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New York Times em alerta máximo: E se Trump simplesmente ignorar os tribunais?

Engana-se quem pensa que Trump está respeitando o próprio país enquanto ameaça um número cada vez maior de “aliados” e “inimigos” pelo mundo.

Para o New York Times, a luz amarela rumo à vermelha já está acesa pelas asneiras que Trump está produzindo internamente, mas sobretudo a cavação de um sistema de governo neofascista e, logicamente antidemocrático.

Vira e mexe, Trump mostra as unhas para as próprias instituições norte-americanas. Muitas vezes, em parceria de Musk, afronta principalmente o poder judiciário.

A sua última é de aliviar para quem suborna, corrompe, rouba o próprio Estado.

Na economia, a coisa parece bem complicada, porque a inflação, não da sinal de arrefecimento. O que tira de Trump os rompantes de fodão que ele vendeu na campanha, além de operar em outras áreas do governo.

O fato é que uma volumosa lista de ações de Trump, mostra que ele, se não pretende de fato mergulhar o país no obscurantismo concreto, usará isso como ameaça interna.

Ou seja, seu talento pra produzir tragédias inteiras, tem potencial para implodir o império, com casca e tudo.

Esse é o alerta que está em caixa alta de cada manchete de capa do NYT.

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Política

SP: MP abre inquérito contra Nunes por suspeita de corrupção em obra próxima ao Jardim Pantanal

Há indícios de favorecimento de empresas pertencentes a pessoas ligadas diretamente ao prefeito.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou a abertura de um inquérito contra a gestão Ricardo Nunes (MDB) à frente da Prefeitura de São Paulo por suspeita de corrupção em uma obra de R$ 18,4 milhões na região do Jardim do Pantanal, no extremo leste da capital paulista.

A ordem judicial se refere a supostas irregularidades em contratos firmados de 2021 a 2022 entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) e a empresa Abcon Construção e Engenharia para a execução de uma obra de canalização de córrego no bairro.

A promotoria atende a denúncia feita pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) em 2023 sobre obras com suspeita de superfaturamento sob a gestão do emedebista, com base em relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM). O deputado divulgou nesta terça-feira (11) comunicado sobre a abertura de inquérito, que ocorreu em dezembro do ano passado.

Segundo o MP-SP, há indícios de sobrepreço e superfaturamento; favorecimento de empresas pertencentes a pessoas ligadas diretamente a Nunes; formação de cartel; e uso habitual de justificativa de dispensa de licitação por emergência devido à falta de planejamento da secretaria municipal.

O Jardim Pantanal sofre com alagamentos constantes há décadas. Em fevereiro deste ano, a região, onde vivem cerca de 45 mil pessoas, passou mais de uma semana com pontos de alagamento, após o forte temporal que atingiu a cidade.

Segundo o MP, a Siurb não prestou esclarecimentos solicitados pela promotoria quando o inquérito foi aberto. Na portaria, o MP solicita que a secretaria, no prazo de 20 dias úteis, forneça os seguintes documentos: planilha de contratos firmados com dispensa de licitação, cópia digital do processo de dispensa de licitação e justificativa apresentada ao TCM quanto ao incremento no número de contratações emergenciais da pasta. O órgão solicita a manifestação da construtora no mesmo prazo.

Esse é um dos 223 contratos da gestão Nunes sob suspeita de conluio para combinação de preços. O caso foi noticiado pelo UOL no ano passado. De acordo com a publicação, o esquema consistia em convidar três companhias para participar da licitação, mas apenas uma delas apresentava uma proposta viável, garantindo a vitória no contrato. Apenas na região do Jardim Pantanal, seriam 12 obra com suspeitas de conluio.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que

“as contratações de obras emergenciais seguem todos os ritos legais vigentes, atendendo integralmente aos requisitos exigidos”.

“A intervenção citada, às margens do Córrego Lajeado, foi necessária para conter o processo de erosão que colocou em risco iminente de desabamento mais de 50 casas. A obra foi executada conforme o projeto aprovado, e entregue em abril de 2023. Cabe ressaltar que todos os questionamentos do Ministério Público feitos por meio de Inquérito Civil foram respondidos integralmente pela Secretaria de Infraestrutura Urbana”, declarou a gestão municipal.

