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Com dois anos de governo Bolsonaro, Brasil se transforma no paraíso do caos

A economia brasileira, independente da pandemia, fato sabido pelos quatro cantos do planeta, vive um caos por conta do neoliberalismo de Paulo Guedes em estado de putrefação.

O Posto Ipiranga ficou dois anos vendendo combustível adulterado, daí a fuga recorde de capitais do Brasil.

No campo da educação, o Brasil despenca cinco degraus na avaliação mundial. Isso nunca aconteceu.

Na cultura, Bolsonaro simplesmente acabou com o ministério e com todas as políticas públicas voltadas ao fomento das manifestações de identidade nacional, junto, destruiu a Casa de Rui Barbosa e a Fundação Palmares, usando uma pessoa para vomitar seu ódio doentio contra os negros.

Acabou também com o ministério dos Esportes sem nenhum benefício em contrapartida e, ao quadrado, levou um quadro de degradação trabalhista com recorde de trabalhadores informais vivendo de bico em que a imensa maioria não consegue alcançar a arrecadação de um salário mínimo.

Na Saúde, Bolsonaro conseguiu um feito inédito, ter uma atitude mais monstruosa que Trump, que usou da mesma cartilha que o nazista tropical, mas que, agora, faz campanha a favor da vacinação.

Já Bolsonaro, usa dos expedientes mais sórdidos para fazer suas molecagens contra a ciência, mas sobretudo contra os próprios brasileiros no enfrentamento da Covid-19, destruindo a Anvisa usando militares para tal feito, assim como na Saúde.

Desta forma, ninguém sabe mais o que são a Anvisa, a Abin e o Ministério da Saúde, tudo se transformou num pastiche só com a vinculação de tudo o que pode existir de mais podre na sociedade brasileira nesse ambiente aonde não se separa mais o público do privado e, muito menos, o lícito do ilícito, mais precisamente no que se refere à organização criminosa ligada não só a peculato e lavagem de dinheiro, mas à milícia, como é o caso do encontro secreto de gente da Abin, como Ramagem com os advogados de Flávio e do miliciano Queiroz para tentar desaparecer com qualquer processo que envolva essa organização criminosa ligada diretamente ao chefe do Palácio do Planalto. Afinal, ele é o pai do senador que herdou do próprio ninguém menos do que Fabrício Queiroz.

Trocando em miúdos, qualquer abestalhado sabe que Flávio nada mais é do que um testa de ferro do pai.

Quem no planeta não sabe disso?

Quem não conhece o monstro incendiário que comandou o dia do fogo na Amazônia?

Que país civilizado já não sabe que o projeto desse animal é transformar o pantanal em pasto e território para o agronegócio, grilagem, exploração ilegal da região ou quem sabe um paraíso dos cassinos para deleite da milícia?

Na mesma pegada em que nega a vacina e promove a Cloroquina, Bolsonaro estimula um faroeste policial no Brasil em que os alvos são jovens negros das favelas e periferias, exterminados a sangue frio por gente doutrinada em curso de preparação para ingressar nas polícias do país, cursos indicados por Bolsonaro e ministrados por pessoas que se vangloriam de promover chacinas de crianças, de bebês, e ainda contam isso às gargalhadas.

Isso, em certa medida, justifica o grito de “mito” pelos formandos da Polícia Federal, onde, após a solenidade oficial, Bolsonaro berrou seu grito de guerra contra o judiciário “acabou, porra!”, numa clara provocação ao Supremo.

Não dá para listar aqui o que esse psicopata catapultado pelas elites brasileiras que, com o seu antipetismo doentio, colocaram na presidência da República.

Muitos dos seus seguidores repetem o bordão nas redes sociais, “votei nele para isso mesmo”. “Isso mesmo” é o país mergulhar no caos da indiferença com a vida dos brasileiros, incluindo o gado que segue o berrante do seu senhor, assim como com a economia aos cacos, como bem frisou hoje o New York Times que, certamente, será chamado de “comunistas”.

É para essa gente que, na verdade, é uma sobra de campanha dos anos de derrota dos tucanos para o PT que, adubada pelo fascismo bolsonarista, como insanos zumbis que aplaude essa figura considerada pelo mundo o pior e o mais monstruoso líder de uma nação.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Maia, o bibelô do mercado, tem a coragem de dizer que não foi omisso: “impeachment tiraria o foco da Covid”

Rodrigo Maia, como é sabido por todos, é um boneco de ventríloquo do mercado, a este ele sempre respondeu, “sim, senhor”.

