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Alexandre Garcia é demitido da CNN

Alexandre Garcia é demitido da CNN após espalhar negacionismo e defender o “tratamento precoce”.

Após ser vergonhosamente desmentido pela âncora da CNN, por defender tratamento precoce com kit covid, o paspalho lambe-botas de Bolsonaro, é demitido pela emissora.

A emissora divulgou uma nota indicando que a rescisão foi tomada especificamente após ele defender, por inúmeras vezes, o tratamento precoce contra a covid.

CNN Garcia

*Com informações do 247

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Prevent Senior escondeu que morte de Anthony Wong, médico negacionista, foi por covid

Segundo a Revista Piauí, quando o pediatra e toxicologista Anthony Wong morreu, aos 73 anos, no dia 15 de janeiro de 2021, sua família divulgou, em nota, que ele havia sido hospitalizado com queda de pressão e mal-estar. Internado, recebeu o diagnóstico de úlcera gástrica e hemorragia digestiva. “Durante a internação, evoluiu com quadro de descompensação do padrão cardíaco e padrões de fibrilação atrial”, informa o texto. Em português, teve fortes alterações no ritmo cardíaco e depois sofreu uma parada cardiorrespiratória.

A nota omite, contudo, que Wong fora internado com sintomas de Covid-19 e que, ao final de quase dois meses no hospital, tornou-se uma das quase 600 mil vítimas da pandemia no Brasil. A piauí teve acesso ao conteúdo do prontuário médico de mais de 2.000 páginas, no qual se descreve todo o tratamento até sua morte. Teve acesso, também, ao atestado de óbito, onde não há qualquer menção à morte por Covid.

Wong era uma celebridade nas redes sociais bolsonaristas em razão do seu negacionismo. Em vídeos, ele desprezava a pandemia e a vacinação. Compunha um trio com a imunologista e oncologista Nise Yamaguchi e o virologista Paolo Zanotto. Como pediatra, Wong formou uma farta clientela desde os anos 1980 entre a elite paulistana. Quando surgiu a pandemia, ele começou a enviar vídeos aos pais de seus pacientes que, preocupados, pediam que o médico explicasse o que era a Covid-19 e seus efeitos.

Os conteúdos acabaram viralizando, e o médico decidiu criar contas no YouTube e no Instagram para publicar suas opiniões. Tinha milhares de seguidores. Quando morreu, seus familiares excluíram os canais e nunca aceitaram pedidos de entrevista.

No dia da internação, segundo consta do prontuário médico, Wong autorizou ser medicado com o “kit Covid” da Prevent Senior, composto de hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. O tratamento precoce durou quatro dias, e Wong passou a usar outros remédios, todos sem comprovação pela ciência. Recebeu heparina inalatória, cujo efeito em infecções virais é desconhecido, e metotrexato venoso, tradicionalmente prescrito no tratamento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas, como artrite, mas sem efeito comprovado contra a Covid. Juntamente com essa leva de tratamentos experimentais, Wong recebeu mais de vinte sessões de ozonioterapia retal, tratamento que até mesmo o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro desaconselha.

Em nota divulgada em agosto de 2020, a pasta informou: “O efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus (Sars-CoV-2) é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos.” Seu uso, na verdade, só é autorizado para testes clínicos em instituições autorizadas. A Prevent Senior não é uma delas.

No nono dia de tratamento, Wong desenvolveu uma hemorragia digestiva que, segundo o prontuário, foi revertida em menos de 24 horas, depois de ele ter recebido transfusões de sangue. Durante o restante do período de intubação, ele deixou de ser medicado com o kit Covid — ficou apenas com a ozonioterapia e o metotrexato venoso. Wong também desenvolveu insuficiência renal e foi submetido a frequentes sessões de diálise, que filtram o sangue quando o rim já não consegue mais eliminar as toxinas do corpo. O médico foi ainda retirado da intubação e submetido a um procedimento, mais invasivo, de traqueostomia, que consiste na inserção de um tubo na traqueia para permitir a respiração.