*BdF

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Mundo

Plano de Trump para Gaza desvia atenção sobre roubo de US$ 524 bi de gás e petróleo dos palestinos

Israel está fazendo igual ou até pior que Hitler. Está roubando tudo, sobretudo o direito daquele povo a existir.

Em Auschwitz, Treblinka e em outros campos de concentração, os nazistas não descartavam nenhum objeto com valor monetário pertencente aos judeus.

Eles roubavam até o ouro dos dentes arrancados da boca de judeus assassinados nas câmaras de gás.

Antes disso, os algozes nazistas já haviam roubado e saqueado todos os bens, pertences e propriedades das vítimas.

Depois de despojados desses últimos itens de valor que ainda portavam nos seus corpos, os cadáveres seguiam para incineração nos fornos ou enterro em valas coletivas, como lixo.

Aquela realidade tétrica dos anos 1930/1940 do século passado guarda, lamentavelmente, uma tétrica similitude com o que acontece com o povo palestino hoje, confinado no campo de concentração de Gaza.

Ali, naquele inferno nazi-sionista, e amontoados como entulho, os palestinos aguardam seu extermínio enquanto são observados por um mundo passivo, impotente e, por isso, cúmplice com o Holocausto palestino.

Israel está fazendo igual ou até pior que Hitler. Está roubando tudo, sobretudo o direito daquele povo a existir. Israel está levando a pleno êxito o propósito de extermínio total, da “solução final”.

Em artigo no Al Jazeera em março de 2024 o professor Sultão Barakat, das Universidades Hamad Bin Khalifa e York, denunciou “tropas israelenses saqueando as propriedades de palestinos que fugiram de sua agressão brutal. Soldados podem ser vistos sorrindo para a câmera e exibindo relógios, joias, dinheiro e até mesmo tapetes e camisas esportivas que eles roubaram de casas palestinas. Artefatos históricos roubados de Gaza foram até mesmo colocados em exposição no Knesset [parlamento israelense]”.

“Como o historiador israelense Adam Raz descreve em seu livro Saque de propriedade árabe na Guerra da Independência [2020], combatentes e civis judeus saquearam tudo, desde joias, livros e vestidos bordados até alimentos e gado, móveis, utensílios de cozinha e até ladrilhos” das casas de palestinos, assinala Barakat.

Com o Estado de Israel estabelecido, o roubo de palestinos ganhou “maior escala”. Além das terras e propriedades, “os recursos naturais palestinos, particularmente a água, também foram saqueados. Hoje, a guerra em Gaza está servindo como uma cobertura conveniente para outro roubo em grande escala; desta vez, Israel está buscando saquear as reservas marítimas de gás offshore que são propriedade do estado da Palestina”.

Estudo da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento/UNCTAD realizado em 2019 concluiu que “territórios palestinos têm gás e petróleo que podem gerar centenas de bilhões de dólares”. Reservatórios com quantidades significativas de gás e petróleo estão localizados no território ocupado da Cisjordânia, e também na costa mediterrânea da Palestina, na Faixa de Gaza.

A UNCTAD calcula que as reservas de petróleo representam 1,7 bilhão de barris [ou US$ 71 bilhões] e 122 trilhões de pés cúbicos de gás natural [ou US$ 453 bilhões], significando uma riqueza total de 524 bilhões de dólares, a valores de 2019, data do estudo.

Esta cifra extraordinária, que permitiria à Palestina se afirmar como um Estado soberano, rico e sustentável, constituído por uma população diminuta, equivale ao PIB de Israel, de 528 bilhões de dólares [FMI/2024], e é superior ao PIB de mais de 170 países do mundo.

No artigo do professor Barakat citado acima, o autor denunciou que no final de outubro de 2023 o Ministério de Energia e Infraestrutura de Israel concedeu a empresas israelenses e estrangeiras o direito de exploração de gás natural de propriedade palestina, localizado dentro das fronteiras marítimas da Palestina. Um ato escancarado de roubo, pilhagem e pirataria.