Agora, depois do estrago, do caos provocado pelo governo Bolsonaro, se é que se pode chamar de governo, as ações ou a falta delas que Bolsonaro e a corja que o cerca levaram o Brasil ao caos sanitário e econômico em que se encontra.

Tudo isso acontece na cara de todos os brasileiros que assistem perplexos ou mesmo anestesiados pela pandemia, à parcimônia dos demais poderes. E Maia, tranquilamente, como quem não tem a menor responsabilidade com o desastre que se abateu sobre o país, diz sobre os inúmeros pedidos de impeachment de Bolsonaro que ele engavetou:

“Não há condições para se avaliar esse tema, o que não quer dizer que eu avaliaria nem positivamente nem negativamente. Não considero omissão da minha parte”.

Para o democrata, sua relação com o governo federal foi de “muita raiva e de muita agressão” por ele “não ter feito uma presidência cumprindo as ordens do governo”.

“Tenho certeza que o próximo presidente, qualquer um dos quatro que seja escolhido, não vai carregar essa relação que o governo e seu entorno construíram comigo”, afirmou.

Segundo Maia, “Estamos com uma pandemia que voltou a crescer e essa deve ser nossa prioridade”.

Será mesmo que ele acredita que convence?

O que resta aos brasileiros, esperar que o novo presidente da Câmara faça o que ele não fez ou que a justiça faça o seu papel?

*Da redação

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General Santos Cruz diz que Pazuello vincula o governo com as Forças Armadas

Uma coisa está sujeita à outra quando há o vínculo entre um ministro de Estado, que é general da ativa, e as Forças Armadas. Não há como fugir disso.

Em outras palavras, foi assim que o general da reserva, Santos Cruz, definiu a relação do governo Bolsonaro com os militares da ativa, até porque o general Pazuello, que é apresentado por Bolsonaro como ministro da Saúde, está no olho do furacão genocida praticado pela política de Bolsonaro, tanto que é a ele que o ministro Lewandowski, do STF, acaba de se dirigir comunicando que o general das Forças Armadas, Eduardo Pazuello tem 48 horas para explicar tim-tim por tim-tim, quando começa e quando termina a vacinação.

Parte que um documento já adulterado e entregue ao STF, pulou, não informou. Talvez por isso mesmo tenha listado, no mesmo documento, nomes de mais de trinta infectologistas que não tiveram acesso ao documento final e botaram a boca no trombone.

Essa declaração de Santos Cruz, feita em entrevista a Andreia Sadi, na Globonews, coloca sobre os militares a luz de um tipo de holofote do qual as Forças Armadas certamente estavam fugindo, usando vários tipos de escapismos retóricos. Agora, quem fala com propriedade sobre esse vínculo das Forças Armadas com o governo Bolsonaro, é um general da reserva e um ex-ministro do atual governo.

*Da redação

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O que não falta é crime comum de Bolsonaro para obrigá-lo a renunciar

Ou arrancam Bolsonaro do Palácio do Planalto imediatamente, ou esse país se tornará o flagelo do mundo em dois meses.

Janio de Freitas tem toda razão no que escreveu na Folha neste domingo. Janio diz que “a conduta na balbúrdia da vacina basta para justificar o impeachment de Bolsonaro”.

Mas isso não é suficiente para frear a ação criminosa do governo Bolsonaro na pandemia, como acusou a Academia Nacional de Medicina.

Neste sábado, soubemos pela denúncia de infectologistas, que o governo Bolsonaro adulterou documento do Plano Nacional de Imunização que enviou ao STF, como escreveu em seu twitter a infectologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo:

@EthelMaciel: Nós, pesquisadores que estamos assessorando o governo no Plano Nacional de Vacinação da Covid-19, acabamos de saber pela imprensa que o governo enviou um plano, no qual constam nossos nomes e nós não vimos o documento. Algo que nos meus 25 anos de pesquisadora nunca tinha vivido!