Ao final de seus dias, o médico fora infectado por uma pneumonia bacteriana que não cedia à medicação aplicada. Era outra consequência da Covid, já que respiração mecânica oferece o risco de infecções bacterianas. A infecção se espalhou pelo corpo, resultando em um choque séptico, que provocou a falência dos órgãos e uma parada cardiorrespiratória.

O médico faleceu às 17h25 do dia 15 de janeiro. O atestado de óbito, no entanto, deveria informar que Wong teve Covid porque a infecção pelo vírus foi o que motivou todas as complicações subsequentes que o mataram. É essa a orientação das secretarias de Saúde dos estados, inclusive a de São Paulo. “A declaração de óbito deveria mostrar o código para Covid senão como causa básica da morte, ao menos como causa secundária”, afirma o epidemiologista Wanderson Oliveira, que elaborou os protocolos de manejo de corpos do Ministério da Saúde quando era secretário de Vigilância em Saúde, na gestão de Luiz Henrique Mandetta.

Mas o atestado de Wong não menciona Covid nem como causa básica nem secundária. Em vez disso, limita-se a informar as doenças que decorreram da Covid. No campo da causa mortis, diz o seguinte: choque séptico, pneumonia, hemorragia digestiva alta e diabetes mellitus. A única doença prévia de Wong, no momento em que foi internado, era uma diabetes leve, que ele vinha tratando com medicação adequada. As outras três intercorrências – o choque séptico, a pneumonia e a hemorragia digestiva – foram provocadas por complicações do tratamento da Covid.

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Vídeo: Com a onda bolsonarista de ódio contra a China, o resultado é este: Homem joga bomba no consulado da China

Crime aconteceu na noite desta quinta-feira. Ninguém ficou ferido.

Um homem lançou um artefato explosivo no Consulado da China, na noite desta quinta-feira, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O crime ocorreu às 21h48. Imagens de câmeras da Rua Muniz Barreto mostram o momento em que um homem tira do bolso o artefato, manuseia o objeto por dez segundos, lança em direção ao consulado, que fica no número 715 desta via. Em seguida, ele foge correndo.

O suspeito usava calça, casaco, máscara e boné pretos. O fato foi apresentado na Polícia Federal, mas foi registrado na 10ª DP (Botafogo). A delegacia acionou o esquadrão antibombas da Polícia Civil e está tentando identificar o suspeito.

Segundo a polícia, o esquadrão recolheu os fragmentos e levou para perícia. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) também foram acionados.

Confira:

*Com informações de O Globo

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Vídeo: Zé Trovão avisa que entrou com habeas corpus no STF para arruaceiros não sofrerem punição por tentar invadir o STF

Não é piada, nem montagem, é o Zé Trovão mesmo grava vídeo tranquilizando todos os arruaceiros que queriam invadir o STF, dizendo que o advogado do “movimento” dos caminhoneiros impetrou um habeas corpus preventivo no STF para aqueles que queriam provocar o quebra-quebra no STF não sejam punidos. Vai dar certinho.

Essa gente é mais debiloide do que se imagina.

A pergunta é, como chegamos a isso?

Confira:

https://twitter.com/gouveia_kita/status/1435896554649493507?s=20

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Vídeo: Bolsonaristas atacam caminhoneiros para forçar paralisação

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão desde o início da tarde desta quarta-feira (8) tentando intimidar caminhoneiros para pressioná-los a realizar uma paralisação. Vídeos mostram bolsonaristas jogando pedras em veículos para forçar locaute.

As cenas mais sérias foram vistas em Santa Catarina. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o estado é o que mais possui bloqueio de vias.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, há ações de interrupções do fluxo rodoviário em ao menos 8 estados. Estes seriam Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul.