Barakat entende que “é preciso se perguntar por que empresas estrangeiras, incluindo a italiana Eni, a britânica British Petroleum e a Dana Petroleum, uma subsidiária da Korea National Oil Corporation, decidiram continuar sua participação neste acordo, principalmente em meio à contínua campanha israelense do que a Corte Internacional de Justiça identificou como um caso plausível de genocídio”.

A resposta pode ser porque o Holocausto palestino, além de atender ao plano nazi-sionista de limpeza étnica, é enormemente benéfico aos negócios daqueles conglomerados econômicos transnacionais, e por isso representa uma poderosa moeda de troca do sionismo a favor do seu projeto genocida.

Quando o assunto é o povo palestino, os interesses econômicos ficam acima de princípios básicos de humanidade.

Barakat lembra que além da ilegalidade da concessão israelense das riquezas palestinas, a participação da italiana Eni nesse negócio ilegal viola normas da União Europeia, que determinam que “todos os acordos entre o Estado de Israel e a União Europeia devem indicar inequivocamente e explicitamente sua inaplicabilidade aos territórios ocupados por Israel em 1967”.

O povo palestino está no centro do jogo macabro de Israel, dos Estados Unidos e seus países vassalos.

A Riviera de Gaza-Auschwitz, projeto de Donald Trump, demanda a limpeza étnica total, com o extermínio de todo e qualquer vestígio humano e material do povo palestino ou, então, a diáspora radical.

Tragicamente, é preciso reconhecer que se Trump decidir avançar na concretização dessa idéia infame, ele não será detido.

A construção de um resort no Mediterrâneo para o gozo da elite mundial aparenta ser parte de um plano maior que o negócio turístico-imobiliário do conglomerado Trump em associação com capitais estadunidenses e europeus, porque pode estar encobrindo o roubo, também, de mais de meio trilhão de dólares de gás e petróleo dos palestinos.

Os negócios de Trump e dos grandes capitais abastecem o motor da máquina nazi-sionista-assassina de Netanyahu.

*Do Blog de Jeferson Miola

*Ilustração: Aroeira

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Economia

Preços dos alimentos básicos caíram bem

Quem tem vício de comparar preços de alimentação, e este é o meu caso, por motivos óbvios, já tinha percebido que os ventos haviam mudado de rumo e os preços dos alimentos começaram a cair.

Uns mais, outros menos.

À exceção, é claro, da máfia do café, a mais antiga máfia brasileira, que existe desde a escravidão. Qualquer consulta que fizer à memória e aos preços atuais dos supermercados, entendeerá o porquê da inflação ter uma boa queda.

Não sei o camarão, que não faz parte do meu consumo, pelo seu preço crítico sempre, voltado somente à papa-fina. O básico, o rango do dia a dia, deu um bom refresco.

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Política

Borrado de cima embaixo, o traseiro sujo Jair Messias Bolsonaro agora é contra o Ficha Limpa

O sócio de Moro na maior fraude eleitoral da história do Brasil, em 2018, Bolsonaro, adorou quando os vigaristas de Curitiba da Lava Jato, conseguiram emplacar a Lei da Ficha Limpa para aplicar em Lula e deixá-lo condenado em segunda Instância e, consequentemente, inelegível.

Agora, o mesmo acha a mesma Lei da Ficha Limpa uma lei que só pune gente de direita.

Essa besta só abre a boca para mentir e trapacear os idiotas que adoram ser idiotas.

Que a ratoeira o carregue!

As porteiras do gado se fecham aqui.

Vai mugir lá na casa 58 de seu Jair no Vivendas da Barra, onde também mora o assassino de Marielle.

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Economia

IPCA: inflação de janeiro é a menor desde 1994

E energia elétrica impulsiona desaceleração.

IPCA ficou em 0,16%, menor taxa para janeiro desde o Plano Real. Alta nos transportes e na alimentação amenizou recuo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,16% em janeiro de 2025, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa representa a menor variação para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em 1994. O resultado ficou 0,36 ponto percentual abaixo da inflação de dezembro (0,52%) e fez com que o acumulado em 12 meses recuasse para 4,56%.

