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Extrema-direita vence na França e esquerdas crescem, superando partido de Macron

O Reagrupamento Nacional (RN) obteve 33% dos votos. A Nova Frente Popular ficou com 28,5%. Já o partido do presidente francês obteve 22%. Segundo turno será no próximo domingo (7).

O partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional (RN) obteve a maior votação no primeiro turno das eleições legislativas na França, realizadas neste domingo (30). Segundo dados da contagem rápida realizada pelas autoridades eleitorais francesas, a sigla liderada por Marine Le Pen obteve 33% dos votos, conquistando o primeiro lugar na maioria dos distritos.

A segunda maior votação (28,5%) ficou com a Nova Frente Popular, aliança criada recentemente, que reúne o movimento França Insubmissa e os tradicionais Partido Socialista, Partido Comunista Francês e Partido Verde, além de outros setores de esquerda. A principal figura da frente é o líder progressista Jean-Luc Mélenchon.

A coalizão Juntos, que representa os setores de centro-direita ligados ao presidente Emmanuel Macron, ficou em terceiro lugar, com 22% dos votos.

As três forças políticas deverão se enfrentar em um segundo turno, em 7 de julho, quando será definida a nova configuração de forças no parlamento francês. Contudo, os números mostram que a nova aliança das esquerdas é a força política com maiores chances de lutar para evitar uma vitória da extrema direita.

Extrema-direita é risco para questões diplomáticas e ambientais
Esse cenário na segunda maior economia da Europa teria repercussão na guerra na Ucrânia e também nas relações com os Estados Unidos, no destino da União Europeia no acordo comercial com o Mercosul e na própria atuação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Jordan Bardella, que pode assumir o cargo de primeiro-ministro pela extrema direita, já deixou claro que vai confrontar o posicionamento de Macron no mundo. E que considera que não existe um consenso legal sobre a atribuição exclusiva da presidência quanto a temas de defesa e de diplomacia.

Além disso, o grupo liderado por Marie Le Pen promete formar alianças com outros governos de extrema direita na Europa para reduzir a questão sobre imigração à segurança nacional, com novas barreiras e deportações. E há dúvidas sobre o compromisso da extrema direita com os pactos climáticos assinados pela França. Trata-se da destinação, pelas potências, de bilhões de euros para a transição energética nos países emergentes que são os que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas.

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A Nova Frente Popular (Centro-Esquerda) é a vencedora na França

Macron agora terá que conter os radicais do seu grupo e se unir à Nova Frente Popular, não há outro caminho.

Uma Nova Frente Popular surge para enfrentar o Fascismo na França,

Era óbvio que a Extrema-direita teria maior percentual no primeiro turno, mas a tática da Nova Frente Popular (A France Insoumise (França Insubmissa), o Parti Socialiste (Partido Socialista), o Parti Communiste (Partido Comunista) e Les Écologistes (Os Ecologistas), se ajustou muito bem para o momento e se constituiu o verdadeiro polo de resistência ao fascismo, os números nacionais confirmam o excelente desempenho.

A tática suicida de Macron o levou à derrota, sem nenhuma necessidade, após as eleições para o Parlamento Europeu, ele convocou eleições nacionais, para o parlamento em que ele tinha maioria, poderia ficar até as próximas eleições e aguentar a extrema-direita, preferiu o tudo ou nada, perdeu feio, mas abriu um leque à esquerda muito interessante.

Percebo que estamos olhando apenas para um lado, a “vitória”(mais do esperada) da extrema-direita, sem entender, primeiro que quem foi derrotado foi o Macron, seu conservadorismo não se sustenta na direita. É o caso do PSDB, que foi engolido pelo bolsonarismo.

Macron não é o interlocutor da defesa da Democracia, como parecia e dependendo dos resultados do segundo turno, será o responsável por entregar à extrema-direita o comando do país, agora terá que conter os radicais do seu grupo e se unir à Nova Frente Popular, não há outro caminho.

Em rápidas palavras, a derrota de Macron se ao agravamento da crise econômica, o fracasso da guerra da Ucrânia e a incapacidade de lidar com a imigração, o que levou a extrema-direita a “comer” a direita do Macron, por um lado e a centro-esquerda, pelo outro.

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Tentativa de golpe na Bolívia: sanha por lítio e movimentos dos EUA não são mera coincidência

A nível mundial, expansão da capacidade de produção de lítio é crucial, o que torna imprescindível ter o controle das áreas onde se encontra o mineral, como a Bolívia.