A Fórum teve acesso a um levantamento do gabinete do deputado Alencar Braga (PT-SP) feito a partir de um mapa que circula entre caminhoneiros bolsonaristas com todos os pontos de bloqueio. Além dos estados já citados, há paradas em Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Rondônia, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. Dessa maneira, seriam 19 estados.

A PRF do Tocantins disse aos jornalistas Tácio Lorran e Galtiery Rodrigues, do Metrópoles, que o movimento de bloqueio não é feito só por caminhoneiros.

O deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da Frente Parlamentar de Caminhoneiros e Celetistas, cobrou da Direção da Polícia Rodoviária Federal a proteção de motoristas diante das ações de bolsonaristas. No ofício, obtido pelo colunista Chico Alves, do Uol, Crispim pede para a PRF “cumprir e fazer cumprir a legislação brasileira, garantir a liberdade dos caminhoneiros, conter e evitar intercorrências do tipo e sua evolução”.

Um vídeo difundido pelo portal Nd+ mostra pedras sendo lançadas contra motoristas. Confira no fim da matéria.

Associação dos transportes reage a bloqueios

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou nota na noite desta quarta repudiando as ações. “Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, afirma a entidade.

“Preocupa a NTC o bloqueio nas rodovias o que poderá causar sérios transtornos à atividade de transporte realizada pelas empresas, com graves consequências para o abastecimento de estabelecimentos de produção e comércio, atingindo diretamente o consumidor final, de produtos de todas as naturezas inclusive os de primeira necessidade da população como alimentos, medicamentos, combustíveis etc”, afirma.

A NTC cobra o Governo Federal e governos estaduais a repelirem esses bloqueios. “A NTC deixa claro que não apoia esse movimento, repudiando-o, orientando as empresas de transporte a seguirem em sua atividade e orientando os seus motoristas para em caso de bloqueio ao trânsito dos seus veículos acionarem imediatamente a autoridade policial solicitando sua liberação”, finaliza a nota. Confira na íntegra no fim da reportagem.

Confira o vídeo:

*Com informações da Forum

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Caminhões de empresas ligadas a Bolsonaro bloqueiam Esplanada e pressionam por invasão ao acesso ao STF

Governo do DF ainda tenta contato com quatro movimentos bolsonaristas cadastrados; clima é de hostilidade.

O movimento de viés golpista do presidente Jair Bolsonaro segue vivo fisicamente em Brasília, após a manifestação do 7 de Setembro. Mais de cem caminhões ocupam a Esplanada dos Ministérios e são usados para pressionar pela derrubada do bloqueio que dá acesso ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional.

O movimento tem o dedo de empresas do agronegócio de Goiás, Santa Catarina e São Paulo. A maioria dos caminhões estacionados no canteiro central e nas vias da Esplanada traz a identificação delas.

O trânsito segue bloqueado e, até o começo da tarde desta quarta-feira (8), havia uma grande quantidade de manifestantes bolsonaristas em frente aos ministérios.

O clima é de hostilidade a jornalistas e aos policiais militares que fazem a barreira que impede o acesso ao STF e ao Congresso.

Diferentemente desta terça (7), esta quarta é um dia útil para o STF, com votação marcada para o plenário.

Os ministros retomam a votação sobre a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas. A tese, que altera diretamente os critérios para demarcação, com prejuízos a populações tradicionais, é encampada pelo governo Bolsonaro e pela bancada ruralista no Congresso.

O Supremo é o principal alvo de Bolsonaro e de seus apoiadores que compareceram às manifestações em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Os manifestantes que seguem em Brasília, a bordo de caminhões, falam abertamente em invasão ao STF, em fechamento da Suprema Corte e em prisão dos ministros, dando sequência ao discurso golpista de Bolsonaro.

Uma fileira de caminhões foi disposta rente à grade que isola o Congresso de ponta a ponta. Buzinaços são feitos o tempo todo. Manifestantes pressionam a PM pela liberação da via de acesso a STF e Congresso.