O principal fator por trás dessa desaceleração foi o recuo de 14,21% no subitem energia elétrica residencial, que exerceu um impacto negativo de -0,55 ponto percentual sobre o índice geral. De acordo com Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE, “essa queda foi decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro”. O benefício, previsto no acordo de redução das tarifas da usina binacional de Itaipu, aliviou o custo da conta de luz para os consumidores brasileiros.

Habitação desacelera, mas transportes e alimentação mantêm pressão – O grupo de Habitação, impulsionado pela redução na conta de energia, registrou queda de 3,08%, exercendo um impacto de -0,46 ponto percentual no IPCA do mês. No entanto, outros segmentos apresentaram alta significativa, reduzindo o efeito da queda na inflação geral.

O setor de Transportes avançou 1,30%, representando um impacto positivo de 0,27 ponto percentual, puxado pelas passagens aéreas, que subiram 10,42%, e pelo reajuste no preço das tarifas de ônibus urbano (3,84%).

Já o grupo Alimentação e Bebidas teve seu quinto aumento consecutivo, com alta de 0,96% e contribuição de 0,21 ponto percentual para o índice do mês. Entre os alimentos que mais subiram, destacam-se a cenoura (36,14%), o tomate (20,27%) e o café moído (8,56%). Por outro lado, a batata-inglesa (-9,12%) e o leite longa vida (-1,53%) registraram recuo nos preços.

Na alimentação fora do domicílio, houve desaceleração em relação a dezembro: o lanche subiu 0,94% (contra 0,96% no mês anterior), e a refeição avançou 0,58% (em dezembro, havia sido 1,42%).

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Mundo

Trump promete ‘comprar Gaza’ e dividir controle com outros países

Presidente dos EUA disse estar ‘comprometido’ em construir a ‘Riviera do Oriente Médio’ no enclave palestino e que poderia convidar outras nações para participar do projeto.

Em coletiva realizada dentro do avião presidencial Air Force One, transmitida neste domingo (09/02), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou a ideia de que seu país pretende assumir o controle da Faixa de Gaza, e explicou que irá fazê-lo a partir da compra do território palestino. Na resposta, ele não explicou a quem faria o pagamento dessa suposta transação.

Durante a entrevista, o mandatário estadunidense disse estar ‘comprometido em comprar e possuir a Faixa de Gaza’, mas admitiu que pode entregar partes do território palestino a outros estados, para ajudar no esforço de reconstrução.

“Posso dar partes (do território da Faixa de Gaza) a outros países no Oriente Médio, que queiram ajudar no projeto de transformá-la em um lugar privilegiado para o desenvolvimento futuro”, disse o líder de extrema direita.

O magnata voltou a defender, na coletiva, seu plano de construir um balneário de luxo na região, projeto que ele vem chamando de “Riviera do Oriente Médio”. O projeto foi repudiado por diversos líderes mundiais, como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Trump anunciou que, dentro das próximas semanas, terá reuniões com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, para apresentar seu projeto de reconstrução de Gaza e a possibilidade de que seus países façam parte dele.

De acordo com o Opera Mundi, a troca de uma parte dos lucros no projeto de luxo em Gaza, os governos teriam que aceitar os cerca de 2,5 milhões de palestinos que os Estados Unidos pretendem expulsar do território – Trump fez uma ressalva, dizendo que nem todos os residentes de Gaza seriam expulsos, que seria preciso analisar caso a caso, mas não explicou como essa seleção seria colocada em prática.

Ademais, o presidente dos Estados Unidos retificou um trecho da declaração feita durante a coletiva conjunta com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, na última terça-feira (04/02). Na ocasião, ele disse que os Estados Unidos assumiriam o controle de Gaza sem precisar deslocar tropas para a região. Desta vez, admitiu que poderia enviar soldados para viabilizar a tarefa de controlar a zona.

Até o momento, o projeto de Trump tem sido fortemente criticado pelos países árabes, pelos membros da União Europeia, por Rússia e China, e por movimentos ligados à causa palestina, como o Hamas. Este último divulgou um comunicado na última quarta-feira (05/02), no qual qualificou a proposta como “uma receita para alimentar o caos e a tensão na região”.

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Política

Lula ironiza Faria Lima: ‘governar para uma minoria não gera déficit’

Presidente destacou que seu governo prioriza políticas públicas inclusivas, especialmente na área da educação.

