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O Brasil não chora por Bolsonaro. Ele é que chora por ele

Mas quem não se lembrará do seu desgoverno?

O pastor evangélico Magno Malta (PL-ES), agora eleito senador, foi uma das primeiras pessoas a penetrar na sala do hospital de Juiz de Fora na noite de 6 de setembro de 2018, quando Bolsonaro, candidato a presidente da República, recuperava-se da cirurgia depois da facada que quase o matara.

Malta puxou várias orações e, enquanto o fazia, descobriu o corpo do enfermo e tirou uma fotografia para mostrar a extensão da cicatriz que acompanharia Bolsonaro pelo resto da vida. Postada nas redes sociais, a fotografia viralizou e até hoje reaparece de vez em quando. Bolsonaro ficou-lhe grato pela ideia que teve.

É, pois, com a autoridade de quem sempre esteve perto de Bolsonaro, que Malta, depois de visitar recentemente o único presidente brasileiro que tentou se reeleger e acabou derrotado, confidenciou a Valdemar Costa Neto, chefe do PL: “Bolsonaro já era”. Foi a impressão que ele lhe deu. Costa Neto ouviu calado.

Malta não é um caso de infidelidade a Bolsonaro, mas Tarcísio de Freitas (Republicanos), eleito governador de São Paulo com o apoio do presidente amorfo, deprimido, e como se não bastasse, vítima de uma crise de erisipela, pode, sim, ser considerado um caso de infidelidade. Em entrevista à CNN, Freitas disse:

“Eu nunca fui bolsonarista raiz. Comungo das ideias econômicas do governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal. Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra ideológica e cultural”.

É porque perdeu que Bolsonaro chora, como se viu ao receber no Clube Naval de Brasília os cumprimentos de fim de ano dos mais altos oficiais das Forças Armadas. Foi a terceira aparição pública dele em eventos militares nos últimos 10 dias. Se tivesse chorado pelos que morreram de Covid, talvez seu destino fosse outro.

Mas não. Além de não ter chorado, além de ter receitado drogas ineficazes para combater a pandemia, além de ter retardado a compra de vacinas, em março do ano passado, quando o país lidava com uma média de 4 mil mortos por dia, Bolsonaro afirmou em um vídeo inesquecível:

“Chega de frescura, de mimimi, vão ficar chorando até quando?”

Dissera antes:

“Eu não sou coveiro.”

Foi o coveiro de sua própria candidatura. É por essas e outras que o país não chora por ele.

“Na teoria clássica do luto, a fase da tristeza (que se segue às da negação, da raiva e da barganha) é a que precede a etapa em que o enlutado finalmente aceita a perda. As lágrimas que Bolsonaro verteu podem ser o prenúncio dessa aceitação”. (Thaís Oyama, jornalista)

*Noblat/Metrópoles

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Roberto Amaral: Que margem terá Lula para pôr em prática itens da agenda progressista sem pressões e apoio das grandes massas?

O “mercado” está incomodado, ora com as declarações de Lula sobre seu programa de governo, tidas como pouco ortodoxas, ora com seu silêncio sobre as demandas da Faria Lima.

E porque o mercado anda assim nervoso, os diversos indicadores da economia – das bolsas ao câmbio – vivem sua ciclotimia artificial, que tanto alimenta a ciranda financeira e enriquece os especuladores.

O presidente, publicamente pressionado, designou o professor Haddad para falar aos banqueiros reunidos para convescote em bunker paulistano.

O auditório, porém, não gostou, principalmente porque não ouviu o que buscava, a capitulação de Lula.

Para a Folha de S. Paulo, “São preocupantes declarações recentes de Lula e de Fernando Haddad sobre o contexto econômico”, e o Estadão diz que o mercado, em nome de quem se expressa, “vê risco com a PEC e volta a elevar a inflação de 2023”.

Refletindo o amuo da Faria Lima, a bolsa caiu e o dólar, a moeda em que opera nosso capitalismo, subiu.

De outra parte, o chorume da política (que controla partidos e Congresso) tenta inviabilizar o novo governo, forçando-o desde logo a uma concordata, traficância que igualmente pleiteia a caserna, sequiosa de, mantendo os privilégios de casta, evitar a desmilitarização da república, sem o que jamais conheceremos, sequer, a plenitude da democracia liberal, experiência que o país tenta construir contra a histórica resistência dos militares e a contraofensiva da mais atrasada das classes dominantes.