Podemos tentar compreender a intentona golpista perpetrada no último dia 26 de junho contra o governo democraticamente eleito da Bolívia sob várias perspectivas. A meu ver, a geoestratégica e os interesses no campo energético é uma das principais. Juntamente com Argentina e Chile, o território boliviano compõe o que se denomina “triângulo do lítio”, essencial à procura por soluções de energia limpa e também evolução tecnológica, fatores-chave para o futuro da mobilidade e da transição energética globais.

Nos últimos quatro anos, esse país andino de 12,2 milhões de habitantes, cuja economia é baseada na extração de recursos naturais, principalmente gás e minérios, já sofreu duas tentativas de golpe de Estado, tendo a primeira sido exitosa, e a segunda providencialmente sufocada.

Preocupação com capitais chineses e russos
Em novembro de 2019, golpistas da extrema-direita forçaram a renúncia do então presidente Evo Morales, que viu-se obrigado a deixar seu país, exilando-se primeiramente no México, e posteriormente na Argentina. Durante o governo da presidenta golpista Jeanine Áñez, foram registradas centenas de prisões arbitrárias, e forte repressão policial aos movimentos contrários ao golpe. Neste 26 de junho de 2024, o agora ex-comandante do Exército Boliviano, Juan José Zúñiga, que se encontra preso, foi a principal liderança dessa segunda tentativa de golpe contra a democracia boliviana, a qual felizmente foi devidamente contida, segundo o Diálogos do Sul.

Conforme salientei, há várias maneiras de tentar compreender essas ameaças golpistas na Bolívia, mas, no meu entendimento, devemos partir para as questões geoestratégicas. Recentemente, no mês de abril, a titular do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, generala Laura Jane Richardson, se dirigiu à cidade de Ushuaia, na Argentina, onde foi recebida pelo presidente Javier Milei, entusiasta do país norte-americano. Naquela oportunidade, o mandatário rioplatense anunciou, entre outras questões, a instalação de uma base naval integrada aos EUA naquela localidade.

Trata-se de uma jogada estratégica, uma vez que há uma grande preocupação em Washington no que se refere ao Atlântico Sul, devido, sobretudo, à possibilidade de participação de capitais chineses e russos, em cooperações econômicas e no que se refere ao lítio, um dos recursos que faz parte da “estratégia de segurança” estadunidense nessa região.

Lítio, crucial para transição energética
O lítio é encontrado em lagos salgados ou salinas, sobretudo no Chile, na Argentina e na Bolívia (e em menor escala nos Estados Unidos e na China). A demanda por esse recurso tem experimentado aumento exponencial devido à sua aplicação predominante em baterias para veículos elétricos, para o armazenamento de energia renovável e para dispositivos eletrônicos portáteis. A alta procura por lítio tem sido fomentada pelas tendências globais em direção à redução da dependência de combustíveis fósseis.

Mas a questão não fica por aí. A produção de lítio enfrenta desafios significativos. E a maior parte dessa matéria-prima é extraída de salmouras e rochas pegmatíticas, principalmente na América do Sul (incluindo a Bolívia, como vimos), Austrália e China. E a expansão da capacidade de produção é crucial. Por isso é imprescindível ter o controle das áreas onde se encontra esse importante mineral.

Há duas semanas da tentativa de golpe, o presidente Luis Arce visitou San Petersburgo, onde acontecia o Fórum Econômico Internacional. Antes, porém, no mês de abril, a titular do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bolívia, Celinda Sosa, reuniu-se, em Moscou, com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, que expressou o seu apoio às aspirações da Bolívia no que se refere à adesão ao grupo BRICS. Em dezembro de 2023, o país andino assinou acordo com a empresa russa Uranium One Group, para fins da construção de planta-piloto semi-industrial com tecnologia de Extração Direta de Lítio (DLI), no Salar de Uyuni, para produzir 14 mil toneladas de carbonato de lítio anuais.

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EUA registram pico de novos casos de Covid-19 no início do verão

Tendência de aumento de casos preocupa autoridades de saúde americanas.

Os níveis de Covid-19 têm aumentado nos Estados Unidos há semanas, à medida que novas variantes impulsionam o que se tornou um aumento anual no verão.

A vigilância da Covid-19 foi reduzida significativamente desde que a emergência de saúde pública nos EUA terminou há mais de um ano – os casos individuais já não são contabilizados e os resultados graves baseiam-se em amostras representativas da população – mas os dados disponíveis mostram uma tendência ascendente consistente.