Isso é mais do que improbidade administrativa, é crime comum, praticado contra os pesquisadores, mas também contra o Supremo Tribunal Federal, pois Bolsonaro entregou ao ministro Ricardo Lewandowski um documento fake news, adulterado no mesmo dia em que era anunciado o uso da Abin para interesses exclusivamente pessoais de Bolsonaro. Segundo os infectologistas que são listados no plano de vacinação do governo, eles não tiveram acesso ao documento que foi entregue ao STF.

Que Bolsonaro já bateu todos os recordes de um presidente lixo, não há qualquer dúvida, mas a urgência de sua saída por conduta criminosa exige uma ação para ontem, porque são vidas que estão em jogo, uma média de 800 mortes diárias, são vidas que foram criminosamente ceifadas por Bolsonaro e Pazuello.

No atual estágio, Bolsonaro age como Eduardo Cunha, quando presidiu a Câmara dos Deputados, usando o cargo de forma espúria para encobrir seus crimes e os dos seus filhos.

O uso da AGU para anular provas do esquema do miliciano Queiroz, gerente dos negócios da família Bolsonaro, bastaria para que Bolsonaro fosse pressionado a se afastar do poder, enquanto corresse o processo de impeachment. Com isso, milhares de vidas brasileiras seriam salvas, porque Bolsonaro não é simplesmente relapso, o verme se uniu ao vírus  para produzir uma espécie de praga do Egito no Brasil para se sustentar no poder, tendo apoio de parte da elite, tão assassina quanto ele, e de políticos tão escroques quanto ele.

As perguntas são: os brasileiros ficarão encolhidos esperando que Bolsonaro use a Covid para serem devorados em nome da impunidade dos crimes cometidos por ele e seus filhos laranjas? Quantas vidas ainda vão custa a manutenção de Bolsonaro no poder se nada for feito para obrigá-lo a renunciar até que o impeachment seja formalizado?

O número de mortes pela Covid no Brasil cresce de forma geométrica.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Urgente: Cientistas que assessoraram Ministério da Saúde, têm seus nomes listados no plano de vacinação, mas não viram o documento

Cientistas reiteram a recomendação para inserção de todas as populações vulneráveis, incluindo a carcerária, nos grupos prioritários, além da ampliação para todos os profissionais de educação e de áreas essenciais. Segundo ministério, plano será detalhado na próxima quinta.

Um grupo de pesquisadores divulgou neste sábado (12) uma nota conjunta em que diz não ter sido consultado sobre o plano de vacinação contra a Covid-19 que foi encaminhado pelo governo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na nota assinada por cientistas que são listados, no plano, como colaboradores, os pesquisadores dizem que o material não foi apresentado previamente e não obteve a anuência dos integrantes do grupo (leia detalhes do plano mais abaixo e veja a íntegra da nota dos cientistas ao final desta reportagem).

A nota é assinada por 36 pesquisadores. Do plano do governo encaminhado ao Supremo, constam os nomes de cerca de 150 cientistas como colaboradores.

“O grupo técnico assessor foi surpreendido no dia 12 de dezembro de 2020 pelos veículos de imprensa que anunciaram o envio do Plano Nacional de Vacinação da COVID-19 pelo Ministério da Saúde ao STF. Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência”, diz trecho da nota divulgada pelo grupo de pesquisadores.

O G1 procurou o Ministério da Saúde, mas não obteve retorno sobre a manifestação dos pesquisadores até a última atualização desta reportagem. Nota divulgada no site da pasta diz que o plano será apresentado e detalhado à população na próxima quinta-feira (17); e que o documento poderá sofrer modificações “durante o seu processo de implementação”.

Os cientistas relatam que haviam solicitado uma reunião sobre o plano e manifestado preocupação pela retirada do planejamento “de grupos prioritários” e pela “não inclusão de todas as vacinas disponíveis que se mostrarem seguras e eficazes”.

O grupo de pesquisadores que assessoraram o Ministério da Saúde reitera a recomendação técnica para que todas as populações vulneráveis, inclusive a carcerária, sejam inseridas na prioridade de vacinação.

Eles também pedem a ampliação dos grupos prioritários de forma a abranger todos os trabalhadores de educação e de áreas essenciais.

O grupo solicita ainda que o governo abra negociações para a aquisição de outras vacinas que atendam a requisitos de eficácia, segurança e qualidade.