O Globo, em editorial, dita qual deve ser o perfil do futuro ministro da fazenda, e no Valor a principal colunista do sistema exige “que o Congresso crie limites às ambições do presidente eleito”, e cobra-lhe um governo submetido a rigorosa “ortodoxia fiscal”, para o que indica a necessidade de uma equipe que repita o fiscalismo de Palocci, Meirelles e Joaquim Levi, seus escolhidos.

No que depender do “mercado” e seus procuradores, pouco restará para o arbítrio do novo presidente. Herdará do antecessor um país em frangalhos – em que miseráveis se acotovelam na fila do osso –, que deverá governar segundo a cartilha dos que perderam as eleições.

Na sequência, um ex-comandante do exército, golpista de carteirinha (aquele que pôs de cócoras um STF pouco afeito ao autorrespeito, sobretudo naquele então), expele novo “comunicado” anunciando, a um mês da posse de Lula, refrescadas possibilidades de intervenção militar, enquanto oficiais comandantes estimulam badernas subversivas na porta dos quartéis.

Assim se fecha o círculo de giz caucasiano em torno do presidente: mercado, Congresso (centrão), militares. A grande imprensa é porta-voz da tormenta.

Lula herda um Orçamento que é a negação da política aprovada pelo eleitorado no dia 30 de outubro.

Precisando governar, é obrigado a negociar com um Congresso terminal, dominado pela aliança da extrema-direita com o famigerado centrão, sob o comando do inexcedível Arthur Lira, o jagunço de paletó e gravata, que na pauta da traficância colocou a garantia, de pronto obtida, de sua lamentável recondução à presidência da Câmara dos Deputados.

Presidência sem a qual nenhum governo conhece estabilidade, como nos lembrou o meliante Eduardo Cunha.

Nada obstante as concessões conhecidas, o novo governo, minoritário no Congresso, e assim dependente dos votos de seus adversários, ainda não conseguiu, a um mês de sua posse, viabilizar a PEC do Bolsa Família, e, assim prover com um mínimo de oxigênio o primeiro ano de governo de um curto mandato de quatro anos, cuja viabilidade menos dependerá da conciliação pelo alto e muito mais dependerá do apoio que o Presidente souber conservar, e aprofundar, na sociedade, no diálogo direto com as grandes massas que acabam de o eleger para um terceiro mandato.

Apoio, contudo, que poderá faltar-lhe se o preço a ser pago for sua frustração. A história registra precedentes.

Frágil politicamente (minoritário no Congresso e ainda sem o “poder da caneta”, remédio para muitas crises), ameaçada a autonomia de sua politica econômica, aquela anunciada na campanha, com as exigências de um fiscalismo austericida, apartado de nossa realidade socioeconômica, Lula se vê diante daquele que ainda é seu maior desafio, a política de defesa nacional, da qual depende a estabilidade do regime (sempre ameaçado pelos quartéis), a funcionalidade do governo e a necessidade histórica de desmilitarização da república, o que implica, embora não a encerre, a despolitização e despartidarização da caserna, a retomada da disciplina e a subordinação das forças armadas ao império da Constituição – portanto, ao poder civil oriundo da soberania popular que procuram tutelar desde o golpe de 1889.

Lula tem difícil encontro marcado com suas circunstâncias.

Nessas de hoje assumirá o terceiro mandato presidencial após um dos mais lamentáveis e nocivos períodos da história militar brasileira, quando a caserna patrocinou o mais inepto e antinacional governo republicano, associando-se e comungando com seu projeto lesa-pátria, de irresponsabilidade generalizada e genocídio.

Os militares conduziram experiência extremamente corrupta, promoveram ações antirrepublicanas e forneceram as bases para as tratativas de golpe maquinadas pelo terceiro andar do palácio do planalto, onde tomaram assento.

Foram o braço armado que deu sustentação à emergência de uma extrema-direita ensandecida, que permanece às portas dos quartéis.

O quadro de nossos dias é, sem dúvida, muito mais grave do que aquele que o presidente eleito encontrou em 2003, e, ouso mesmo admitir, ainda mais grave do que aquele que sucedeu ao Pacto de 1988, quando uma ordem militar declinante (portanto, fragilizada) prometeu o retorno aos quartéis.

