que pertencia a Cavalcante. (Em diligências anteriores, a PF identificou que Wanderson de Jesus recebeu dinheiro em mãos do empresário Pedro Magno Salomão, apontado como operador financeiro do esquema.) O relatório da apreensão prossegue: “As diversas atividades desempenhadas por Wanderson a mando de Luciano, além da aparente disposição por parte deste último de [ter] bem registrado em nome da esposa de Wanderson, denotam a existência de uma divisão clara de tarefas com a finalidade da prática de lavagem de dinheiro”

No endereço do próprio Luciano Cavalcante, segundo o relatório, os agentes apreenderam “duas agendas contendo manuscritos que podem ser relevantes para a investigação” e “documentos diversos relacionados à pessoa de Arthur César Pereira de Lira (encontrados na gaveta)”. Entre os principais documentos, estão:

“Papéis manuscritos contendo relação de valores.”

“Correspondência da Santa Casa destinada a Arthur Cesar Pereira de Lira”

“Documento intitulado Passagens Família Arthur.”

“Listas e contratos encontrados na mala de viagem em poder de Luciano Ferreira Cavalcante.”

“Duas agendas contendo manuscritos que podem ser relevantes para a investigação.”

A piauí procurou o deputado Arthur Lira para falar sobre o conteúdo do relatório da PF. Em mensagem de WhatsApp, a revista perguntou se o ex-auxiliar e o motorista haviam feito pagamentos pessoais em seu favor entre abril e maio, se suas despesas no Hotel Emiliano haviam sido bancadas por terceiros, se alguma de suas fazendas havia adquirido material elétrico e realizado despesas com irrigação e, por fim, se o deputado havia desembolsado 40 mil reais por um pedaço de terra. Em caso de resposta afirmativa para alguma das perguntas, a piauí pedia ao deputado se poderia identificar a fonte do dinheiro. Lira recebeu as perguntas no sábado à tarde, mas, no final da manhã de domingo, informou que não iria se manifestar.

A piauí também procurou o advogado André Callegari, que representa Luciano Cavalcante e Wanderson de Jesus, para saber se eles fizeram pagamentos pessoais em favor do deputado Arthur Lira e familiares. “Vamos aguardar a investigação para qualquer manifestação”, respondeu o advogado. “Após o relatório do delegado e da análise dos autos, podemos nos manifestar.”

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Justiça

Manuscrito de ex-assessor investigado coloca Arthur Lira na mira da PF

No papel estão anotados 11 pagamentos, referentes aos meses de abril e maio deste ano, com o nome “Arthur”. Despesas coincidem com gastos efetuados pelo deputado.

Um revelação bombástica publicada em reportagem de Breno Pires, no site da revista Piauí deste domingo (25), colocam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no centro das investigações sobre um suposto esquema de corrupção que seria comandado por seu ex-assessor Luciano Cavalcante e operado pelo motorista do auxiliar, Wanderson Ribeiro Josino de Jesus.

Em meio ao material apreendido na operação de busca e apreensão realizada no início do mês, a Polícia Federal (PF) encontrou um manuscrito dentro de um Corolla que estava na casa de Josino de Jesus que mostra uma espécie de contabilidade.

No papel estão anotados 11 pagamentos, referentes aos meses de abril e maio deste ano, com o nome “Arthur” que, segundo a PF, pode ser uma referência ao deputado, alçado por Jair Bolsonaro (PL) ao comando da Câmara, onde implantou o chamado Orçamento Secreto.

No total, segundo a reportagem os pagamentos somam R$ 265 mil. A situação complica ainda mais porque em alguns casos, os pagamento coincidem com gastos do deputado.

A reportagem cita, por exemplo, um gasto de R$ 3.652 para “Hotel Emiliano = Arthur” no dia 17 de abril. Nesse dia, os registros da Aeronáutica mostram que Lira embarou em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para São Paulo, onde o deputado costuma se hospedar no Hotel Emiliano, localizado nos Jardins, área nobre da capital paulista.

No endereço do motorista, além do manuscrito, os agentes da PF encontraram papéis relacionados ao caso dos kits de robótica, esquema que seria operado para desvio de dinheiro público a partir de emendas do Orçamento Secreto.