Uma das colaboradoras citadas no documento, a epidemiologista Ethel Maciel utilizou uma rede social para dizer que não viu o documento antes de este ser encaminhado ao STF. “Algo que nos meus 25 anos de pesquisadora nunca tinha vivido”, afirmou a professora da Universidade Federal do Espírito Santo.

Veja a íntegra da nota do grupo de cientistas:

Nota pública do Grupo Técnico do “Eixo Epidemiológico do Plano Operacional Vacinação Covid-19”

12 de dezembro de 2020

O grupo técnico assessor foi surpreendido no dia 12 de dezembro de 2020 pelos veículos de imprensa que anunciaram o envio do Plano Nacional de Vacinação da COVID-19 pelo Ministério da Saúde ao STF. Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência. Importante destacar que o grupo técnico havia solicitado reunião e manifestado preocupação pela retirada de grupos prioritários e pela não inclusão de todas as vacinas disponíveis que se mostrarem seguras e eficazes.

Reiteramos nossa recomendação técnica para que todas populações vulneráveis sejam incluídas na prioridade de vacinação, como indígenas, quilombolas, populações ribeirinhas, privados de liberdade e pessoas com deficiência. Além dessas, também as outras populações e grupos populacionais já incluídos e apresentados no plano inicial do governo. Outro ponto importante a ser considerado é a ampliação do escopo para todos os trabalhadores da educação e também a inclusão, nos grupos de vacinação, para os trabalhadores essenciais.

Novamente, vimos solicitar do governo brasileiro esforços do Ministério da Saúde para que sejam imediatamente abertas negociações para aquisição de outras vacinas que atendam aos requisitos de eficácia, segurança e qualidade, inclusive com laboratórios que reúnam condições de produção e oferta de doses de vacina e com outras empresas também com oferta de vacinas seguras e eficazes. Portanto, é mister considerar que um atraso na campanha de vacinação significa vidas perdidas e precisamos nesse momento utilizar a ciência para a tomada de decisão que norteará o que mais importa, a preservação de vidas de milhares de brasileiros e brasileiras. Essa é a mais importante tarefa de nosso tempo e todos os esforços devem ser envidados para a sua realização oportuna, segura e efetiva.

Participantes do Grupo Técnico do “Eixo Epidemiológico do Plano Operacional da Vacinação contra COVID-19”

*Com informações do G1

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A Abin paralela dos Bolsonaro: Agente da PF, bolsonarista, seria autor dos relatórios da Abin

Relatórios para defender Flávio podem ter sido produzidos por Abin paralela dentro própria agência.

Os relatórios produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência para alimentar a defesa de Flávio Bolsonaro são um indício de que há um aparato clandestino de espionagem e polícia política funcionando nos porões do governo Jair Bolsonaro.

O colunista Guilherme Amado, da revista Época, publicou reportagem nesta sexta-feira mostrando que a Abin produziu pelo menos dois relatórios. Eles instruíram Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre como agir para conseguir documentos capazes de anular o processo judicial a que o senador responde pela acusação de desviar salários de funcionários de gabinete.

O caso conhecido como o das rachadinhas envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz, amigo do presidente da República, preso em junho na casa do advogado Frederick Wassef, que trabalhou para Jair Bolsonaro e para o próprio Flávio.

Nesses dois documentos, segundo a Época, a Abin descreve o que diz ser uma organização criminosa na Receita Federal, de onde partiram as informações que deram início à investigação. O objetivo dos relatórios era contribuir com a tese da defesa de Flávio de que houve uma devassa ilegal dos dados fiscais dele.

Um dos relatórios traz no campo destinado a esclarecer sua finalidade a descrição “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”, segundo a Época.

A existência de uma Abin clandestina era uma suspeita alimentada há tempos em Brasília. Ela existia publicamente desde que o próprio presidente Bolsonaro revelou ter um “sistema particular de informações” em uma reunião com ministros. Agora, a história ganha um novo caminho para a possível descoberta desse aparato ilegal.

Nesta sexta-feira, o Intercept conversou com uma fonte da Abin, que deu detalhes do caso. A fonte revelou que tanto ela como seus colegas desconfiam da mesma pessoa como sendo a responsável pelo relatório. Trata-se de Marcelo Bormevet, um policial federal cedido à agência que é também um bolsonarista entusiasmado nas redes sociais.