Hoje, trata-se de uma caserna insubordinada, ademais de majoritariamente reacionária, ciosa dos frutos e usufruto do poder.

O ministério da defesa, nestas condições, assume, no plano estratégico, político-governamental, importância crucial.

Ao final de seu governo, Lula não poderá mais apresentar como balanço favorável o fato de haver atendido (sem ponderar relevâncias estratégicas e projeto nacional) às reivindicações orçamentárias das forças armadas.

A escolha do novo ministro da defesa, necessariamente um civil, deverá ser precedida pela decisão sobre que forças armadas o Brasil precisa e deseja ter, invertendo a distorção de nossos tempos, quando as forças armadas – atribuindo-se uma autonomia sem prescrição republicana – nos ditam que sociedade precisamos ser.

O estudo da defesa nacional, nele incluído o papel das forças armadas, tem sido descurado pela sociedade como um todo, mas particularmente pela universidade.

No Congresso é tema tabu; no máximo, as questões militares, conduzidas por lobistas profissionais, se limitam à discussão das sempre crescentes reivindicações de verbas das forças, atendidas sem qualquer visão estratégica das necessidades do país.

Por regra, carentes de reflexão acumulada, os partidos, no governo, têm demonstrado pouco familiaridade com o desafio.

Talvez essa negligência explique o fato de a política de defesa nacional – por óbvio, estratégica – ser o único tema sem o prestígio de um grupo de trabalho na comissão de transição do PT.

Talvez igualmente explique a ausência mesmo de discussão sobre o tema e a pobreza das especulações em torno do futuro titular da pasta, desprovidas de qualquer subordinação à política de defesa do futuro governo.

Anuncia-se, por exemplo, supostamente em atendimento a demanda das fileiras, a futura escolha de postos de comando por antiguidade, e não em função da fidelidade à Constituição, dos compromissos do escolhido à política de defesa da nação, o que deixa o chefe supremo submetido às regras de promoção corporativa.

Inverte-se pois a hierarquia, e aprofunda-se a deplorável autarquia militar em face do Estado e da nação.

Tudo indica que o tão ansiado e necessário terceiro governo Lula, se as expectativas de hoje não forem superadas, poderá nascer aprisionado por três círculos: 1) o mercado financeiro; 2) a ordem política e 3) a atual hegemonia militar.

Será, claro, pressionado e chantageado por cada um segundo sua natureza. Dessa forma, que margem poderá ter para implementar itens de uma agenda progressista, de centro-esquerda, sem as pressões e o apoio das grandes massas?

Incumbe às forças progressistas organizá-las. Enquanto é tempo.

Escárnio – Aproveitando a comoção causada por tragédias que chocaram o país, tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei aparentemente inofensivo que “autoriza” (sic) o Poder Executivo a implementar uma política de monitoramento da violência nas escolas, visando à construção de “uma cultura de paz” – sem sequer uma linha sobre o indispensável e urgente controle das armas em circulação.

Para piorar, circula nos corredores da Casa a informação de que a relatoria caberá ao delinquente Daniel Silveira, ainda deputado, correligionário do pistoleiro Roberto Jefferson e aliado de Jair Bolsonaro.

Como a proposta deverá ser passivamente aprovada pelo colegiado, e nosso Congresso é useiro e vezeiro em absurdos inomináveis, resta imaginar a que prócer da extrema-direita caberá a relatoria da matéria no Senado: Sergio Moro? Hamilton Mourão? Façam suas apostas.

*Roberto Amaral foi presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula. Atualmente, é professor, cientista político e jornalista.

*Viomundo

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Facada, choro e erisipela, o que é farsa e o que é balela

No festival de mau gosto e vitimização, Carlos Bolsonaro que, segundo Bebianno, foi quem armou o circo tosco da facada sem sangue, sem faca e sem corte, em Juiz de Fora.

O espetáculo público, agora, depois que a farsa da facada está pra lá de puída, foi uma foto de uma erisipela em uma perna supostamente de Bolsonaro, postada nas redes por Carluxo.

Certamente, o diretor desses terrores trash de Carluxo, deve ter mandado seu ator principal, encenar choro em público, como aconteceu hoje num evento militar.

No mais recente episódio desse tipo na AMAN, Bolsonaro não chorou, não riu e nem cumprimentou os cadetes formandos, ou seja, a cabeça dele nem lá estava, o que desagradou o comando militar.