As infecções provavelmente estão aumentando em pelo menos 38 estados, de acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. A vigilância das águas residuais sugere que a atividade viral ainda é relativamente baixa, mas as hospitalizações e as mortes também estão aumentando.

Os níveis de Covid-19 são especialmente elevados na Costa Oeste, onde os níveis virais voltaram aos níveis de fevereiro, e no Sul, de acordo com o CDC.

“O vírus tende a se replicar bem e a permanecer vivo em ambientes quentes e úmidos. Isso se encaixa com o que estamos vendo”, disse o Dr. Robert Hopkins, diretor médico da Fundação Nacional para Doenças Infecciosas, uma organização de saúde pública sem fins lucrativos. “O Sul e o Oeste estão úmidos e quentes neste momento.”

O aumento do verão tornou-se um padrão sazonal familiar, mas os especialistas alertam que o coronavírus ainda pode ser bastante imprevisível.

“Acho que ainda é um pouco cedo para dizer qual é o padrão”, disse Hopkins. “Uma grande parte da população teve alguma exposição ao vírus, os picos foram um pouco menos elevados e temos tendência a ver um aumento no verão, bem como um aumento no inverno. Mas se esse padrão vai continuar ou se se tornará uma doença que dura o ano todo ou se permanecerá em um período específico – acho que é um pouco cedo para dizer”.

Dados da WastewaterSCAN, uma rede nacional de vigilância de esgotos baseada na Universidade de Stanford em parceria com a Universidade Emory, sugerem que esta onda de verão começou semanas antes da onda do verão passado e atingiu níveis semelhantes ao pico do verão de 2023.

“Resta saber se este será um nível máximo para este aumento”, disse a Dra. Marlene Wolfe, professora assistente de saúde ambiental em Emory e diretora do programa WastewaterSCAN.

“Estamos sempre tentando desvendar o que é a sazonalidade potencial com a Covid e também quais são os impactos das novas variantes que podem estar surgindo e que impulsionam esses surtos que vemos com mais regularidade, com mais frequência do que vemos para a gripe e o VSR”, disse ela.

Nos últimos meses, a variante do vírus JN.1 que impulsionou o aumento repentino deste inverno foi ultrapassada por ramificações mais recentes. Essas chamadas variantes FLiRT – um acrônimo que se refere às localizações das mutações de aminoácidos que o vírus detectou – apresentam alterações em alguns lugares que as ajudam a escapar da resposta imunológica do corpo e em outros que as ajudam a se tornarem mais transmissíveis. Dois deles – KP.3 e KP.2 – são agora responsáveis ​​por mais de metade das novas infecções por Covid nos EUA, de acordo com dados do CDC.

Espere uma vacina atualizada neste outono
Devido aos prazos de produção, os especialistas têm de fazer previsões agora se quiserem uma nova vacina para o outono.

No início deste mês, o FDA endossou um plano para atualizar as vacinas Covid-19 para serem mais eficazes contra a linhagem JN.1 do coronavírus. Mas a agência atualizou posteriormente a sua própria recomendação. Os fabricantes de vacinas foram aconselhados a visar a cepa KP.2, se possível, em parte devido ao “recente aumento de casos”.

“JN.1 continuou a evoluir e torna um pouco difícil escolher a cepa específica a ser usada”, Dr. Jerry Weir, diretor da Divisão de Produtos Virais do Escritório de Pesquisa e Revisão de Vacinas do Centro da FDA para Avaliação e Pesquisa Biológica, disse a um comitê consultivo independente antes da recomendação inicial.

Prevê-se que as novas vacinas – algumas das quais passarão para o alvo KP.2 – estarão disponíveis entre meados de agosto e finais de setembro. É tempo suficiente para oferecer proteção durante a temporada de vírus respiratórios de inverno, mas provavelmente depois que a onda deste verão tiver diminuído.

Na quinta-feira, o CDC recomendou que todas as pessoas com seis meses ou mais recebessem uma vacina Covid-19 atualizada para a temporada 2024-25. A recomendação ecoa o voto do comitê consultivo independente da agência.

“Faz sentido tomar essa vacina ao mesmo tempo em que você espera gripe e VSR, porque você só quer reduzir a incidência geral da doença”, Dr. Marcus Plescia, diretor médico da Associação de Saúde Estadual e Territorial Funcionários, disseram à CNN.