Marcelo Bormevet está na Abin desde 24 de setembro de 2019. Ocupa um posto-chave no Centro de Inteligência Nacional, o CIN, que surgiu formalmente em agosto de 2020, mas vinha sendo estruturado às escondidas desde pelo menos o início do ano. Bormevet é coordenador-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa.

O CIN tem a atribuição de acompanhar “assuntos de inteligência estratégica”, aí incluídos segurança pública, crime organizado e manifestações políticas. Goza ainda a prerrogativa de fazer o que, na Abin, se chama de ‘pesquisas sociais’ – a investigação prévia sobre indicados para cargos no governo.

Ex-agente penitenciário no Distrito Federal, Marcelo entrou para a Polícia Federal em 2005. No Twitter, é um bolsonarista típico: retuíta posts de Jair e Carlos Bolsonaro e faz proselitismo para o Aliança pelo Brasil, partido que não saiu do papel. Também compartilha notícias falsas sobre a eficácia da cloroquina no tratamento da covid-19 e lança dúvidas sobre as vacinas que o governo federal se esforça para barrar no Brasil.

Um mistério até mesmo para os colegas

O detalhe é que pouca gente na Abin sabe exatamente o que faz a coordenação tocada por Bormevet. Não há sequer uma descrição das funções dela no organograma da agência, algo incomum mesmo no setor de inteligência.

O detalhe é que pouca gente na Abin sabe exatamente o que faz a coordenação tocada por Bormevet. Não há sequer uma descrição das funções dela no organograma da agência, algo incomum mesmo no setor de inteligência.

A criação do CIN, em agosto passado, causou desconfiança. O deputado Alessandro Molon, do PSB do Rio, tenta sustá-la com um projeto de decreto legislativo que apresentou dias depois do novo departamento da Abin aparecer no Diário Oficial. Na justificativa, ele argumentou que ela “pode dar respaldo para perseguição de opositores políticos”. Até agora, porém, o projeto de Molon não saiu do lugar.

No mesmo decreto que criou o CIN, Bolsonaro também autorizou a Escola de Inteligência, o centro de preparação dos agentes da Abin, a dar treinamento a quem não é servidor da agência. Para a oposição, as mudanças abrem brecha para que a agência funcione como um órgão de governo e não de Estado – justamente o que se vê no caso Flávio Bolsonaro.

O autor dos relatórios, porém, não parece ter passado pela escola da Abin. Os olhos treinados do pessoal da inteligência de quem levantamos informações estranharam a redação dos relatórios produzidos para Flávio Bolsonaro. A linguagem nada tem em comum com o padrão adotado pela Abin.

“Todos os analistas de inteligência passam por um treinamento para seguir uma espécie de manual de redação”, nos disse a fonte. A ideia é justamente adotar uma linguagem que não identifique quem produziu um determinado papel, uma linguagem neutra e burocrática.

Basta querer para identificar o autor

Chama a atenção, ainda, o fato dos relatórios não terem sido gerados em nenhum dos dois sistemas usados pelos analistas para produzir esse tipo de documento. Não é à toa: por meio deles seria muito fácil identificar o autor. Os documentos foram enviados ao filho 01 do presidente por WhatsApp, segundo a Época.

Ainda assim, uma investigação daria conta de identificar quem usou a estrutura da Abin para salvar o pescoço de Flávio Bolsonaro. “Basta procurar os logs em bases de dados à disposição de analistas da Abin e rastrear pedidos feitos a outros órgãos em nome da agência”, nos revelou a fonte. Neste caso, já se sabe até onde procurar – a Receita Federal. Isso, claro, se o governo estivesse disposto a esclarecer alguma coisa. Não está.

Em nota divulgada hoje, o gabinete do ministro Augusto Heleno, a quem a Abin está subordinada, segue tentando negar suas digitais no caso. “As acusações são desprovidas de veracidade, se valem de falsas narrativas e abordam supostos documentos que não foram produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência”, diz o texto.

Ocorre que a defesa de Flávio Bolsonaro confirmou à Época que os documentos foram de fato produzidos pela Abin. Enviamos perguntas ao e-mail funcional de Bormevet e à assessoria de comunicação da agência. Ninguém nos respondeu.