A verdade é que qualquer pessoa sensata não acredita em nada que venha de Bolsonaro, motivos não faltam, ainda mais um sujeito que não derramou uma lágrima pelas quase 700 mil vítimas fatais da covid, não visitou um hospital nem mesmo para levar uma palavra de conforto aos doentes, nada.

Bolsonaro agiu da maneira mais criminosa em que um chefe de Estado pode agir numa crise sanitária grave, fazendo questão de atrasar o máximo a compra de vacinas, estimular pessoalmente aglomerações e criminalizar o uso de máscaras e qualquer isolamento social.

Durante a pandemia de covid, Bolsonaro andou de braços dados com o coronavírus e de costas para a população brasileira.

Agora, temos que assistir às cenas patéticas de um capitão chorão, cagão, que faz pensar se está chorando assim por conta de uma derrota ou por medo de ser preso por seus crimes. Imagina um soldado desse numa frente de batalha, como sua calça não estaria toda borrada e em algum lugar onde pudesse se esconder, encolher-se e morrendo de medo.

Para quem cantou valentia, para quem desprezou e fez chacota com o sofrimento e a morte alheios, essas cenas todas juntas protagonizadas pelo clã Bolsonaro, provoca ânsia de vômito e ficamos sem saber se é mais uma farsa ou mais uma balela vinda desse desclassificado.

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Bolsonaro tem que deixar de ser maricas. Vai chorar a derrota até quando?

Bolsonaro, acovardado e chorando, é uma agressão às famílias dos 700 mil mortos pela covid que, por culpa dele, foram vítimas de um ministério da Saúde insano, irresponsável e corrupto.

O que se deve lembrar é que, se não fosse o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que colocou limite nesse insano, o Brasil teria mais de 5 milhões de mortes por covid.

O projeto desse sujeito inclassificável, alardeado de boca própria, é que o país todo se contaminasse com o coronavírus para criar a tal imunidade de rebanho que só existia na cabeça do imbecil.

Agora, depois de terceirizar o Brasil para o inferno durante a pandemia, Bolsonaro está se borrando inteiro de medo de ir parar na cadeia, junto com os filhos delinquentes. Por isso vive chorando em público, mostrando como o machão alfa e imbrochável é um covarde, um cagão.

Bolsonaro não para de chorar de medo de ser preso, esquecendo-se das 700 mil famílias que até hoje choram seus entes queridos que foram vítimas do desprezo do verme psicopata que, ao invés de combater o coronavírus, associou-se a ele.

Para quem tem um mínimo de humanidade, esse sujeito não pode ficar impune por esse e por tantos outros crimes que cometeu. Sabendo disso, Bolsonaro não para de bancar o maricas para ver se consegue um mínimo de empatia que ele não teve com nenhuma das 700 mil vítimas que ele sentenciou.

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O problema dos militares não é Lula, mas o apoio irrestrito a uma figura nefasta como Bolsonaro

O que a história vai narrar sobre Bolsonaro é de um celerado que investiu pesadamente no vírus contra a população brasileira e, de várias formas, produziu percentualmente a maior quantidade de vítimas fatais por covid no mundo.

Esse tema não foi tão abordado durante a eleição, porque Bolsonaro no poder estampava nas redes, nos sites e na Jovem Pan uma série de falsas polêmicas para tirar esse genocídio do foco.

A ligação extra dos militares com o governo Bolsonaro cobrará uma fatura altíssima das Forças Armadas, mesmo que não sejam todos os militares que tenham aderido a uma cegueira bolsonarista de um personagem que, há 35 anos, foi escarrado dos quadros do exército, por ser considerado de altíssima periculosidade não só para as Forças Armas, mas também para o país.

Na verdade, esse assunto não é nem mencionado pelos militares, da ativa ou da reserva, porque não há o que contradizer ou atenuar a gravidade de um baderneiro terrorista, que mereceu do alto comando militar da época, a maior desonra que um soldado pode receber.

Assim, não há qualquer influência política na decisão do exército de tratar Bolsonaro como um delinquente, perigoso, um psicopata capaz de espalhar bombas dentro dos quartéis e dinamitar a estação do Guandu, no Rio de Janeiro.