A proteção contra as vacinas contra a Covid-19 diminui e o momento da injeção prioriza a proteção máxima, quando normalmente ocorrem picos mais elevados e mais sustentados, disse Plescia. Ao contrário da gripe e do VSR, a Covid-19 está em constante circulação; não oferece um alívio.

“Você nunca tem uma folga”, disse ele. “Temos uma folga da gripe e do VSR. Você passa a temporada e pronto. Você pode se preparar para o próximo. [Covid] está sempre lá.”

Os níveis de gripe e VSR permanecem baixos nos EUA, de acordo com a última atualização do CDC. Mas as taxas de vacinação para os três principais vírus respiratórios registaram um atraso durante a época de Inverno, e os conselheiros do CDC também anteciparam a próxima época com discussões em torno das recomendações de cobertura vacinal para a gripe e o VSR.

Na quarta-feira, o CDC atualizou as suas recomendações sobre quem deve receber a vacina contra o VSR. Para a próxima temporada de vírus respiratórios, todas as pessoas com 75 anos ou mais devem tomar uma vacina contra o VSR, bem como aquelas com idades entre 60 e 74 anos que correm maior risco de doença grave.

As mudanças têm como objetivo “simplificar a tomada de decisões sobre vacinas contra o VSR para os médicos e o público”, disse a agência.

Quando se trata de doenças respiratórias infecciosas, disse Plescia, “as pessoas precisam se lembrar que há coisas que podem fazer para reduzir o risco. E se vacinar é o principal”.

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Idade e saúde mental de Biden estarão sob escrutínio minucioso no próximo debate com Trump

A idade do presidente Joe Biden e seu estado de saúde mental serão a principal questão sob rigorosa análise no primeiro de dois debates nacionais com o desafiador republicano e ex-presidente Donald Trump, apontaram analistas à Sputnik. A transmissão acontece na próxima quinta-feira (27), em meio à reedição da disputa entre a dupla.

Biden, de 81 anos, é o homem mais velho a servir como presidente dos Estados Unidos, e continua a acumular demonstrações embaraçosas de confusão verbal, mental e física em suas aparições públicas.

Apesar da cobertura contínua favorável e acrítica da mídia corporativa dos EUA, uma longa sucessão de pesquisas de opinião mostra preocupações generalizadas, inclusive entre eleitores democratas comprometidos, sobre a capacidade de Biden de servir por mais um mandato de quatro anos na Casa Branca. Caso seja reeleito, o presidente pode chegar aos 85 anos quando estiver no fim da gestão.

O editor da Trends Journal, Gerald Celente, disse à Sputnik que todos os olhos estarão voltados para como Biden vai se comportar e responder ao estilo enérgico de debate de Trump. “Acredito que aqueles que assistirem estarão mais interessados em ver e ouvir se Joe Biden é mentalmente capaz de debater”, disse Celente.

Economia paralisada e inflação nos EUA
Aumentando a pressão, Trump certamente se concentrará no histórico de Biden em relação à economia doméstica paralisada e afetada pela inflação, além das crescentes taxas de imigração ilegal e criminalidade atribuídas diretamente à política de fronteiras abertas da administração Biden, disse o especialista.

“Como a equipe de [o ex-presidente Bill] Clinton disse na campanha de 1992: ‘É a economia, estúpido’. A economia é a prioridade número um na mente do eleitorado e a imigração será a número dois”, disse Celente.

Embora Biden tenha sido sempre um orador público desajeitado e frequentemente confuso ao longo de sua carreira, o problema agora atingiu proporções épicas em seus anos como presidente, resultando em dificuldade para completar frases e pensamentos de maneira inteligente, acrescentou o editor.

Trump é enérgico e direto, e também frequentemente se desvia para questões tangenciais em vez de se ater aos seus principais pontos de política, então para ele a questão será “permanecer nos fatos” ao confrontar Biden, disse Celente.

O apoio dos EUA à Ucrânia em seu desastroso conflito com a Rússia provavelmente será uma questão para os dois candidatos debaterem e, em contraste, ambos competirão para ver qual está fazendo mais para apoiar Israel.

No entanto, este primeiro debate está muito distante da eleição de novembro e ocorre no início da relaxada temporada de verão de três meses. Com isso, não terá muito impacto político, já que muitas coisas podem acontecer até lá, frisa Celente.

*Sputnik

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Vídeo: Veja o momento em que Arce confronta general golpista: ‘não posso perdoá-lo pelo que está fazendo contra os bolivianos’

Presidente foi apoiado por pessoas que assistiam à cena: “faça seu dever perante o povo”, gritou uma mulher.