A sexta-feira foi um dia de confusão na sede da Abin, em Brasília. O caso Flávio Bolsonaro tem o potencial de colocar uma bomba atômica no colo do presidente da República e de Augusto Heleno, seu ajudante de ordens. Mas, na Abin, são poucos os que veem chance de que o diretor-geral da agência, Alexandre Ramagem, um delegado da PF que é amigo da família presidencial, seja demitido por causa dele.

 

*Com informações do Intercept

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Moro desmascarado: Antigo crítico de offshores, Moro é contratado por holding em paraíso fiscal

O ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sérgio Moro anunciou recentemente que passou a integrar o quadro funcional da Alvarez & Marsal Brasil, uma offshore registrada em Delaware, estado americano considerado paraíso fiscal. A estrutura da empresa vai contra à posição de Moro publicada em artigos acadêmicos e decisões como magistrado.

Matéria publicada pelo Jota, em reportagem assinada pelo jornalista Alexandre Aragão, traz um trecho do livro do ex-ministro “Crime de Lavagem de Dinheiro” (Editora Saraiva, 2010), onde Moro critica a falta de transparência exercida por essas empresas. “As offshores podem ser utilizadas tanto para propósitos lícitos como para propósitos ilícitos, mas são reconhecidas internacionalmente como uma das principais técnicas de lavagem de dinheiro”, diz.

São estruturas corporativas, continua Moro, empregadas comumente “para garantir o anonimato de seus proprietários. São constituídas em países considerados ‘paraísos fiscais’, ou seja, de baixa tributação. A expressão offshore provém do fato de essas empresas exercerem atividades apenas fora do território do país de constituição”.

Segundo o ex-ministro, a atividade dessas empresas não é um ato ilícito. A atuação pode ser considerada legal, mas dentro dos limites da lei, para recolher menos tributos em comparação aos que seriam auferidos caso a empresa estivesse registrada no país.

“Diante da dificuldade de identificação dos reais proprietários das offshores, os assim denominados beneficial owners, dependendo usualmente da cooperação jurídica das autoridades dos paraísos fiscais, algo nem sempre disponível, é fácil entender o atrativo que representam para quem deseja permanecer no anonimato”, explica Moro em seu livro.

A administração judicial da Odebrecht, por exemplo, é feita pela Alvarez & Marsal Brasil. Os executivos da empresa foram condenados por utilizarem holdings e offshore para lavar dinheiro e ocultar sócios.

Em despacho no ano de 2016, Moro escreveu que “o Grupo Odebrecht, para realizar os repasses de propinas, teria utilizado contas em nome de off­shores no exterior, algumas tendo por beneficiário controlador ela mesmo, outras cujos beneficiários controladores não foi possível ainda identificar.” De acordo com a reportagem, após listar os nomes das empresas, ele concluiu: “através delas, foram repassados valores milionários a contas off­shores controladas pelos dirigentes da Petrobras.”

Procurada, a assessoria do ex-ministro disse que a empresa responde por demandas que envolvem Moro e a empresa. A Alvarez & Marsal Brasil também foi procurada. Confira a íntegra do posicionamento da empresa:

“A Alvarez & Marsal Brasil é controlada por uma holding norte-americana, país-sede da empresa. A estrutura societária da Alvarez & Marsal globalmente é construída de forma a conferir o controle da holding nos Estados Unidos sobre cada uma das regiões, sem que o foco principal seja o planejamento fiscal. Vale esclarecer que a criação da Alvarez & Marsal Disputas e Investigações Ltda. não tem qualquer relação com a contratação de Sergio Moro, uma vez que foi constituída anteriormente à negociação com o novo executivo da consultoria. Ressalta-se ainda que o contrato do Sergio Moro foi firmado com a Alvarez & Marsal no Brasil exclusivamente para a prática de disputas e investigações.”

 

*Com informações do Congresso em Foco

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Vídeo: Médico desabafa, chama Bolsonaro de ‘boca de cu’ e lava a alma dos brasileiros

Quando alguém consegue sintetizar, em alguns minutos, tudo aquilo que está agarrado na garganta de milhões de pessoas, de forma direta e objetiva, é uma apoteose. Um momento de catarse, de rebeldia em que o cidadão, justamente por se sentir cidadão, afronta o Estado, fazendo do conceito de cidadania o que existe de mais pleno nesta palavra.