*As informações são da Folha

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Na véspera de manifestações, Moraes faz série diligências no inquérito que apura atos antidemocráticos

Às vésperas das manifestações programadas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro no 7 de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu andamento a diligências no âmbito do inquérito que apura atos antidemocráticos. Apenas nesta segunda-feira, foram cumpridas uma prisão preventiva, busca e apreensão contra suspeitos de financiar as movimentações antidemocráticas e o bloqueio das contas em redes sociais do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio.

As ofensivas contra organizadores, incentivadores e financiadores de atos antidemocráticos nas manifestações desta terça começaram na última semana, com o cumprimento de ordens de prisão contra o blogueiro Wellington Macedo e o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão. Nesta segunda, conforme contou a colunista Bela Megale, mais um mandado de prisão foi expedido, desta vez contra o bolsonarista Márcio Giovani Nique, conhecido nas redes como “professor Marcinho”.

Atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), Moraes autorizou a prisão preventiva de Marcinho, em Santa Catarina, após afirmar á alguns dias em uma live nas redes sociais que “um empresário grande está oferecendo uma grana federal que vai sair pela cabeça (do ministro do STF) Alexandre de Moraes, vivo ou morto”. Ele também afirmou que existe um agrupamento no Brasil e em outros países que irá caçar “ministro (do STF) onde quer que eles estejam”.

Outro alvo de Moraes nesta segunda foi o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que teve suas contas em redes sociais bloqueadas sob suspeita de incentivar os atos antidemocráticos nesta terça-feira. No seu perfil do Twitter, Eustáquio vinha divulgando declarações do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, que tem articulado um movimento para pedir o impeachment dos ministros do STF no dia 7. O blogueiro chegou a realizar transmissões ao vivo com Zé Trovão, que tem um mandado de prisão em aberto contra ele, já que a Polícia Federal ainda não localizou o bolsonarista.

Em dezembro do último ano, Moraes já havia determinado a prisão preventiva do blogueiro após ele descumprir as restrições de circulação impostas pelo STF enquanto estava em prisão domiciliar. Desde então, Eustáquio é investigado pela participação na organização de protestos que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo, além de pedidos pela volta do AI-5, o ato institucional que endureceu a ditadura militar.

Ainda na tarde desta segunda-feira, a Polícia Federal também realizou busca e apreensão na sede da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), em Cuiabá, que também foi alvo de bloqueio de contas bancárias determinado pelo ministro Alexandre de Moraes. O prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar Alba (PSL), flagrado recentemente com R$ 505 mil em espécie no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, também foi alvo de busca e apreensão na mesma operação.

*Com informações de O Globo

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Ex de Bolsonaro e filho 04 se mudam para mansão de R$ 3,2 milhões em Brasília

Jair Renan Bolsonaro, o filho ’04’ de Jair Bolsonaro, e sua mãe, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do presidente, são desde junho deste ano os mais novos moradores de uma casa no Lago Sul de Brasília. O imóvel, avaliado em R$ 3,2 milhões, fica a quatro minutos da ponte JK, uma das áreas mais nobres e valorizadas da capital.

A família do presidente alugou a casa de um homem que comprou o imóvel por R$ 2,9 milhões (cerca de R$ 300 mil abaixo do valor avaliado da residência), em 31 de maio, dias antes da mudança de Jair Renan e Ana Cristina. O corretor Geraldo Antônio Machado, dono da casa, vive em uma outra, uma edificação modesta a 30 quilômetros do local, num condomínio em Vicente Pires, região administrativa de classe média no Distrito Federal.

“Eu ia mudar para lá [casa do Lago Sul], mas infelizmente a pessoa declinou do meu negócio aqui [casa onde vive]. Eu tive que, infelizmente, alugar. É um sonho morar no Lago [Sul] né. É bem localizado”, justificou Machado, ao explicar o motivo de alugar a casa.