Em discurso durante a cerimônia de entrega do Prêmio Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, realizada nesta segunda-feira (10) em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou a elite financeira e afirmou que governar apenas para uma parcela privilegiada da população evitaria déficits fiscais, mas não resolveria os problemas do país.

“Tem gente que acha que este país tinha que ser governado apenas para 35% da população. Apenas para 35% da população. Aí a gente não tinha problema de Orçamento. A gente não teria problema de déficit fiscal, porque é governar para menos gente, e gente com mais dinheiro”, disse Lula, de acordo com a CNN Brasil.

O presidente destacou que seu governo prioriza políticas públicas inclusivas, especialmente na área da educação. Quando se trata de educação, não pode haver veto ideológico, partidário, religioso ou de gênero, disse ele. “O que importa saber é que estão na escola crianças brasileiras que precisam de ajuda”, afirmou.

Compromisso com a alfabetização – O evento premiou iniciativas de prefeituras e secretarias de educação que avançaram na alfabetização de crianças até o 2º ano do ensino fundamental. A meta do governo federal, estabelecida em 2023, é garantir que 80% das crianças entre 7 e 8 anos estejam alfabetizadas até 2030. O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) envolve esforços coordenados entre União, estados e municípios, segundo o 247.

“Fizemos um acordo com os 27 governadores e quase 6 mil prefeitos para chegar até 2030 com 80% das crianças alfabetizadas até o 2º ano. Esse é o compromisso que precisamos assumir diante do futuro deste país, que não pode mais ser eternamente um país em desenvolvimento. É hora de sermos um país desenvolvido, e isso só será possível se apostarmos na educação”, declarou Lula.

Ao todo, 4.187 municípios receberam o selo, sendo 2.592 na categoria Ouro, 1.062 na categoria Prata e 533 na categoria Bronze. Entre os estados, 14 foram premiados com o Selo Ouro, incluindo Ceará, Minas Gerais e Paraná.

O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância da alfabetização para o futuro das crianças e do país. “Quando uma criança não aprende a ler e a escrever ao final do 2º ano, compromete todos os anos escolares. Aumenta a distorção idade-série, a reprovação e o abandono. No ensino médio, quase meio milhão de jovens abandonam a escola”, afirmou.

Santana comemorou os avanços já alcançados: “Saímos de 36% e chegamos a 56% das crianças alfabetizadas. Temos a meta de chegar a 80% até 2030, mas acredito que vamos atingi-la antes”.

Encontro com prefeitos – A agenda do presidente Lula em Brasília continua nesta terça-feira (11), com a abertura do Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas. O evento, que segue até quinta-feira (13), reunirá gestores municipais eleitos para o mandato 2025-2028 e tem como objetivo aproximar os municípios dos ministérios e órgãos federais, facilitando o acesso a recursos e informações essenciais para a gestão pública.

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Mundo

Sindicato dos Jornalistas critica ida de profissionais a Israel por convite do lobby sionista

Delegação de comunicadores aceitou ter sua visita custeada por entidade vinculada ao Estado judeu, apesar do assassinato de 205 jornalistas pelas forças armadas israelenses.

Seis jornalistas brasileiros chegaram a Israel no dia 5 de fevereiro, para uma temporada de oito dias, com todas as despesas de viagem e hospedagem pagas pelo Instituto Brasil-Israel (IBI), uma das principais entidades sionistas com inscrição nacional. O objetivo, segundo nota dos dirigentes dessa organização, é “desexcepcionalizar Israel, isto é, mostrar que se trata de um país complexo, como todos os outros, com pessoas diversas, opiniões distintas e nuances que, muitas vezes, só podem ser compreendidas quando vistas de perto”.

Os profissionais de imprensa que integram a delegação são: Pedro Doria, fundador e editor do Canal Meio; Tatiana Vasconcellos, âncora da Rádio CBN; Filipe Figueiredo, criador do podcast Xadrez Verbal; Leila Sterenberg, que atua semanalmente nos programas do canal do IBI; Janaina Figueiredo, repórter especial do jornal O Globo; e Marcos Guterman, diretor de Opinião no jornal O Estado de S. Paulo.