O vídeo que segue abaixo, que viralizou nas redes sociais, vai entrar para a história, é um bálsamo para qualquer pessoa minimamente sensata que compreende as normas civilizatórias mínimas de convivência em sociedade. Nele, um médico faz um desabafo sincero e enumera os absurdos ditos por Bolsonaro que deveria se comportar como um chefe de Estado, mas o tempo todo se comporta como um moleque e que trabalha cotidianamente para salvar seus filhos.

Vale a pena assistir ao vídeo:

*Da redação

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Vídeo: Moro, mais que um suspeito, um bandido protegido pela justiça

A frase de Luis Roberto Barroso, um dos mais midiáticos ministros da história do STF sobre a série Vaza Jato do Intercept, é lapidar, “fofocada produzida por criminosos”.

Barroso assume o protagonismo de um juiz de botequim, deixando de lado toda aquela afetação que lhe é peculiar na hora de vender uma falsa moral para incautos e hipócritas. Ele é uma espécie de queridinho do clã de Curitiba, sobretudo por Dallagnol que tem uma proximidade maior com o ministro.

Mas, certamente, Barroso é parte importante de um processo bem maior, do contrário, um juiz de primeira instância não chegaria aonde chegou cometendo tantos crimes, como se pode ver na vida concreta, tanto o golpe que tirou da presidência da República a primeira mulher eleita com mais de 54 milhões de votos, uma pessoa honrada para colocar em seu lugar um corrupto como Temer, a partir de um pedido feito por outro corrupto, Aécio Neves, depois da derrota eleitoral somado à condenação e prisão de lula para que Bolsonaro fosse eleito presidente e Moro, como gananciosamente arquitetou, virou ministro.

Essas ações tiveram como resultado a produção do maior genocídio da história do Brasil através da Covid-19, da qual Bolsonaro se transformou num fiel aliado.

O caminho macabro da Lava Jato que, na verdade, foi uma instituição privada de Sergio Moro, diz muito sobre a soma de interesses em detrimento da população, mas principalmente da classe trabalhadora.

Por isso, tirar o Partido dos Trabalhadores do poder, com o golpe em Dilma e a prisão de Lula, é um serviço sujo que teria que ser operado por alguém essencialmente sujo, mas que tivesse caminho livre no mundo sujo do judiciário.

A isso, soma-se a própria imundície golpista que está no DNA da Globo e congêneres, todos sempre dispostos a devolver os pobres à miséria e o país ao mapa da fome. Mas, para isso, foi preciso arrancar o poder de quem, durante 13 de governo, acabou com a miséria de quase 40 milhões de brasileiros, mostrando que a nossa classe dominante é suficientemente perversa, mesquinha e principalmente investe na compra dos operadores para conseguir sempre o que querem.

Assim fizeram na escravidão, assim fazem hoje, dando ao judiciário brasileiro o título de mais feroz e adestrado cão de guarda da oligarquia.

Como mostra o vídeo, Moro vem dessa linhagem, o que só comprova o DNA bandido do ex-juiz.

Assista:

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro perde mais uma para Lula no STF

Mesmo faltando o voto de Cármen Lúcia, que não altera o resultado já posto, a Segunda Turma do STF rejeita o recurso da PGR  que pediu para que o depoimento de Palocci fosse mantido no processo contra Lula, alegando que fosse tirado somente o termo “delação premiada”.

No entanto, três ministros dos cinco que compõem a Segunda Turma votaram contra o pedido, determinando que pedido e o termo “delação premiada” seja totalmente removida.

Com a delação totalmente armada por Moro com Palocci, o ex-juiz corrupto de Curitiba perde um pouco mais do seu chão que está a cada vez mais mole, enquanto Lula avança provando dia após dia a sua inocência e sublinhando que, no final das contas, o bandido é mesmo o juiz.

Soma-se a essa derrota de Moro, mais uma vitória de Lula: a decisão proferida no último dia 07/12 pela 6ª. Vara Federal de São Paulo, do juiz Diego Paes Moreira, arquivou investigação aberta contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho, Luis Claudio Lula da Silva (Processo nº 0008633-66.2017.4.03.6181). A investigação tinha como base delações premiadas de Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar, que, baseadas em narrativas mentirosas, tentaram incriminar Lula e Luis Cláudio.

*Da redação

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