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Ministros do TSE veem como ‘grave’ fala de Tarcísio dizendo que PCC orientou voto em Boulos

Para dois ministros do TSE ouvidos de forma reservada pelo jornal O Globo, a declaração do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas pode ter impactado no resultado das urnas. Os magistrados acreditam ainda que a contenda pode acabar sendo analisada pela Corte.

Quando deu a declaração, Tarcísio estava ao lado de Ricardo Nunes, que disputa o segundo turno com Boulos e aparece à frente nas pesquisas de intenção de voto.

Após a fala, Boulos disse que a declaração do governador ‘é uma vergonha’. O Psol acionou a Justiça Eleitoral. A ação acusa Tarcísio, junto com o prefeito da capital, Ricardo Nunes, e seu candidato a vice, Ricardo Mello de Araújo (PL), de “abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social”.

O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, disse que as autoridades não podem ignorar a fala do governador de São Paulo.

Em publicação no X, Messias afirma que a declaração “compromete os princípios republicanos que deveriam guiar o processo eleitoral”.

 

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“Lula não precisava ganhar ou perder este ano para ser forte em 2026”, diz diretor da Quaest

Felipe Nunes aponta que a maior preocupação neste momento deve ser a sucessão de Arthur Lira: “o Lula vai ter que se meter”

Com a conclusão das eleições municipais, o cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, oferece uma visão estratégica do cenário político para 2026. Em entrevista ao O Globo, Nunes afirma que, diferentemente do que muitos acreditam, o presidente Lula (PT) não precisava obter grandes vitórias para garantir sua posição nas próximas eleições presidenciais. “Lula não precisava ganhar ou perder este ano para ser forte em 2026″, destacou, mencionando o histórico de que eleições municipais pouco refletem nas presidenciais. No entanto, ele alerta que, para a governabilidade do atual mandato, a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados se mostra crucial. “O Lula vai ter que se meter se não quiser ficar sem governabilidade nos últimos dois anos”.

A análise de Nunes também enfatiza a complexidade da eleição de 2026, na qual as emendas parlamentares e um fundo eleitoral substancial são determinantes para a baixa renovação no Congresso. De acordo com o diretor da Quaest, o poder das emendas aumentou exponencialmente nos últimos ciclos eleitorais, consolidando o peso dos prefeitos reeleitos como cabos eleitorais dos parlamentares federais. “Se o mecanismo das emendas se mantiver, teremos alto padrão de reeleição parlamentar e baixa renovação em 2026”, analisa.

Cenário partidário e o fortalecimento do Centrão – Os resultados das eleições municipais mostram um fortalecimento dos partidos do Centrão, o que, segundo Nunes, levará a um aumento nas fusões e federações partidárias para sobreviver à cláusula de barreira em 2026. Esse cenário já era esperado como consequência da reforma eleitoral de 2017, que visava reduzir o número de legendas. No entanto, a aposta desses partidos em candidaturas majoritárias à presidência segue incerta devido ao peso ainda marcante da polarização entre PT e PL. “Existe a força do voto de opinião, e esse sim é muito mobilizado pela polarização ainda”, afirma Nunes, que considera o Congresso como o centro do poder político e econômico no país.

A sucessão de Arthur Lira na Câmara, prevista para fevereiro de 2025, é ponto de destaque para Nunes. O próximo presidente da Câmara será essencial para direcionar as emendas e decidir as pautas que dominarão o Congresso, exercendo influência direta sobre os últimos dois anos de Lula. A possibilidade de Lula evitar interferir nessa disputa não parece viável, na opinião de Nunes, que aponta que o presidente precisará agir para garantir governabilidade: “Lula sabe como foi difícil governar com Arthur Lira”.

 

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Todos ex-ministros de Bolsonaro que disputaram eleição 2024 perderam

Todos os dois ex-ministros de Jair Bolsonaro que concorreram nas eleições de 2024 perderam as disputas para prefeituras de capitais.

Todos os dois ex-ministros do governo Jair Bolsonaro que disputaram as eleições municipais de 2024 perderam a disputa. As derrotas ocorreram em duas capitais do Nordeste.

Em João Pessoa, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) chegou a ir para o segundo turno na disputa pela prefeitura da cidade, mas acabou derrotado por uma ampla margem.

No Recife, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) perdeu a eleição para a prefeitura. Na cidade, o prefeito João Campos (PSB) venceu a disputa ainda no primeiro turno.

Ex-chefe da Abin de Bolsonaro também perdeu
Além de Queiroga e Gilson, outro importante aliado o de Bolsonaro que saiu derrotado nas urnas foi Alexandre Ramagem (PL), ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Ramagem concorreu à Prefeitura do Rio de Janeiro, mas perdeu a disputa ainda no primeiro turno. Na capital fluminense, o prefeito Eduardo Paes (PSD) se reelegeu na primeira etapa da eleição.