A iniciativa ocorreu em paralelo com a excursão da delegação de acadêmicos brasileiros, organizada pela Stand With Us Brasil, que desembarcou em 2 de fevereiro e ficou até o dia 9. De acordo com o vice-presidente do IBI, Eduardo Wurzmann, em declaração ao boletim da associação, os participantes “terão oportunidade de conhecer e conversar com atores importantes de todo o espectro da política e da sociedade israelense”.

No comunicado emitido pelo IBI, consta um itinerário que prevê uma visita à região atacada pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, além da Praça dos Reféns “em um dia em que há a expectativa de retorno de sequestrados”. Opera Mundi entrou em contato com o instituto para obter mais informações referentes à excursão dos jornalistas, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), Thiago Tanji, participação nas chamadas press trips sempre foi um ponto de debate, sendo que alguns veículos de comunicação tendem a proibir convites de empresas que financiam esses roteiros. Segundo o líder da categoria, a cobertura jornalística referente ao massacre na Faixa de Gaza já apresenta problemas em si, ainda mais quando há tentativa do governo israelense em utilizar “estratégia de relações públicas e lobby” para se manter próximo à imprensa.

“Os jornalistas terão liberdade e coragem de questionar as autoridades israelenses pelos mais de duzentos jornalistas assassinados desde outubro de 2023? Poderão realizar entrevistas e circular livremente pelos territórios que desejarem, conversando com a população palestina, que poderia relatar os horrores que viveram por decisões tomadas pelo Estado de Israel?”, questionou o sindicalista.

De acordo com o jornalista, sociólogo e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Laurindo Lalo Leal Filho, o governo israelense faz uso da tática do soft power, por meio de entidades alinhadas a Israel, como o IBI, para amenizar a repulsa global contra o país pelas denúncias de crimes contra a humanidade.

“É parte dessa política a viagem que jornalistas e professores brasileiros fazem a Israel. São convites feitos em meio a uma das agressões mais violentas da história recente, que deveriam merecer um mínimo de ponderação antes de serem aceitos. Não se pode admitir ingenuidade a essas pessoas com o tipo de formação que possuem. Ao aceitar o convite, tomaram implicitamente partido do lado agressor”, afirmou.

*Opera Mundi

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Bolsonaro

Gaza roubada: Trump diz que palestinos não poderão retornar a Gaza após reassentamento forçado

Presidente dos EUA sugeriu uma realocação forçada em massa de palestinos para outros países, como Egito ou Jordânia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os palestinos não teriam permissão para retornar a Gaza após serem realocados para novas comunidades em outros países da região, de acordo com um trecho de entrevista divulgado pela Fox News nesta segunda-feira (10).

“Não, eles não voltariam, porque terão moradias muito melhores, ou seja, estou falando em construir um lugar permanente para eles”, disse Trump na entrevista, quando questionado se os palestinos teriam o direito de retornar a Gaza.

Na semana passada, Trump chamou Gaza, enclave palestino destruído por uma campanha militar genocida de Israel, um dos principais aliados de Washington, de “local de demolição” que os EUA deveriam assumir para desenvolver. Ele também sugeriu uma realocação forçada em massa de palestinos para outros países, como Egito ou Jordânia, como parte de seu plano para transformar a Faixa de Gaza na “Riviera do Oriente Médio”.

O movimento palestino Hamas, que governa Gaza, as Nações Unidas, o Brasil e uma série de outras nações condenaram o plano de Trump, segundo o Sputnil, via Leonardo Sobreira.

Além disso, a própria opinião pública dos EUA se divide sobre a questão. Quase metade dos americanos desaprova o plano do presidente dos EUA de assumir o controle da Faixa de Gaza, revelou uma pesquisa da CBS e YouGov publicada no domingo.

O levantamento, realizado entre 5 e 7 de fevereiro com 2.175 adultos norte-americanos, mostrou que 47% dos entrevistados consideraram a ideia “ruim”, enquanto apenas 13% disseram que seria uma “boa ideia”. Outros 40% afirmaram não ter certeza.

Apesar disso, a maioria (54%) disse aprovar a forma como Trump tem lidado com o conflito palestino-israelense, enquanto 46% disseram desaprovar.