Por duas vezes, ele disse à coluna que é o proprietário de fato da casa no Lago Sul. A mansão é o único imóvel registrado em nome dele no Distrito Federal. Machado afirmou que possui outros bens, mas sem escritura.

A casa no Lago Sul estava à venda até dias antes da mudança de Ana Cristina e Jair Renan, que ocorreu em meados de junho. A coluna registrou imagens dos dois já vivendo no local no dia 22 daquele mês. Antes disso, eles moravam em um apartamento de 70 metros quadrados que está no nome do presidente Jair Bolsonaro.

A coluna apurou que casas com tamanho próximo à de Ana Cristina estão sendo alugadas na mesma quadra por cerca de R$ 15 mil. A advogada, que é assessora da deputada federal Celina Leão (PP-DF), possui um salário líquido de R$ 6.200. Nem a ex-mulher de Bolsonaro, nem Machado quiseram revelar o valor do aluguel.

O imóvel possui um terreno de 1.200 metros quadrados e cerca de 800 metros quadrados de área construída em dois pisos. Ainda tem quatro suítes. Como comparação, essas características se enquadram no que a Prefeitura de São Paulo define como “categoria F”, as casas de mais alto padrão da cidade. No anúncio de venda, obtido pela coluna, o imóvel é descrito com diversos requintes.

“Quatro suítes, com fino acabamento e todas com closet. Escada em mármore. Suíte master ampla com cerca de 100 m², abre para grande terraço com potencial para jardim, espaço fitness, solarium e outros. Closet amplo na suíte master, com excelentes armários planejados. Banheiro da suíte master com acabamento também elegante e de tamanho avantajado proporcionando conforto e espaço luxuoso. Duas suítes amplas localizadas na parte anterior da casa com amplas varandas que possibilitam vista parcial do Lago”, dizia um trecho do anúncio.

Dono alugou mais barato

“apesar de ter 3 propostas” Machado disse que teve três propostas de locação. No entanto, o corretor também disse que fechou o negócio rapidamente porque tinha pressa.

“A princípio, eu ia pedir um valor alto, mas eu pedi um valor de mercado mesmo para alugar rápido e eu resolver meu problema.”

Machado disse que não queria revelar o valor do aluguel porque é algo “particular”.

“A gente não pode abrir os negócios. Prefiro nem comentar”, afirmou o dono do imóvel. Ele também não quis falar sobre o modo como estão ocorrendo os pagamentos.

A coluna pesquisou os bens no nome de Geraldo Machado e não identificou nenhum outro imóvel no nome dele na região onde ele vive em Vicente Pires e em outros sete cartórios do Distrito Federal. Somente a casa no Lago Sul foi localizada no nome do corretor.

O único cartório que não retornou ainda a pesquisa foi o 5º registro de imóveis, que abrange os imóveis das regiões administrativas do Gama e de Santa Maria.

Machado disse que tem outros imóveis, mas não tem como comprovar a propriedade com escrituras em cartório. Em Vicente Pires, uma parte das residências ainda não tem documentos em tabelionatos, mas apenas a chamada “cessão de direitos”, pois, antigamente, eram terras de zona rural pertencentes à União.

O corretor afirmou que está vendendo esses imóveis, inclusive sua residência, para quitar as despesas com a compra da casa no Lago.

“Eu comprei a casa [no Lago] e aluguei. Infelizmente, eu passei por esse transtorno de não realizar outro negócio que eu fiz. Estou trabalhando para vender a casa [em Vicente Pires] o mais rápido possível, a minha, os meus imóveis.”

Machado diz que espera poder ir morar no local daqui um ano.

*A reportagem é de Juliana Dal Piva/Uo

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Vídeo: Um exemplo que serve como um tapa na cara das elites do mundo que produzem a fome e a miséria

A linda e comovente lição de uma criança com a fome e a miséria que assolam muitos países. É emocionante!