Um vídeo obtido pela agência Sputnik mostra o momento em que o presidente da Bolívia, Luis Arce, confronta o ex-comandante do Exército do país, Juan José Zuñiga, durante a tentativa de golpe militar que se observou em La Paz na quarta-feira (26).

“Não posso perdoá-lo pelo que está fazendo contra o povo boliviano”, disse Arce ao militar, apoiado por pessoas ao redor. “Faça seu dever perante o povo”, gritou uma mulher. Assista:

https://twitter.com/i/status/1806254933819191309

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China ultrapassa EUA e se torna país onde mais se gasta com turismo no mundo

Segundo dados da ONU Turismo, China e EUA são seguidos por Alemanha, Reino Unido e França.

A China voltou a ser o país cujos cidadãos gastaram mais dinheiro fazendo turismo pelo mundo, 196,5 bilhões de dólares, ao consolidar-se em 2023 a recuperação da Ásia e do Pacífico depois da pandemia da covid-19, segundo dados da organização de turismo das Nações Unidas, ONU Turismo. Esta posição foi dos Estados Unidos em 2022, agora em segundo lugar de acordo com os gastos de seus turistas, 150 bilhões de dólares, seguido da Alemanha (112 bilhões), Reino Unido (110 bilhões) e França, com 49 bilhões de dólares.

Por outro lado, a França decolou como o país com mais chegadas de turistas internacionais, 100 milhões no ano passado, seguida pela Espanha (85 milhões), Estados Unidos (66 milhões), Itália (57 milhões) e Turquia, com 55 milhões de visitantes do estrangeiro. O México, em sexto lugar, com 42 milhões de visitas, é o único país latino-americano entre os 10 primeiros.

As chegadas de turistas internacionais alcançaram 89% dos níveis de 2019 e, no primeiro trimestre de 2024, chegaram a 97% destes níveis, razão pela qual a ONU Turismo prevê uma recuperação total este ano, com um crescimento das chegadas de 2% sobre os níveis prévios à pandemia.

Quanto ao dinheiro que deixaram os turistas estrangeiros, os Estados Unidos foram o país que mais se beneficiou, com 176 bilhões de dólares, seguido da Espanha (92 bilhões), Reino Unido (74 bilhões), França (69 bilhões) e Itália, com 56 bilhões de dólares. Os ingressos totais de exportação do turismo internacional, incluindo o transporte de passageiros, chegaram a 1,7 trilhões de dólares em 2023, cerca de 96% dos níveis pré-pandemia, segundo o Diálogos do Sul..

Recuperação pós-pandemia
O produto interno bruto direto do turismo recuperou-se em 2023, alcançando uma cifra estimada de 3,3 trilhões de dólares, 3% do PIB mundial.

O Oriente Médio viveu o maior crescimento relativo, com chegadas internacionais 36% superiores às dos níveis anteriores à pandemia no primeiro trimestre de 2024, e 4% mais do que no primeiro trimestre de 2023. Este crescimento tem lugar depois de um rendimento extraordinário em 2023, quando o Oriente Médio chegou a ser a primeira região do mundo a recuperar as cifras anteriores à pandemia, com um incremento de 22%.

A Europa, maior região de destinos do mundo, superou os níveis anteriores à pandemia em um trimestre pela primeira vez: 1% a mais este ano. A África recebeu 5% mais de chegadas no primeiro trimestre de 2024 do que no primeiro de 2019, e 13% mais do que no primeiro trimestre de 2023.

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Militares tentam dar golpe de Estado na Bolívia

Militares fecharam a Praça Murillo, epicentro político de La Paz. População começa a se mobilizar com slogans em defesa da democracia.

(Prensa Latina) – Militares golpistas tentam tomar a Casa Grande do Povo (sede governamental da Bolívia), enquanto a segurança presidencial tenta impedir a ação.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou nesta quarta-feira (26) movimentos irregulares de membros do Exército, diante da presença incomum de militares que fecharam a Praça Murillo, epicentro político de La Paz.

“Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada”, escreveu o dignitário em sua conta no X (antigoTwitter).

O canal estatal Bolivia Tv mostrou como a Polícia Militar, com escudos antidistúrbios, impedia o trânsito livre de pessoas e usava gases contra os civis que tentavam se aproximar da Casa Grande do Povo.

Anteriormente, o ex-presidente Evo Morales denunciou nesta quarta-feira um suposto “aquartelamento” das Forças Armadas.