Esse Bolsonaro, que pintou e bordou, no sentido mais psicopata que um cidadão pode protagonizar, hoje faz parte de um custo político que as Forças Armadas terão que amargar daqui por diante, sem qualquer necessidade de instalar uma comissão da verdade, tal a maneira escancarada com que Bolsonaro agiu contra a população sob o silêncio obsequioso dos militares.

O futuro aterrorizante para Bolsonaro, com a quebra de sigilo de 100 anos, mais os crimes de corrupção cometidos pela família, sobretudo os de formação de quadrilha e peculato, chamado de forma eufêmica de rachadinha, mesmo que o esquema tenha contado com criminosos comuns, como o miliciano, Fabrício Queiroz e toda a família de Adriano da Nóbrega, líder da milícia de Rio das Pedras e chefe do perigoso escritório do crime.

A coisa vai muito além de um esquema de fantasmas e laranjas, e isso tudo, depois do dia 31 de dezembro, começará a ser descortinado, porque nos quatro anos em que governou o país, Bolsonaro cometeu os maiores absurdos para abafar os escândalos que, sem dúvida, virão à tona.

Outros fatos, como a corrupção no ministério da Saúde na gestão Pazuello, a do ministério da Educação com os pastores lobistas, na gestão Milton Ribeiro, que frequentavam o gabinete do presidente da República de forma recorrente e o roubo de madeira no período Ricardo Salles e sua boiada no ministério do Meio Ambiente, já dão o final para Bolsonaro e seus filhos de uma história trágica que promete soterrá-los para sempre da vida pública.

Ou seja, as Forças Armadas não têm o que temer no futuro governo Lula, e sim no passado do governo Bolsonaro, já que milhares de militares foram parte de seu governo.

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Bolsonaro à espera de um imprevisto que evite a posse de Lula

A razão do silêncio

Calado em duas solenidades militares somente nesta semana. Calado nas poucas vezes que saiu do Palácio do Alvorada e deu um pulo no Palácio do Planalto, onde deveria trabalhar todos os dias e não o faz desde que perdeu a eleição que julgava ganha.

Calado dentro de casa. Calado no único jantar fora de casa ao qual compareceu. Calado nas redes sociais, logo ele que no auge de sua intensa gritaria fazia uma live semanal, postava mensagens e dava entrevistas diárias a jornalistas e a emissoras amigas.

Diz-se que Bolsonaro está calado porque não sabe como se dirigir aos acampados à porta de quartéis que pedem um golpe, e receia que qualquer declaração que faça piore sua situação com a Justiça. Ele perderá o direito de só ser processado por tribunais superiores.

Se o problema é como não saber o que dizer aos golpistas alimentados por sua retórica incendiária, por que não diz que eles devem voltar para casa, que se perdeu uma batalha, mas não a guerra, e que a luta continuará pelos próximos quatro anos?

Bolsonaro pela-se de medo do ministro Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, onde ele responde a quatro inquéritos. Mas, certamente, Alexandre não o puniria com a abertura de mais um só por ele agir desta vez com bom senso.

Não age porque ainda espera que alguma coisa caia do céu ou irrompa das profundezas do inferno impedindo que Lula assuma o cargo. Que coisa? Não faz a mínima ideia. Ele jamais imaginou que um desequilibrado mental tentaria matá-lo, e, no entanto…

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Vídeo: Quando a voz de uma mulher é implacável contra machões bolsonaristas

Esta mulher é Sâmia Bonfim, deputada do Psol, reeleita por São Paulo.

Uma deputada que verdadeiramente representa a mulher, que cala os machões que, por sua vez, estão afinados com Bolsonaro, o pior presidente que o Brasil já teve, se é que pode ser chamado de presidente.

Na verdade, é um troço que saiu do esgoto do baixo clero, fabricado por sucessivos golpes, o golpe contra Dilma, o golpe contra Lula e a fraude montada por Bolsonaro e o ex-juiz inclassificável, Sergio Moro, para chegar à presidência e abrir caminho para a carreira política de Moro.

Confira a fala perfeita de Sâmia Bomfim contra machões bolsonaristas.

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Bolsonaro é um morto-vivo, mais vivo do que morto.

Bolsonaro pode estar abatido, chorando suas pitangas pelos cantos do Alvorada, mas entregue as baratas, não está, ao contrário, manipula o que ainda pode manipular para colocar casca de banana no caminho de Lula e azeitona em sua própria empada. Basta ver o que tem deixado de herança maldita ao próximo governo e o que ele armou com Lira, Valdemar e cia para ter, fora da presidência vencimentos 3 vezes maiores do que recebe hoje.