 

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Em vídeo, Alckmin, Janja e ministros parabenizam Lula, que completa 79 anos neste domingo. Assista

Em vídeo publicado nas redes sociais do próprio presidente Lula (PT), ministros e ministras do governo, além da primeira-dama, Janja, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), parabenizam o chefe do Executivo, que completa 79 anos neste domingo (27).

https://twitter.com/i/status/1850499016481456327

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STF derruba sigilo de operação contra Gustavo Gayer

Em vídeo publicado na rede social, Gayer disse que “nunca fez nada de errado” e que nunca cometeu crime.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo da operação que investiga o deputado federal, Gustavo Gayer (PL-GO) por associação criminosa e desvio de recursos públicos da cota parlamentar.

De acordo com o inquéri

to policial, as apurações tiveram origem em outra investigação sobre financiamento dos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Duas empresas do parlamentar que teriam sido abastecidas com dinheiro público estão no centro da investigação. A PF apura os delitos de associação criminosa, peculato na modalidade desvio e falsificação de documento particular.

Gayer

Segundo a PF, o grupo teria falsificado as atas de criação de uma OSCIP, Organização da Sociedade Civil de Interesse público, para receber as verbas. Chamou atenção da corporação que o quadro social da OSCIP era formado por crianças de 1 a 9 anos.

Gayer se justificou nas redes sociais
Além do deputado, foram expedidos mandados contra assessores parlamentares dele e outras pessoas e algumas informações ainda continuam sob sigilo.

Em vídeo publicado na rede social, Gayer disse que “nunca fez nada de errado” e que nunca cometeu crime.

Ele disse ainda que “está sendo tratado como criminoso pela nossa Polícia Federal e pelo Alexandre de Moraes”.

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PF tem material consistente e pode causar estragos para Gustavo Gayer, admitem bolsonaristas

iante da recente operação da Polícia Federal (PF) que investiga o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por suposto desvio de verbas parlamentares, aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm buscado informações no Supremo Tribunal Federal (STF) para entender a real extensão dos problemas enfrentados pelo parlamentar. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, a operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes e, publicamente, o PL e seus líderes ainda tentam transformar o episódio em mais um exemplo do suposto “autoritarismo” do STF. Mas nos bastidores há uma crescente apreensão sobre o impacto das evidências reunidas.

A PF realizou buscas em endereços ligados ao deputado, que é acusado de manter uma escola de inglês e uma loja de roupas com recursos da Câmara dos Deputados. A investigação também inclui mensagens interceptadas, nas quais um empresário próximo ao deputado alega ter alertado Gayer sobre o uso irregular das verbas. A operação está fundamentada em um extenso material coletado pela PF, e as evidências levantadas são consideradas robustas, o que, na avaliação de alguns bolsonaristas, pode prejudicar não apenas a imagem de Gayer, mas também a de figuras próximas.

A operação ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, que acompanha de perto as eleições em Goiânia, onde Gayer e o ex-presidente optaram por apoiar o candidato Fred Rodrigues (PL) à prefeitura. A proximidade entre Bolsonaro e Gayer é conhecida desde a última campanha eleitoral, quando Bolsonaro optou por concentrar as forças do deputado no Congresso, evitando que ele disputasse o Executivo de Goiânia. A presença de Bolsonaro no segundo turno ao lado de Gayer e Rodrigues está confirmada, o que aumenta o risco de desgaste com o episódio.

Apesar da operação, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) dobrou a aposta, intensificando os apelos de voto para o candidato do partido e buscando mobilizar a base em resposta ao episódio. No entanto, entre aliados, há o reconhecimento de que a consistência do material levantado pela PF pode afetar significativamente a relação com o eleitorado, lançando uma sombra sobre a campanha e, potencialmente, sobre os planos de Bolsonaro de manter Gayer como um de seus principais defensores no Congresso. A estratégia de defesa pública se mantém focada em questionar o STF, mas o futuro da operação e as ações do tribunal ainda são incertezas que preocupam a base bolsonarista.

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Gayer atuou com empresário para direcionar recursos públicos para atos antidemocráticos, suspeita PF

O deputado bolsonarista é investigado por associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.

A Polícia Federal apontou em uma representação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspeita de que o deputado bolsonarista Gustavo Gayer atuou em conluio com empresários para direcionar verbas públicas para atos antidemocráticos em janeiro de 2023, informa O Globo. Gayer é investigado por associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.

A suspeita veio após a PF analisar o celular apreendido de um empresário e identificar elementos de desvios de recursos que teriam contribuído para movimentar os atos antidemocráticos, incluindo os ataques de 8 de janeiro. O empresário em questão trabalha para Gustavo Gayer e foi alvo de busca e apreensão, quebra de sigilo telemático e prisão preventiva por “incitação, financiamento e participação na tomada dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes”, aponta a PF.

As investigações também apontam que Gayer tentou contratar o empresário como secretário parlamentar, o que não foi possível por impedimentos legais. Mesmo assim, o deputado contratou uma empresa no nome desse homem e pagou R$24 mil em três parcelas. A PF indica que a empresa foi utilizada para viabilizar o “recebimento de recursos públicos indevidos em razão de atividades políticas ilegítimas”.