“Há uma hora, comandantes de divisões instruem comandantes de regimentos a retornarem imediatamente aos seus quartéis para aguardarem novas disposições (aquartelamento).

“Isso levanta muitas suspeitas sobre o movimento militar na Bolívia”, escreveu em sua conta no X.

A população começa a se mobilizar para a Praça Murillo com slogans em defesa da democracia.

A ministra da Presidência, María Nela Prada, denunciou no canal estatal que as tropas ocuparam todas as esquinas da Casa Grande do Povo, da Chancelaria e da Assembleia Legislativa.

Ela indicou que, aparentemente, essa é a resposta do general Juan José Zúñiga após sua destituição nesta quarta-feira por emitir declarações deliberadas no sentido político, o que constitui uma quebra da ordem constitucional.

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Venezuela recorre a navios que adulteram radar para fornecer petróleo a Cuba

Operados por terceiros, os navios da frota obscura geralmente não têm seguro ocidental e enviam sinais falsos de localização para disfarçar seu movimento.

A petroleira estatal venezuelana PDVSA começou a usar navios-tanque que adulteram dados de radar para abastecer sua aliada política mais próxima, Cuba, à medida que a frota de navios estatais que historicamente cobria a rota diminui, de acordo com documentos e serviços de monitoramento de navios.

Cuba e sua principal fornecedora de petróleo, a Venezuela, usaram por mais de uma década exclusivamente seus próprios navios-tanque para navegar entre os dois países.

A manutenção atrasada das embarcações, no entanto, tirou alguns navios de serviço, e o surgimento do México como um novo fornecedor para Cuba, usando alguns dos mesmos navios, fez com que os dois países renovassem as rotas para levar petróleo bruto e combustível desesperadamente necessários para a ilha.

Uma grande parte das frotas de navios-tanque de propriedade da Venezuela e de Cuba está sob sanções dos Estados Unidos, o que também limita suas viagens. Operados por terceiros, os navios da frota obscura geralmente não têm seguro ocidental e enviam sinais falsos de localização para disfarçar seu movimento.

Em junho, a PDVSA começou a carregar navios com petróleo bruto e combustível para desembarcar uma parte em águas cubanas e, de lá, partirem para destinos na Ásia para descarregar o volume restante, de acordo com documentos de embarque da empresa.

As embarcações falsificam seu sinal, fazendo com que pareçam estar em outro lugar do Caribe enquanto descarregam em Cuba, muitas vezes por meio de transferências de navio para navio, de acordo com o serviço de monitoramento TankerTrackers.com e uma foto de satélite do Planet Labs vista pela Reuters.

A PDVSA e os ministérios das Relações Exteriores da Venezuela e de Cuba não forneceram comentários. Não ficou imediatamente claro se o uso de navios de terceiros para abastecer Cuba é temporário.

A ajuda secreta ocorre em um momento em que a demanda por eletricidade produzida por usinas movidas a petróleo aumenta durante os sufocantes verões cubanos.

Os apagões que eram ocasionais em Cuba tornaram-se rotina, pois os suprimentos importados são limitados e os problemas logísticos complicam a distribuição doméstica de combustível para suas usinas elétricas envelhecidas.

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Vídeo: Avião com Julian Assange chega à Austrália após julgamento que o libertou

Criador do WikiLeaks ganha liberdade e volta a seu país natal após impasse com os EUA que durou 14 anos.

O avião que leva o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pousou em Camberra, capital da Austrália, nesta quarta-feira (26).

Após mais de uma década, Assange chega a seu país natal como um homem livre. Na noite desta terça-feira, ele se declarou culpado e foi condenado durante uma audiência no tribunal dos Estados Unidos nas Ilhas Marianas do Norte.

Apesar da condenação por espionagem, ele foi posto em liberdade. Devido a um acordo feito com as autoridades estadunidenses, a Justiça dos EUA considerou que ele já cumpriu a pena de prisão enquanto esteve detido na Inglaterra.

A audiência em Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, durou cerca de três horas. A juíza do caso, Ramona Villagomez Manglona, aceitou o acordo entre procuradores estadunidenses e a defesa de Assange.

“Você estará autorizado a sair deste tribunal como um homem livre”, disse a juíza após a sentença.

A juíza disse ainda ser “justo” e “razoável” aceitar como sentença os 62 meses de prisão que Assange já cumpriu no Reino Unido. Por fim, Manglona ainda desejou “feliz aniversário” antecipado para o criador do WikiLeaks, que comemora 53 anos na próxima semana.