*Com Forum

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Mundo

Conflito russo: Kremlin retira acusações e líder de grupo de mercenários segue para Belarus

Os mercenários Wagner deixaram a cidade russa de Voronezh e também o quartel-general do exército russo em Rostov. Após um sábado (24) de rebelião armada, o Kremlin informou que irá retirar as acusações contra o líder dos paramilitares Yevgeny Prigozhin, que aceitou se mudar para Belarus.

De acordo com o governador da cidade russa de Voronezh, situada na fronteira com a Ucrânia e a cerca de 600 km ao sul de Moscou, a saída dos mercenários “está correndo de maneira estável e sem incidentes”, afirmou em comunicado divulgado neste domingo (25).

Antes disso, os Vagner já haviam deixado as instalações militares em Rostov-do-Don, cidade no sul da Rússia, segundo o GGN.

Agora, o líder do grupo segue para o país vizinho Belarus, após um acordo intermediado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, a fim de evitar “um banho de sangue“.

Na noite de ontem, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assegurou que o líder Wagner “tinha a palavra do presidente” Vladimir Putin e que o “processo criminal contra ele será arquivado“.

Peskov ainda garantiu que “ninguém vai perseguir” os paramilitares, “levando em conta os seus méritos na frente” ucraniana. “Alguns deles, se quiserem, poderão assinar contrato com o Ministério da Defesa”, acrescentou.

O acordo significa o fim da maior crise militar interna na Rússia desde o início da década de 1990.

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Análise do celular de Mauro Cid guarda as conversas com Jair Bolsonaro

Investigações revelam possíveis mensagens comprometedoras entre Mauro Cid e Jair Bolsonaro.

A análise do celular de Mauro Cid continua sendo feita pela PF e, de acordo com pessoas a par das investigações, vai trazer nos próximos 15 dias novidades tão impactantes quanto às já reveladas. O que pode incluir um filé mignon: trocas de mensagens que comprometem diretamente Jair Bolsonaro, diz Lauro Jardim, O Globo.

Os detalhes específicos das mensagens e seu conteúdo ainda são desconhecidos, mas a possibilidade das divulgações de informações comprometedoras envolvendo Jair Bolsonaro tem gerado grande expectativa no cenário político atual. Mauro Cid, cujo celular está sendo submetido a análises forenses, é uma figura central nessa investigação. As conversas que ocorreram entre ele e Bolsonaro podem lançar luz sobre possíveis irregularidades ou ações controversas do ex-presidente.

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Opinião

Por que a sociedade civil impediu o golpe de Bolsonaro?

Luiz Carlos Bresser-Pereira*

Foi a sociedade civil brasileira com ajuda dos grandes países que impediu o golpe.

Bolsonaro tentou dar um golpe várias vezes durante seu governo. Agora está sendo julgado pelo TSE e provavelmente se tornará inelegível nos próximos oito anos. O que é muito justo, mas pouco. É preciso haver também um julgamento criminal.

Foi a sociedade civil brasileira com ajuda dos grandes países que impediu o golpe. Nas minhas aulas eu costumo ensinar que há duas formas de sociedade voltada para a política: a nação e a sociedade civil.

As mesmas pessoas e organizações participam das duas formas de sociedade, mas enquanto a nação está voltada para a autonomia nacional e o desenvolvimento econômico, a sociedade civil está voltada para a justiça social e a democracia.

No Brasil nós temos uma nação fraca e uma sociedade civil forte. A nação é fraca porque, não obstante os esforços realizados por Lula no seu primeiro governo e a agora, o Brasil continua subordinado aos grandes países que não têm interesse na nossa industrialização.

A força da sociedade civil ficou demonstrada no governo Bolsonaro. Só em 1985, com a aprovação do sufrágio universal, os brasileiros conquistaram a democracia, mas essa conquista foi definitiva.

É claro que os setores autoritários senão fascistas ganharam poder desde as manifestações de 2013. Foi quando a classe média, espremida entre os pobres, que o governo do PT procurava privilegiar e os muito ricos que não conseguia controlar, inclinou-se para direita.

Apesar disso, a maioria dos brasileiros, em todas as classes, inclusive a classe alta superior, preferem a democracia à ditadura. Têm boas razões para isso. Os governos podem errar, mas a sociedade civil e o Estado são suficientemente fortes para garantir a democracia.

*247

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