O que mais encanta, mas também assusta é uma criança com essa idade disposta a lutar pela desigualdade no planeta, porque, segundo ela própria “o coração fica partido”.

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Sócia de fábrica de ivermectina sacou R$ 937 mil em espécie, aponta Coaf

Irmã e sócia do empresário que faturou 29 vezes mais com a venda de ivermectina durante a pandemia do coronavírus, a empresária Ildelita Alves Jorge Warde fez 274 saques em espécie de abril de 2019 até abril deste ano. Isso indica uma retirada de dinheiro vivo a cada três dias. As operações somaram R$ 937 mil e foram detectadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

O órgão auxilia investigadores em ações para combater a lavagem de dinheiro e viu, nas operações de Ildelita, uma tentativa de “burla” à identificação das pessoas que receberiam os valores.

Ildelita é irmã de José Alves Filho, dono do laboratório Vitamedic Indústria Farmacêutica. Ela é sócia dele também em outras três empresas. O laboratório faz pagamentos a ela, assim como as outras empresas ligadas a Alves Filho.

Procurado pela reportagem, o diretor jurídico do laboratório, Luiz Antônio Faria, mandou uma funcionária informar que ele não teria nada a falar com a reportagem. Não houve resposta aos questionamentos.

A empresa com sede em Anápolis (GO) pertencia a uma “laranja” do contraventor Carlinhos Cachoeira, segundo a PF (Polícia Federal). A fábrica aumentou seu faturamento em 29 vezes vendendo ivermectina, medicamento sem eficácia contra a covid-19.

Considerando apenas o remédio, as vendas subiram de R$ 15,7 milhões para R$ 470 milhões, entre 2019 e 2020, de acordo com o depoimento um de seus diretores, Jailton Batista, à CPI da Covid. A quantidade de caixas do remédio, com dois ou quatro comprimidos saltou de 5,6 milhões em 2019 para 75 milhões no ano passado. Neste ano, foram mais 36 milhões de unidades.

Documentos do Coaf enviados à comissão de inquérito anotam os saques feitos por Ildelita. No período de abril de 2019 a julho do ano passado, foram 235 saques, chegando a mais de R$ 791 mil. De lá até abril deste ano, foram outras 39 retiradas, somando cerca de R$ 145 mil.

O conselho anotou alguns saques com valores abaixo de R$ 10 mil “aparentemente na tentativa de burlar a identificação dos intervenientes”. Só entre março e julho do ano passado, durante a pandemia, Ildelita fez, pelo menos, 20 retiradas de dinheiro vivo. Elas somaram R$ 96 mil.

Os saques em espécie são os principais “sinais amarelos” apontados por investigadores da Polícia Federal e da Procuradoria e por servidores do Coaf para serem analisados se houve alguma tentativa de esconder os reais destinatários dos valores. Ildelita foi procurada para esclarecer o motivo das retiradas. Ela declarou aos agentes que usava os recursos para pagar funcionários. Por isso, o Coaf viu “características de burla” nas operações:

Alegou que os saques em espécie se destinam aos pagamentos dos funcionários de sua residência. Diante das informações supracitadas, não podemos desconsiderar a movimentação havida em conta incompatível com a renda declarada, realização de saques em espécie com características de burla, dificultando a indicação quanto a destinação dos recursos”.

Empresa patrocinou anúncio de tratamento

A Vitamedic patrocinou anúncio de um suposto tratamento “precoce” para o coronavírus. O nome geralmente é associado ao uso de medicamentos sem comprovação científica para tratar a covid, como a cloroquina e a ivermectina.

O grupo empresarial dá apoio a uma associação de médicos a favor desse tratamento. O UOL revelou que, por causa do patrocínio à iniciativa, a farmacêutica é alvo de ação de R$ 45 milhões.

*Com informações do Uol

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