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PRF impõe sigilo de 100 anos a processos contra policiais que mataram Genivaldo com “câmara de gás”

Corporação alegou se tratar de “informação pessoal” para justificar o sigilo. Genivaldo foi morto no interior de uma viatura com o uso de gás lacrimogêneo.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) negou acesso a procedimentos administrativos dos agentes envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em Umbaúba, Sergipe. A corporação alegou se tratar de “informação pessoal”, o que, na prática, impõe sigilo de 100 anos sobre as informações.

Genivaldo foi morto em 25 de maio deste ano em uma espécie de “câmara de gás” improvisada por policiais no porta-malas de uma viatura, após ser abordado por estar sem capacete.

Via Lei de Acesso à Informação (LAI), o Metrópoles solicitou a quantidade, os números dos processos administrativos e acesso à íntegra dos autos já conclusos envolvendo os cinco agentes que assinaram o boletim de ocorrência policial sobre a abordagem. São eles: Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas.

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Opinião

Cem anos de sigilo em quatro do governo mais corrupto da história

Bolsonaro não fez outra coisa em seu governo que não fosse cercar frango para abafar uma série de erupções de escândalos envolvendo seu clã, que dispensa comentários.

Nem havia começado a governar quando explodiu o escabroso caso do operador do esquema criminoso de peculato da chamada rachadinha, onde fica evidente o envolvimento direto do clã no submundo da milícia.

Isso seria fatal. O sujeito chegou ao poder com uma fraude eleitoral armada por ele e Sergio Moro, quando a cabeça de Lula foi barganhada pela vitória de Bolsonaro e, na contrapartida, um super ministério para Moro, o que já mostrava a barafunda institucional que esse país amargaria.

O governo Bolsonaro é uma baderna, com isso todos concordam. Não há método, disciplina, organização, regulamento, porque simplesmente o presidente não trabalha. Por isso mesmo, Bolsonaro não tem um minuto de sossego na tentativa de viver de um único projeto, o projeto abafa que esconde, segura, faz silêncio, coloca sigilo de 100 anos em tudo o que pode complicar a sua vida, se seus filhos e de seus comparsas.

Sejamos francos, Milton Ribeiro foi um mero Queiroz de Bolsonaro no Ministério da Educação. Ele não mandava em nada, era um simples tarefeiro. Aliás, não só Bolsonaro gosta de se gabar que controla tudo na sua máquina de fazer dinheiro, como, ao lado de Pazuello, deixou claro que a corrupção no Ministério da Saúde, como revelou a CPI, tinha o comando do Seu Jair, aquele da casa 58 que, segundo o porteiro do Vivendas da Barra, de onde partiu a autorização da entrada do comparsa do assassino de Marielle, Ronnie Lessa, no dia do crime.

Sim, está nítido que a prisão de Milton Ribeiro pegou Bolsonaro no contrapé, daí a bateção de cabeça, enquanto o próprio Bolsonaro, desdizendo que colocaria a cara no fogo por Ribeiro.

Isso deixa claro o desencontro do que disse Bolsonaro e o que disseram os seus mais proeminentes funcionários na Jovem Pan.

Como se vê, é um crime organizado, mas que leva o mesmo padrão do governo, um governo totalmente barafundado.

E como é dito pela sabedoria popular, merda, quanto mais mexe, mais fede. Assim, Bolsonaro sapeca com sua Bic, o já mundialmente famoso, 100 anos de sigilo, mostrando o que foi feito desse país, depois de golpes em cima de golpes, farsas em cima de farsas.

A mais recente foi sigilo de 100 anos em seus encontros com pastores lobistas do MEC, com a cômica explicação do GSI que informou que a divulgação das informações dos encontros dos bem-aveturados poderia colocar em risco a vida de Bolsonaro e seu clã.

General Heleno deixou que não pode sequer informar, por meio da Lei de Acesso à Informação, as entradas e saídas dos pastores lobistas de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Qualquer brasileiro que tenha um mínimo de bom senso, sonha em excretar esse pus tóxico nas urnas no dia 2 de outubro.

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