Um sujeito desses não está morto, não pelo menos naquilo que ele ainda pode manipular.

O fantasma do golpe

Se há quem sabe perfeitamente que não há a menor chance de acontecer um golpe militar, estes são, Bolsonaro, filhos e a cúpula de generais mamadores que cercam o genocida. Sem apoio externo, sobretudo dos EUA e Europa, Bolsonaro e os seus sabem que essa possibilidade de golpe é traque seco.

O que eles pretendem com essa constante ameaça de golpe é desestabilizar o inimigo, porque essa desestabilização emocional do outro, aumenta o campo de manobras para Bolsonaro e os seus atenuarem as acusações de crimes que certamente custarão caro aos picaretas.

Manipulação silenciosa

Bolsonaro, aquele boquirroto que estava sempre preocupado em propor aos berros o caminho da morte para os brasileiros durante a pandemia, está mudo, e não se escuta a sua insuportável voz, porque sabe que qualquer fala sua já deu nas medidas e derrota foi bastante didática para sua falange entender que terá que procurar outra freguesia. Isso, de maneira nenhuma quer dizer que ele não segue manipulando seu gado a modo e gosto. Até porque Bolsonaro é uma empresa familiar com vários sócios dentro das quatro linhas da política e podem, os três, de maneira sorrateira, agirem em diferentes lugares e instâncias.

Uma produção de manipulações até dia 1ª de janeiro está garantida e será o trabalho incansável desse bando para reduzir ao máximo os danos que o clã sofrerá quando perder o poder.

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Os militares deveriam comemorar aliviados a derrota de Bolsonaro

Usados como instrumento político, com psicologia reacionária para criar um ambiente hostil à oposição ao seu governo, Bolsonaro utilizou as Forças Amadas como acessório político, de forma ornamental, para vender para a sociedade que seu governo era essencialmente militar.

Na verdade, o lembrete que está sempre sendo escrito na mídia é o que se sabe até aqui do seu governo em termos de crime, principalmente no que se refere  ao Ministério da Saúde, que produziu 700 mil vítimas da covid, como revelou a CPI do genocídio.

E não tem como esquecer que a proposta original de Bolsonaro, quando pôs Pazuello no comando da pasta da Saúde como o “craque da logística”, tinha perfeita noção de que inviabilizaria a compra das vacinas, fazendo com que Pazuello, ainda general da ativa, colecionasse uma abundante tempestade de críticas, fora uma série de acusações de corrupção feita pela CPI, envolvendo parte do quadro da Saúde.

O governo Bolsonaro, como mostrou hoje O Globo, foi capaz de produzir um aumento significativo da pobreza de crianças brasileiras, assim como uma legião de pobres que, segundo o IBGE, chega a 60 milhões de brasileiros.

O fato é que Bolsonaro, de forma meticulosa, alimentou o que ele já havia sugerido desde o princípio de seu governo, que suas ações eram compostas em parceria com os militares, e isso era expressamente tagarelado cada vez que o animal abria a boca.

Bolsonaro, como se sabe, depois da derrota, desapareceu das igrejas, não dá um pio sobre a seleção brasileira na copa do mundo e se comporta como um morto-vivo em cerimônias militares em que não dirige uma única palavra aos cadetes formados, numa inacreditável ausência presente, o que reforça que jamais Bolsonaro teve respeito pelas Forças Armadas, somente usou sua imagem como ex-militar para fazer progresso na vida pública como político.

Agora, derrotado, arrasado e a um mês de ser despejado do Palácio do Planalto, direto para um sebo ou coisa pior, Bolsonaro, que já se despediu para sempre da vida pública, está totalmente de costas para quem ele reverenciava como um poder da República.

Ou seja, aquele arruaceiro indisciplinado que, há 34 anos, ameaçou os quartéis com atos terroristas, custando-lhe a expulsão, mesmo que em forma de promoção, não mudou rigorosamente nada, ao contrário, o Bolsonaro presidente encontrou-se com o Bolsonaro tenente, que mereceu a pior desonra que um militar pode receber do comando do exército.

Por isso, os militares deveriam comemorar a derrota de Bolsonaro, do contrário, mais quatro anos de governo, não sobraria qualquer imagem positiva das Forças Armadas.

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