 

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PF colhe outras provas do golpe no celular de Mauro Cid e complica ainda mais os envolvidos

Quem procura acha, diz a repórter Eliane Cantanhêde, ao revelar, em sua coluna no Estadão, que “a Polícia Federal usou um aparelho israelense de última geração para encontrar o que sabia que encontraria no celular do ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel da ativa Mauro Cid: mais evidências e provas da tentativa de golpe, escondidas nas nuvens da internet.

Segundo Eliane, “as provas que havia já eram suficientes, mas as novas, guardadas a sete chaves, reforçam o inquérito e complicam ainda mais os envolvidos. E prossegue: O ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu mais 60 dias para as investigações da PF, que depois serão analisadas pela PGR e, mais cedo ou mais tarde, vão parar no Supremo em 2025.

Barbas de molho… para Bolsonaro, aconselha Eliane.

A repórter Eliane, depois de dar essa informação exclusiva, também analisa na coluna o momento presente de Bolsonaro e Lula e as perspectivas de ambos para o futuro político, à luz dos acontecimentos recentes, pessoais e partidários.

Leiam abaixo na íntegra, a opinião da repórter:

“Bolsonaro manteve as andanças e os atos pelo País, para segurar apoio popular, mas perde substância política, sai da eleição municipal com adversários consistentes dentro do seu próprio grupo e, além de inelegível, vai passar por poucas e boas na Justiça.

Na outra ponta, o tombo no banheiro, os pontos e o início de hemorragia cerebral livraram o presidente Lula tanto de saias justas e erros nos Brics como da reta final da eleição. Lula não vai para o último ato de campanha de Guilherme Boulos (PSOL) no sábado, nem vai votar em São Bernardo no domingo. É seu aniversário de 79 anos e ele não é mais obrigado a votar.

Triste fim de Bolsonaro e Lula na campanha deste ano. O PL conseguiu se “infiltrar” no Nordeste lulista, mas o ex-presidente não tem mais o comando único do bolsonarismo. Ao insistir toda hora em dizer que será candidato em 2026, acusa o golpe. Inelegível, de cara com os julgamentos no STF? Muito difícil.

E Lula, grande ausente da eleição de 2024, como chegará a 2026, física, emocional, política e eleitoralmente? E o seu governo? Um sucesso, ou nem tanto? São apenas dois anos após uma eleição que expôs a debilidade da esquerda e deixou o PT em segundo plano dentro da própria esquerda, todos batendo cabeça.

Entre tantas outras, uma grande diferença entre o atual e o antigo presidente, sob o ponto de vista político-eleitoral, é que o bolsonarismo continua forte, vai além do PL e do próprio Bolsonaro, atrai com mais facilidade o Centrão, ou “direitão”, e tem alternativas a Bolsonaro.

Já o lulismo respira e se alimenta de Lula. E o PT sem ele? Se não for candidato em 2026 — o que divide opiniões, mas parece cada vez mais provável —, quem será o nome petista? Fernando Haddad, o mais óbvio, terá apoio dos partidos que têm ministérios no governo Lula, como PP, PSD, MDB…? E do próprio PT? Tudo isso reforça o recado das urnas de 2024: a polarização Lula x Bolsonaro foi intensa, mas parece ter vida curta.

 

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Operação da PF mira deputado Gustavo Gayer por fraude em cota parlamentar

PF investiga falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (25) operação contra uma associação criminosa voltada para desvio de recursos públicos por meio de cota parlamentar. A PF também investiga falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

De acordo com as investigações, o objetivo final dos autores era a destinação de verbas parlamentares em favor desta OSCIP. O alvo principal é o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).

No total, a operação ‘Discalculia’ cumpre 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO), e Goiânia (GO).

Os crimes investigados são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.

Ainda conforme a PF, a operação recebe o nome de “Discalculia” — transtorno de aprendizagem relacionado a números — porque foi identificada falsificação na Ata de Assembleia da constituição da OSCIP, consistente em data retroativa (ano de 2003). Porém, o quadro social à época seria formado por crianças de 1 a 9 anos.

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Nunes lidera com 44% contra 35% de Boulos, aponta pesquisa Quaest

Atual prefeito de São Paulo lidera por nove pontos sobre Boulos, segundo pesquisa estimulada.

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (23) aponta o prefeito Ricardo Nunes, do MDB, com nove pontos de vantagem sobre o deputado federal Guilherme Boulos, do Psol. Segundo o levantamento, o placar atual, considerando votos válidos, é de 44% a 35%.

Os votos em branco/nulos/abstenções mantiveram-se em 19%, enquanto o percentual de indecisos foi para 2%. Os dados referem-se ao levantamento estimulado.

A pesquisa da Quaest também mediu a intenção de voto espontânea, na qual os nomes dos candidatos não são apresentados aos eleitores. Nunes registrou 36%, Boulos ficou com 28%, enquanto os indecisos somaram 27% e os votos em branco/nulo/não votar somaram 8%.

A pesquisa, encomendada pela TV Globo foi realizada entre 20 e 22 de outubro e entrevistou presencialmente 1.200 pessoas acima de 16 anos na cidade de São Paulo. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. O registro na Justiça Eleitoral tem o protocolo SP-06257/2024.